RoadTrip Itália – roteiro completo!

E para acabar com a série de posts sobre a última viagem à Itália, vou dar o roteiro completo. Eu sei que fiz imensos posts, mas acho que a informação ficou bem mastigadinha. Além disso, como ainda tivemos uma semana bem intensa em várias cidades tão diferentes umas das outras, era quase impossível dar as dicas todas em menos posts.

Chegámos a Milão no final do dia, então tecnicamente já não fizemos nada de útil. Assim, o nosso roteiro começou no dia seguinte (1ºdia).

1º dia – Milão

2º dia – Verona

3º dia – Veneza

4º dia – Museu Ferrari e Pisa

5º dia – Siena, San Gimignano e Greve in Chianti

6º dia – Florença

7º dia – Cinque Terre

Chegámos no final do sétimo dia a Milão, onde passámos a noite e embarcámos no dia seguinte de manhã, de volta a Portugal. Tomámos o pequeno-almoço em Milão e viemos almoçar a Portugal.

Como eu já tinha falado logo no início da série de posts, ainda em jeito de introdução, este foi um roteiro super louco e quase impraticável para quem dá valor ao descanso nas férias. No meu caso foi uma questão de viagem de sonho.

Esta viagem já estava pensada há muito na minha cabeça e depois de visitar Roma, eu fiquei a adorar o clima italiano e a maneira de ser das pessoas. Então, quando comecei a pensar nas férias de Setembro, naturalmente que este roteiro veio à cabeça. A única diferença é que eu não planeava passar tantos dias na Toscana. Só fazia questão de conhecer Florença. Então o roteiro inicial tinha mais dias em cada cidade.

Só que depois comecei a ler opiniões e várias dicas de blogs e fiquei a achar que me ia arrepender até à quinta casa caso passasse pela Toscana e não visse mais nada sem ser Florença. Daí ter feito algumas alterações ao roteiro, de forma a que incluísse mais cidades, o que veio torná-lo na insanidade que vemos.

Óbvio que é viável e eu adorei cada cidade que visitei e não faria de outra forma. Sem dúvida! Para quem for tão apaixonado por Itália e queira visitar o máximo em uma semana, este é o roteiro perfeito. Se tiverem com mais tempo podem sempre aproveitar o roteiro na mesma e acrescentar dias nas cidades que gostarem mais.

Alugar carro em Itália (dicas)!

Alugar carro em Itália é simples, pelo menos o processo em si. O único percalço que nos aconteceu foi na questão do seguro. Tínhamos feito um online que afinal não era suficiente e acabámos por ter de pagar mais para podermos levantar o carro. E como ainda íamos estar com o carro muitos dias, o seguro não foi barato. Meio que aquela despesa adicional que não estávamos a contar ter.

Alugar carro pareceu a decisão mais acertada por várias razões. Primeiro, o nosso plano era bem ambicioso. De jeito nenhum nós íamos conseguir ver tanta coisa como vimos, se não estivéssemos com carro. Depois, conseguimos também poupar dinheiro porque em vez de pagar bilhetes individuais de comboio, dividíamos as despesas do carro pelos dois casais.

No entanto, sem dúvida que a vantagem maior é conseguir poupar no tempo entre cidades. Estar dependente de horários de transporte público e conexões pode ser uma verdadeira dor de cabeça, principalmente quando vamos percorrer uma região tão vasta e não nos vamos cingir a cidades principais.

Como é que eu chegaria a Greve in Chianti se não tivesse carro? Estou a dar assim o exemplo mais drástico de toda a viagem, mas é mesmo para terem ideia da importância da decisão entre alugar carro e não o fazer. isso vai influenciar e muito a escolha do roteiro e o quanto vamos conseguir explorar a região que nos propomos.

Depois é importante não esquecer os pequenos desvios que fazíamos entre cidades base. Como foi o exemplo da viagem entre Veneza e a casa que alugámos na Toscana, para lá do Sol posto. Pelo meio desviámos até Modena e ainda fomos até Pisa nesse dia.

Era muito difícil, se não impossível, fazer tudo isso com comboio. Agora, claro que isto é no nosso caso, com o roteiro que eu tinha idealizado. Porque obviamente que uma viagem só pelo norte de Itália, ou só entre grande cidades, como Milão-Veneza-Florença, ou em viagens de vários dias e não muito ambiciosas (como a nossa), é viável utilizar-se o comboio.

Aliás, eu tenho a certeza que o comboio teria sido muito confortável como meio de transporte. Se perguntarem ao meu marido se ele tinha preferido fazer a viagem toda de comboio em vez de conduzir todos aqueles km’s, sem dúvida que ele diria que sim.

Porque viajar de carro e principalmente conduzir durante horas e dias a fio é muito cansativo. Mas por outro lado, como é que levávamos malas, o saco das mercearias que íamos comprando, etc?

Então, cada caso é um caso e o meu conselho vai para viajantes com roteiros tão ambiciosos quanto o meu e com uma área geográfica tão grande em mãos. Carro alugado é a opção mais viável. Toscana sem carro alugado é o caos!

Mas, se a intenção for fazer percursos entre cidades grandes, e se estiverem em casal, o comboio é uma excelente forma de transporte em Itália. Aliás, Itália tem um serviço de comboios (Trenitália) muito bom e confortável.

Em relação a conduzir em Itália, ela é bem decente, porém eu acho que os italiano são meio lei do desenrasca. Contudo, a ideia que eu fiquei é que conduzir em Roma é bem pior e lá é sempre imprevisível como vamos encontrar o carro depois de estacionar. Muito provavelmente estará com mais uma mossa ou arranhão.

Estacionamento!! Bem, ele é um pouco chatinho porque em quase todas as cidades por onde passámos tivemos de pagar parquímetro. Acho que as únicas excepções foram em zonas de mato mesmo, como na casa em Florença e em Greve in Chianti.

Tudo o resto tinha ou parques de estacionamento ou parquímetro à porta de casa. Em Mestre a casa tinha o estacionamento incluído, mas em Milão tivemos de pagar um período de 6h (de manhã). E mesmo assim tivemos sorte porque era uma zona residencial e o período abrangia só a manhã. Praticamente todos os outros que passámos era o dia todo.

A maioria dos parquímetro tem também uma forma diferente de pagamento. São uns cartões tipo raspadinha que se compram nas papelarias/tabacarias e nós raspamos o ano, mês e dia, depois as horas que vão ser usadas.

 

Roadtrip Itália: Dicas práticas (parte 2 – Toscana)

Dividindo a viagem a metade sobra a zona da Toscana, onde passámos os restantes dias. Vou incluir Cinqueterre aqui também porque é relativamente fácil de chegar a partir de cidades como Florença ou a partir da Toscana no geral, apesar de que teoricamente não faz parte desta região. Também tem um clima muito semelhante à Toscana, por isso mais uma boa razão para misturar.

Toscana foi diferente em muitas coisas do norte de Itália e foi a zona onde passámos mais dias de viagem.

1. Simpatia dos habitantes:

Tenho que falar no quão amistosos os italianos são nesta zona. A energia na Toscana é diferente e não me perguntem porquê. Não há uma explicação clara e óbvia, mas podemos supor que tenha a ver com o clima mais solarengo e quente, com as paisagens deslumbrantes e com um estilo de vida mais ligado ao campo.

As pessoas são mais simples e mais descontraídas. Não é que não tenha gostado da parte norte, ela é simplesmente diferente e muito mais virada para a moda e para tudo o que tenha a ver com o fashion.

2. Transporte:

Na zona da Toscana é muito mais simples de chegar a povoações de carro e é até preferível e quase essencial e indispensável ter viatura para locomover. Não vejo outra forma fácil de andar de cidade em cidade sem ter carro alugado. Pode ser possível andar de comboio, mas é muito mais limitante.

Perdemos muito mais tempo nesse transporte, perdemos a liberdade de escolher uma casa/hotel fora de grandes centros, onde elas são mais caras, e consequentemente não vamos conseguir fazer planos ultra ambiciosos principalmente se estivermos com o tempo curto para visitar a Toscana.

Então eu achei fundamental estar de carro alugado para poder ver tudo o que vi e aconselho este meio de transporte vivamente para esta região. Só há dois senão. Florença e Cinqueterre.

Florença tem câmaras de vigilância em todo o centro histórico e tem regras de restrição de viaturas bem rígidas, o que torna mais complicado chegar à cidade e estacionar o carro sem passar por nenhuma zona proibida e levar multa entretanto.

O dono da casa que alugámos preveniu-nos acerca disso (graças a Deus!!) e aconselhou-nos a ir até à cidade mais próxima (que ficava a 5 minutos de carro da nossa casa) e apanhar o comboio até Florença. Muito cómodo e a melhor decisão, sem dúvida! Para já, o comboio demorou só 30 minutos no trajeto e depois a estação ficava a 100 metros (mais ou menos) da catedral.

Já na zona de Cinqueterre não há acesso a carros totalmente, então a única forma de lá chegarmos é mais uma vez de comboio. Desta vez fomos até La Spézia, cidade base para quem quer chegar a Cinqueterre, deixámos o carro no subterrâneo da estação e fomos de comboio até às povoações que queríamos.

Conduzir na Toscana em geral é uma aventura porque fora das autoestradas as vias regionais são cheias de curvas, estreitas e à noite têm muito pouca iluminação. Afinal estamos no meio do campo certo? Então o que poderiam ser uns meros 50km, pode demorar um pouco mais, entre tanta curva, estrada com buraco ou estreita, e por aí fora.

No entanto, conduzir na Toscana é uma experiência especial, por toda a beleza que vemos e também pela liberdade em parar na beira da estrada só para tirar fotos ou comer umas uvas.

3. Restaurante:

Aqui os restaurantes já começaram a parecer-se mais com o normal e com o que para mim é uma refeição normal, com entrada, pratos e sobremesa. Já não existe tanto a sandes panini e começámos a comer a verdadeira comezinha italiana: rizzoto, pasta, caneloni, lasanha, pizza, spagheti à carbonara e à bolonhesa, etc… 🙂 (perdoem o meu italiano!)

Ou seja, amei cada restaurante que fui aqui na Toscana. Não só pela comida mas também pelo ambiente em si. Além de que a oferta de vinhos aqui já é algo imperdível. Toscana é vinhas e toda a cultura associada. Então não há como não gostar e apreciar um bom vinho daqui.

4. Hospedagem:

Mais uma vez seguimos a norma do aluguer de casa, desta vez uma só para toda a região da Toscana. E é uma dica que eu aconselho vivamente e que nos permite economizar e ao mesmo tempo tornar-nos independentes para chegar a qualquer ponto da Toscana. Nós ficámos perto da cidade de Florença, ali quase a entrar na região dos vinhos Chianti.

Totalmente no meio do campo, com montes em frente, acordar com o som dos passarinhos, à noite saíamos de casa e não víamos um palmo à frente dos olhos, enfim, estão a ver o estilo.

Ao mesmo tempo conseguíamos cozinhar e fazer os nossos próprios lanchinhos para o dia seguinte, o que era óptimo. Ou seja, para explorar a região da Toscana não precisamos escolher uma cidade e ficar lá. Existem inúmeras opções fora e estas são as mais baratas e com mais qualidade e espaço, muitas vezes.

Claro que a escolha da zona onde alugamos casa vai depender das cidades que queremos muito visitar e incluir no roteiro. Se elas estão mais a sul, então é lá que devemos alugar a casa, etc…

5. Locomoção dentro das povoações:

Como o próprio nome indica, na Toscana a maioria das povoações são bem pequenas e fáceis de percorrer a pé. Tirando Florença, todas as outras povoações são de fácil acesso e na entrada tem uns parques para deixar o carro. Claro que pagamos parquímetro, mas não é nada caro.

Além disso, como não há muito para ver, o segredo é andar a pé pelas ruas e descontrair. Florença, apesar de bem maior que as suas vizinhas, também é relativamente compacta, excepto quando queremos visitar o miradouro de Michelangelo. Aí aconselho ir de autocarro para quem não gosta muito de andar.

Já em Cinqueterre, o problema não é a enormidade das povoações, mas sim a sua geografia. Todas elas estão construídas em zona montanhosa junto ao mar e isso vai fazer com que hajam muitos planos inclinados para percorrer, se queremos conhecer a região. Então, preparem-se porque há muita rampa e muita escadaria íngreme que nos faz quase cair para o lado.

6. Custo:

Eu achei a Toscana mais em conta que o norte de Itália, mas com algumas excepções, como Florença e Cinqueterre. São zonas mais turísticas, daí ser normal aumentarem um pouco. Mas achei que era como Roma, temos de tudo. Conseguimos encontrar restaurantes muito caros, mas também é possível comer sem gastar muito. E isso é bom!

Por outro lado, no que diz respeito aos bilhetes para museus, etc, a coisa mantém-se igual. Toscana não tem uma legião de museus para ver, mas só Florença leva a medalha pela restante região. E se contabilizarmos tudo no final, fica uma visita a Florença ultra cara.

 

San Gimignano!

A Toscana tem um charme único e quanto a isso não há dúvidas! Mas na hora de escolher quais as terras que queríamos visitar sem dúvida que a escolha foi difícil. Então a nossa passagem por San Gimignano está muito relacionada com a facilidade geográfica e o facto de estar relativamente perto da casa que tínhamos alugado.

E esse foi o nosso segredo! Começando o dia em Siena, a segunda terra mais fácil de visitar seria San Gimignano e, de certa forma, ainda bem que o era. Isto porque esta vila é super pitoresca e ainda consegue ser mais impressionante que Siena.

Então mesmo as cidades ou vilas mais pequenas nesta região têm a capacidade de nos deixar encantados e de nos fazer transportar para o tempo dos reis e rainhas. San Gimignano tem um ar muito rústico, bem mais do que Siena.

Entrar nas suas muralhas é o mesmo que voltar à era medieval. Todas as casas e construções têm a aquela cara tipicamente medieval, cor de terra. As praças com o poço no meio e imensas torres tipo castelo em cada praça.

Todas estas torres fazem com que a visão a partir do exterior da cidade dê a impressão desta ser um castelo em ponto gigante. Infelizmente não apanhei o ponto certo para tirar essa foto mas foram imensas as que vi na net antes de viajar e ajudaram a sonhar com esta terra e a querer incluí-la no roteiro.

Apesar dos acessos serem mais problemáticos que em Siena, uma vez dentro do parque de estacionamento estamos mesmo na porta da cidade muralhada e é só entrar e aproveitar cada esquina e cada lojinha.

Assim que entramos na porta principal temos logo uma rua imensa cheia de lojas de um lado e do outro. E o melhor é que aparentemente não entram carros dentro das muralhas. E isso percebe-se bem pelo quão minúsculas são as ruas. Podem ser enormes em comprimento mas são super estreitas em largura.

E aqueles arcos, igrejinhas, etc… Tudo super fofo sem dúvida! Dá vontade de ficar por ali horas a aproveitar o clima tão pitoresco. San Gimignano não tem propriamente sítios específicos para visitar. O interessante da cidade/vila (nem sei ao certo o que chamar) é mesmo passear pelas ruas e ver o artesanato das lojas.

Umas são mais tradicionais que outras e vendem produtos tipicamente italianos ou nem por isso. Muitas marcas (caras) nem vamos reconhecer o nome, mas ao que parece fazem furor em Itália porque acabámos por passar por outras lojas iguais em Florença.

Por outro lado, parece que a região da Toscana tem o seu próprio artesanato e marcas, quer seja de roupa, malas ou decoração. Então muito do que vimos nesta região não voltámos a ver no norte de itália ou vice-versa. As grandes marcas e cadeias nacionais ou mesmo internacionais não são vistas pela Toscana.

Então, San Gimignano foi especial por nos mostrar o que a Toscana pode ser em menor escala, já que Siena era uma cidade grandinha. Por outro lado, acabamos por não precisar de muito tempo para ver esta terra, apesar de que sabe sempre bem sentar numa praça e ficar algum tempo a observar o ritmo natural do que nos rodeia.

Nós saímos de San Gimignano ao final da tarde porque ainda queríamos fazer uma prova de vinhos a Chianti e essa região ficava mais ou menos entre a nossa casa e san Gimignano. O que parece fácil mas na Toscana tudo muda e o tempo de viajem duplica por causa das condições geográficas desta região. Ela é montanhosa e qualquer terriola mais pequena não vai ficar propriamente à beira da estrada principal.

Mas compensa totalmente estes tempos de viagem quando temos oportunidade de ver paisagens lindas com as imensas filas de vinha a perder de vista. E, claro, as casas no cimo do monte, completamente isoladas do resto do mundo. Ou assim parece. Mas Chianti fica para outro post.

Road trip em Itália!

Tava a demorar a começar a série de posts sobre a mais recente roadtrip a Itália. Mas coincidiu com o finalzinho da tese, entrega da mesma mais uma série de dores de cabeça do regresso ao trabalho. Mas sempre que olho para o livro bate aquela saudade da semana em cheio que passei e que parece quase surreal. Como é que eu consegui ver tanto em 8 dias?

Mas basicamente Itália sempre foi aquele sonho e tinha muitas cidades e zonas italianas que faziam parte da minha lista de viagem que tinha de fazer. Itália para mim é um marco muito importante na história. Sem dúvida que é um país muito rico culturalmente e tem um dos povos mais simpáticos e amistosos que eu já vi.

Só tem um probleminha: são um zero à esquerda a falar inglês. E esta tinha sido uma das minhas batalhas fracassadas na viagem a Roma do início do ano. Mas já nessa altura não deu para negar o quanto queria voltar e de preferência no Verão, para poder desbravar mais território.

Aconselho este roteiro a quem for tão destemido e sedento de conhecer cidades novas quanto eu. Sim, é possível, mas vamos regressar muito cansados e a precisar de ficar uns dias de papo para o ar, antes de regressar ao trabalho.

Nós tivemos 7 dias inteiros em território italiano mais dois pedacinhos de dias que não usámos para visitar nada. Chegamos a Itália através de Milão e ao fim de uma semana chegámos de novo a Milão para apanhar o avião no dia seguinte e voltar para Portugal.

O mais baixo que fomos no mapa foi Siena, mas passámos por cidades tão diferentes quanto Veneza e zona da Cinque Terre. Ou seja, teve de tudo e sobretudo, imensa diversidade.

Saltitámos de cidade em cidade, ficando no máximo um dia em cada uma dela. Na zona da Toscana, começámos um dia em Siena, a tarde em San Gimignano e acabámos o dia a provar vinhos em Greve in Chianti porque ficava perto da casa que alugámos e eu fazia questão de conhecer aquela zona cheia de vinhas.

Alugámos sempre casas, onde ficávamos pelo menos dois dias (Milão e Veneza) ou três (Toscana), que foi onde passámos mais tempo da viagem. Muitas refeições eram feitas em casa, depois de ir ao supermercado comprar produtos tipicamente italianos.

Se foi corrido? Adorei e não teria feito de outra maneira. A minha prioridade nesta viagem não era bater todos os museus e igrejas, ao contrário de Roma. O grande objetivo era aproveitar a diversidade e história de cada cidade, experimentar vinhos em Chianti, ver o museu da Ferrari em Modena, passear de Gôndola em Veneza, deambular pelos mercados de rua em Verona, sentar em Florença para ver a vida passar e a energia acontecer, ver o mar em Cinque Terre com as casinhas coloridas dos pescadores e almoçar lá mesmo no beiral de uma porta.

Isto sim fez a minha viagem inesquecível e preciosa. Foram 2500km de estrada, fora aqueles que fizemos de comboio, e praticamente o mesmo número em fotografias.

Para esta viagem fomos com mais um casal amigo e ficou aberta a época das viagens com amigos. São de facto inesquecíveis e dão uma energia diferente a tudo aquilo que vimos e fazemos. Óbvio que é preciso coragem para enfrentar este ritmo com outras duas pessoas completamente diferentes, no entanto o segredo está no entendimento e também na definição prévia dos objetivos da viagem seu itinerário. Nós tínhamos tudo pensado ao detalhe.

Claro que é preciso estar preparado para imprevistos, mas também é preciso encara-los como parte da viagem. São os imprevistos que nos dão as histórias para contar e também a experiência para uma próxima vez.

Saímos de lá a falar italiano no café, supermercado, bilheteira, etc… Longe da perfeição, óbvio, mas até eu tive de dar o braço a torcer e entrar na onda. E não é que me stressei muito menos vezes e simplesmente aprendi a aceitar que italiano não fala inglês? Ahahaha

Tenho imensa coisa para contar e mostrar, como já devem ter percebido. Então muita paciência e coragem, que esta viagem está apenas a começar.