Alugar carro na Europa!

Com a nossa viagem à Bélgica alugámos novamente carro, como tínhamos feito nos Açores, e correu tudo bem como na primeira vez. Então, se na primeira experiência eu acabei por não falar nada aqui pelo blog, porque nem fotos tirei, desta vez eu decidi dar umas dicas.

O primeiro passo no aluguer de um carro é fazer a reserva pela internet. Eu vou sempre ao site da Europcar, que faz um scan pelas várias companhias de aluguer disponíveis e apresenta sempre os preços mais baratos.

Regra geral os carros são bem económicos, pelo menos os dois que aluguei até agora foram. O que importa escolher e o que faz a real diferença no preço, são os extras do carro, o seu modelo e marca. Mesmo assim não é garantido que o carro seja exactamente aquele que estamos a ver na imagem. Será sempre um modelo idêntico.

Os preços também variam de zona para zona. Nos Açores eu paguei bem menos por dia do que paguei na Bélgica, mas o preço do aluguer de GPS foi mais barato neste último.

O aluguer vem já com o seguro base que tem uma franquia baixinha. Nos Açores, como não estávamos bem dentro da coisa, não quisémos arriscar e fizémos o upgrade do seguro na hora que levantámos o carro, o que aumentou bastante o preço final.

Agora na segunda vez, depois de ter visto como as coisas funcionam, nós não achámos necessário aumentar o seguro por dois dias. Apesar de que isto deixo sempre à consciência de cada um e acho que também pesa um pouco o sítio onde estamos. Bélgica passámos o tempo todo em estradas largas e em cidades, enquanto que nos Açores íamos para terriolas e para estradas íngremes e com pouca visibilidade. O relevo de um sítio não se compara ao outro!

Na hora de levantar é só imprimir o voucher da reserva, levar o cartão de cidadão/BI, a carta de condução de quem vai conduzir o carro e o cartão de crédito que foi feita a reserva. Convém que o cartão de crédito esteja no nome do condutor do veículo.

Levantar no aeroporto foi bem mais demorado do que no balcão da Estação de Comboios Gare du Midi, em Bruxelas. E deu-me a sensação que será sempre assim porque se junta mais pessoas num aeroporto do que num balcão no centro da cidade.

Além disso, a papelada que o Carlos teve de preencher deu a sensação de ter sido menos na Bélgica. No entanto às tantas até pode ter sido por estarmos mais relaxados e sem o stress de ter esperado quase uma hora na fila, como foi o caso dos Açores.

No balcão eles dão os documentos do carro e a chave e depois é só ir até ao parque de estacionamento (subterrâneo ou não) buscá-lo. Mas qualquer indicação adicional é explicada no balcão e é bem fácil de entender. Por exemplo, na Bélgica havia dois cartões para passar na saída do parque, para a cancela levantar. Enquanto que nos Açores só havia um, que servia para sair e entrar no parque.

Em relação a conduzir nos Açores, eu achei uma completa paz de alma, sem stress nenhum. Na Bélgica, nós acabámos por sair com o carro bem no centro da capital, o que foi um pouco mais confuso, mas rapidamente o GPS se orientou e começámos a deixar aquela confusão de centro da cidade.

Assim que entrámos na auto-estrada foi sempre a rolar e fiquei com muito boa impressão das estradas. Super fácil entender os sinais de trânsito e as saídas também. No entanto, ter GPS ajuda muito a orientar-mo-nos.

Andar de carro na Bélgica foi super simples e também calmo, na maioria das vezes. No entanto, não é nada que já não tivéssemos visto aqui por Lisboa por exemplo. Até achei mais calmo que Lisboa!

O estacionamento é que é sempre aquele problema quando falamos de cidades turísticas e deixo a dica de reservar hotel com estacionamento subterrâneo. Mesmo que paguemos um extra, ele vai valer sempre mais a pena do que estacionar na rua, onde os preços são exorbitantes.

Deixámos o carro no aeroporto em ambas as vezes e também foi simples. Quando estamos a chegar ao aeroporto basta prestar atenção às setas a indicar car rental e a dada altura vai aparecer o estacionamento para deixar o carro. Depois é só entregar a chave e documentos aos senhores que estão lá a receber as viaturas e ficar um pouco mais de tempo enquanto eles checam se está tudo em condições, como foi entregue.

Nos Açores ainda fomos ao balcão receber de volta um depósito tipo seguro, que tínhamos lá deixado no levantamento. Agora na Bélgica não foi preciso então seguimos logo para as partidas.

Muito fácil e sem dúvida uma óptima forma de conhecermos mais um pouco do sítio onde estamos a viajar.

Onde comer em Bruges?

Arranjar boas opções de restaurantes em Bruges é um caso sério pelo facto de tudo ser demasiado caro. Eles optam muito também pelos menus com tudo incluído, mas praticam preços nada convidativos. E quanto mais perto estamos da praça central pior.

Quando chegámos lá não sabíamos disto e ficámos meio perdidos a andar de restaurante em restaurante à procura de uma solução mais económica. Acabámos por experimentar dois restaurantes, bem diferentes um do outro, mas que conseguiram ser os melhores no meio da desgraça.

La Belle Vue:

Foi o restaurante do almoço no dia que chegámos lá, já em desespero total de arranjar alguma coisa em conta. E só foi o seleccionado porque oferecia uma opção de carne à bolonhesa, lasanha e omelete, com preços razoáveis.

Tudo o resto mais tradicional era super caro e estava fora de questão gastar tanto dinheiro. O restaurante fica muito bem localizado na praça central e até tem um cheirinho pitoresco, mas os comentários do TripAdvisor não abonam nada a favor.

Eu não achei que tivéssemos sido mal atendidos, nem que tivessem sido brutos connosco, mas li vários comentários onde pessoas falam que por quererem dividir comida foram convidados a sair do estabelecimento.

Além disso, apesar de achar que a comida estava boa e saborosa não posso dizer que foi o melhor restaurante que comi na vida e que valeu todo o cêntimo gasto.

Mas mais uma vez eu digo, Bruges é estupidamente cara e os restaurantes aproveitam-se disso para não darem aquela qualidade, como vemos em Bruxelas, e pedirem um valor alto pela comida. Pagamos pela localização e pelo facto de ser uma cidade pitoresca que atrai muitos turistas.

Lumiere:

Para o jantar ficámos ali pelo restaurante ao lado da porta do hotel, para o meu pai não apanhar muito frio, que tinha um ambiente super calmo e um preço mais em conta.

Além disso, eu reparei na opção de sopa que estava na ementa e fiquei logo animada. Eu estou habituada a comer sopa regularmente e sobretudo poucos fritos. A Bélgica tem uma alimentação completamente oposta àquilo que estou habituada. Então, ver sopa na ementa foi o melhor do dia.

O restaurante tem um ar assim meio indiano e eu acho que as donas são mesmo indianas, com um inglês que deixa um pouco a desejar. No entanto, são super atenciosas e simpáticas.

Dá para ter uma refeição longe do burburinho agitado do centro e, para quem estiver no Hotel Academie, quase que nem precisa sair do hotel para estar no restaurante.

Há várias opções de comida tradicional neste restaurante, simplesmente eu já estava um pouco enjoada das comidas belgas e quis aconchegar o estômago com a sopa.

Não fiquei super fã dos restaurantes em Bruges e achei que eles deixaram muito a desejar em termos de preço-qualidade. Para uma cidade que nem é capital eles devem achar-se a última bolacha do pacote. Então praticam preços ridículos mesmo, sem aquela qualidade que estaríamos à espera.

Também pequei por não ter pesquisado opções melhores de restaurante. Muito por culpa do fiasco que foi toda a pesquisa que tinha feito para Bruxelas! Então, vale a pena passar pelo TripAdvisor e ler alguns comentários destes sítios também. Apesar de que eu fui sempre bem atendida e achei a comida saborosa em ambos os sítios. Não aqueeeeela coisa óptima, mas ainda assim boa!

Hotel Academie, em Bruges!

Mais uma vez, a localização do hotel que ficamos, faz toda a diferença para umas férias perfeitas sem stress desnecessário! Então, tal como fiz para o hotel de Bruxelas, eu decidi escolher algo bom e central para Bruges.

Fiz algumas pesquisas noutros blogs também e acabei por achar este Hotel Academie, que foi óptimo tal como eu li nas resenhas e comentários. Ele fica mesmo no centro histórico de Bruges, bem pertinho das atracções principais, que é como quem diz, da Grand Place!

A distância até lá é mais ou menos a mesma coisa que já tínhamos feito em Bruxelas, então estão a ver que não podia ser melhor! Quer dizer, poder podia, mas também mais caro, talvez.

A verdade é que, mais uma vez, aproveitei uma promoção que estava a acontecer neste hotel e consegui salvar algum dinheiro também. O único senão do hotel é mesmo não ter o pequeno-almoço incluído e o extra que temos de pagar é um pouco pesado demais.

Então acabámos por não tomar o pequeno-almoço por aqui e fazê-lo na próxima paragem. Nada de grave também! O que teve de incómodo neste aspecto foi totalmente compensado pelo estacionamento subterrâneo, que eu já tinha esquecido completamente que eles tinham.

Tudo bem que pagámos 20€ para deixar lá o carro o tempo todo, mas óbvio que compensa. O estacionamento na Bruges histórica e pitoresca é muuuito escasso e paga-se bastante por um período curto de tempo. O único parque de estacionamento maior que vimos e que não era loucura de preço ficava ainda um pouco longe do hotel e andar a carregar malas pela cidade não soou muito convidativo.

Então, depois de andar às voltas o Carlos lembrou-se de ir lá perguntar a hotel, apesar de ainda ser manhã e o check-in ser a partir das 14h. Eles foram super simpáticos, abriram a garagem para nós e ainda nos fizeram o check-in antes da hora, do quarto que já estava pronto. Entretanto, assim que chegámos ao quarto eles ligam da recepção a dizer que já posso ir levantar a outra chave. Excelente mesmo!

E no dia que fomos embora, a senhora ainda perguntou se precisávamos de deixar malas no hotel, caso fossemos permanecer ainda na cidade mais algum tempo do dia. Então, achei todo o staff super atencioso e simpático também!

Por fim, o hotel em si é óptimo. Ele é dentro da mesma linha do outro que ficámos em Bruxelas. Um pouco mais requintado que o costume, mas também nada de grandes luxos. O ideal para estarmos bem confortáveis e perto de tudo o que precisávamos!

Mais uma vez o quarto era bem grandinho para os padrões que estamos habituados e achei piada eles terem colocado máquina de café e chá no quarto, juntamente com uns doces e com as saquetas do café e do chá, claro. Fez lembrar Londres, onde o hotel também tinha isso, se bem que esse era bem mais simplório que este.

Na porta ao lado do hotel estava um restaurante a praticar preços bem mais convidativos dos que vimos e experimentámos na praça central e ruas em volta, o que se tornou uma excelente opção para o jantar daquele dia. O meu pai também adoeceu entretanto, então foi óptimo ele poder descer para jantar e voltar logo de seguida ao hotel, sem apanhar muito frio.

Como o hotel fica no centro histórico, ele está rodeado de várias lojinhas típicas também. As de chocolate, souvenir, doces, bordados, etc… E fica a 2 minutos a pé da Cervejaria que visitámos logo de manhã, depois de termos deixado as malas no hotel e antes de irmos conhecer a cidade a fundo.

Super recomendo o hotel por todos os motivos que disse à pouco e pela experiência em si! Bruges tem outras opções mais luxuosas e de cara para a praça central. Mas Bruges é uma cidade cara e achados destes fazem toda a diferença.

Cervejaria Half Moon, em Bruges!

Bélgica é muito popular pelas suas cervejas e pubs também. Não só pelo chocolate. E por todo o território, que não é tão vasto assim, há muitas maneiras diferentes de se fazer cerveja, aproveitando também as mudanças de clima de região para região.

E fazer cerveja é uma arte levada muito a sério pelos belgas, que se orgulham de levar a sua cerveja a competição e de ganharem medalhas ano após ano.

Em Bruges, houve uma cervejaria que permaneceu tão única e tradicional como no início da sua formação, quatro gerações atrás. E acabou por fazer questão de não sair do centro histórico, mesmo que para isso não consiga produzir grandes quantidades de cerveja.

No fundo, preferem manter a essência original da sua cerveja, não saindo de Bruges. Tudo isto para continuar a ser reconhecida como a cerveja de Bruges. Só por isso já ganhou a medalha!

Para fazermos algo diferente e tradicional, eu decidi incluir no roteiro uma visita à fábrica, que inclui no final uma prova da última cerveja lançada por eles, a Zot! Zot vem de louco, ou bobo da corte, que é a maneira como o povo de Bruges ficou conhecido, quando o Imperador Maximiliano lhes disse que para abrirem um manicómio na cidade bastava fecharem as portas dela.

A visita é super interessante porque mostra todos os passinhos para se fazer cerveja, mas não só! Até ensina os diferentes truques para aumentarmos o grau de álcool, a cor e até mesmo o sabor. Eu não fazia ideia que a Bélgica era conhecida por fazer cervejas com os sabores mais loucos, como queijo, por exemplo.

A fábrica tem várias zonas e a visita começa pela zona nova e recentemente construída, onde os vários ingredientes da cerveja são misturados, e outros componentes retirados, por não fazerem falta na cerveja ou simplesmente porque iriam alterar o sabor.

Em inglês os nomes dos ingredientes foram um pouco difíceis de acompanhar, mas vendo no site deles, os dois principais são o malte e o lúpulo, que eles a dada altura da visita mostram.

 

O grau de álcool depende da quantidade de açúcar que estiver presente, porque ele vai ser transformado em álcool na fermentação. A parte mais rápida é a inicial, onde os ingredientes são misturados, indo a mistura final até à zona de fermentação, onde demora uma semana até ficar a cerveja que bebemos.

Outro ponto interessante foi saber que a cerveja deve ser ingerida o mais rápido possível e não tem nada a ver com o vinho, que normalmente fica melhor se for envelhecido. Uma cerveja com semanas já não presta.

A meio da visita subimos até ao telhado onde tirámos fotos incríveis de toda a cidade com as torres das catedrais a sair pelo meio das casinhas. já não precisei subir ao Belfort! 🙂

A segunda parte da visita é pela zona antiga da fábrica e é vermos todas as técnicas que usavam antigamente e o quão rústicas elas eram. A fermentação antes era feita em tanques fechados que precisavam ser limpos periodicamente e por causa dos vapores a CO2, muitos eram os trabalhadores que desmaiavam e acabavam por morrer.

Também foi aqui que vimos o local onde antes as pipas eram roladas até aos barquinhos no canal, para depois serem distribuídos pelas casas. Esta técnica foi adoptada porque antigamente haviam muitas cervejarias espalhadas por Bruges, então esta foi a forma encontrada de tentar fazer frente à concorrência.

A cervejaria Half Moon já ganhou imensos prémios nacionais e internacionais e tem se mantido sempre na mesma família por séculos, passando de pai para filho e assim sucessivamente. A curiosidade vai para a cara que aparece no logótipo da lua, que é na realidade a cara do fundador, conhecido pela única foto que existe dele, onde aparece com uma cara bem carrancuda.

A cervejaria, além de ter a lojinha e as visitas guiadas à fábrica, também tem um restaurante muito bem decorado, com esplanada cá fora e tudo. Eles servem comidas leves mas também refeições mais completas e até mesmo só a típica cerveja. Tem uma cara de bistrô! Por acaso não ficámos por aqui a almoçar, mas estava com um aspecto óptimo e é bem pertinho do hotel onde ficámos.

Bruges, a cidade medieval!

Depois de Bruxelas, Bruges foi uma lufada de ar fresco, cheia de encanto e super pitoresca. É impossível não ficar apaixonado com tanto encanto. As casinhas pequenas, ruas estreitas, lojas fofas, os canais que serpenteiam pelo centro histórico.

Bruges tem motivos mais que suficientes para ser um dos destinos turísticos mais importantes da Bélgica, e ele consegue de facto sê-lo. A cidade medieval está muito bem conservada, com as ruas estreitas a envolverem-se nos canais, que fazem as delícias de quem está de visita.

Eu achei imensa piada à mistura de estrada com canal e ao facto de o quintal das casinhas ter, muitas vezes, um porto privativo para quem quiser entrar em casa no seu barquinho, em vez de sair pela estrada a andar.

Afinal de contas, há muitos anos atrás, a distribuição da cerveja (super tradicional da cidade) era feita levando os barris de barco até à casa das pessoas. Por aí se vê que o centro histórico está completamente coberto de canais serpenteantes que chegam a todo o lado.

No entanto, esse mesmo comércio que se estabelecia pelos canais, acabou por abrandar um pouco por causa da obstrução do rio Zwin logo no final do séc. XV. Então, hoje em dia temos o rio Dijver que já dá um gostinho de Veneza do Norte.

Bruges nunca foi muito industrializada e por causa disso sempre conseguiu manter a maior parte dos edifícios medievais, sem que tivessem sido construídos prédios altos ou ruas largas com muito trânsito.

Pelo contrário! O trânsito que entra e sai da cidade está bem controlado e o estacionamento é uma dor de cabeça daquelas. A nossa sorte foi o hotel ter estacionamento subterrâneo, mas nem todos têm porque nem todas as casinhas estão adaptadas à evolução e ao turismo de massas.

Ficou tudo muito estagnado no tempo e talvez seja por isso que Bruges é uma atracção tão popular e um destino turístico tão famoso na Bélgica. O que fez disparar também os seus preços. Conseguiu ficar mais cara do que a própria capital do país.

As principais atracções da cidade estão todas muito pertinho umas das outras e parece que todas as ruas vão dar à praça principal (Grand Place), ou então a uma catedral. Para fazer frente a Bruxelas, Bruges consegue concentrar num pequeníssimo espaço uma quantidade considerável de catedrais, que têm torres altíssimas.

Então a paisagem que temos, se subirmos a um sítio alto, é as imensas torres, desde catedrais ao Belfort, ou à Câmara Municipal. Enfim, um mar de catedrais! Além disso, mesmo em terra, vemos as tais torres a sair por detrás das casinhas e a subir até lá ao alto!

Os habitantes dos cais, os cisnes, também são uma delícia de apreciar porque já estão mais do que habituados àquelas andanças de turistagem e também já estão bem ambientados a viverem no meio da cidade. Lá pertinho do nosso hotel estava o esconderijo deles, feito aos pés de uma casa medieval. Uma delícia!

O ideal na visita à cidade é deambular pelas ruelas à volta da Praça principal, batendo o ponto nas principais igrejas e catedrais, mas também nos canais ao redor das casinhas. Sem pressas! E como estamos no Natal, ali na Praça principal, mas também noutras lá perto, está o Mercado de Natal, que é especialmente animado de dia.

Saímos à noite para passear por lá e só encontrámos as barraquinhas das bebidas abertas. Resumindo: experimentei uma bebida tipo Irish Coffee , que estou desconfiada ter a capacidade de aquecer qualquer um do frio.

Mercados de Natal na Bélgica!

Não fiz post durante a viagem, mas trago novidades fresquinhas depois de ter aterrado em Lisboa ontem, perto da meia-noite. Então eu hoje ainda estou meio ensonada e com a casa virada do avesso, com tanta mala e tralha espalhada pelos cantos.

Mas a viagem e o clima de Natal foi tudo aquilo que eu tinha imaginado que seria e ainda mais. Eu rapidamente me rendi a todo aquele encanto natalício e da própria cidade mesmo. Sim, porque nós não fomos só para ver mercado de Natal, mas também para conhecer mais das cidades por onde passámos.

Foi a primeira vez que estive na Bélgica no geral e ia meio apreensiva de que só acharia interessante os mercados e nada mais. Isto porque tinha lido alguns comentários depreciativos da cidade em si, que cheirava mal, etc… A somar às últimas notícias dos atentados de Paris, com ligações belgas, nunca soube bem o que esperar ao certo.

Mas não podia estar mais contente em todos os motivos. Bruxelas não é só conhecia pela cidade do Parlamento Europeu, mas tem um monte de coisas interessantes para ver e fazer. Em toda a esquina cheira a chocolate e waffles, os pubs são super amorosos e a tradição da cerveja está bem enraizada.

Ou seja, Bruxelas surpreendeu bastante pela positiva e acabei por amar principalmente o centro e a parte mais antiga, cheia de lojinhas tradicionais. Esta é outra coisa que fiquei a adorar: a forma como eles conseguem decorar cada lojinha, por mais banal que seja, para parecer tirada de um conto de fadas. Até a farmácia parece tirada de um filme do séc. XVIII. Tudo muito pitoresco!

Claro que se faz alguma distinção entre a parte alta e a parte baixa da cidade. A parte alta é bem mais moderna e empresarial, onde está também o palácio dos reis. Enquanto a parte baixa é o coração da Bruxelas que parou no tempo e encanta qualquer um.

O segredo está em não deixar de passar nas duas partes e achar o encanto de cada uma delas. Claro que a zona em redor da praça principal, onde está a Câmara Municipal, prende muito mais a atenção e as lojinhas de chocolate belga são a maior tentação.

O chocolate belga é uma das coqueluches do país e as marcas que fabricam e vendem são imensas, cada uma com mais requinte e charme que a anterior. Com tudo isto torna-se difícil resistir e não entrar em cada lojinha, nem que seja para tirar uma foto.

Os pubs são outra tradição do país, que eu já tinha algumas saudades. Desta vez não fomos propriamente frequentadores assíduos de pub, como em Londres, mas ainda assim experimentamos algumas cervejas diferentes e mais badaladas da região.

Em Bruges, fomos até visitar uma fábrica de cerveja artesanal, que já recebeu um monte de prémios. Foi super interessante perceber toda a dinâmica da concepção da cerveja, principalmente as diferenças entre sabores e como isso é conseguido.

 

Passámos também por Gent, outra cidade super fofa perto de Bruxelas, que acaba por ser ofuscada pela vizinha Bruges. Mas tem todo o mérito e encanto, com catedrais lindas e imponentes a cada esquina.

Para terminar ainda quis passar de raspão em Antuérpia porque sei que não me ia perdoar se não fosse ver pelo menos a praça principal e a catedral. Já estava quase escuro mas ainda consegui cumprir o objectivo.

No geral, fiquei com a impressão que as catedrais com torres altíssimas fazem parte do panorama de qualquer cidade pitoresca belga, contrastando com as fachadas das casas que são super tradicionais, a maioria muito bem trabalhadas.

Cada cidade por onde passámos tinha uma dezena de catedrais, umas mais conhecidas que outras, juntamente com a praça principal, onde estavam as barraquinhas dos mercados de natal, que completavam muito bem o panorama com os edifícios em volta, cada um mais bonito que o outro.

Fica difícil arranjar mais adjectivos para descrever o ambiente que se vive por lá, principalmente nesta altura, então ficam algumas fotos, em jeito de introdução.