Praia La Pelosa, na Sardenha!

E como quem vai à Sardenha tem de visitar e experimentar uma praia, nós andámos desde o primeiro dia que chegámos à ilha a pensar como seria, se alugávamos carro ou não, que praia iríamos visitar e quando.

Até que reparámos que o Congresso iria acabar mais cedo que o previsto no Sábado. Então aí todas as dúvidas se dissiparam e nós percebemos que íamos conseguir visitar uma das praias mais bonitas da região (se não a melhor!) – a La Pelosa!!

Falámos com o concierge do hotel onde estava a decorrer o Congresso e conseguimos alugar carro com uma das empresas parceiras deles que até nos levou o carro diretamente ao hotel e deixou estacionado lá na porta. Melhor impossível não?

Assim que terminou o Congresso nós pegámos no carro e fomos diretos para a região de Stintino, onde fica a famosa praia da La Pelosa. A viagem durou 50 min e foi muito simples “navegar” pelas estradas da região. A ilha não tem auto-estrada mas as estradas são muito boas e, de vez em quando, ainda nos vamos cruzando com os animais a pastar ou com vários tractores que andam a transportar palha, entre outras coisas.

A própria viagem até à praia é muito relaxante e tranquila, com paisagens lindas, mas claro que quando chegamos junto ao mar não conseguimos conter os fascínio do que é chegar ao mar da Sardenha.

Eu já tinha visto imensas fotos antes. E nestes dias, enquanto procurava pela praia ideal, vi também aquele azul típico da Sardenha e sabia que ia ser muito bom ver ao vivo. Mas nada explica a sensação de realmente chegar lá e ver as diferenças na tonalidade da água. Ver como é possível ela variar entre um azul super claro, para um azul mais escuro logo a seguir.

E a praia propriamente dita, apesar de um pouco pequena e sempre cheia de turistas e locais, é de facto estonteante e tem umas paisagens de cortar o fôlego. Nós demos sorte porque fomos antes do início da época balnear e a meio da tarde, quando já muitos se estavam a vir embora. Então, não apanhámos os parquímetros a funcionar nem as regras de restrição de pessoas à praia.

Sim, porque como a praia é relativamente pequena, eles restringem o número de pessoas que tem acesso a ela na alta temporada, que começa no dia 1 de Junho. Além disso, criam mais algumas regras de preservação, como a lavagem dos pés na saída da praia, para garantir que a praia sobrevive com areia até ao fim da temporada.

Apesar de termos apanhado uma dia mais ventoso, estava muuuito calor, e a água estava uma delícia. Foi muito bom poder mergulhar naquela água azul transparente e, sobretudo tirar muitas fotos para comprovar que aquele azul realmente existe, e aqui tão perto! Ahahah

A pequena ilha com uma torre que está ali ao lado também tem uma história fascinante. Era utilizada como prisão para os criminosos, que se viam ali ilhados e sem hipótese de fuga, mesmo que conseguissem sair da cela.

Hoje em dia, esta ilhota é só mais um upgrade na paisagem magnífica da praia e fica ali no horizonte a abrilhantar as nossas fotos. Realmente a Sardenha nunca fez parte daquele destino que eu queria muito ir, mas depois destes dias por lá fiquei muito grata pela oportunidade de poder ter lá estado, mesmo em trabalho.

É daqueles destinos que nos surpreendem muito pela positiva e ficamos com o gostinho de querer voltar.

A cidade muralhada de Alghero!

Como já tinha partilhado convosco no post anterior, eu não tinha muitas perspectivas turísticas em relação a Alghero por causa do contexto específico da viagem. E o pouco que tinha pesquisado não me tinha adiantado de grande coisa porque sempre chegava à conclusão que a cidade era pequena e que poucas pessoas da blogoesfera se interessaram até à data por conhecer mais a fundo aquela região.

Mas uma coisa eu tinha a certeza. A cidade era super pitoresca, muralhada e dava facilmente para percorrer a pé. Então eu deixei para lá grandes planos de pontos turísticos a visitar e decidi focar-me em deambular pelas ruelas e sentir a cidade com calma (no tempo livre que tivesse, óbvio).

E sabem, foi a decisão mais acertada! De facto Alghero não é o centro turístico da ilha, mas não é por isso que ela deixa de ser linda e encantadora. Pode também não ter grandes pontos turísticos a visitar, mas não quer dizer que não possa ser vivida como um todo.

E em beleza ela conseguiu superar as expectativas e era impossível não ficar deslumbrado com cada canto e até com a própria história da região. Como a cidade fica ali na beira do mar, então a sua história está muito relacionada com invasões de piratas e batalhas para defender a terra dessas mesmas invasões.

Então, daí vem a bandeira da Sardenha, que são 4 caras de piratas, e daí vem toda aquela cultura de pôr pirata em tudo que é canto e em tudo que é loja. Ahahaha Além disso, eles têm toda uma muralha bem preservada, com torres de vigia, canhões e catapultas, que em tudo nos faz lembrar a história passada (ou mais ou menos recente) daquele povo.

Hoje em dia aquelas muralhas adicionam todo um fascínio à cidade e é maravilhoso percorrer a pé todo o percurso muralhado, com o mar azul a estender-se no horizonte e as casinhas pitorescas no lado oposto.

Mas o facto de eles terem mantido os canhões e as catapultas ao longo de toda a muralha só serve para nós termos um encontro autêntico com a história do local e imaginarmos as lutas que eles tiveram de passar por estarem ali tão expostos ao mar e aos perigos que isso representa.

Para além das muralhas, começando a embrenhar-nos pelas ruelas empedradas do centro histórico, deparamo-nos com aquele gostinho típico italiano. Casinhas coloridas, lojinhas fofas, muitas scooter, e aquele sorriso e boa disposição dos italianos que nos enche o coração.

É a 3ª vez que eu visito Itália e acho que nunca me vou cansar de ver toda a alegria dos italianos. Desta vez eu tentei falar o máximo italiano possível (raquítico, mas enfim) e acho que isso ainda contribuiu mais para a experiência maravilhosa que passei nestes dias por lá.

Mas voltando ao centro histórico, ele é bem labiríntico mas ao mesmo tempo é fantástico podermos “perdermo-nos” por lá, andando de rua em rua, sem destino certo. Nós só tivémos uma manhã para passear mas a realidade é que conseguimos ver bastante e nem andámos apressadas.

Ali aquela região tem um coral vermelho no fundo do mar que é típico, então muitas lojas existem a vender toda a bijuteria possível e imaginária feita de coral. Nem todas as lojas são oficiais (geralmente só as ourivesarias o são), então o preço e a qualidade/autenticidade podem variar.

Para quem quiser conhecer mais acerca deste coral, há um museu lá no centro que eu não visitei mas que é uma boa dica para quem estiver com mais tempo disponível. Lá no centro também há umas igrejinhas em cada esquino muito pitorescas, no entanto, a mais importante da cidade é mesmo a Catedral de Santa Maria.

Ela é lindíssima por dentro. Muito simples, quando comparada com as habituais catedrais italianas, cheias de ouro e muito requintadas. Esta é linda mas porque está trabalhada em mármore branco, o que não é tão comum assim. Apesar de Catedral, não é muito grande, mas como está tão bem trabalhada no seu interior, acaba por ter uma beleza elegante e diferente.

Ali junto ao centro histórico está a marina, que se estende ao longo de uma calçadão igualmente elegante, que vai dar ao início das praias ali da zona. Eu passei mais tempo na marina no último dia, quando viémos da praia e parámos ali para jantar. Então apanhei o pôr-do-sol na marina, que foi lindo. O mar muito calmo, uma brisa ligeira e um calor ameno. Ingredientes perfeitos para acabar esta viagem.

Fiquei a adorar esta região e fiquei com vontade de regressar e visitar mais da ilha. Quanto a Alghero, apesar de não estar na mira da maior parte dos turistas que vêm à Sardenha, é uma cidade super fofa e que eu fiquei a amar. Apesar de não ter muuuuita coisa para ver, ela é sobretudo para ser vivida. E quem for com esse espírito concerteza vai passar um tempo óptimo por aqui.

Congresso na Sardenha com dicas práticas!

Na semana passada fui até à Sardenha, mais concretamente a Alghero, para participar num Congresso da área em que estou a trabalhar neste momento. Foi a primeira vez que fui “speaker” num Congresso e por essa razão dediquei imenso tempo a estudar apresentação, estudar toda a minha tese de Mestrado, enfim… Completamente focada no Congresso em si! Por essa razão acabei por não pesquisar muito acerca de dicas turísticas e deixei para pedir no hotel um mapa da cidade caso tivesse algum tempo livre.

Chegar a Alghero não foi tarefa muito fácil, porque tivémos de fazer escala em Roma na ida e em Milão na volta. Resultado, passámos quase 1 dia a viajar para chegar à ilha e outro dia para voltar da ilha. Com o tempo tão instável nos últimos dias, eu também estava super reticente em levar só roupa fresca e acabei por levar imensa tralha atrás (laptop incluído).

Em Roma apanhámos imensa chuva que estragou qualquer possibilidade de aproveitar a tarde para passear, mas os dias que passámos em Alghero foram espetaculares e o tempo miraculosamente abriu, brindando-nos com Sol todos os dias.

Chegámos de noite a Alghero e logo percebemos que o aeroporto é muito minúsculo. Nem tinha táxi, só chegou uns minutos mais tarde. Logo percebemos que o táxi seria o melhor meio de transporte para chegarmos até ao centro e foi mesmo. Demorámos uns 15/20 min até ao nosso hotel, por um preço bastante simbólico (25€).

Nós ficámos hospedadas no Hotel Angedras, muito bem localizado junto ao hotel onde foi o nosso Congresso, o Hotel Carlos V, esse sim com um luxo de cair o queixo. Eu adorei o hotel em que ficámos e acho-o super fofo e com um preço bastante razoável, principamente tendo em conta a localização muito central.

Quanto ao Hotel do Congresso é 5*, então tinha todo o luxo que se podia pensar, além de uma vista sensacional para o mar, desde o patamar onde estava o bar e a piscina e onde foram feitos todos os coffee break’s e servido o jantar do primeiro dia.

Que vista!! Eu não me cansava de tirar fotos cada vez que vinha a um coffee break. Também almocei no restaurante buffet do hotel em todos os dias do Congresso e adorei a qualidade do serviço e da comida. Enfim, o hotel e todo o serviço foram fenomenais e serviram para elevar toda a experiência do Congresso em si.

No último dia eu ainda consegui marcar o aluguer de um carro e nem precisei ir buscá-lo à agência no centro da cidade. O próprio rapaz da agência veio trazer-me o carro durante a manhã ao hotel e rapidamente tratei de toda a papelada no lobby mesmo.

Fiquei com o carro estacionado na rua para quando acabasse o Congresso ir logo de carro conhecer a praia que queríamos e depois de voltar estacionei na rua e entreguei a chave ao rapaz da receção do hotel. Melhor é impossível!

Como visitar a cidade? Se estiver numa visita rápida à zona, tal como eu, o ideal é andar a pé para conhecer a cidade e alugar carro se a intenção for conhecer uma qualquer praia da região. Alghero tem um serviço de autocarros que leva até às praias que estão logo ali a seguir à cidade (Lido, Maria Pia, etc), mas é impossível ir mais além só com este transporte. Além disso, eu pessoalmente acho que, ficar por estas duas praias é perder a oportunidade de conhecer as verdadeiras praias que dão fama à Sardenha no geral.

Então, nós optámos por passear a pé no primeiro dia de manhã, antes de iniciar o Congresso, mas depois alugámos carro para ir até La Pelosa conhecer a praia, que é uma das mais bonitas da região. E conduzir pela ilha é super simples. Ela está muito bem sinalizada, não há auto-estradas. Vamos literalmente entre campos e vinhedos, o que rendeu óptimas vistas também. Eu nunca tinha conduzido fora de Portugal e achei muito confortável todo o percurso. E rápido até.

Comi muito bem em Alghero, não só no Congresso, mas fora dele. O restaurante que visitei no centro da cidade tinha uma esplanada muito agradável, ali na rua pedestre principal, que liga as muralhas cá em cima e que se estende até ao arco que dá para a Marina (Café Gilbert Bar). Tem várias opções de comida típica italiana e a um preço muito bom. E claro que a comida estava muito boa.

Um dos dias do Congresso fomos jantar ao Le Pinnette, que fica fora de Alghero. Para lá chegar era preciso alugar carro mesmo. Nós fomos num autocarro alugado para todos e na altura eu lembro-me de ter pensado qual a razão para não termos ficado ali pelo centro. Mas agora posso garantir que o Le Pinnette é um show gastronómico com comida típica que não pára de chegar e, mais importante, suuuper deliciosa. As entradas foram recheadas de enchidos típicos da região, depois muitos carbo-hidratos (afinal estamos em Itália) e por fim um pernil super saboroso, que pelos vistos é a especialidade da casa.

Saí de Alghero super apaixonada pela comida, pelas pessoas, e pela região em geral. Toda a experiência foi óptima e ainda melhor ter conseguido aliar com um Congresso que foi igualmente espetacular e tantas alegrias me trouxe. Muita coisa boa aconteceu e nos próximos tempos concerteza irei desvendando pouco a pouco as muitas novidades que aí vêm, já a começar em Outubro.

 

 

Phd life e muitas novidades!

Voltei! Hoje de manhã acordei com um sentimento de que gostava de partilhar aqui tudo o que me tem acontecido desde o início do ano e com isso ir também avisando das novidades que estão à porta. Muita coisa aconteceu desde que fiz aquele post de viragem do ano em que a tela estava em branco e esperava ansiosamente por cenas dos próximos episódios.

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Pois bem, elas não tardaram a vir e eu embrenhei-me tanto em trabalho que não consegui mais marcar nem um fim-de-semana de relax desde Janeiro. Como fui avisando, logo após a viragem do ano eu iniciei o meu estágio e com ele vieram uma série de outros projetos e trabalho para ser feito. Por onde começar?

Começando com o Doutoramento! Está tudo óptimo e a correr sobre rodas mas sabem quando lá atrás no tempo eu ouvi uma professora dizer que no dia que entrássemos para o Doutoramento a nossa vida ia mudar e íamos ter dias de perguntar o que estamos aqui a fazer? Pois, eu constantemente me lembro das frases belas daquela professora quando ainda estava no Mestrado e de ter achado quanto exagero.

Não, não estou nem um pouco arrependida! Estou a adorar tudo o que tenho feito e pela primeira vez em muito tempo não me sentia tão feliz e realizada. Tem sido tudo aquilo que sempre quis que fosse. Apenas me tem levado todo o tempo! Eu continuei a trabalhar no meu trabalho “normal” de sempre, só que agora saio dele a correr e vou para o laboratório da faculdade para fazer o meu projeto de estágio. Saio de lá quase na hora de jantar e chego a casa quase na hora de ir dormir e recomeçar tudo de novo amanhã às 7h. Uff! Cansaço!

Entretanto, para além deste projeto tenho de me preocupar em idealizar outros para fazer a seguir. E um desses projetos que fiz eu decidi submeter a um laboratório fora de Portugal e ser arrojada! Ahahah Então, por causa disso estou de bilhete marcado para duas semaninhas em Paris, na Universidade Paris Diderot, em Junho, para desenvolver um projeto sobre uma doença infecciosa que dá origem ao Sarcoma de Kaposi (um tipo de cancro).

Yupiiiii! 😀

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Estou muito feliz, não só porque vou passar duas semanas inteiras numa das minhas cidades preferidas da Europa (quiçá, do mundo), como vou poder viver com uma ex-colega de mestrado/amiga para a vida que está lá a fazer o seu Phd, como vou poder trabalhar numa área super interessante e num laboratório de topo.

Claro que os planos de explorar França já começaram e esperam-se fins-de-semana muito animados! 😀

Além desta novidade, em Janeiro, a professora onde tenho estado a desenvolver o meu primeiro estágio, e que não é mais do que a minha ex-orientadora da tese de mestrado, perguntou se eu queria ir a um Congresso da especialidade a Sardenha (Itália). Então basicamente as semanas a seguir foram de muito trabalho a tentar escrever o resumo para submeter ao Congresso e começar a planear esta viagem também, que será num dos últimos fins de semana de Maio. Esta é outra grande novidade que ainda não tem bilhete marcado mas que estou ansiosa. Apresentar o meu trabalho de tese de Mestrado num Congresso internacional da especialidade vai ser brutal e mais do que eu alguma vez pensei que me fosse acontecer este ano.

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À parte destes trabalhos, estou em fase final de publicação do artigo científico acerca, mais uma vez, do trabalho que fiz no Mestrado. Recentemente tenho também as aulas opcionais para assistir, estudar e preparar-me para exames, apresentações de trabalhos e afins. E… paralelamente estou a frequentar um curso sobre Experimentação animal para obter uma autorização que necessito para desenvolver a partir de Outubro a tese do Doutoramento. E é isto!! Em termos de trabalho de Doutoramento!

Em Janeiro, também fui convidada para integrar a direção de uma Associação (ONG) com trabalho virado para os jovens, a Omnis Factum. E desde Janeiro tenho estado a colaborar em todos os projetos idealizados quer para a comunidade local, quer para  países da UE (ou mesmo fora da UE). Colaborei mais de perto na escrita de um projeto envolvendo vários países da Europa, sobre emigração e refugiados, no qual se pretende consciencializar os jovens e toda a comunidade acerca dos deveres cívicos, integração na sociedade, aceitação e multiculturalidade. Foi super interessante e se tudo correr bem vai ser feito em Outubro aqui em Lisboa!

Entretanto, eles vão já este mês colaborar num projeto em Atenas, o qual eu tive que recusar por estar cheia de trabalho nesta altura. Mas concerteza muitos mais projetos estão no horizonte e está a ser muito gratificante poder colaborar neles.

Estou também a colaborar na política local (onde moro). Faço parte da lista da JSD do meu concelho e, apesar de não ter ainda entrado a sério no trabalho, prevejo um futuro de muitos projetos bastante interessantes também.

Férias??

Bem, o Carlos (meu marido) entretanto está em processo de mudança de trabalho e férias só deverão acontecer em Outubro. Porém, hoje já consigo dizer com maior grau de certeza os meus planos para a viagem de Outubro! 😀 yeyyy

Então, tudo indica que será uma viagem super insana pela Europa, começando em Amesterdão (Holanda), Berlim (Alemanha), Praga (República Checa), Cracóvia (Polónia), Viena (Áustria), Bratislava (Eslováquia) e Budapeste (Hungria). Pelo menos duas semanas a viajar e compensar de todo este jejum prolongado de férias. Ahahaha Tenho tudo planeado só falta mesmo receber a confirmação das férias dele e estamos no ir.

Então, depois deste mega testamento, só me resta dizer para aguardarem cenas dos próximos episódios que vai valer a pena! 😀

RoadTrip Itália – roteiro completo!

E para acabar com a série de posts sobre a última viagem à Itália, vou dar o roteiro completo. Eu sei que fiz imensos posts, mas acho que a informação ficou bem mastigadinha. Além disso, como ainda tivemos uma semana bem intensa em várias cidades tão diferentes umas das outras, era quase impossível dar as dicas todas em menos posts.

Chegámos a Milão no final do dia, então tecnicamente já não fizemos nada de útil. Assim, o nosso roteiro começou no dia seguinte (1ºdia).

1º dia – Milão

2º dia – Verona

3º dia – Veneza

4º dia – Museu Ferrari e Pisa

5º dia – Siena, San Gimignano e Greve in Chianti

6º dia – Florença

7º dia – Cinque Terre

Chegámos no final do sétimo dia a Milão, onde passámos a noite e embarcámos no dia seguinte de manhã, de volta a Portugal. Tomámos o pequeno-almoço em Milão e viemos almoçar a Portugal.

Como eu já tinha falado logo no início da série de posts, ainda em jeito de introdução, este foi um roteiro super louco e quase impraticável para quem dá valor ao descanso nas férias. No meu caso foi uma questão de viagem de sonho.

Esta viagem já estava pensada há muito na minha cabeça e depois de visitar Roma, eu fiquei a adorar o clima italiano e a maneira de ser das pessoas. Então, quando comecei a pensar nas férias de Setembro, naturalmente que este roteiro veio à cabeça. A única diferença é que eu não planeava passar tantos dias na Toscana. Só fazia questão de conhecer Florença. Então o roteiro inicial tinha mais dias em cada cidade.

Só que depois comecei a ler opiniões e várias dicas de blogs e fiquei a achar que me ia arrepender até à quinta casa caso passasse pela Toscana e não visse mais nada sem ser Florença. Daí ter feito algumas alterações ao roteiro, de forma a que incluísse mais cidades, o que veio torná-lo na insanidade que vemos.

Óbvio que é viável e eu adorei cada cidade que visitei e não faria de outra forma. Sem dúvida! Para quem for tão apaixonado por Itália e queira visitar o máximo em uma semana, este é o roteiro perfeito. Se tiverem com mais tempo podem sempre aproveitar o roteiro na mesma e acrescentar dias nas cidades que gostarem mais.

RoadTrip Itália: as casas alugadas!

Como eu já tenho vindo a falar nos últimos posts, a dica chave para poupar euros nesta viagem foi a opção de alugar casa. Sem dúvida que o facto de não ficarmos em hotel contribuiu não só para poupar no preço do quarto, mas também nas refeições que cozinhámos em casa e não fomos ao restaurante.

Além disso, alugar casa com um casal amigo faz concerteza a viagem. Em vez de estarmos cada um no seu quarto de hotel, conseguimos conviver no serão. Geralmente víamos as fotos do dia, fazíamos o jantar, etc…

Claro que é algo que deve ser feito com alguém que temos confiança porque pode ser uma situação complicada se cada casal tiver ideias fixas e ideais diferentes. Neste caso correu bem, como já tinha corrido na viagem que tínhamos feito a Salamanca em Abril. Desta vez, as casas eram mais pequenas, excepto a da Toscana, mas conseguimos dividir o espaço muito bem.

Alugámos três casas unicamente porque eu também não queria dormir um dia em cada casa e porque achei que ia dificultar muito a viagem em si. A começar no stress adicional de escolher várias casas, depois teria de entrar em contacto com todos os proprietários e ainda arranjar maneira de os encontrar para receber chave.

Então, assim sendo, decidi ficar pelo menos duas noites em cada casa (Milão e Veneza) e três dias na Toscana, onde passámos mais tempo. Os dias em que saíamos de uma casa para entrar na seguinte eram passados numa cidade a meio caminho, como foi o caso de Verona, Modena e CinqueTerre.

Alugar casa tem muitas vantagens mas é uma tarefa algo dificil. É preciso ter certeza que vai compensar em relação a um quarto de hotel. Em primeiro lugar importa decidir o porquê de alugar casa. Se não for para cozinhar e tal, talvez não valha a pena.

Por outro lado, é importante alugar uma casa minimamente equipada e que nos faça sentir confortáveis. Um espaço acolhedor, com boas áreas, relativamente perto de transportes, etc… Podemos até nem ficar no centro de uma cidade, mas convém ficar perto de um transporte que nos leve lá.

Milão:

A casa em Milão ficava numa zona residencial muito chique, fora do centro, mas muito perto do metro que rapidamente nos levou ao Duomo. Foi uma opção mais do que acertada e ficámos a adorar não só a casa como a simpatia da dona da casa. A casa estava muito bem equipada, com vários utensílios indispensáveis para cozinhar, mas não só. Também tínhamos algumas especiarias, café, bolachas, chá, etc, que deram aquele miminho extra e também fez com que não gastássemos dinheiro a mais no supermercado.

Nós ficámos nessa casa nos dois primeiros dias em solo italiano e na última noite antes de embarcar de regresso a Portugal. O único senão foi a falta de parqueamento incluído na estadia, no entanto, como era zona residencial só pagámos o primeiro dia 6h (período da manhã).

A casa não era enorme mas era muito prática e claramente sentimos aquele feeling the chegámos a casa. não sei se foi por ser a primeira, mas ficou num cantinho especial, sem dúvida!

Veneza:

Para visitarmos Veneza eu decidi ficar em Mestre e alugar casa por aqui. Mais uma vez foi aquela decisão mais do que acertada. A nossa casa era tipo moradia, que ficava ao pé da avenida principal onde existia supermercado, papelaria (para comprar bilhete do autocarro) e claro, ficava ao lado praticamente da paragem de autocarro que levava até Veneza.

Então, apesar de não ficarmos mesmo no centro de Veneza, acho que esta é uma óptima forma de mais uma vez economizar uns euros na visita. Em primeiro lugar porque qualquer buraco em Veneza custa uma fortuna e eu sempre tive a ideia que o dia em que eu visitaria Veneza, concerteza iria ficar em Mestre.

Mestre é uma cidade meio industrial e nada bonita, sem nada para ver e ainda com uns homens meio indianos e cara de mafiosos em cada esquina. Mas devo confessar que, apesar do primeiro baque, acabámos por nos habituar e não passámos por nenhum aperto nem senti receio em algum momento.

Tivémos lugar marcado para o nosso carro à porta de casa, a própria casa tinha muito boas condições e áreas ainda maiores que em Milão. E, para além disso, a verdade é que saíamos de casa muito cedo para ir a Veneza e no dia seguinte para viajar até à Toscana. Por isso, não passámos muito tempo em Mestre. Era mesmo a nossa base para explorar Veneza. E como essa base tinha tudo o que precisávamos e estava perto de todas as facilidades, considero esta casa uma óptima dica para quem quer visitar Veneza.

Toscana:

Eu amei ficar três noites no meio do campo, para começar! Ainda mais, sabendo que estava no coração da Toscana. Eu saía à noite à porta de casa e literalmente não via nada no horizonte. De manhã, acordávamos com os sons dos passarinhos, galinhas e com uma paz que não tem explicação.

Esta foi, das três, a casa com maiores áreas. Tínhamos dois quartos enormes, um deles com suite, uma sala grande ligada à cozinha, e ainda um pequeno quintal na parte traseira.

Apesar desta sensação de desterro, estávamos a 10 minutos de carro do comboio que nos levou a Florença, e estávamos muito perto da região de Chianti. Ou seja, qualquer estradinha que passávamos tinha imensas vinhas a perder no horizonte e algumas adegas perdidas à beira da estrada. Além disso, acho que a nossa localização foi a ideal para explorarmos a Toscana. Não estávamos no centro de cidades, por isso o estacionamento e a calma estavam mais que assegurados.

E, de carro, chegávamos com facilidade a cidades como Siena, San Gimignano e Pisa. Era ali a zona perfeita, meio central, que nos permitiu explorar bem os arredores e ao mesmo tempo tomar contacto com a verdadeira Toscana dos montes, vinhas e casinhas a pontilhar o horizonte.

Esta casa na Toscana não consegui dar link porque deixou de aparecer no site, de qualquer das formas deixo a foto principal que ainda me aparece nas reservas passadas.

RoadTrip Itália: dicas de restaurantes!

Durante esta viagem nem sempre fomos comer a restaurantes. Muitas vezes simplesmente comprámos no supermercado e fizémos comida em casa. Principalmente para o jantar, de forma a poupar algum dinheiro. Não foi por isso que deixámos de provar comida tipicamente italiana, simplesmente obtámos por cozinhar em casa. E fazer piquenique algumas vezes também.

No entanto, pelas cidades onde passámos houve algumas onde experimentámos restaurante e esses vou dar dica aqui.

Milão:

Em Milão nós almoçámos nos arredores do Castelo Sforzesco no género de uma cafetaria. Não era bem restaurante, mas servia umas sandes tipo panini que aparentemente são muito utilizadas pelos empresários, etc, que trabalham na zona. Vimos imensas pessoas a comer neste estilo de cafetaria, então decidimos ir também.

Além disso, como esta zona é cara, acabou por ser uma boa opção tendo em conta o valor e raridade de um restaurante decente nesta zona de Milão. Sella Caffé, na Via Quintino Sella foi um bom espaço para pararmos e aproveitarmos a esplanada um pouco, antes de seguir para o castelo. Tem imensas variedades de panini, pizza e ainda tem algumas comidas frias tipo pratos do dia.

Ou seja, é bem mais simples que um restaurante normal, mas de certo mais em conta.

No último dia por Milão fomos jantar fora, perto da nossa casa. Aí sim a um restaurante digno do nome, só mesmo para fazer a despedida de Itália em grande. Affori, na Via Alessandro Astesani ficava bem pertinho da casa que tínhamos alugado e foi inclusivé recomendado pela dona da casa.

Aliás, no dia que chegámos a Itália até foi lá que fomos buscar as chaves da casa. E no último dia em Itália recebemos um desconto no jantar por termos vindo por parte da Sabrina (dona da casa).

O comer estava espectacular e tipicamente italiano. Eu acho que não me vou fartar de comer risotto para o resto da minha vida.

Siena:

Em Siena fomos ao Archivio del Gusto, na Via di Mona Agnese, que foi talvez o restaurante que mais surpreendeu. Está localizado mesmo nas traseiras do Duomo numa ruela íngreme. Estávamos a passar por ali numa de seguir até à praça principal e achámos os preços tão em conta que decidimos parar e almoçar.

E não é que fomos almoçar dentro de uma gruta? Estava tão original! E quem diria que este restaurante tinha esta sala lá no fundo. É daquelas coisas que nunca imaginamos mesmo! A comida estava boa para o preço em conta que pagámos.

Florença:

Na Via de’ Guicciardini, para quem vem da Ponte Vechia, encontra à direita um pátio com lojinhas lá dentro e um restaurante. Foi nesse restaurante que almoçámos, apesar de eu não saber o nome e já não conseguir confirmar.

Não foi um restaurante que eu voltasse feliz e contente, até porque eu achei o serviço um pouco aquém, no entanto a comida não estava má e o preço dos menus era bastante em conta. Claro que pelo caminho passámos por restaurantes com muito melhor aspeto, no entanto, para quem está na zona e numa aflição para encontrar algo barato, esta é uma excelente dica.

Em termos de localização não podia ser melhor e serve umas refeições bem decentes para o preço que pratica. Se calhar o meu único contra vai mesmo para o coitado do velhinho a servir às mesas que já anda a dever uns bons anos à reforma.

De resto, foi um pouco à base de home made e também aproveitámos o mercado de rua de Verona para almoçar por lá. Isso fez com conseguíssemos poupar algum nesta área. A alimentação pode aumentar e muito um orçamento de viagem, principalmente quando vamos tantos dias e pensamos em almoçar e jantar em restaurantes todos os dias.

Alugar carro em Itália (dicas)!

Alugar carro em Itália é simples, pelo menos o processo em si. O único percalço que nos aconteceu foi na questão do seguro. Tínhamos feito um online que afinal não era suficiente e acabámos por ter de pagar mais para podermos levantar o carro. E como ainda íamos estar com o carro muitos dias, o seguro não foi barato. Meio que aquela despesa adicional que não estávamos a contar ter.

Alugar carro pareceu a decisão mais acertada por várias razões. Primeiro, o nosso plano era bem ambicioso. De jeito nenhum nós íamos conseguir ver tanta coisa como vimos, se não estivéssemos com carro. Depois, conseguimos também poupar dinheiro porque em vez de pagar bilhetes individuais de comboio, dividíamos as despesas do carro pelos dois casais.

No entanto, sem dúvida que a vantagem maior é conseguir poupar no tempo entre cidades. Estar dependente de horários de transporte público e conexões pode ser uma verdadeira dor de cabeça, principalmente quando vamos percorrer uma região tão vasta e não nos vamos cingir a cidades principais.

Como é que eu chegaria a Greve in Chianti se não tivesse carro? Estou a dar assim o exemplo mais drástico de toda a viagem, mas é mesmo para terem ideia da importância da decisão entre alugar carro e não o fazer. isso vai influenciar e muito a escolha do roteiro e o quanto vamos conseguir explorar a região que nos propomos.

Depois é importante não esquecer os pequenos desvios que fazíamos entre cidades base. Como foi o exemplo da viagem entre Veneza e a casa que alugámos na Toscana, para lá do Sol posto. Pelo meio desviámos até Modena e ainda fomos até Pisa nesse dia.

Era muito difícil, se não impossível, fazer tudo isso com comboio. Agora, claro que isto é no nosso caso, com o roteiro que eu tinha idealizado. Porque obviamente que uma viagem só pelo norte de Itália, ou só entre grande cidades, como Milão-Veneza-Florença, ou em viagens de vários dias e não muito ambiciosas (como a nossa), é viável utilizar-se o comboio.

Aliás, eu tenho a certeza que o comboio teria sido muito confortável como meio de transporte. Se perguntarem ao meu marido se ele tinha preferido fazer a viagem toda de comboio em vez de conduzir todos aqueles km’s, sem dúvida que ele diria que sim.

Porque viajar de carro e principalmente conduzir durante horas e dias a fio é muito cansativo. Mas por outro lado, como é que levávamos malas, o saco das mercearias que íamos comprando, etc?

Então, cada caso é um caso e o meu conselho vai para viajantes com roteiros tão ambiciosos quanto o meu e com uma área geográfica tão grande em mãos. Carro alugado é a opção mais viável. Toscana sem carro alugado é o caos!

Mas, se a intenção for fazer percursos entre cidades grandes, e se estiverem em casal, o comboio é uma excelente forma de transporte em Itália. Aliás, Itália tem um serviço de comboios (Trenitália) muito bom e confortável.

Em relação a conduzir em Itália, ela é bem decente, porém eu acho que os italiano são meio lei do desenrasca. Contudo, a ideia que eu fiquei é que conduzir em Roma é bem pior e lá é sempre imprevisível como vamos encontrar o carro depois de estacionar. Muito provavelmente estará com mais uma mossa ou arranhão.

Estacionamento!! Bem, ele é um pouco chatinho porque em quase todas as cidades por onde passámos tivemos de pagar parquímetro. Acho que as únicas excepções foram em zonas de mato mesmo, como na casa em Florença e em Greve in Chianti.

Tudo o resto tinha ou parques de estacionamento ou parquímetro à porta de casa. Em Mestre a casa tinha o estacionamento incluído, mas em Milão tivemos de pagar um período de 6h (de manhã). E mesmo assim tivemos sorte porque era uma zona residencial e o período abrangia só a manhã. Praticamente todos os outros que passámos era o dia todo.

A maioria dos parquímetro tem também uma forma diferente de pagamento. São uns cartões tipo raspadinha que se compram nas papelarias/tabacarias e nós raspamos o ano, mês e dia, depois as horas que vão ser usadas.

 

Roadtrip Itália: Dicas práticas (parte 2 – Toscana)

Dividindo a viagem a metade sobra a zona da Toscana, onde passámos os restantes dias. Vou incluir Cinqueterre aqui também porque é relativamente fácil de chegar a partir de cidades como Florença ou a partir da Toscana no geral, apesar de que teoricamente não faz parte desta região. Também tem um clima muito semelhante à Toscana, por isso mais uma boa razão para misturar.

Toscana foi diferente em muitas coisas do norte de Itália e foi a zona onde passámos mais dias de viagem.

1. Simpatia dos habitantes:

Tenho que falar no quão amistosos os italianos são nesta zona. A energia na Toscana é diferente e não me perguntem porquê. Não há uma explicação clara e óbvia, mas podemos supor que tenha a ver com o clima mais solarengo e quente, com as paisagens deslumbrantes e com um estilo de vida mais ligado ao campo.

As pessoas são mais simples e mais descontraídas. Não é que não tenha gostado da parte norte, ela é simplesmente diferente e muito mais virada para a moda e para tudo o que tenha a ver com o fashion.

2. Transporte:

Na zona da Toscana é muito mais simples de chegar a povoações de carro e é até preferível e quase essencial e indispensável ter viatura para locomover. Não vejo outra forma fácil de andar de cidade em cidade sem ter carro alugado. Pode ser possível andar de comboio, mas é muito mais limitante.

Perdemos muito mais tempo nesse transporte, perdemos a liberdade de escolher uma casa/hotel fora de grandes centros, onde elas são mais caras, e consequentemente não vamos conseguir fazer planos ultra ambiciosos principalmente se estivermos com o tempo curto para visitar a Toscana.

Então eu achei fundamental estar de carro alugado para poder ver tudo o que vi e aconselho este meio de transporte vivamente para esta região. Só há dois senão. Florença e Cinqueterre.

Florença tem câmaras de vigilância em todo o centro histórico e tem regras de restrição de viaturas bem rígidas, o que torna mais complicado chegar à cidade e estacionar o carro sem passar por nenhuma zona proibida e levar multa entretanto.

O dono da casa que alugámos preveniu-nos acerca disso (graças a Deus!!) e aconselhou-nos a ir até à cidade mais próxima (que ficava a 5 minutos de carro da nossa casa) e apanhar o comboio até Florença. Muito cómodo e a melhor decisão, sem dúvida! Para já, o comboio demorou só 30 minutos no trajeto e depois a estação ficava a 100 metros (mais ou menos) da catedral.

Já na zona de Cinqueterre não há acesso a carros totalmente, então a única forma de lá chegarmos é mais uma vez de comboio. Desta vez fomos até La Spézia, cidade base para quem quer chegar a Cinqueterre, deixámos o carro no subterrâneo da estação e fomos de comboio até às povoações que queríamos.

Conduzir na Toscana em geral é uma aventura porque fora das autoestradas as vias regionais são cheias de curvas, estreitas e à noite têm muito pouca iluminação. Afinal estamos no meio do campo certo? Então o que poderiam ser uns meros 50km, pode demorar um pouco mais, entre tanta curva, estrada com buraco ou estreita, e por aí fora.

No entanto, conduzir na Toscana é uma experiência especial, por toda a beleza que vemos e também pela liberdade em parar na beira da estrada só para tirar fotos ou comer umas uvas.

3. Restaurante:

Aqui os restaurantes já começaram a parecer-se mais com o normal e com o que para mim é uma refeição normal, com entrada, pratos e sobremesa. Já não existe tanto a sandes panini e começámos a comer a verdadeira comezinha italiana: rizzoto, pasta, caneloni, lasanha, pizza, spagheti à carbonara e à bolonhesa, etc… 🙂 (perdoem o meu italiano!)

Ou seja, amei cada restaurante que fui aqui na Toscana. Não só pela comida mas também pelo ambiente em si. Além de que a oferta de vinhos aqui já é algo imperdível. Toscana é vinhas e toda a cultura associada. Então não há como não gostar e apreciar um bom vinho daqui.

4. Hospedagem:

Mais uma vez seguimos a norma do aluguer de casa, desta vez uma só para toda a região da Toscana. E é uma dica que eu aconselho vivamente e que nos permite economizar e ao mesmo tempo tornar-nos independentes para chegar a qualquer ponto da Toscana. Nós ficámos perto da cidade de Florença, ali quase a entrar na região dos vinhos Chianti.

Totalmente no meio do campo, com montes em frente, acordar com o som dos passarinhos, à noite saíamos de casa e não víamos um palmo à frente dos olhos, enfim, estão a ver o estilo.

Ao mesmo tempo conseguíamos cozinhar e fazer os nossos próprios lanchinhos para o dia seguinte, o que era óptimo. Ou seja, para explorar a região da Toscana não precisamos escolher uma cidade e ficar lá. Existem inúmeras opções fora e estas são as mais baratas e com mais qualidade e espaço, muitas vezes.

Claro que a escolha da zona onde alugamos casa vai depender das cidades que queremos muito visitar e incluir no roteiro. Se elas estão mais a sul, então é lá que devemos alugar a casa, etc…

5. Locomoção dentro das povoações:

Como o próprio nome indica, na Toscana a maioria das povoações são bem pequenas e fáceis de percorrer a pé. Tirando Florença, todas as outras povoações são de fácil acesso e na entrada tem uns parques para deixar o carro. Claro que pagamos parquímetro, mas não é nada caro.

Além disso, como não há muito para ver, o segredo é andar a pé pelas ruas e descontrair. Florença, apesar de bem maior que as suas vizinhas, também é relativamente compacta, excepto quando queremos visitar o miradouro de Michelangelo. Aí aconselho ir de autocarro para quem não gosta muito de andar.

Já em Cinqueterre, o problema não é a enormidade das povoações, mas sim a sua geografia. Todas elas estão construídas em zona montanhosa junto ao mar e isso vai fazer com que hajam muitos planos inclinados para percorrer, se queremos conhecer a região. Então, preparem-se porque há muita rampa e muita escadaria íngreme que nos faz quase cair para o lado.

6. Custo:

Eu achei a Toscana mais em conta que o norte de Itália, mas com algumas excepções, como Florença e Cinqueterre. São zonas mais turísticas, daí ser normal aumentarem um pouco. Mas achei que era como Roma, temos de tudo. Conseguimos encontrar restaurantes muito caros, mas também é possível comer sem gastar muito. E isso é bom!

Por outro lado, no que diz respeito aos bilhetes para museus, etc, a coisa mantém-se igual. Toscana não tem uma legião de museus para ver, mas só Florença leva a medalha pela restante região. E se contabilizarmos tudo no final, fica uma visita a Florença ultra cara.

 

Roadtrip Itália: dicas práticas (parte 1 – norte de Itália)

Dar as dicas práticas desta viagem não é fácil porque eu acho que todas as cidades por onde passei são muito distintas e o que era realidade num sítio já não é no seguinte. Então acabei por ter muita coisa diferente a dizer e sei que pode parecer chato voltar a tocar em todas as cidades em detalhe, mas acredito que no fim vai valer a pena. Vai ficar tudo bem mais organizado e simples de achar. Isto porque nem todos vão fazer exatamente este roteiro e é chato ler sobre tudo, quando na realidade só queríamos um terço.

  1. Custo:

Milão foi aquela cidade ultra-chique que eu já falei no primeiro post, então eu achei uma cidade bem cara, como de resto parece ser todo o Norte de Itália. As pessoas também são muito senhoras do seu nariz, quase todos muito arranjados com cara de escritório e tal. Então talvez aquela simpatia típica italiana, com muita descontração, não seja tão evidente por aqui.

Verona já tinha um ar bem mais descontraído, no entanto ainda se sente o preço elevado do norte de Itália, principalmente em mercadinhos de rua onde supostamente isso não deveria acontecer.

Veneza surpreendeu pela positiva porque não estávamos à espera de pagar 1€ por cada íman de frigorífico, por exemplo. Em Milão e Verona tínhamos dado muito mais por ele. Por outro lado ainda consegui comprar uma máscara por 5€, coisa que também me deixou agradavelmente surpreendida. Claro que em outras coisas, como Gôndola, comida e hotel a coisa estica mais, principalmente se falarmos em estadias e restaurantes próximos do Gran Canal.

2. Transporte:

Nós alugámos o carro no aeroporto e ficámos com ele toda a semana, voltando a entregar no mesmo sítio onde tínhamos levantado (vai haver post exclusivo sobre isso). Mas apesar de estarmos com carro, eu decidi que era preferível alugar casa perto do metro e usar transporte público para ir até ao centro. Isto porquê? As cidades italianas em geral têm parquímetro em cada esquina e tem uma coisa muito stressante aqui que é o facto do bilhete do parquímetro ser comprado em papelarias/tabacarias, em vez de tirar tiquê.

Então, em Milão e Veneza optámos por apanhar transporte público para o centro, o que saiu mais barato. Mesmo assim, em Milão ainda tivémos de pagar parquímetro algumas horas, na rua onde estávamos hospedados. Mas como era fora do centro e zona residencial, as horas do parquímetro eram só no período da manhã (6h) e não o dia inteiro e noite.

Em Verona estávamos de passagem, então pusémos o carro num subterrâneo nas traseiras da Arena. Um pouco caro, mas cómodo, sem dúvida!

Andar de cidade em cidade pode ser feito de carro alugado ou comboio. Eu desde o início preferi o carro alugado porque dá uma maior autonomia e porque neste caso íamos 4, então acabámos por economizar. No entanto, se forem poucas as cidades a visitar (por exemplo, Milão e Veneza), o trajecto entre elas pode ser feito de comboio. E para um casal eu acho que é até mais cómodo e fácil.

3. Moda e lojas:

Se há coisa que Itália tem no geral é muita loja de marca, no entanto, o norte de Itália ganhou nos pontos, principalmente Milão e Verona. Por todo o lado, mas especialmente nas principais artérias do centro, estão várias lojas com várias marcas, das mais luxuosas às mais acessíveis na carteira. Tem desde moda a calçado, a bijuteria, malas, maquilhagem, perfumes, etc… Uma verdadeira perdição. não admira que entrar em lojas passe a fazer parte do roteiro turístico de Milão e Verona.

Em Veneza todo este conceito não é tão evidente mas passa a fazer parte dos produtos tradicionais da zona, como as máscaras, o vidro de Murano, os bordados de Burano, e muito mais. Em lojinhas tradicionais super fofas ou até mesmo em barraquinhas na rua. O que não quer dizer que seja mais barato comprar aqui. A oferta é que é diferente do que vemos nas outras cidades.

4. Comida:

Eu achei super estranho andar pelo centro de Milão e não encontrar restaurante com a típica rotina de entrada, prato e sobremesa. Pelo contrário, nós passávamos por imensas pastelarias com esplanada cheia à hora de almoço. Então começámos a perceber que naquela zona era habitual sentar e comer sandes ao almoço. E foi mesmo isso que fizemos! Uma típica sandes panini italiana com muitas especialidades do país.

Acabámos por repetir a dose em Verona, mas desta vez no mercado de rua mesmo. Mais uma vez optámos pela sandes e sentámos nos degraus da praça para fazer o nosso almoço. E eu já tinha falado nesse post que achei o máximo. É daquelas experiências simples mas que não têm preço.

Já em Veneza eu encontrei uma maior variedade de restaurantes. Só que desta vez decidimos levar de casa e fazer um piquenique improvisado num jardim do centro, porque tínhamos a ideia de Veneza ser muito caro, etc… Sinceramente continuo a achar que restaurante lá é caro, mas comparado com o restante norte de Itália se calhar não há essa diferença abismal que estava à espera.

5. Museus e bilhetes

Toda e qualquer coisinha é paga em Itália no geral, mas especialmente no norte de Itália. Então até a igreja e sepultura de não sei quem tem bilhete de entrada, mais as dezenas de museus conhecidos e que todo o turista tem de visitar. Se não visitar nunca é a mesma coisa certo? Errado! Se há coisa que abomino é aumentar exponencialmente o orçamento de uma viagem por causa de bilhetes de museu, igreja, sepulcro, e mais o que houver para ver.

Então eu desta vez decidi não bater o ponto em todo o museu e sim aproveitar as coisas autênticas de cada cidade. Eu já tinha falado sobre isto no post introdutório mas aqui reforço a ideia. Óbvio que quem quiser e fizer questão tudo bem, mas já deixo aqui a dica de que com tanto museu e igreja o mais provável é o orçamento aumentar bastante no final.

6. Locomoção:

Por fim, a locomoção em cada cidade! Algo que eu considero excelente é conseguir andar a pé pela cidade que estou a visitar e conseguir percorrer todas as atrações ou pelo menos a maioria delas. E nestas cidades do norte de Itália isso é possível.

Apesar de serem cidades muito turísticas, são muito compactas também e só andávamos de metro/autocarro para ir e voltar do centro da cidade. Não precisei de andar de metro no centro de Milão para me deslocar para algum ponto turístico, por exemplo. E num dia conseguimos ver tudo o que tínhamos planeado só andando a pé. Isso é vantagem!