O 2º dia em Barcelona começou bem cedinho para conseguirmos entrar de forma gratuita no Parque Guell. Então, eram precisamente 7:15h quando chegámos na entrada do parque e entrámos lá dentro livremente. E minha gente, ainda bem que não reservei com antecedência e comprei bilhete porque seria o dinheiro mais mal gasto de toda a vida. E não é por ter detestado o sítio. Longe disso!
Claro que eu adorei as esculturas de Gaudí e adorei ver o famoso lagarto, e tirar a foto cliché a partir da varanda, enfim… adorei tudo isso! Mas o espaço é só isso mesmo. Sei lá, acho que esperava que o recinto fosse maior do que é na realidade. E no final, quando percebi que demorei menos de uma hora a ver tudo, achei que o preço do bilhete é um golpe do baú daqueles…
Como ainda era cedo e tínhamos a mota, ir ao Parque Guell pela segunda vez não transtornou muito o nosso dia, para não dizer que não influenciou nada mesmo! E aconselho todos aqueles que possam a aproveitar esta benesse gratuita enquanto eles não percebem os bilhetes que estão a deixar de vender e acabam com este horário sem vigilância.
Assim que saímos do parque fomos logo deixar a mota e começámos o percurso previsto para este nosso 2º dia. Como eu só aluguei mota um dia, então fiz um percurso mais light e que desse para fazer a pé no outro dia. O percurso começou no topo das Ramblas, que até era relativamente próxima da casa que alugámos e continuou pelas redondezas, até à Barceloneta.
Super simples e aparentemente rápido de fazer. Contudo, há que contar com todas as distrações gastronómicas do sítio e as inúmeras paragens que vamos fazer ao longo do dia. As Ramblas é a avenida principal e mais conhecida de Barcelona. É passagem obrigatória e foi aqui que há dois anos se deu o atentado mais violento da história da cidade. É incrível percorrer a rua e imaginar o pânico que foi.
A avenida é super povoada, com lojas de alta costura de um lado e outro, no centro há imensos restaurantes e cafés com esplanadas, mas a dica vai para não comerem aqui. Geralmente é muito caro e a comida não tem grande ou nenhuma qualidade. É para turista ver! A meio da avenida está o Mercado La Boqueria e aí sim é paragem obrigatória.
Como o dia começou cedo, nós fomos acabámos por chegar à Boqueria um pouco cedo para almoçar. Então decidimos parar e comer umas tapas e beber uma cerveja, só para recarregar baterias. Então, acabámos por provar umas tapas com presuntos de vários tipos numa banca perto da entrada e depois sentar no Bar Boqueria para comer mais alguma coisa e beber uma caneca de cerveja.
O Mercado La Boqueria tem de tudo o que se possa imaginar em termos de comida e não só. É o nosso Mercado da Ribeira ou de Ourique mas com uma vibe catalã que é tudo o que precisamos para experimentar as maravilhas gastronómicas lá do sítio. E como eu sou apaixonada pela cozinha espanhola! De todas as viagens que já fiz a Espanha, sem dúvida que a hora da refeição é das melhores recordações que tenho! xD
Depois do mercado nós seguimos pelo Bairro Gótico e embrenhámos pelas ruas e ruelas desta parte da cidade que é um mundo à parte. Ali pelo meio está a Catedral de Barcelona, que coitada acaba por ficar na sombra da Sagrada Família e passa um pouco ao lado. Logo ao lado começa a ruela que nos faz passar pela ponte característica do Bairro Gótico e que é quase o cartão-postal da zona.
Nós fomos andando até chegarmos à praça onde está a sede da Câmara Municipal que geralmente aparece na TV pelas piores razões, especialmente nos últimos tempos com a tensão que se tem sentido entre o território catalão e Madrid. E um pouco mais à frente está outra praça, colada às Ramblas, onde é possível ver as famosas pirâmides humanas tão típicas de Barcelona. O Carlos já tinha visto quando esteve a trabalhar em Barcelona. Já eu não tive a mesma sorte e só deu para ver um mercado que estava por lá.
Regressando às Ramblas nós continuámos a descer a avenida e parámos para beber café no café do Museu de Cera, El Bosc de les fades. Foi dica de última hora dos primos que tinham ido no dia anterior e adoraram. O espaço é super diferente e todo decorado no espírito de bosque encantado.
E para terminar a tarde ficamos a relaxar na praia – a Barceloneta. A praia é um dos ícones da cidade e para quem vai no Verão vale a pena reservar um tempo para ficar por lá ao Sol. Apesar de eu ter ido numa altura um pouco fresca para mergulhos, passar a tarde no areal tornou-se inevitável muito por culpa do tempo fantástico que estava. E como nós também uma cidade inteira teve o mesmo pensamento. Então a praia e todas as esplanadas circundantes estavam à pinha.
Antes de sentarmos na praia démos só um último passeio pela zona da marina que tem alguns shoppings interessantes, além do famoso Hotel W que é tratado pelos locais como se fosse um marco turístico! Ahahah Sim, ele é fantástico e super característico na paisagem da marina. Mas é um Hotel, caríssimo por sinal!
Terminámos o dia a jantar na ponta oposta, junto a outra marina de Barcelona, que já tem uma seleção mais requintada de restaurantes, o La Fonda del Port Olimpic. É uma marisqueira onde se come muito bem e onde se assiste a um pôr-do-sol fantástico. Dica preciosa!
Dali fomos andando até à Praça de Espanha (loucos, eu sei!) para nos irmos encontrar com a minha amiga de longa data nas Arenas de Barcelona. Entretanto, pelo caminho íamos assistindo nos cafés ao Barcelona a sagrar-se campeão. Melhor estadia em Barcelona que eu alguma vez podia ter pedido!