Linhares da Beira, aldeia medieval!

A região da Beira portuguesa (e não só) está cheia de pérolas históricas que se destacam nas aldeias típicas escondidas nos montes e que muitas vezes nem ouvimos falar delas. E assim se perde muita da nossa cultura por nem nós próprios conhecermos o melhor do nosso país. Mas nestas coisas nada melhor do que estarmos rodeados de quem conhece bem a região ou simplesmente apanharmos umas boas dicas em blogs, para ficarmos a conhecer e a querer visitar estes lugares.

Então, por essa razão eu trago a dica para quem estiver a passear pela zona da Serra da Estrela. Na encosta ocidental da Serra da Estrela está uma aldeia histórica medieval que já vem do tempo de visigodos e muçulmanos e que depois, no tempo do rei D. Afonso Henriques passou a ser território português.

Mas uma das coisas preciosas desta aldeia é o facto de ficar a 180 metros de altura, com um castelo imponente no topo que rende vistas fabulosas da planície da Beira à volta. É terreno a perder de vista pontilhado com casinhas aqui e ali, que realmente deixa-nos maravilhados e com vontade de passar uns largos minutos a saborear a paisagem. E claro a tirar muitas fotos. O castelo em si está muito bem preservado e ele próprio é parte fundamental da nossa história, já que pelo facto de estar numa posição tão alta, favorecia muito a defesa da povoação em volta contra ataques inimigos.

De resto, o interior é como a maioria dos castelos que vêm de à muitos séculos atrás. Mais acrescento que já é de valor termos a construção exterior tão bem preservada e que dá para ter uma ideia bem aproximada de como seria o castelo e o dia-a-dia naquela altura. Apesar disso, o castelo era basicamente militar e ainda hoje dá para ver pela sua estrutura que a sua vantagem e propósito maiores era mesmo a defesa da povoação em volta, contando com uma vista priviligiada do que se passava em volta.

Quem não conhece as típicas casas do norte do país construídas com granito. Pois bem, aqui em Linhares, para além de termos a típica construção das casinhas ainda temos arquitectura muito estilo medieval, com ruas e ruelas estreitinhas que convidam a passear a pé para conhecer a zona. Linhares é considerada como museu a céu aberto e recebe imensas visitas para apreciar a sua arquitectura e cultura.

Nós visitámos Linhares logo no dia que chegámos e o tempo estava meio tremido, sem sol e nublado, mas isso até serviu para dar um ambiente mais autêntico às fotos. Incrível pensar como dentro destas aldeias históricas há mesmo pessoas a viver e que ainda mantêm as suas tradições e costumes apesar das visitas que vêm de fora e do quanto o mundo evoluiu à sua volta.

Então eu achei fantástico no nosso passeio encontrar uma mistura da arquitectura com os vestígios de vida. Roupa pendurada na corda, flores nos canteiros, pessoas sentadas nas escadas da igreja. Podíamos ter visto mais se o tempo tivesse melhor, eu sei, mas foi óptimo passear mesmo assim.

Em Agosto, a aldeia aproveita as vantagens de estar no alto da encosta para fazer um festival de parapente que acontece todos os anos. Então, se estiver a fim de ver a aldeia mais mexida esta é uma boa altura para visitar e fazer logo duas coisas de uma vez.

A aldeia não é grande e por isso rapidinho se faz a visita e ainda dá para conjugar com mais alguma coisa na mesma tarde. Foi o que nós fizemos e depois de sair daqui ainda fomos visitar uma Quinta, onde o pai de uma colega trabalha, que fazem produção de queijo, entre outras coisas interessantes.

Andando à volta da Serra da Estrela! Celorico da Beira!!

Eu tinha falado logo no início do ano que os planos de aproveitar o feriado prolongado de 1 de Maio (Dia do trabalhador) seria visitar a zona do Douro e fazer um tour pelas adegas, coisa que eu e o Carlos amamos de paixão. Mas então as propinas da faculdade falaram beeem mais alto e este ano estamos em contenção de bolsa elevado a 1000.

Significa que as escapadelas estão bem mais reduzidas, e aí vou já avisando que não vai ter viagem a Moçambique em Setembro mas só ano que vem para a tese, mas não totalmente esquecidas. Então, numa das aulas lá na faculdade com as amigas a ideia de irmos passar este fim de semana à terra de uma deleas veio à minha cabeça e logo todas concordaram.

Foi uma festa desde o início, e todos os fins de semana relembrávamos umas às outras que era para tirar férias e marcar os dias bem certinho na agenda. Pois bem, e a ida a Celorico da Beira (onde ficámos a pernoitar e onde montámos o nosso mega acampamento) aconteceu mesmo, com partida no dia 1 de Maio.

Foi só mulherada mesmo e com muito espírito de diversão à mistura. Eu, no meio disto tudo até esqueci os bons costumes de só levar o essencial e esmerei-me demais na bagagem. Levei um malão para 15 dias sem exagero nenhum e quase atolava o porta bagagem da coitada da colega que dividi o carro na ida e volta. Ahahaha dá até vergonha de mostrar o meu planeamento de viagem com dicas do que levar porque né, não fui exemplo para ninguém mesmo.

A viagem foi super calma e deu para cumprir bem o propósito de em primeiro lugar divertir, antes de qualquer coisa. Mas como quando mete viagem a parte da turistagem nunca é deixada de fora, desta vez também não foi excepção e os três dias tiveram algumas aldeias históricas bem engraçadas lá pelo meio.

Claro que depois de um dia de passeio, as noites também foram bem animadas com as amigas da amiga a virem juntar-se à festa. E pronto, não precisa dizer mais nada! Foram três dias muito bem passados e com dicas fresquinhas que vão entrar nos próximos dias. Está prometido!

Já postei algumas das melhores fotos lá no facebook, mas muitas mais virão e claro, nem vale a pena dizer que a viagem foi super produtiva no que toca a mexer na minha máquina. Já tinha saudades de lhe dar algum uso, então adorei poder experimentar de novo vários programas e brincar um bocadinho com as funcionalidades dela.

De resto, povo do norte é povo feliz e cheio de alegria, disso posso atestar. E sempre que posso é geralmente ao norte de Portugal que eu dou as minhas escapadinhas quando não saio do país. Se a tendência tem de mudar? Talvez sim, talvez não. A verdade é que continuo cheia de vontade de visitar o Douro e espero que não demore anos até lá ir. Mas claro que para a viagem ser produtiva tem de haver fundos necessários e dias também disponíveis. Por isso, vamos andando por aí entretanto. Que há muito por conhecer!

E por falar em conhecer, em breve terei novidades acerca da nossa póxima viagem que já está marcadíssima. Próxima, se entretanto não surgir outra coisa. Ahahah sou incorrigivel mesmo.

Bem, este post era primeiramente para falar um bocadinho da última viagem, mas acabei por dar as últimas novidades e abrir um cheirinho do que vem por aí. Nada mal! 😉