Uma das zonas mais bonitas da ilha norte da Nova Zelândia é sem dúvida Taupo! É outra zona base para se explorar mais uns quantos parques naturais, montanhas e belezas naturais, assim como Rotorua! Como o tempo não abundava, eu decidi passar mais dias em Rotorua e apenas reservei um dia para Taupo. Que é manifestamente pouco, mas o suficiente para ver o lago e fazer a trilha até às Huka Falls, pelo menos!
A ideia inicial era partir de Taupo para fazer o hiking de 8h no Tongariro, que vai terminar no National Park. Mas depois de me desmarcarem por causa da neve, eu mudei de ideias e decidi passar apenas este dia em Taupo e os restantes em Rotorua. E se temos apenas um dia nesta zona nada melhor que aproveitar o melhor dela: a lagoa, as piscinas naturais aquecidas e as Huka Falls.
Também há o vale vulcânico mais a norte das Huka Falls e que tem algumas fumadoras e tal. Mas depois de ver os parques Wai-O-Tapu e Waimangu esta zona vulcânica não tem tanta piada e não consegue nos surpreender. Então optei por ser prática e objetiva no roteiro e foquei-me em algo que ainda não tinha visto na NZ: cascatas imponentes!
E nesse capítulo, se temos de escolher, eu diria que as Huka Falls são de longe as melhores e mais impressionantes cascatas que alguma vez vi. E talvez sejam as mais imponentes da NZ, apesar de que neste capítulo não tenho outra base de comparação.
Existem várias formas de chegarmos às cascatas: de carro, bicicleta, a pé ou de transporte público. Desde início que eu pus na cabeça que queria fazer o trekking de bicicleta e chegar desta forma às cascatas. E foi justamente essa a forma que usei para ir.
No entanto, se fosse hoje, teria preferido ir a pé e fazer o percurso pedestre por várias razões. Primeiro porque este percurso de bicicleta é um autêntico downhill pela montanha, com sobe e desce que dura horas e, para quem não está preparado a subidas e descidas íngremes (meu caso) a aventura pode descambar a qualquer momento. Eu, quase a chegar ao final, caí numa descida íngreme e fiz nódoas negras imensas nos joelhos, que nos dias seguintes só pioraram e alastraram a toda a perna e coxa.
Em segundo lugar eu teria preferido fazer o percurso pedestre porque é sempre a acompanhar o rio e rende vistas bem mais bonitas do que propriamente o interior da montanha. Por último, o tempo virou no regresso para o centro de Taupo e tornou impossível fazer o percurso pela montanha de bicicleta. Resultado: tivemos que ir de estrada e como estávamos de bicicleta e sem poder pegar em guarda-chuva, chegamos que nem pintos ao hostel!
Mas tirando estes percalços inevitáveis principalmente por estarmos em pleno Inverno na NZ, eu adorei o momento em que cheguei finalmente de bicicleta às Huka Falls e ouvi aquele barulhão que a enorme massa de água faz a mover-se ao longo das escarpas até cair em cascata.
Eu nem sei se posso chamar de cascata nas realidade porque a imensidão de água ali é algo que nunca tinha visto em qualquer cascata do mundo onde já fui até hoje. Foi sem dúvida um dos sítios mais impressionantes. E pensar que dá para fazer canoagem aqui, ou rafting, por exemplo. Também há uns jets que andam pela base da cascata e têm todo o aspecto de serem super loucos.
Ao longo do curso do rio temos vários miradouros para irmos acompanhando cada pedaço desta maravilha da natureza até à cascata propriamente dita. O rio segue depois até à cidade de Taupo e desagua no próprio do lago.
As fotos raramente conseguem fazer jus à beleza de um lugar. E se há sítio onde eu senti isso mesmo foi aqui na cascata. É qualquer coisa de surreal e um sítio de visita obrigatória na NZ, seja Verão ou Inverno.