Palácio de Monserrate!

Há umas semanas atrás eu mostrei lá no Insta a nossa visita ao Palácio de Monserrat num Sábado especialmente quente deste mês de Outubro. Todos os dias têm sido quase perfeitos, também não temos muito que queixar até agora.

Visitar o palácio, em Sintra, já estava na equação à muito tempo e a questão era saber quando daria tempo de ir até lá. E finalmente esse dia chegou e voltámos de novo a Sintra, onde já estivemos diversas vezes e onde os posts aqui no blog abundam cheios de dicas meio espalhadas de sítios óptimos para visitar lá.

Como geralmente vamos sempre passar uma tarde ou um dia, nunca conseguimos ver tudo o que há por lá, mas para quem está pela região de Lisboa a turistar, uma boa dica é levantar cedinho e aproveitar os bilhetes combinados para visitar o máximo de palácios e parques que fazem parte dos must-do‘s lá em Sintra.

Então, o Palácio de Monserrat é uma construção relativamente recente e quando entramos lá dentro quase nos imaginamos a realmente morar ali. É confortável e é um luxo e sonho de casa. O palácio foi construído em 1856, segundo o projeto do arquiteto James Knowles, com o objetivo de ser a residência de Verão da família Cook, um milionário inglês do comércio têxtil, dono de uma das maiores coleções de arte britânicas e 1º Visconde de Monserrate.

Segundo as suas ordens, o palácio foi construído, mas não só. Todo o jardim romântico que rodeia o palácio também foram idealizados pelo visconde e fazem toda a diferença, melhorando exponencialmente toda a visita.

Infelizmente o interior do palácio sofreu bastantes infiltrações ao longo do tempo e ainda hoje são feitas obras de restauro. Além disso, quase todo o mobiliário da antiga casa já lá não está, muito provavelmente por ser propriedade da família Cook. Então, para termos ideia do quão bem ornamentado estava o interior do palácio, há várias fotografias, espalhadas pelas diversas salas, onde dá para começar a ter uma ideia de como seria viver ali naquela época.

Apesar dessa grande infelicidade, ainda conseguimos ver toda a arquitetura interior do palácio, que faz lembrar Marrocos. O mais parecido que vi foi no sul de Espanha, então é muito interessante ver que no meio da serra de Sintra está um palácio que se distingue tanto do tradicional português. E é mesmo um dos palácios mais famosos e conhecidos desta região.

Atualmente o palácio é utilizado para fazer alguns espetáculos como forma de aproveitar o espaço e também conseguir angariar alguns fundos para a fundação que está encarregue das obras de restauro. E é precisamente na sala de música que acontecem os vários espetáculos, alguns mais direcionados para crianças, outros para adultos e outros para toda a família.

Os jardins em volta são quase uma história à parte e têm até um mapa, dado na entrada, para conseguirmos rentabilizar o melhor possível a visita e para que nada fique por ver. Tem lagos, árvores centenárias, zona de cactos do México, roseiral e muito mais.

Quinta da Regaleira

Para terminar com os posts de Sintra (por agora!) só falta falar mesmo da Quinta da Regaleira, que fica bem pertinho do centro da vila. Havia mesmo umas indicações a dizer que o caminho a pé não leva mais de 10 minutos, o que até é vantajoso para quem não quiser andar com o carro atrás. Como disse no post anterior, arranjar lugar para estacionar aqui pode ser uma autêntica dor de cabeça, especialmente se for em fins de semana e feriados. Então, se não se importar de andar a caminhada até se faz bem e como bónus tem as magníficas vistas da serra à volta.

A Quinta da Regaleira acabou por ser uma agradável surpresa. Apesar de eu já ter pesquisado na net e saber que ela era super gira de visitar, com recantos encantadores, a verdade é que nenhum site consegue fazer jus ao local e neste caso nem sequer chega lá perto. Quando pegámos no mapa que nos dão à entrada ficámos encantados com o quanto havia para ver e foi uma autêntica descoberta durante as horas que lá passámos.

Não houve um pedacinho que não quiséssemos descobrir e tirar foto. Desde o palácio até à gruta do jardim, sem esquecer cada lago que encontrávamos pelo caminho. Não dava para ficar indiferente a tudo o que o jardim tinha e o que surpreende mesmo é pensarmos na pessoa que imaginou este jardim. Deve ter estado super inspirada mesmo, para conseguir fazer algo tão único.

Já visitei muitos jardins em Portugal e fora dele mas eu garanto que este é o jardim mais bonito e especial que eu alguma vez visitei. Não temos que menosprezar as nossas coisas em relação ao que se vê lá fora porque na maioria das vezes desconhecemos que temos coisas lindíssimas mesmo debaixo do nosso nariz, sem sequer fazer ideia.

E o caso mais flagrante é a Quinta da Regaleira e Sintra como um todo! Eu já tinha dito no meu outro post que estava desejosa de cá voltar e agarrei a oportunidade assim que ela apareceu, mas a verdade é que eu tive tanto tempo sem voltar justamente porque o Carlos não acreditava que havia mais coisas interessantes para ver. Muito menos que elas eram tão únicas e realmente valiosas.

Tenho a certeza que agora depois de verem a minha selecção de fotos todos vão ficar mais que convencidos de que a Quinta da Regaleira é lugar de passagem obrigatória. Lá nisso eu acho que os blogs têm o seu quê de vantagem. Muito mais do que os sites oficiais dos pontos turísticos.

A Quinta da Regaleira foi residência de veraneio da família Carvalho Monteiro e foi concebida em estilo manuelino pelo conhecido arquitecto Luigi Manini. Este arquitecto, italiano, desenvolvei um trabalho importante em Portugal no teatro de S. Carlos, depois no D. Maria e, antes de conceber a Quinta, ainda foi responsável pelo Palácio do Buçaco.

Quem conhece o Palácio do Buçaco sabe que é outro importante palácio, super lindo e que mais uma vez está meio escondido em vegetação. Ainda não falei dele aqui no blog mas a verdade é que ele meio que me acompanhou durante a infância e visitei-o várias vezes. Por isso, qualquer dia faço um post dedicado a ele.

Mas voltando à nossa Quinta, analisando o background deste arquitecto, torna-se compreensível quando comparamos o seu trabalho anterior com o que ele fez na Quinta da Regaleira, durante 14 anos. Sim, durou 14 anos até ele terminar o seu trabalho por aqui, que foi o último antes de regressar definitivamente a Itália.

Não sei se foi por isso que ele se esmerou tanto, mas quando se visita a Quinta é impossível não se deixar apaixonar por cada recanto. Quem iria idealizar grutas e passagens secretas no meio de um jardim? Fontes e cascatas, castelos, capela, jardins e estátuas. Enfim, há de tudo, com aquele estilo próprio meio romântico, que Sintra começa a habituar-nos.

Sem dúvida que é um jardim único e que merece ser apreciado com calma. Difícil para mim foi seleccionar entre as imensas fotos que tirei e vou desde já pedindo desculpas se for demais. Ahahaha não deu para evitar! 🙂

Sintra ao vivo!

No feriado de 10 de Junho, Dia de Portugal, eu tinha a certeza que queria fazer qualquer coisa de diferente e aproveitar bem o dia, já que as férias só vêm em Setembro! Então, tive a brilhante ideia de ir mais uma vez a Sintra, desta vez visitar aolgo mais que o Palácio da Pena.

Já há uns aninhos que lá tinha ido ver o Palácio da Pena e na altura ainda sem a máquina fotográfica que temos agora. Fiz post sobre isso aqui no blog mas claro que eu adorava poder ter melhores fotos para recordar o lugar. Além disso, Sintra é lindo e os seus palácios são fantásticos. Idílicos mesmo!

Mas tirando a dica de Sintra, a verdade é que há muito mais para ver na vila e redondezas e um só dia não é de todo suficiente para se apreciar tudo ao redor. E eu acredito qe ainda há muita gente por aí que não tem ideia do que está a perder por ainda não ter explorado Sintra como ela merece.

Então, anos depois, chegou novamente a altura de revisitar a vila e desta vez conhecer mais do centro e também da Quinta da Regaleira. Se há mais para ver? Claro que sim! Mas a verdade é que isto já nos ocupou o dia inteiro, então por agora foi tudo o que conseguimos ver.

Para além disso, o dia ainda começou tarde porque só depois de chegarmos à Quinta da Regaleira e sacarmos da máquina fotográfica, nos apercebemos que tínhamos deixado o cartão de memória no portátil, em casa. Então foi o stress e lá voltámos até à vila para tentar comprar um cartão numa das lojas de turistas que existem no centro. Até foi super simples de encontrar e comprar, mas sem dúvida que pagámos bem mais por este cartão marca branca e com menos memória, do que tínhamos pago pelo nosso original. Enfim, fica a dica: verifiquem sempre a máquina fotográfica antes de sair de casa. E não só o cartão de memória, convém checar a bateria! 😉

Voltando para Sintra! Esta vila é super pitoresca, pequena, encantadora, situada no meio da vegetação da serra de Sintra e ainda tem a vantagem de estar pertinho de Lisboa. Hoje em dia, cada vez mais os turistas que visitam Lisboa, não dispensam tirar um dia para ir conhecer Sintra. Seja simplesmente o centro da vila ou dar uma esticada a qualquer palácio ou jardim.

Então, encontra-se mais turistas por metro quadrado em Sintra do que eu alguma vez encontrei em Lisboa. E olhem que eu já reclamo bastante quando vou no fim-de-semana para o mestrado e tenho sempre os autocarros e eléctrico à pinha de turistagem. 🙂

Sintra tem um charme próprio de terrinha perdida no tempo e até nem parece que pertence ao nosso país de tão única que é. A história da vila já vem desde o tempo da ocupação muçulmana, que deixou um castelo bem alto na serra e depois vai prosseguindo pelos tempos romanos, dos descobrimentos, reis e rainhas, até aos dias de hoje.

Por isso mesmo, as influências das várias culturas são imensas e estão presentes em vários pontos turisticos da vila quer fora dela, como é o caso do Palácio da Pena, Castelo dos Mouros, Palácio de Monserrate, Plácio Nacional de Sintra, etc… Como disse as hispóteses são imensas e mesmo eu, que já lá fui duas vezes ainda tenho muito que explorar.

Quem vem a Sintra, nada melhor que começar o tour pelo centro da vila e depois se decidir que pontos turísticos quer visitar, já que a maioria está um pouco desvidada do centro. Alguns dá para ir a pé, outros nem tanto. Então este é é um bom ponto de partida para o restante dia.

Como a vila recebe muitos turistas, a infra-estrutura já está mais do que adaptada a eles e não é de estranhar que se passe por autênticos pubs, que nos fazem lembrar da cultura inglesa. Mas é mesmo assim, a nossa arte de bem receber. 🙂 A vila não é grande e rapidinho se tem o tour feito, com passagem obrigatória pela mini feira de artesanato que está espalhada pelos muros de uma das estradas de acesso ao centro.

A dor de cabeça é mesmo o estacionamento, que não é simples de encontrar, mas com alguma persistência tudo se consegue! 🙂

Sintra – Palácio da Pena

Sintra é uma das minhas terras favoritas, cheia de palácios amorosos, jardins enormes e bem cuidados, enfim, tudo aqui é bonito e vale a pena ser visitado. Por outro lado, é muito procurada pelos turistas que visitam o nosso país e não só, tornando o acesso e estacionamento uma dor de cabeça, na maioria das vezes.

Quando fomos visitar Sintra, o que tínhamos em mente era ver primeiro o Palácio da Pena e jardim e depois ir dar um pulinho ao centro da vila, que é muito pitoresco e engraçado. Mas se junto ao Palácio até há uma boa infra estrutura para receber os turistas, no centro da vila a coisa já não é bem a mesma, então depois de dar voltas e voltas lá desistimos e decidimos voltar noutra altura mais calmamente.

E até hoje não voltei a Sintra, com muita pena minha! E há tanto para ver, mais palácios, a Quinta da Regaleira, etc, etc… Tudo óptimos motivos para planear uma visita de fim-de-semana, aproveitando para experimentar um dos hotéis excelentes desta zona. Vontade não falta, de facto!

Mas virando para a visita ao Palácio da Pena, este é talvez o mais conhecido de Sintra e não é à toa! O Palácio como foi sendo remodelado e acrescentado ao longo dos séculos, ganhou uma imagem única que o distingue de um palácio normal.

A parte rosa remonta ao tempo em que o palácio era um convento manuelino da Ordem de S. Jerónimo. D. Fernando, em 1838, adquire o palácio e começa obras de remodelação, que mais tarde passam a obras de ampliação, fazendo a ala que hoje está pintada de amarelo e que tem os salões mais imponentes.

A terceira estrutura a ser construída, também por D. Fernando foi a parte mais fantasiosa do exterior, que faz do palácio parecer um daqueles dos contos de fadas, com ponte levadiça, caminhos e torres de vigia. Há quem diga que o rei se inspirou na arquitectura romântica alemã da altura.

Depois do palácio foi também mandado construir o parque todo à volta, que se estende por muitos hectares e é um verdadeiro pulmão na serra de Sintra. O parque tem, ele próprio, construções interessantes, fontes, uma grande diversidade de plantas e árvores, lagos com cisnes, e muito mais. Haja pernas para andar de um lado para o outro. Sim, porque é tudo a descer ou a subir.

Como o Palácio da Pena fica no segundo ponto mais alto da serra de Sintra, dá para imaginar a vista que se tem lá do alto. Numa das fotos que tirei ainda se consegue ver o castelo dos mouros lá ao fundo. Se pensarmos que tudo isso está incluído no parque do palácio, já dá para ter ideia das distâncias.

Mas a verdade é que o sítio é tão bonito que facilmente se passa um dia em menos de nada! Para subir desde a zona das bilheteiras até à entrada do palácio também há um comboio turístico que pode ou não ser incluído no preço das entradas. Eu pessoalmente acho importante, mas a verdade é que vamos acabar por percorrer uma distância bem maior ao longo do dia sem o tal comboio, por isso…é um pouco relativo! 🙂

Outra coisa muito importante é as modalidades de pagamento. Elas existem com muitas nuances, entre elas a possibilidade de visitar o palácio com ou sem o parque, comboio turístico, entre outros descontos que se podem ter. Pronto, isto vai da vontade de cada um, mas basicamente para quem vê pela primeira vez, como foi o nosso caso, eu aconselho o pacote completo, pois só desta forma conseguimos viver a experiência no seu todo.

Já falei que o sítio é lindo e que é uma visita única, mas vou de novo referir que este é SÓ o palácio mais conhecido e, por isso, o mais movimentado também. Existem mais palácios em Sintra que merecem a visita porque são lindos lindos de morrer, com uma arquitectura de fazer inveja a muitos da Europa.