Cinque Terre!

Se houve sítio que eu verdadeiramente fiquei arrependida de não passar mais tempo foi Cinque Terre. A região conta com 5 povoações todas ligadas por linha de comboio e só uma delas permite o acesso por carro.

Mas é engraçado como apesar de terem algo em comum (são todas povoações de pescadores, com casinhas coloridas a subir a encosta), conseguem ao mesmo tempo ser tão diferentes umas das outras. E isto estende-se aos acessos.

Nós chegamos a esta zona através de La Spézia, que é uma cidadezinha já grande à beira do mar. Então dá para ir de barco até às povoações da Cinque Terre (há até um cruzeiro que percorre todas elas durante algumas horas), ou então pegar o comboio e ir parando onde queremos. Eles fizeram um pass diário que permite andar de comboio de forma ilimitada.

No entanto, no nosso caso, como não íamos com tempo para ver todas as povoações, optámos por pagar individualmente as viagens que fizémos, que foram três. Assim, visitámos duas povoações, antes de fazer a viagem de regresso a La Spézia.

Mas aqui fiquei com tanta pena de não poder aproveitar nem que seja um dia a mais. Ainda por cima a praia estava uma delícia, com um calor óptimo mesmo para finais de Setembro. E eu nem biquini tinha levado porque né, a viagem já ia ser puxada, quanto mais pensar em fazer praia.

A nossa primeira paragem do dia foi na primeira povoação logo a seguir a La Spézia e talvez a que tem uns acessos mais complicadinhos – Riomaggiore. O comboio não fica no centro da povoação e para lá chegar é preciso subir um pouco e depois descer por escadas sem fim até chegarmos ao mar. O caminho inverso é beeeem pior!

Mas eu acho que quando começamos a descer e vemos as casinhas onde moram pessoas, bastante isoladas de uma povoação próxima, e sabendo que muitos deles só se transportam por barco, dá que pensar.

Por outro lado, eu achei Riomaggiore super fofo, muito colorido, muito com ar de pescador e mar. E como estava um dia óptimo, as cores das casas estavam ainda mais vivas e tudo parecida muito luminoso e lindo.

Aqui parece que o tempo pára e não importa mais nada na vida. Pelo caminho entre o comboio e a povoação em si, ainda temos paisagens magníficas das enseadas em volta e, claro, do mar sem fim à nossa frente.

Existem imensos restaurantes à beira da enseada e com vistas estupendas para o mar, então mais uma razão para ficar mais tempo por aqui. E depois são os barquinho espalhados em qualquer canto e as redes de pesca junto ao mar. torna tudo mais autêntico e especial.

Almoçámos no beiral de uma casa com um pátio pequeno em frente, depois de subir metade das escadas que nos levavam ao topo da colina. Da parte da tarde fomos até Monterosso del Mare, a única povoação maior e com capacidade para uma boa praia.

E a praia, que percorre toda a extensão da povoação, esta disposta mais ao longo da costa e não tão em altura, como as outras. A praia estava óptima e deixou uma inveja enorme por não poder experimentar. Adorei Monterosso por ser diferente das outras povoações e por ter aquele ar tão praiano que eu este ano não tive muita oportunidade de experimentar.

Mais uma vez, a povoação em si fica a uns 15 minutos a pé da estação de comboios, mas desta vez a distância vai ser percorrida sempre na beira da praia. Que inveja né? Ainda por cima com o calor que estava.

A povoação de Monterosso parecia mais virada para o turismo e não tão para a pesca. As casinhas e a disposição e cuidado da própria povoação eram muito mais evidentes e tudo parecia perfeito e acabado de ser construído e pintado. Tipo cenário de filme!

Como é a única povoação que permite o acesso de carros pode ser que tenha desenvolvido mais no sentido de receber os turistas que chegam à região por aqui, acabando por escolher esta povoação como base para explorar as restantes.

Então é muito charmosa e requintada, não perdendo aquele ar de povoação perdida no tempo como tem as restantes. As duas que escolhi visitar são muito diferentes uma da outra em termos de disposição, vistas e ambiente. Além disso ficam em pontas opostas da região.

Como não conseguíamos ver tudo, eu acho que estas duas foram a escolha ideal para ver duas povoações tão distintas. Uma bem mais virada para a pesca, com as casas construídas numa enseada que assusta, enquanto a outra tem uma praia óptima e tudo muito nivelado.

Ainda pensei em apanhar o trilho entre Monterosso e a povoação seguinte, Vernazza, que não estava muito longe e via-se bem no horizonte. Além disso Vernazza é igualmente linda, uma das mais bonitas, sem dúvida!

Mas como ficámos mais por Monterosso e ainda íamos fazer a viagem até Milão, acabámos por desistir da ideia para não ficar muito tarde. Mas esta é outra dica. Entre a maior parte das povoações, existem trilhos à beira mar que dá para fazermos sem gastar aquele dinheiro do comboio. Para além de que as vistas são espectaculares.

As trilhas entre as duas primeiras povoações já não estão activas, porque entretanto houveram alguns desabamentos ou então já não têm as condições de segurança necessárias para que os turistas possam percorrê-las.

Florença com mini-roteiro!

Para terminar os meus dias pela Toscana acabámos em beleza visitando Florença. Antes de mais eu vou avisando que este roteiro não é nada convencional, tendo em conta que eu acabei por não visitar qualquer museu.

Não foi que eu não quisesse. Sim, eu queria muito ter ido às Galerias Uffizi, mais do que ver qualquer outro museu. O que aconteceu foi eu ter esquecido completamente que elas fechavam às segundas. Então, literalmente bati com o nariz na porta.

Mas adorei Florença na mesma e amei percorrer a pé as ruas e muitos lugares emblemáticos que eu só via em foto e sonhava com o dia que ia ver ao vivo. Só por aí eu acho que valeu muito a pena. Além disso, Florença é a pérola da Toscana e foi o fecho ideal de uma passagem por esta região.

Nós apanhámos comboio desde a terra onde estávamos (Montepulciano) para Florença, isto porque nos foi aconselhado pelo dono da casa que alugámos ser a maneira mais simples de chegar à cidade. E como a estação fica a uns meros 100 metros do Duomo, eu realmente achei que foi a escolha mais acertada.

Óbvio que muito mais haveria para visitar, mas eu cingi-me ao essencial por um dia. E este é o melhor roteiro de um dia que eu encontrei. Então, como eu disse, começámos o roteiro pela Catedral Santa Maria del Fiore, que é aquele cartão postal de Florença.

Claro que eu achei o exterior estonteante e, segundo vários comentários, o exterior bate em larga escala o interior. Como eu estava com os ombros e braços à mostra, bem como o restante grupo, não foi possível entrar segundo as novas normas impostas por muitas catedrais turísticas espalhadas pela Europa.

Mas passear pelo exterior dá aquele encanto na mesma e talvez mais ainda. Em frente à catedral está o batistério que é igualmente muito trabalhado, mas que acaba por tapar um pouco a fachada da catedral e si. Então tirar foto a toda aquela maravilha é coisa complicada e difícil de conseguir. Mas isso não impede de serem dezenas de fotos só aqui.

Seguimos então pela avenida pedestre que vai ter à Piazza della Signoria, que é um marco irrevogável de Florença. São imensos os turistas nesta zona, imensas as barraquinhas, e sobretudo, muita cultura junta! E a céu aberto!

Nesta praça estão várias esculturas italianas, o Palácio Vecchio e ainda uma réplica da estátua de David Michelangelo, cujo original faz parte do Museu da Academia. Então chegar a esta praça dá aquele brilho no olhar, ainda mais quando passámos por uma avenida imensa com muita loja típica italiana para apreciar.

Quando cheguei aqui fui logo ver a Galeria Uffizi, que está mesmo ao lado do Palácio Vecchio e foi quando me apercebi do erro que tinha feito quando planeei os dias da visita. Mas enfim, apesar de chateada a coisa meio que se resolveu com uma visita ao próprio do palácio, onde encontrei um livro com as melhores obras de Uffizi.

Então por agora fiquei conformada, mas certamente quererei voltar a Florença, até porque muita coisa ficou ainda por ver. Depois de passarmos muito tempo sentados na praça, simplesmente a aproveitar a calma do dia e a observarmos o rebuliço dos turistas à nossa volta, seguimos até ao rio, onde demos de caras com a Ponte Vecchio.

Este é o ícone da cidade sem dúvida, a célebre ponte com as imensas joalharias, que foi um dos primeiros pontos de comércio mais influentes em Florença. Todas aquelas casinhas meio suspensas na ponte são fantásticas e muito fotogénicas. Então daqui,junto a uma das pontas da Galeria Uffizi é talvez a zona onde conseguimos ter as melhores fotos da ponte.

Daqui é só seguir em direção a ela e atravessá-la para a outra margem. Por dentro da ponte é um sonho virado realidade. Nunca vi tanta jóia junta em toda a minha vida. Mas que ela existe, existe, e está toda na ponte Vecchia em Florença.

A outra margem continua com o encanto das ruas e praças fofas e foi por aqui que almoçámos, num pátio meio escondido entre prédios e arcadas. Não foi a coisa mais espetacular mas estamos em Florença e isso atenua tudo. Todo o ambiente foi fantástico e fartámos-nos de rir com o velhote raquítico que nos veio atender e que já tinha ar de reforma à muito tempo.

Da parte da tarde fomos até à Piazza dei Pitti, onde está o palácio com o mesmo nome. Este palácio tem alguns museus interessantes no seu interior e na altura até estava a decorrer uma exposição  temporária ligada à moda e fotografia. No entanto, o objetivo era mesmo ver a arquitetura exterior e acabámos por seguir logo para a nossa última paragem do dia, a Piazzale Michelangelo, onde temos um miradouro incrível sobre toda a Florença.

Óbvio que mesmo depois de ter lido imensos comentários a falar em ir até lá de táxi ou autocarro, a verdade é que eu achei que era perfeitamente exequível irmos a pé. E não deu certo de jeito nenhum. O meu mapa da Lonely Planet terminava antes de lá chegar e aquele pedaço que faltava foi o suficiente para entrarmos por uma rua á direita, que não era suposto.

Resultado, demorámos o triplo ou quádruplo do tempo a lá chegar. Andámos imenso e nunca mais lá chegávamos. Era assim uma coisa surreal. E eu sempre a achar que o miradouro era já ali porque era o que parecia pelo mapa.

Enfim, chegámos lá sim, mas eu aconselho vivamente a apanhar o autocarro que sai da estação de comboios e pára lá no miradouro como última paragem. Na volta foi o que fizémos e demorámos só 10 minutos, depois de termos andado quase uma hora desde a ponte vecchio.

No entanto, apesar deste grande percalço, as vistas do miradouro são fabulosas e valem demais cada passo que eu dei. Por burrice eu sei, mas valem. Dá para ver tudo perfeitamente. Todos os sítios que tínhamos passado naquele dia. E a cúpula da catedral fica linda cá de cima.

Claro que as vistas do rio com a ponte vecchio são qualquer coisa de fenomenal e ajudou a põr a moral mais em cima depois do massacre e de todos os quilómetros que fizémos. Como já era quase fim do dia, foi lindo ver daqui o pôr-do-sol, ou pelo menos aquela luminosidade que antecede. Espectacular!

Greve in Chianti!

Próximo da casa que nós alugámos estava a região de Chianti, onde são produzidos os tradicionais vinhos com o mesmo nome. Então, mesmo nas imediações da nossa casa haviam algumas adegas para experimentar vinhos da região.

Mas eu estava de ideias fixas e queria ir até Greve in Chianti para provar os ditos vinhos. Isto porque tinha visto alguns comentários em blogs a falar que esta era a terra mais bonita da região, etc…

Greve in Chianti é uma autêntica aldeia perdida no meio do nada. Para lá chegar passamos por trechos de estrada que nem estão alcatroadas. Mas por outro lado, passamos por montes e paisagens lindas, cheias de vinhas a perder de vista.

No dia que fomos estava a acontecer uma mini feira de vinhos lá na terra, mas como já era tarde (19horas) não deu para aproveitar muito. O que fizémos foi seguir para o meio da aldeia e tentar encontrar uma tasquinha que servisse os mesmos efeitos.

E como estávamos na região Chianti essa tasquinha não tardou a aparecer. Aliás, à porta ainda estavam todos aqueles que passaram um dia animado na prova de vinhos e mesmo assim queriam continuar no convívio por mais algum tempo.

Como as ruas são minúsculas, e aparentemente todos se conhecem, nós somos reconhecidos à distância e somos mesmo o centro das atenções. Mas pela positiva, já que os senhores sentados no beiral das suas portas sempre iam dando umas achegas de que aquela fotografia devia ter ficado bem bonita.

Gente muito simpática e alegre, sem dúvida! E na tasquinha provámos vários tipos de vinho Chianti da região. Entre branco, tinto e rosé, pouco ficou por provar. Claro que a feira de vinhos teria mais variedade e mais produtores, mas foi igualmente bom conhecermos os produtores locais. Mesmo que não sejam dos mais famosos.

Saímos de Greve in Chianti já era de noite e hora do jantar. Ou seja, o dia foi bem longo e muito cansativo, mas conseguimos ter um gosto bem diversificado do que é a Toscana. E como provar vinho da região Chianti era quase obrigatório colocar no roteiro, acho que valeu a pena chegarmos a casa tarde e jantarmos já passava das 9h da noite.

Deixem-me só voltar a falar das paisagens em Chianti porque realmente fazem toda a jornada até ao final do mundo valer a pena. pelo caminho vamos ter a sensação de que já nos perdemos entretanto, mas o caminho é na realidade simples e foram várias as vezes que parámos na beira da estrada para tirar fotos.

Então o segredo é encarar a aventura e aproveitar cada momento da viagem pela Toscana. Porque ela não é só terras para visitar, também são vinhas e montes a perder de vista. Por isso vale a pena aproveitar cada coisa que esta região nos mostra.

San Gimignano!

A Toscana tem um charme único e quanto a isso não há dúvidas! Mas na hora de escolher quais as terras que queríamos visitar sem dúvida que a escolha foi difícil. Então a nossa passagem por San Gimignano está muito relacionada com a facilidade geográfica e o facto de estar relativamente perto da casa que tínhamos alugado.

E esse foi o nosso segredo! Começando o dia em Siena, a segunda terra mais fácil de visitar seria San Gimignano e, de certa forma, ainda bem que o era. Isto porque esta vila é super pitoresca e ainda consegue ser mais impressionante que Siena.

Então mesmo as cidades ou vilas mais pequenas nesta região têm a capacidade de nos deixar encantados e de nos fazer transportar para o tempo dos reis e rainhas. San Gimignano tem um ar muito rústico, bem mais do que Siena.

Entrar nas suas muralhas é o mesmo que voltar à era medieval. Todas as casas e construções têm a aquela cara tipicamente medieval, cor de terra. As praças com o poço no meio e imensas torres tipo castelo em cada praça.

Todas estas torres fazem com que a visão a partir do exterior da cidade dê a impressão desta ser um castelo em ponto gigante. Infelizmente não apanhei o ponto certo para tirar essa foto mas foram imensas as que vi na net antes de viajar e ajudaram a sonhar com esta terra e a querer incluí-la no roteiro.

Apesar dos acessos serem mais problemáticos que em Siena, uma vez dentro do parque de estacionamento estamos mesmo na porta da cidade muralhada e é só entrar e aproveitar cada esquina e cada lojinha.

Assim que entramos na porta principal temos logo uma rua imensa cheia de lojas de um lado e do outro. E o melhor é que aparentemente não entram carros dentro das muralhas. E isso percebe-se bem pelo quão minúsculas são as ruas. Podem ser enormes em comprimento mas são super estreitas em largura.

E aqueles arcos, igrejinhas, etc… Tudo super fofo sem dúvida! Dá vontade de ficar por ali horas a aproveitar o clima tão pitoresco. San Gimignano não tem propriamente sítios específicos para visitar. O interessante da cidade/vila (nem sei ao certo o que chamar) é mesmo passear pelas ruas e ver o artesanato das lojas.

Umas são mais tradicionais que outras e vendem produtos tipicamente italianos ou nem por isso. Muitas marcas (caras) nem vamos reconhecer o nome, mas ao que parece fazem furor em Itália porque acabámos por passar por outras lojas iguais em Florença.

Por outro lado, parece que a região da Toscana tem o seu próprio artesanato e marcas, quer seja de roupa, malas ou decoração. Então muito do que vimos nesta região não voltámos a ver no norte de itália ou vice-versa. As grandes marcas e cadeias nacionais ou mesmo internacionais não são vistas pela Toscana.

Então, San Gimignano foi especial por nos mostrar o que a Toscana pode ser em menor escala, já que Siena era uma cidade grandinha. Por outro lado, acabamos por não precisar de muito tempo para ver esta terra, apesar de que sabe sempre bem sentar numa praça e ficar algum tempo a observar o ritmo natural do que nos rodeia.

Nós saímos de San Gimignano ao final da tarde porque ainda queríamos fazer uma prova de vinhos a Chianti e essa região ficava mais ou menos entre a nossa casa e san Gimignano. O que parece fácil mas na Toscana tudo muda e o tempo de viajem duplica por causa das condições geográficas desta região. Ela é montanhosa e qualquer terriola mais pequena não vai ficar propriamente à beira da estrada principal.

Mas compensa totalmente estes tempos de viagem quando temos oportunidade de ver paisagens lindas com as imensas filas de vinha a perder de vista. E, claro, as casas no cimo do monte, completamente isoladas do resto do mundo. Ou assim parece. Mas Chianti fica para outro post.

Siena, na Toscana!

A Toscana é um território imenso, mas que no seu todo apaixona qualquer turista que esteja de visita. No entanto, de forma a aproveitar bem a região é bom definir previamente quais as cidades que queremos visitar. E como o território é extenso, vale a pena planear a pensar nisso mesmo.

Como nós tínhamos dois dias inteiros para explorar a região, sendo que um deles seria exclusivamente para Florença, optámos pelas terriolas mais conhecidas: Siena, San Gimignano e Chianti.

Claro que ficou meio cansativo! Encaixar estas três terras num só dia implicou acordar cedo e chegar a casa de noite. No entanto, geograficamente deu para fazê-lo, visto que ficam mais ou menos em linha reta e Chianti, a última terra que visitámos, ficava já perto de nossa casa.

Então, começámos o dia cedo em Siena, que ouvi dizer ser uma cidade bastante próxima a Florença em termos de dimensões e importância. Entre as duas há até uma certa rivalidade espicaçada pelos turistas que tendem a preferir uma sobre a outra.

Apesar das cidades na Toscana serem muito parecidas, eu achei que cada uma tinha as suas características próprias que as tornavam singulares à sua maneira. Siena é muito medieval, sem ter torres e castelos. É também a maior que visitámos e onde passámos toda a manhã e algum tempo da tarde.

O Duomo não é tão imponente como o de Florença, mas tem a sua beleza própria e é interessante como aquela praça se enche de vida, com tantas lojinhas de artesanato e ainda um mercadinho.

Andar pelas ruas de Siena está no topo do que se deve fazer por lá, tendo em conta a sua arquitectura tão diferente do que já tínhamos visto até esta altura. Fez-me lembrar imenso o sul de Espanha mas mesmo assim não totalmente.

O grande ponto alto de Siena é a sua praça central, semi circular, onde uma multidão se concentra quer seja para apanhar Sol ou para relaxar em qualquer restaurante com as suas esplanadas. O ambiente é óptimo e sobretudo vale a pena percorrer todo o caminho até chegar lá.

Pelo meio vamos passar por ruelas muito pitorescas, túneis, escadas, etc… Tudo isso nos vai dar a sensação de que regredimos uns bons séculos. As casinhas da cor da terra, portadas de ferro, tudo tem o seu estilo único.

Em Siena adorei o facto de não ter quase nada particularmente turístico que desse aquela obrigação de passar e bater ponto. Então foi só aproveitar o quão agradável é passear quase sem destino. Siena é a cara da Toscana e uma óptima introdução do que nos espera enquanto estivermos por aqui.

E o melhor é que para chegarmos a Siena temos de passar por terrenos de vinha, paisagens deslumbrantes e casas perdidas no meio do nada. Quanto à célebre rivalidade entre Siena e Florença e o que vale a pena visitar, eu acho que as duas são diferentes o suficiente para brilharem cada uma por si.

Sim, vale muito a pena descer até Siena e não ficarmos só por Florença, e sim, existem muitas diferenças entre elas. Siena é muito mais simples mas ao mesmo tempo muito mais com ar de perdida no tempo. Mais sossegada também.

Apesar de Siena ficar praticamente no limiar sul da Toscana, ela é linda e pitoresca.

Pisa!

Não dava para passar pela Toscana e não ir até Pisa, mesmo que fosse só por umas horas, com o intuito exclusivo de conhecer a Torre. E basicamente foram esses os planos, já que nesse dia ainda demos a tal paragem pelo Museu da Ferrari e ainda fomos dar entrada na nossa casa alugada perto de Florença.

Mas como os planos para encaixar Pisa noutro dia estavam fora de questão, então este pareceu o dia perfeito para ir conhecer a famosa Torre. Claro que ir conhecer a torre não significou ficar a conhecer a cidade em si.

E eu li alguns blogs que comentavam o quão bonita era a cidade e o quanto ficamos a perder caso não a visitemos por completo. Concordo com tudo, aliás, Toscana é Toscana e a cidade de Pisa decerto que tem todo o charme desta região.

No entanto, no nosso caso, era muito complicado tentar ficar mais tempo e desbravar mais caminho para além da zona da Torre. Por todas as razões que eu já falei antes. Se fiquei com a sensação de não ter conhecido a verdadeira Pisa? Nem por isso!

Eu passei quatro dias na região da Toscana e deu perfeitamente para ficar a amar este pedaço de Itália. Então, para quem está numa de ver mais da Toscana como eu, pode muito bem optar por ficar em Pisa pouco tempo e aproveitar as vistas da Torre inclinada.

Só tem um senão. Esta zona é muito mexida com imensos turistas apinhados a querer tirar fotos e mais fotos com a torre. As tradicionais fotos a segurar na torre, entre outras cada vez mais criativas.

Então o ideal é tentar fugir um pouco do rush e experimentar o final do dia, quando a maioria das excursões vai embora e deixa o perímetro um pouco mais transitável.  Foi o que nos aconteceu e, apesar de não ter sido de propósito, até calhou na perfeição.

Saímos quase de noite de Pisa e ainda conseguimos comprar uns souvenirs no cercadinho ao lado da Torre, com coisas super baratas! Uma torre em miniatura 1€? Perfeito!

A história da torre é muito engraçada e basicamente trata-se de um deslize de terras onde a construção estava a ser feita. Com o tempo ela foi se entortando mais até que uns séculos atrás, finalmente arranjaram a estrutura para que aguentasse mais uns séculos nesta inclinação que vemos hoje.

Museu da Ferrari, em Modena!

A dica de hoje vai totalmente para os apaixonados por carros desportivos topo de gama. Modena não faz de todo parte de um roteiro a Itália para a maioria dos turistas, mas é local de passagem obrigatória para todos aqueles que adoram Ferrari e Lamborghini.

Com dois rapazes no grupo, e como íamos fazer o percurso entre Veneza e Toscana, o que nos obrigaria a passar perto de Modena, o Museu da Ferrari ficou definitivamente marcado no mapa.

E quando entramos na cidade de Modena tudo muda. De repente começa a ser normal cruzarmos com um Ferrari em cada esquina. Para além do Museu da Ferrari, a cidade também tem dois museus da Lamborghini. Então se forem mesmo apaixonados, reservem um dia inteiro ou dois para dar a volta a todos os museus.

Como estávamos de passagem e ainda queríamos dar entrar na casa em Florença a meio da tarde e depois dar um santinho a Pisa, ficámos só por este museu, e todos ficaram contentes.

O Museu da Ferrari fica num pavilhão bem em destaque, rodeado de pequenas lojas que vendem produtos oficiais e ainda vendem uma experiência ao volante de um Ferrari durante meia hora, se não estou em erro. Claro que fica assim uma exorbitância daquelas, se ainda por cima somarmos o preço da entrada no Museu e todos os extras do próprio museu (loja de produtos oficiais da marca Ferrari, simulador, etc…).

No nosso caso só os rapazes foram ver o Museu, até porque era daquelas experiências que eu não fazia questão de fazer. Então trocámos e enquanto eles iam ao Museu da ferrari, nós as duas iríamos à Galeria Uffizi em Florença uns dias mais tarde.

Por essa razão este não é o típico post de todas as coisas que se podem encontrar dentro do Museu, mas sim uma dica e até mesmo um abrir de apetite para aqueles que gostam deste tipo de carros. E mesmo para aqueles que não vão poder pagar mais nenhuma experiência para além do bilhete do museu, pelo menos não vão faltar Ferraris para babar.

O Museu da Ferrari está muito vocacionado para os modelos ao longo do tempo, dando um destaque especial à Fórmula 1. Por essa razão, é possível ver todas as conquistas que a Ferrari alcançou, quais os seus pilotos e prémios que ganhou. Ao vivo e a cores!

Noutra secção ainda é possível vermos a história da Ferrari e o porquê da sua importância. É possível ver o motor em exposição até! E claro, muitos modelos, desde os mais antigos aos mais recentes. No final da visita ainda é possível experimentar o simulador por um preço extra e durante 15 minutos.

As empresas que estão no exterior a vender uma boleia num Ferrari não fazem parte do museu e é ele próprio que avisa em relação a isso. No entanto, por aquilo que me apercebi, estas mesmas empresas estão registadas no TripAdvisor e até têm certificado de excelência. Por isso, apesar de ser uma experiência cara, não acho que seja uma roubada.

Veneza!

Eu acho que Veneza foi talvez a cidade mais inesperada que visitámos e muito provavelmente a mais bonita e única! Como eu disse no post anterior, é difícil para mim decidir de caras qual foi o sítio mais espectacular de toda a viagem, mas Veneza foi escolhida pelos restantes do grupo, então se calhar este foi mesmo o ponto alto.

Para já, eu achei Veneza muito inesperada tudo porque estava um lindo dia de Sol e calor imenso. Então Veneza não foi nada daquilo que eu tinha imaginado na minha cabeça. Sabem quando vêm fotos e mais fotos de um sítio e quando lá chegam parece que não tem nada a ver?

Tudo muito brilhante, casas coloridas, tudo super limpo e arranjado. Nenhum mau cheiro!! Lindo e perfeito com água quase cristalina! Hello?? Onde está a Veneza escura dos filmes? Onde está o cheiro a esgoto? Parecia quase surreal de tão perfeito.

A sensação que deu é que construíram esta cidade à poucos anos para substituir a velha e decrépita Veneza. Ou então as fotos que aparecem por aí e os filmes com Veneza como pano de fundo não fazem jus à real beleza da cidade. Também há a hipótese de ter dado sorte com o tempo e quase nunca ser assim.

Mas pronto, passando à frente, depois de ter dado o meu desabafo. Cheguei a Veneza de autocarro, vinda de Mestre onde alugámos casa. E foi super simples. Chegámos quase na beira dos primeiros canais e depois foi só ir embrenhando cada vez mais pelos labirintos de Veneza.

Para mim o mais importante e experiências únicas que não queria perder seriam o passeio de gôndola, perder-me pelas ruelas e canais, ver de perto o Rialto e Piazza de San Marco e trazer para casa algo com o famoso vidro de Murano. Ah, e claro apreciar o Gran Canal com o movimento que ele tem.

E posso dizer que saí feliz porque cumpri todos os objetivos. Nada de museus, não era esse o meu objetivo para uma primeira visita a Veneza. Também me falaram imenso em visitar Murano e Burano, mas eu achei que devia me concentrar exclusivamente em Veneza.

A minha escolha de roteiro? Entrar em Veneza e seguir as placas (que estão literalmente em cada esquina) em direção ao Rialto. Pelo caminho vamos passar por ruas estreitas cheias de lojas, igrejas escondidas em praças, muitas máscaras de Veneza de tirar o fôlego, e muitos canais.

O que quer dizer que mais ou menos a meio do percurso para o Rialto fomos fazer o passeio na gôndola. Qualquer altura é boa e existem gondoleiros espalhados por todo o lado. Como era de manhã e não estávamos próximos do Gran Canal, o nosso passeio foi a coisa mais pacata e espectacular. Adorei, mesmo assim, ver que existem semáforos em Veneza, em certos cruzamentos entre canais. A-M-E-I!

Por outro lado, eles também comunicam muito entre si e conhecem-se todos uns aos outros. Mesmo entre gondoleiros e taxistas (que lá são barcos lancha). Então sempre que viram perguntam se vem alguém ou sempre que passam por um barco trocam umas palavras com o colega. Super giro!

Voltando ao percurso, desde os autocarros até ao Rialto, ainda andámos bastante, o que se faz totalmente sem esforço, porque em cada canto nos apaixonamos por qualquer coisa. O ambiente é mágico mesmo e quando eu finalmente cheguei à ponte do Rialto nem acreditava que era ela. O ambiente aqui nesta zona é bem mais agitado, além disso estamos mesmo por cima do Gran Canal.

Da ponte tínhamos vistas incríveis da extensão do Gran Canal. Cheio de barcos (gôndolas, táxi-boat, ou vaporeto). Além disso, nas margens do canal a agitação era imensa com todas as esplanadas cheias a abarrotar, muita gente a passear por ali, muitos turistas a tirar fotos à ponte de todos os ângulos e mais alguns.

Daqui até à Piazza San Marco é um pulinho. E lá, na ponta mais afastada do nosso ponto de partida, parámos no tempo para contemplar não só a praça com a sua basílica que é um espanto de tão linda, como toda a vista sobre a água.

Foi o fim de dia perfeito antes de voltar a percorrer todo o caminho para trás. Era mesmo aquele último sítio que precisávamos ir para sentir que estávamos mesmo em Veneza. O Palazzo Ducale tem toda aquela arquitectura intricada e um excelente complemento à Basílica.

E logo ao lado está também a Ponte dos Suspiros, que é assim chamada por ser a ponte que ligava o Palácio Ducale, onde eram dadas as sentenças, à prisão. Então, os prisioneiros, quando aqui passavam suspiravam por ser a última vez que veriam a luz do dia.

Verona e o Romeu e Julieta!

Verona foi o ponto de paragem ideal entre Milão e Veneza, até porque está ali no meio destas duas grandes cidades turísticas. Mas a própria Verona tem uma beleza imensa, tão diferente das suas vizinhas.

Eu confesso que nunca prestaria atenção se não fosse pela história tão romântica que é o Romeu e Julieta de William Shakespeare. Esta história trágica entre dois jovens de famílias socialmente opostas que se apaixonaram e não tiveram o seu final feliz faz com que o clima da cidade se transforme e apaixone os turistas que estão de visita.

Verona é muito compacta e o ideal é passear pelas ruas e aproveitar o quão bonita é a cidade em si. Nós começámos o roteiro ali na praça onde está a Arena, que é considerada uma das mais bem conservadas arenas romanas. Por aqui tem lugar a temporada de óperas de Verão, entre outros espectáculos.

Desde a Arena, é só seguir pela rua pedonal com imensas lojinhas, até chegar à praça central de Verona, a Piazza dele Erbe. A casa da Julieta era um pouco abaixo na rua, então fomos logo lá antes de fazer paragem nesta praça.

E, apesar de ser diferente daquilo que estava à espera de encontrar, depois de ver um filme que começava precisamente na casa da Julieta, achei super pitoresco e interessante como as paredes do corredor que dá acesso à casa estão cheias de mensagens românticas.

E o quão engraçado foi finalmente ver de perto o tão famoso balcão onde a Julieta se escapava para ver o seu Romeu. A casa está aberta a visitação e é até muito usual tirar uma foto no dito balcão. Apesar de ser quase obrigatório tirar foto na estátua da Julieta, que está no pátio mesmo.

O almoço foi passado sentados numas escadas da Piazza delle Erbe, depois de comprar umas sandes e umas pizzas no mercadinho de rua que estava por ali. Pessoal, adorei o mercado e acho sinceramente que são estas coisas que fazem as viagens.

Já começámos a ver as famosas máscaras de Veneza pelas barraquinhas, imensas lembranças para turistas e não só. Tanta coisinha fofa que dava a maior tentação para trazer a mala cheia. Difícil controlar.

Mas aquele clima de deixa a vida passar foi contagiante e haviam tantos turísticas sentados por ali, em grupos grandes ou nem tanto. Estava um tempo muito bom também, então foi assim aquele sítio que me marcou e adorei passar tempo por aquela praça. Nem trocava por qualquer outro restaurante.

A Torre dei Lamberti também é nesta praça e está aberta a visitação com a promessa de vistas incríveis da cidade. Mas para subir é preciso contar com elevador só até dois terços do percurso. O restante é feito por escadas.

É interessante o quão diferentes eram as suas funções uns séculos atrás. Apesar de ser aqui onde as reuniões do estado eram feitas, a torre também era muito importante para dar o alarme em caso de fogo na cidade ou imediações.

Seguindo pela Piazza dei Signore chegamos aos túmulos góticos da família Scala, a qual é muito conhecida pela sua influência tirânica durante a Idade Média (Arche Scaligere). Vale a pena passar e apreciar a obra prima, mesmo de fora do complexo. Isto porque para entrar também se paga.

O percurso de volta foi feito por outra via principal de Verona, o Corso Porta Borsari, que é outra preciosidade típica italiana. Muitas lojas, fachadas de casas incríveis, gente pelas ruas a passear, e no final da rua ainda passamos por aquelas construções romanas que parecem já fazer parte do ambiente como se sempre tivessem estado lá.

Nós continuámos em frente e fomos acabar o passeio junto ao Castelvecchio, que é daqueles pontos imperdíveis. Para além de ser um castelo no meio de uma cidade, ele ainda tem uma ponte magnífica que atravessa até à outra margem do rio e dá a paisagem ideal de Verona.

No entanto, a ponte por ela própria é super fotogénica e dá vontade de tirar foto em cada janelinha ou varanda. Daqui até à arena, o nosso ponto inicial do roteiro, é bem rápido. E desta forma ficámos a conhecer praticamente tudo da cidade num dia.

É difícil eleger qual a cidade que eu gostei mais de entre todas e já foram várias as pessoas que perguntaram, mas Verona ocupou um lugar especial no coração. Isso sem dúvida!

Milão, a capital da moda!

O nosso roteiro começou por Milão, logo no dia seguinte a aterrarmos nesta cidade. De manhãzinha estava bem nublado e a chover mas a meio da manhã o sol começou finalmente a espreitar e lá saímos à rua em direção ao Duomo!

Na verdade Milão é tão compacto que num dia nós facilmente conseguimos ver tudo e ainda passear pelas lojas, que na minha opinião é um dos grandes atrativos da cidade. Então, não é que eu seja propriamente dada a compras durante viagens, mas né? Estamos em Milão!

O ponto mais central de Milão é o Duomo e a sua praça, então este é muitas vezes (senão sempre) o ponto de partida em qualquer roteiro na cidade. Eu fiz questão de visitar o Duomo por dentro, mas atenção com a vestimenta. Cada vez mais é importante e regra mesmo, respeitar as normas de vestuário. Caso contrário não dá para visitar as igrejas. Nada de pernas ou ombros à mostra.

O Duomo de Milão acabou por ser a única igreja que visitámos por dentro, então teve um gosto especial. Ela pode ser linda por fora, com a sua fachada ricamente trabalhada, mas por dentro não fica atrás e é de facto imponente.

Dali da praça temos a entrada para as Galerias Victorio Emanuelle, que são um dos epicentros da moda em Milão. Super luxuosas, com as suas lojas da Prada, Louis Vuitton, Carolina Herrera, Gucci, etc… São aquele aperitivo do que nos espera no restante roteiro.

Atravessando as Galerias até à outra ponta estamos de frente para o Teatro La Scala, onde as óperas mais conhecidas e importantes de Milão têm lugar. Para quem estiver mais tempo pela cidade acho que assistir a um destes espetáculos deve fazer parte da lista de experiências a não perder.

Daqui seguimos até ao Castelo Sforzesco, que tem no seu interior um conjunto de museus importantes acerca da história da cidade. Existe um bilhete conjunto que permite visitar todos eles, para quem estiver interessado. Para nós foi uma questão de apreciar um dos marcos importantes na história de Milão, deixado pela família Sforza.

Ele foi reconstruído no século XV pelo duque de Milão, Francesco Sforza, e passou ao longo do tempo por sucessivas destruições e reconstruções, até chegar aos dias de hoje, imponente.

Nas traseiras tem um jardim espectacular que vale a pena dar uma olhada e descontrair um pouco, e na sua frente está uma das Vias principais de Milão que vai ter precisamente à praça do Duomo. Esta Via é pedonal e está cheia de lojas de um lado e doutro. Umas mais modestas que outras, mas de tudo um pouco e bem ao jeito milanês.

Quando chegámos novamente ao Duomo, seguimos pela sua lateral esquerda em direção ao Quadrilátero do Ouro, onde terminámos o dia a entrar e sair de lojas e onde ainda nos cruzámos com a modelo Gigi, que criou um verdadeiro pandemónio nas ruas de Milão.

Mas né? Estamos em Milão, então embarca na aventura da moda e do glamour. Milão é assim mesmo e por todo o lado vemos luxo e ostentação. Não há uma única pessoa na rua que não esteja maquilhada e magnificamente vestida.

Tudo é requinte, até mesmo as fachadas dos prédios. Muito clássicas e senhoriais. Nada do que eu tinha visto em Roma, que até aqui era o meu único ponto de referência em Itália. Em Milão não há simplicidade. Até uma loja da Zara consegue estar ao nível de uma Michael Kors. Toda cheia de estilo! Eu tirei uma foto da entrada só para a posteridade e para poder mostrar por aí a importância que é dada à moda nesta cidade.

Milão foi talvez a cidade mais séria e luxuosa de toda a viagem. Aquela cidade em que o grande objetivo é deambular pelas avenidas cheias de lojas e absorver tudo isso. Mesmo que não andemos propriamente às compras.

Mas Milão é também uma cidade cara e é bom irmos preparados para isso. Desde restaurantes a lojas, até mesmo os souvenirs. Então por estas razões, Milão pode ser amado ou odiado com a mesma facilidade. Por isso o meu conselho vai para encarar Milão como aquilo que ela realmente é. E desenhar o roteiro de acordo com isso mesmo. Sem dúvida que Milão é diferente e vale muito a pena ser visitado.