Praia La Pelosa, na Sardenha!

E como quem vai à Sardenha tem de visitar e experimentar uma praia, nós andámos desde o primeiro dia que chegámos à ilha a pensar como seria, se alugávamos carro ou não, que praia iríamos visitar e quando.

Até que reparámos que o Congresso iria acabar mais cedo que o previsto no Sábado. Então aí todas as dúvidas se dissiparam e nós percebemos que íamos conseguir visitar uma das praias mais bonitas da região (se não a melhor!) – a La Pelosa!!

Falámos com o concierge do hotel onde estava a decorrer o Congresso e conseguimos alugar carro com uma das empresas parceiras deles que até nos levou o carro diretamente ao hotel e deixou estacionado lá na porta. Melhor impossível não?

Assim que terminou o Congresso nós pegámos no carro e fomos diretos para a região de Stintino, onde fica a famosa praia da La Pelosa. A viagem durou 50 min e foi muito simples “navegar” pelas estradas da região. A ilha não tem auto-estrada mas as estradas são muito boas e, de vez em quando, ainda nos vamos cruzando com os animais a pastar ou com vários tractores que andam a transportar palha, entre outras coisas.

A própria viagem até à praia é muito relaxante e tranquila, com paisagens lindas, mas claro que quando chegamos junto ao mar não conseguimos conter os fascínio do que é chegar ao mar da Sardenha.

Eu já tinha visto imensas fotos antes. E nestes dias, enquanto procurava pela praia ideal, vi também aquele azul típico da Sardenha e sabia que ia ser muito bom ver ao vivo. Mas nada explica a sensação de realmente chegar lá e ver as diferenças na tonalidade da água. Ver como é possível ela variar entre um azul super claro, para um azul mais escuro logo a seguir.

E a praia propriamente dita, apesar de um pouco pequena e sempre cheia de turistas e locais, é de facto estonteante e tem umas paisagens de cortar o fôlego. Nós demos sorte porque fomos antes do início da época balnear e a meio da tarde, quando já muitos se estavam a vir embora. Então, não apanhámos os parquímetros a funcionar nem as regras de restrição de pessoas à praia.

Sim, porque como a praia é relativamente pequena, eles restringem o número de pessoas que tem acesso a ela na alta temporada, que começa no dia 1 de Junho. Além disso, criam mais algumas regras de preservação, como a lavagem dos pés na saída da praia, para garantir que a praia sobrevive com areia até ao fim da temporada.

Apesar de termos apanhado uma dia mais ventoso, estava muuuito calor, e a água estava uma delícia. Foi muito bom poder mergulhar naquela água azul transparente e, sobretudo tirar muitas fotos para comprovar que aquele azul realmente existe, e aqui tão perto! Ahahah

A pequena ilha com uma torre que está ali ao lado também tem uma história fascinante. Era utilizada como prisão para os criminosos, que se viam ali ilhados e sem hipótese de fuga, mesmo que conseguissem sair da cela.

Hoje em dia, esta ilhota é só mais um upgrade na paisagem magnífica da praia e fica ali no horizonte a abrilhantar as nossas fotos. Realmente a Sardenha nunca fez parte daquele destino que eu queria muito ir, mas depois destes dias por lá fiquei muito grata pela oportunidade de poder ter lá estado, mesmo em trabalho.

É daqueles destinos que nos surpreendem muito pela positiva e ficamos com o gostinho de querer voltar.

A cidade muralhada de Alghero!

Como já tinha partilhado convosco no post anterior, eu não tinha muitas perspectivas turísticas em relação a Alghero por causa do contexto específico da viagem. E o pouco que tinha pesquisado não me tinha adiantado de grande coisa porque sempre chegava à conclusão que a cidade era pequena e que poucas pessoas da blogoesfera se interessaram até à data por conhecer mais a fundo aquela região.

Mas uma coisa eu tinha a certeza. A cidade era super pitoresca, muralhada e dava facilmente para percorrer a pé. Então eu deixei para lá grandes planos de pontos turísticos a visitar e decidi focar-me em deambular pelas ruelas e sentir a cidade com calma (no tempo livre que tivesse, óbvio).

E sabem, foi a decisão mais acertada! De facto Alghero não é o centro turístico da ilha, mas não é por isso que ela deixa de ser linda e encantadora. Pode também não ter grandes pontos turísticos a visitar, mas não quer dizer que não possa ser vivida como um todo.

E em beleza ela conseguiu superar as expectativas e era impossível não ficar deslumbrado com cada canto e até com a própria história da região. Como a cidade fica ali na beira do mar, então a sua história está muito relacionada com invasões de piratas e batalhas para defender a terra dessas mesmas invasões.

Então, daí vem a bandeira da Sardenha, que são 4 caras de piratas, e daí vem toda aquela cultura de pôr pirata em tudo que é canto e em tudo que é loja. Ahahaha Além disso, eles têm toda uma muralha bem preservada, com torres de vigia, canhões e catapultas, que em tudo nos faz lembrar a história passada (ou mais ou menos recente) daquele povo.

Hoje em dia aquelas muralhas adicionam todo um fascínio à cidade e é maravilhoso percorrer a pé todo o percurso muralhado, com o mar azul a estender-se no horizonte e as casinhas pitorescas no lado oposto.

Mas o facto de eles terem mantido os canhões e as catapultas ao longo de toda a muralha só serve para nós termos um encontro autêntico com a história do local e imaginarmos as lutas que eles tiveram de passar por estarem ali tão expostos ao mar e aos perigos que isso representa.

Para além das muralhas, começando a embrenhar-nos pelas ruelas empedradas do centro histórico, deparamo-nos com aquele gostinho típico italiano. Casinhas coloridas, lojinhas fofas, muitas scooter, e aquele sorriso e boa disposição dos italianos que nos enche o coração.

É a 3ª vez que eu visito Itália e acho que nunca me vou cansar de ver toda a alegria dos italianos. Desta vez eu tentei falar o máximo italiano possível (raquítico, mas enfim) e acho que isso ainda contribuiu mais para a experiência maravilhosa que passei nestes dias por lá.

Mas voltando ao centro histórico, ele é bem labiríntico mas ao mesmo tempo é fantástico podermos “perdermo-nos” por lá, andando de rua em rua, sem destino certo. Nós só tivémos uma manhã para passear mas a realidade é que conseguimos ver bastante e nem andámos apressadas.

Ali aquela região tem um coral vermelho no fundo do mar que é típico, então muitas lojas existem a vender toda a bijuteria possível e imaginária feita de coral. Nem todas as lojas são oficiais (geralmente só as ourivesarias o são), então o preço e a qualidade/autenticidade podem variar.

Para quem quiser conhecer mais acerca deste coral, há um museu lá no centro que eu não visitei mas que é uma boa dica para quem estiver com mais tempo disponível. Lá no centro também há umas igrejinhas em cada esquino muito pitorescas, no entanto, a mais importante da cidade é mesmo a Catedral de Santa Maria.

Ela é lindíssima por dentro. Muito simples, quando comparada com as habituais catedrais italianas, cheias de ouro e muito requintadas. Esta é linda mas porque está trabalhada em mármore branco, o que não é tão comum assim. Apesar de Catedral, não é muito grande, mas como está tão bem trabalhada no seu interior, acaba por ter uma beleza elegante e diferente.

Ali junto ao centro histórico está a marina, que se estende ao longo de uma calçadão igualmente elegante, que vai dar ao início das praias ali da zona. Eu passei mais tempo na marina no último dia, quando viémos da praia e parámos ali para jantar. Então apanhei o pôr-do-sol na marina, que foi lindo. O mar muito calmo, uma brisa ligeira e um calor ameno. Ingredientes perfeitos para acabar esta viagem.

Fiquei a adorar esta região e fiquei com vontade de regressar e visitar mais da ilha. Quanto a Alghero, apesar de não estar na mira da maior parte dos turistas que vêm à Sardenha, é uma cidade super fofa e que eu fiquei a amar. Apesar de não ter muuuuita coisa para ver, ela é sobretudo para ser vivida. E quem for com esse espírito concerteza vai passar um tempo óptimo por aqui.

Congresso na Sardenha com dicas práticas!

Na semana passada fui até à Sardenha, mais concretamente a Alghero, para participar num Congresso da área em que estou a trabalhar neste momento. Foi a primeira vez que fui “speaker” num Congresso e por essa razão dediquei imenso tempo a estudar apresentação, estudar toda a minha tese de Mestrado, enfim… Completamente focada no Congresso em si! Por essa razão acabei por não pesquisar muito acerca de dicas turísticas e deixei para pedir no hotel um mapa da cidade caso tivesse algum tempo livre.

Chegar a Alghero não foi tarefa muito fácil, porque tivémos de fazer escala em Roma na ida e em Milão na volta. Resultado, passámos quase 1 dia a viajar para chegar à ilha e outro dia para voltar da ilha. Com o tempo tão instável nos últimos dias, eu também estava super reticente em levar só roupa fresca e acabei por levar imensa tralha atrás (laptop incluído).

Em Roma apanhámos imensa chuva que estragou qualquer possibilidade de aproveitar a tarde para passear, mas os dias que passámos em Alghero foram espetaculares e o tempo miraculosamente abriu, brindando-nos com Sol todos os dias.

Chegámos de noite a Alghero e logo percebemos que o aeroporto é muito minúsculo. Nem tinha táxi, só chegou uns minutos mais tarde. Logo percebemos que o táxi seria o melhor meio de transporte para chegarmos até ao centro e foi mesmo. Demorámos uns 15/20 min até ao nosso hotel, por um preço bastante simbólico (25€).

Nós ficámos hospedadas no Hotel Angedras, muito bem localizado junto ao hotel onde foi o nosso Congresso, o Hotel Carlos V, esse sim com um luxo de cair o queixo. Eu adorei o hotel em que ficámos e acho-o super fofo e com um preço bastante razoável, principamente tendo em conta a localização muito central.

Quanto ao Hotel do Congresso é 5*, então tinha todo o luxo que se podia pensar, além de uma vista sensacional para o mar, desde o patamar onde estava o bar e a piscina e onde foram feitos todos os coffee break’s e servido o jantar do primeiro dia.

Que vista!! Eu não me cansava de tirar fotos cada vez que vinha a um coffee break. Também almocei no restaurante buffet do hotel em todos os dias do Congresso e adorei a qualidade do serviço e da comida. Enfim, o hotel e todo o serviço foram fenomenais e serviram para elevar toda a experiência do Congresso em si.

No último dia eu ainda consegui marcar o aluguer de um carro e nem precisei ir buscá-lo à agência no centro da cidade. O próprio rapaz da agência veio trazer-me o carro durante a manhã ao hotel e rapidamente tratei de toda a papelada no lobby mesmo.

Fiquei com o carro estacionado na rua para quando acabasse o Congresso ir logo de carro conhecer a praia que queríamos e depois de voltar estacionei na rua e entreguei a chave ao rapaz da receção do hotel. Melhor é impossível!

Como visitar a cidade? Se estiver numa visita rápida à zona, tal como eu, o ideal é andar a pé para conhecer a cidade e alugar carro se a intenção for conhecer uma qualquer praia da região. Alghero tem um serviço de autocarros que leva até às praias que estão logo ali a seguir à cidade (Lido, Maria Pia, etc), mas é impossível ir mais além só com este transporte. Além disso, eu pessoalmente acho que, ficar por estas duas praias é perder a oportunidade de conhecer as verdadeiras praias que dão fama à Sardenha no geral.

Então, nós optámos por passear a pé no primeiro dia de manhã, antes de iniciar o Congresso, mas depois alugámos carro para ir até La Pelosa conhecer a praia, que é uma das mais bonitas da região. E conduzir pela ilha é super simples. Ela está muito bem sinalizada, não há auto-estradas. Vamos literalmente entre campos e vinhedos, o que rendeu óptimas vistas também. Eu nunca tinha conduzido fora de Portugal e achei muito confortável todo o percurso. E rápido até.

Comi muito bem em Alghero, não só no Congresso, mas fora dele. O restaurante que visitei no centro da cidade tinha uma esplanada muito agradável, ali na rua pedestre principal, que liga as muralhas cá em cima e que se estende até ao arco que dá para a Marina (Café Gilbert Bar). Tem várias opções de comida típica italiana e a um preço muito bom. E claro que a comida estava muito boa.

Um dos dias do Congresso fomos jantar ao Le Pinnette, que fica fora de Alghero. Para lá chegar era preciso alugar carro mesmo. Nós fomos num autocarro alugado para todos e na altura eu lembro-me de ter pensado qual a razão para não termos ficado ali pelo centro. Mas agora posso garantir que o Le Pinnette é um show gastronómico com comida típica que não pára de chegar e, mais importante, suuuper deliciosa. As entradas foram recheadas de enchidos típicos da região, depois muitos carbo-hidratos (afinal estamos em Itália) e por fim um pernil super saboroso, que pelos vistos é a especialidade da casa.

Saí de Alghero super apaixonada pela comida, pelas pessoas, e pela região em geral. Toda a experiência foi óptima e ainda melhor ter conseguido aliar com um Congresso que foi igualmente espetacular e tantas alegrias me trouxe. Muita coisa boa aconteceu e nos próximos tempos concerteza irei desvendando pouco a pouco as muitas novidades que aí vêm, já a começar em Outubro.