No post de Londres que já está aí no blog, eu começo por avisar que algumas coisas, principalmente as primeiras impressões foram para as parecenças com Estocolmo. E não foi só no clima. Aqui, em Estocolmo, não faltam bons parques para os habitantes aproveitarem para descontrair depois de uma semana de trabalho.
Também aqui se faz muito a fotossíntese. Quando um raio de sol decide espreitar no meio do tempo cinzento, bora fazer fotossíntese para a relva dos jardins e parques. Então já têm dois pontos, pelos menos, em comum. 🙂 Nós fomos a Hagaparken já a Primavera tinha entrado para ficar e então a temperatura já estava bem boa, com um sol bem gostoso daqueles que dá vontade de não fazer nada.
Depois de gastar as coisas mais turísticas para fazer na cidade (centro), esta é uma óptima dica até porque não fica tão longe da cidade assim e tem coisas muito interessantes para serem exploradas. Como sempre e como quase tudo que existe pela cidade, este parque foi ideia do rei Gustav III, que decidiu criar um parque na zona de Haga.
O resultado foi um parque estilo inglês com algumas contruções invulgares e diferentes do que estamos habituados a ver no centro da cidade, principalmente no que diz respeito à realeza, sempre tão chique e tal. Também foi planeado um edifício/palácio tipo o de Versalhes, em Paris, no entanto a construção não foi acabada e as ruínas estão lá para contar a história.
Actualmente, o Hagaparken faz parte do Ekoparken, o primeiro parque de cidade do mundo, que é um verdadeiro oásis dentro da cidade. Tudo bem que não é mesmo dentro dela, mas ainda assim não deixa de ser um óptimo refúgio muito acessível a quem tem um tempinho extra para explorar os arredores também.
Algumas construções engraçadas de se ver por lá é o museu Fjarils & Fagelhuset, que tem um clima tropical lá dentro de fazer esquecer o sítio onde estamos. É como se entrássemos num país à parte e não dá nem vontade de sair dali tão depressa. E atenção que estávamos na Primavera. Mas clima tropical é clima tropical, sem discussão possível.
Lá dentro habitam centenas de borboletas e pássaros exóticos, que voam livremente dentro das enormes estufas, com as tais representações de florestas húmidas e tropicais e até cataratas. Tudo à temperatura de 25ºC. Aquilo dá a sensação que à medida que vamos entrando nas várias estufas a temperatura vai aumentando mais ainda. Eu não acredito que o máximo seja 25ºC, mas isto é o que eles apregoam.
Cá fora, no parque, ele está cheio de placas e mapas a mostrar onde fica cada coisa. Então não é difícil irmos dar exactamente aos sítios certos e mais importantes. Sem dúvida que o que mais marca pela diferença é a Koppartalten, ou a tenda de campanha romana. Quando foi construída tinha como propósito servir de estábulo e alojamento, mas agora é mesmo um restaurante e o café oficial do parque que lá estão.
Depois, super engraçado é o Ekotemplet, o género de um templo mini muito fofo, que foi construído para ser uma sala de jantar real para o tempo do Verão. Dizem que a acústica era tão boa que dava até para escutar as conversas mais íntimas que eram feitas entre as paredes.
Por fim, o Kinesiska Pagoden foi construído por causa do fascínio que se tinha por tudo o que era chinês, no séc. XVIII. Não tinha um propósito especial como as outras construções, mas ocupa um lugar de destaque mesmo no topo de um monte, num dos passeios do parque.
Para além disso, eu ainda achei interessante o facto de haver casas normais mesmo no meio do parque. Engraçado como há pessoas a viver ali. Dá para ter ideia da dimensão que ele tem, para haver casas lá dentro. Numa procura pelo pagode, nós entrámos no quintal de uma dessas casas e ainda tivémos de fugir a sete pés de um cão que lá estava.