15 dias pela Europa, as dicas práticas!

E querendo acabar de uma vez com os posts da viagem pela Europa, hoje venho rematar com uma série de dicas práticas gerais de planeamento da Europtrip. As dicas práticas de cada um dos países e cidades que visitámos já foram saindo. Mas para quem está a pensar fazer algo deste género, mais elaborado, é essencial pensar em algumas questões. Eu até tinha ponderado fazer um vídeo explicativo e tentar tornar tudo mais leve e tal. Mas com a falta de tempo que tenho tido ultimamente, já percebi que vai ser impossível. Então aproveitando o pouco tempo que ainda vou tendo durante o trabalho, decidi escrever por aqui alguma coisa útil e que me ajudou na experiência final da viagem.

Começando do início, como fiz o meu roteiro?

O roteiro é o primeiro passo para garantir o sucesso de qualquer viagem. Especialmente quando ela é longa e envolve várias cidades, ou até mesmo vários países diferentes. No meu caso foi uma questão histórica e, claro, de cidades que faziam parte do meu imaginário à muito tempo. Mas mesmo assim, foi preciso ponderar o que valia ou não a pena e o que já seria loucura. Se olharem para o mapa da Europa e virem o roteiro que fiz, vão perceber que ele é seguido, com países que fazem fronteira uns com os outros e com cidades que não estão mais do que 8h de distância.

Na hora de escolhermos um roteiro importa pensar qual a região da Europa queremos visitar, por quanto tempo vamos querer viajar e como. Se eu não queria andar de avião de uma cidade para a outra, então tive de encontrar um roteiro com cidades relativamente perto umas das outras.

Também é preciso saber parar. Não adianta querer visitar 500 cidades em duas semanas. Só nos vamos desgastar e não vamos conhecer nada na realidade. Eu dediquei dois dias a cada cidade que visitei e mesmo assim em Viena e Budapeste fiquei com a sensação que mais havia para ver e conhecer. Dedicar ainda menos tempo a cada cidade é piorar mais este sentimento.

Como planeei os transportes?

Planear um roteiro pela Europa envolve sempre escolher qual o melhor meio de transporte. Como as distâncias na Europa são mais pequenas, o ideal é esquecer o avião e usar o comboio ou o autocarro. No nosso caso, demos preferência aos autocarros, por serem mais baratos e pela facilidade em comprar os bilhetes com mais antecedência. E há literalmente opções de autocarro entre quase todas as cidades europeias. Não há a mínima hipótese de não conseguirmos fazer um roteiro do início ao fim sem autocarro.

Viajar de autocarro faz com que poupássemos muito dinheiro mas também implica mais horas perdidas em viagem. A solução que arranjei foi viajar de noite quando as distâncias eram maiores, ou então sair muito cedo para chegar à próxima cidade ainda antes de almoço. E resultou muito bem! Fiquei fã dos autocarros para viagens dentro da Europa quando falamos em roteiro. Resta dizer que comprei todos os bilhetes de autocarro no site GoEuro!

Como organizei o alojamento?

Planear alojamentos para 7 países diferentes pode ser uma verdadeira loucura. É preciso muita organização e não deixar nenhum detalhe de lado. Eu optei por reservar casas no AirBnB para todos os dias da viagem. E isso pode ser um factor extra de stress e necessidade maior de gestão.

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Implicou que passasse horas a escolher casas, a avaliar se ficavam relativamente próximas de transportes, se não ficavam muito longe do centro mas ao mesmo tempo não muito longe da estação de autocarros, se tinha boas condições, etc… E mesmo assim isso não é garantia de nada! Como já falei antes, a casa de Praga acabou por ser uma experiência sociológica muito fora do que esperávamos e a casa de Cracóvia foi desmarcada à última hora. Ou seja, mesmo com toda a planificação do mundo, percalços acontecem.

No entanto, todas as outras casas foram muito boas para o preço que pagámos. Permitiu-nos ter mais liberdade para cozinhar, para irmos às compras, para conhecermos mais da cultura de cada sítio por onde passámos. Se passei várias horas a trocar mensagens com os anfitriões? Claro!! E mesmo durante a viagem estava sempre em contacto com o anfitrião da próxima casa onde íamos. Mas tudo isso faz parte da tal gestão de quem planeia um roteiro destas dimensões. É impossível esperar que tudo fique organizado em casa e depois de embarcar já não precisamos preocupar com mais nada. Não é assim! Durante toda a viagem eu estive preocupada a organizar as coisas da cidade seguinte.

Como lidei com diferentes moedas?

O roteiro que fiz passava por países com moedas diferentes do Euro. E se isso geralmente não é um problema, começa a dar mais dores de cabeça saber que para além do Euro, tinha de me preocupar em ter outra moeda na Polónia (Zloty), República Checa (Coroa checa) e Hungria (Florim Húngaro). Ou seja, quase metade da viagem foi com moedas diferentes do euro.

Eu optei por simplificar e não levar as moedas comigo. Chegávamos e levantávamos dinheiro em ATM. Pagámos algumas taxas, claro, mas nada de mais e nada que não fosse razoável o bastante. Íamos ficar apenas 2 dias em cada uma destas cidades com moedas diferentes. Para quê complicar? Além disso, estes países já estão tão habituados às dificuldades dos turistas que facilitam bastante. Houve casos em que aceitaram pagamento em euros fazendo uma pequena conversão no telefone.

Usei novamente a minha aplicação XECurrency, que instalei no telefone na viagem à Ásia de 2017 e pronto! Foi bastante fácil lidar com todas as mudanças de moeda entre os vários países.

Como lidar com cansaço e falta de horas de sono?

Este foi sem dúvida um dos problemas da viagem. Não que tivesse atrapalhado os planos porque conseguimos fazer quase tudo o que tinha planeado, mas porque me fez adaptar o roteiro de alguns dias. Viajar durante 15 dias já trás um cansaço próprio. São dias e dias a andar, a visitar sítios, a viajar, etc… Quando somamos noites mal dormidas em autocarros, a situação só piora. Então era claro que os dois dias seguintes a noites mal-dormidas foram os piores da viagem. Para além da disposição para andar ser menor, eu sentia também mais dores nas costas, desconforto no estômago que me tirava o apetite, etc… Ainda bem que foram só dois dias! Eu optava por tornar o dia mais light e carregar o dia seguinte.

Na prática os dias light não tiveram muito impacto na viagem, mas fez-me pensar que não é a melhor solução para próximos roteiros. Sem dúvida que uma noite bem dormida numa cama é o melhor remédio para viagens longas. Bastava umas horas de sono numa caminha e nós ficávamos logo bem dispostos e prontos para um dia super preenchido de passeio turístico.

Como fazer a mala para 15 dias?

Esta foi a minha maior conquista de toda a viagem. Pela primeira vez eu consegui viajar apenas com uma mala de cabine e uma mochila às costas. O meu marido levou igualmente a sua mala de cabine e mochilinha. Como consegui esta proeza? Relativisando tudo! E também assisti vários vídeos no youtube sobre técnicas para arrumar a mala. E houve duas blusas que não cheguei a usar durante toda a viagem!

Como fui numa altura de Outono na Europa, onde as temperaturas já começam a baixar, a grande maioria da minha roupa foi para o frio. Falar sobre a minha mala dava direito a post exclusivo mas eu vou tentar sumarizar as principais técnicas que usei.

Em primeiro lugar eu escolhi blusas com cores neutras e sem padrões que desse para combinar com o máximo de roupa possível. O mesmo para as calças! Em segundo lugar, não levei uma muda de roupa para cada dia da semana. Já não sei dizer ao certo quantidades de cada coisa, mas foi o suficiente para sobreviver na boa durante uma semana e depois lavar roupa se houvesse necessidade. Ah e claro, dei preferência a roupa mais quentinha, por isso levei blusas térmicas para usar por baixo das blusas de lã finas (para ocupar menos espaço) que tinha levado. Só levei um lenço e um cachecol, um casaco quentinho e um par de ténis. Não levei toalha para o Spa em Budapeste e preferi alugar lá mesmo. Terceira dica: arrumação da roupa em rolinhos na mala. Foi a melhor solução para ocupar menos espaço e eliminar de uma vez aquele espaço morto que fica quando colocamos a roupa dobrada normalmente dentro da mala. Além disso, quando a desenrolava, na maior parte dos casos, não estava amarrotada.

Última dica: Coloquei toda a roupa dentro da mala de cabine e tudo o resto veio comigo na mochila. Então, para não ocupar espaço na mala de cabine com coisas mais volumosas e que não dão jeito arrumar, coloquei os necessaires com os líquidos, farmácia, e produtos de beleza e higiene gerais, dentro da mochila. Pala além disso, ainda guardei por lá os guias de viagem, alguns eletrónicos, além de qualquer comida ou souvenir que íamos comprando ao longo da viagem.

Fiquei tão entusiasmada com esta conquista que vou tentar fazer o mesmo agora na viagem da Ásia!

Então, vale a pena fazer uma Eurotrip?

Claro que sim! É mais exigente que uma viagem de fim-de-semana? Claro! Mas é uma forma óptima de conhecer mais da Europa num curto espaço de tempo. É necessário muito planeamento e mente aberta como em todos os roteiros. É preciso ter consciência que não vamos conseguir saber tudo sobre todos os sítios por onde vamos andar. Ao longo da viagem ainda é preciso gerir, fazer planos, ler os guias de viagem para refrescar a memória acerca do roteiro X e Y deste e daquele país. Mas no final não apetecia voltar para casa. Apetecia apanhar outro autocarro e seguir viagem. Então pronto, ficámos com o bichinho dos roteiros pela Europa e é provável que mais apareçam no horizonte nos próximos anos.

Viena: dicas gastronómicas!

É verdade que nem todas as cidades da viagem eu consegui ou fiz questão de testar um restaurante mais tradicional. Mas se há cidade que eu pus logo na lista foi Viena. E por duas razões: provar o Schnitzel e a torta Sacher. E, em ambos os casos eu queria ter certeza que ia provar o melhor dos melhores. Então, com base nisso foi fácil fazer as escolhas finais e agora só tenho a dizer que estão mais do que aprovadas. É quase obrigatório passar por ambas as dicas que vou dar já de seguida.

Figlmueller:

Um dos pratos típicos desta zona do leste europeu, particularmente da Áustria, é o Schnitzel, que não é nada mais do que um enorme panado que cobre toda a a superfície do prato e é servido com um quarto de limão por cima. Parece simples, mas é delicioso e pelos vistos há competição em Viena sobre qual o restaurante com o melhor Schnitzel. E, como tal, um dos restaurantes mais famosos nesta área é o Figlmueller, que tem as instalações muito perto da Catedral e numa zona muito interessante com outros restaurantes e bares em volta.

Eu li várias resenhas de pessoas que já lá tinham ido e adoraram e do quão boas são as Schnitzel, que foi quase obrigatório passar por lá e almoçar. Fomos sem marcação mas relativamente cedo, então entrámos logo e sentámos numa sala bem rústica depois de descer uma escadaria imensa. E, como se não bastasse serem famosos e darem a provar o melhor Schnitzel de Viena, têm uma das decorações mais interessantes de todos os restaurantes que já passámos até agora.

O ambiente é super descontraído, com várias salas que vão-se abrindo em outras e outras, e depois tem escadas para o nível inferior, onde há mais salas que dão para outras salas. E enfim, é um labirinto muito interessante com um ambiente super rústico, dando a sensação de estarmos numa gruta a almoçar.

A qualidade do serviço é fantástica, sem nada a apontar. O empregado que nos atendeu era super simpático e estava sempre a brincar conosco por causa do tamanho do Schnitzel. Eu pedi o original, que vem com o limão, mas há outras opções diferentes para quem quiser testar. E haja estômago para conseguir comer tudo até ao fim! Mas no final há que confessar que o panado é óptimo e facilmente percebemos a razão de tanta fama à volta do Figlmuller.

Café Sacher:

Pertinho da Ópera de Viena está o café Sacher que no fundo faz parte de um Hotel super chique com o mesmo nome. O Café Sacher é tão famoso pelas suas tortas, as tortas Sacher, que é quase imperdivel passar por lá e provar uma torta, mesmo que não nos sentemos no café. A vida está facilitada pela loja que está dentro do café e que permite a quem não quer gastar uma fortuna num lanche, entrar e comprar unicamente a torta para depois provar em casa.

Nós decidimos entrar e sentar mesmo no café porque eu adorei o ambiente e porque queria mesmo fazer um lanchinho com capuccino e tudo. Além disso, se houve coisa que eu adorei já na altura em que estive em Paris no Verão, foi o ambiente destes cafés “famosos” e requintados. Então queria ter uma experiência semelhante e poder estar sentada nas calmas a provar a minha torta.

O Café Sacher rivaliza com o Demel pela autenticidade das suas tortas, tudo porque o filho do criador da torta Sacher (Franz Sacher) foi trabalhar para o Demel em 1934 e levou consigo a receita original das tortas. Depois de uma batalha juducial que durou entre 1938 e 1963, foi concedido ao Café Sacher o título de “Original Sacher Torte”, enquanto que o Demel ficou com o título de Eduard Sacher Torte”. Ainda hoje os dois cafés rivalizam pela melhor torta, mas de facto é no Café Sacher que ela tem a sua originalidade. Por esse motivo, eu quis provar lá. E veredito final: é divinal!

Apesar destas duas opções muito boas, Viena está cheia de óptimos locais, quer restaurantes ou cafés. Contudo, estas são para mim as sugestões a não perder numa visita à cidade.

 

Viena, roteiro do 2ºdia!

O nosso 2º dia em Viena foi de total deslumbramento e foi quando caiu finalmente a ficha de que a cidade era lindíssima e com literalmente muito para ver. Mas fazer o quê né? Já só tínhamos este dia para andar pela cidade e decidimos aproveitar o máximo possivel. Então, apesar da cidade até ser compacta e dar para fazer muito a pé, tenho a sensação que andei km’s e km’s.

Começámos o dia nas traseiras do Palácio Imperial porque tínhamos decidido ver o Hofburg no dia anterior. Então, para chegar às traseiras acabámos por passar novamente pelo quarteirão dos museus, pelo palácio propriamente dito e, desta vez, fomos andando e atravessámos até à parte de trás para começar aqui o roteiro. Aqui nesta zona começa a área pedonal e mais pitoresca e sofisticada de Viena, a Kohlmarkt.

Então, assim que saímos do perímetro do Palácio Imperial vemos logo uma longa avenida com prédios lindíssimos e lojas de luxo, entre outras mais locais, que se estendem entrando no centro mais histórico de Viena. Logo junto ao palácio estão vários coches com cavalos que levam os turistas a passear pela cidade. E toda esta junção serviu para me apaixonar logo ali.

Nós fomos descendo pela Kohlmarkt, vendo as lojas pelo caminho e assim entrámos na Rua Graben, que não é mais do que uma continuação de toda a opulência que já vimos até agora. É todo um conjunto de ruas e avenidas pedonais que transmitem sofisticação, modernidade, arte, requinte, e tantos outros adjetivos semelhantes.

Esta avenida pedonal é maior que a anterior e aqui estão alguns dos marcos mais importantes de Viena, como a Igreja de S. Pedro e a Coluna da Peste.  A Igreja de S. Pedro fica ali meio escondida a meio da avenida e pode facilmente ser ofuscada pela Catedral, que é sua vizinha, no entanto, eu recomendo entrar e não olhar só pelo exterior. Tudo porque a Igreja de S. Pedro tem uma cúpula  incrível, pintada à mão, e tem adornos em ouro por toda a igreja, que apesar de pequena é linda. Quando entrámos para visitar estava a decorrer uma cerimónia então todos os castiçais estavam acesos o que tornou o ambiente ainda mais especial.

A coluna da Peste é muito conhecida por ter sido mandada erigir por Leopoldo I como ato de misericórdia se a epidemia de peste que assolou Viena em 1679 tivesse fim. Então, hoje é possível ver a coluna bem no centro da avenida Graben, como lembrança da peste e de todos os que morreram.

No final da avenida chegamos à Catedral de S. Estevão, ou Stephensdom, que tem estilo gótico e assenta perfeitamente na cidade em volta. Ela está ali super imponente bem no meio da cidade histórica, no cruzamento de várias avenidas importantes e movimentadas. A primeira particularidade desta catedral é sem dúvida o telhado. Sim, a primeira coisa que reparamos quando olhamos para cima é o telhado colorido com desenhos ou padrões. O interior é outro espetáculo à parte com vários detalhes do estilo gótico que saltam à vista e rendem fotografias lindas.

Quando saímos da catedral fomos almoçar ao Figmuller, que é ali pertinho, e que vou fazer um post exclusivo. Depois de almoçar voltámos à zona da catedral para desta vez seguir por outra avenida, a Karntner. E tudo isto tem um propósito! Esta é talvez das avenidas com mais coisas interessantes para ver. Em primeiro lugar está cheia de lojas interessantes que já não são super luxuosas e por isso já cabem no orçamento da malta, depois tem algumas lojas locais de produtos de cosmética e beleza que são fantásticas porque dá para experimentar sem pagar por isso.

Mas não fica por aqui! A meio da avenida está também o Hotel Sacher, que tem um café e lojinha com as famosas tortas Sacher. Sim, é um café muuuito luxuoso, mas as tortas são divinais e para provar é sempre melhor ir à origem. Vou depois fazer um post mais exclusivo também.

A Avenida Karntner vai então acabar na Ópera, que é apenas uma das salas de espetáculo de Viena, porque existem várias. A Ópera, contudo, tem o seu requinte especial e recebe os melhores e mais conhecidos espetáculos do género. Em frente está também o passeio das estrelas da música clássica, que eu achei super engraçado e diferente, com artistas tão conhecidos como Mozart, Bach ou Strauss.

Daqui nós seguimos andando um pouco sem rumo, mas na direção do Palácio Imperial, já numa de voltar para o caminho que nos levava até casa. Mas entretanto neste cirandar sem propósito específico passámos pela entrada do Museu Albertina, que tem uma das maiores coleções de arte gráfica do mundo, mas que antes era os apartamentos dos convidados da realeza. E aqui na Albertina entrámos no Burggarten, que no pôr-do-sol estava fantástico.

Deste parque seguimos para o Volksgarten que também é outro parque enorme bem no centro de Viena e que tem várias partes de jardim interessantes, com fontes, pátios com flores, enfim… muito interessante também.

Fomos acabar o dia junto a Rathaus, que é o edifício da Câmara Municipal de Viena. E foi o único edifício que nós víamos de várias partes da cidade e nos perguntávamos o que seria aquilo. Uma igreja? Catedral? Mas nem sequer está nas principais coisas a visitar em Viena. Como é possível? pois, não está porque de facto é “apenas” a Câmara Municipal lá do sítio e enfim, existem um monte de outras coisas interessantes para ver e fazer em Viena que esta fica para segundo plano.

Mas é um edifício lindíssimo que dá até pena se não formos até lá admirá-lo de mais perto. Na altura que fomos estavam a preparar o evento de videojogos que ia ter lugar na praça em frente nos próximos dias, então o acesso estava mais limitado. Mas, por exemplo, no Natal, um dos mercados é feito justamente nesta praça e já dá para imaginar o quão bonito deve ser.

Viena, roteiro do 1º dia!

Nós chegámos a Viena já perto da hora de almoço, vindos de Cracóvia e com ligação em Praga às 7h da manhã. Estávamos muito cansados e a primeira coisa que fizemos foi tomar um banho e almoçar nas calmas. Só depois decidimos encarar uma caminhada até ao centro e começar a desbravar a cidade de Viena. Então, este roteiro do 1º dia é bem calmo e nada de mais. Serviu mesmo para dar uma breve introdução da cidade e preparar para o dia seguinte.

O nosso roteiro começou logo no Quarteirão dos museus, que é um ponto de partida perfeito. Ali naquele quarteirão estão os principais museus da cidade e, pelo menos, um dos mais importantes do mundo, que eu já falei no post anterior – o Museu Kunsthistorisches. O museu tem pinturas que reúnem vários estilos e culturas, com nomes tão conhecidos como Rubens, Caravaggio, Velásquez, e muitos outros. Além das pinturas também tem uma exposição no piso térreo sobre a arte e cultura egípcia, que eu sou fã assumidíssima. Então, acho que é seguro dizer que o Museu Kunsthistorisches é uma espécie de Museu do Louvre de Viena.

Mesmo em frente está o Museu de História Natural, num edifício igual ao Museu de História da Arte. Estes dois museus estão inseridos em edifícios neoclássicos que são autênticos palácios, ou seja, para além de podermos ver obras de arte de renome mundial ainda podemos apreciá-las ao mesmo tempo que passeamos por corredores e salas sumptuosamente decoradas. Quem estiver com mais tempo é visita a não perder!

Mesmo ao lado do Quarteirão dos museus está o Arco Auberes Burgtor, que vai dar ao palácio Imperial, ou Hofburg. E quando damos de caras com o Palácio não podemos negar o quão imponente ele é e ao mesmo tempo o quão integrado nos edifícios em volta ele está. O Hofburg foi a casa do Império Habsburg durante seis séculos e meio e hoje em dia está aberto a visitação com algumas exposições sobre a realeza, além de incluir numa parte das instalações a Biblioteca nacional e também ser utilizado para eventos nacionais/internacionais, como Congressos e afins.

Viena tem uma das histórias mais fascinantes entre toda a realeza europeia e, apesar de eu me interessar bastante por história, a verdade é que desconhecia muito acerca deste império. Talvez daí não estar muito entusiasmada em visitar Viena numa primeira fase, por achar que ia ser muito palácio e tal, mas sem nada de muito interessante para além disso. Mas quando marquei a visita no Hofburg e quando fomos finalmente conhecer mais acerca desta família, fiquei fascinada com todo o drama em volta da princesa e rainha Sissi, que até então era desconhecida para mim.

O Hofburg foi inicialmente um castelo no séc. XIII, habitado pelos governantes da família Habsburg, começando em Rudolph I em 1279. Mais tarde foi utilizado pela monarquia austríaca, até esta colapsar em 1918, sob o reinado de Karl I. Os museus sobre a realeza que podemos visitar hoje em dia são os Apartamentos Imperiais, que tem o Museu Sissi no interior, e também o Tesouro Imperial. Nós comprámos o bilhete conjunto e começámos a visita pelo Tesouro, que fica logo na entrada no piso inferior.

O Tesouro Imperial reúne uma coleção super interessante que tem séculos de existência e é oriunda de vários países e culturas diferentes, tendo sido oferecidos à família real ao longo do tempo. É muito fácil passar horas aqui se quisermos ver tudo em detalhe. Nós fizémos a tour maior e ficámos fascinados com tudo o que estava exposto, principalmente pela diversidade e sumptuosidade de tudo.

Depois subimos ao primeiro piso e fomos ver o Museu Sissi e os Apartamentos Reais, que entretanto já estavam quase na hora do fecho. A exposição começa no Museu Sissi, onde a história da rainha é contada desde a sua juventude até ao final trágico que teve e como isso afetou o rei e toda a família real na altura. O museu está muito rico em detalhes, mostrando vestidos e jóias que a rainha usou em diversas situações importantes, além de retratos de família e alguns documentos oficiais da altura.

Sissi era uma rainha muito amada pelo rei, pela corte e por todos os austríacos no geral, no entanto, nunca gostou de ser o centro das atenções e de estar muito tempo rodeada de pessoas, como as suas funções obrigavam. Então, com os anos foi-se distanciando da realeza, começou a isolar-se até dos filhos e a passar temporadas fora de Viena. Passou por períodos muito conturbados até ser morta em Genebra em 1898.

A seguir entramos diretos nos Apartamentos reais que foram utilizados como a residência oficial de Frank Josef I (1830-1916) e da sua mulher, Elisabeth (ou Sissi, como era chamada pelos austríacos). Eu adoro palácios por isso sou muito suspeita para falar da beleza deles e do quão fascinante é estar de frente para o lugar onde tantas decisões importantes foram tomadas e onde a família real vivia.

 

Mas enfim…digo na mesma que se tivermos de escolher entre todos os palácios de Viena, este tem de estar na lista de locais a visitar. Além de ser ainda hoje utilizado como morada do Presidente Austríaco, entre tantas outras funções importantes, foi o palácio oficial e morada de toda uma família real que influenciou a Europa de Leste e, claro, o restante território europeu.

Depois de sairmos do Hofburg, fomos para o Parlamento Austríaco, mas ele estava em obras, então, acabámos o dia sentados no Parque Burggarten, que tem uma área considerável, bem no centro da cidade. Como este parque está bem no centro, entre o Hofburg e o Parlamento, é muito fácil passar por ele pelo menos uma vez durante a passagem por Viena.

No dia seguinte ainda voltámos aqui para acabar o dia novamente e acabou por virar um dos meus parques favoritos por ter um mini parquinho para cães mesmo no centro. Cada vez que passávamos pelo parque ficávamos parados a vê-los durante uns momentos até seguir caminho.

Viena, a terra da música clássica! (dicas práticas)

Quero começar este post introdutório com mais um desabafo acerca do quão triste eu fiquei pelo pouco tempo que estive na cidade de Viena. Viena sempre foi aquele destino que óbvio que eu queria visitar, mas por outro lado olhava com alguma desconfiança para a cidade em si. Não sei bem explicar o real motivo deste preconceito, mas ele existia bem dentro de mim. Era como se preferisse visitar outras capitais vizinhas e sempre deixasse para depois uma visita a Viena. Mas com o roteiro que montei ficou difícil não incluir Viena também, e depois de começar a pesquisar mais acerca da cidade, comecei a ter algumas surpresas boas. Contudo, mesmo depois de ter um certo entusiasmo em visitar Viena, nunca esperei que fosse adorar cada canto e ficasse mesmo triste por não ter mais um dia por lá.

O que é que me surpreendeu mais? Sem dúvida que foi todo o ambiente super requintado da cidade, que respira arte e cultura, toda a história da realeza e seus palácios e, claro, a música clássica. A cidade é linda e tem imensas coisas para ver e fazer. Eu ia com a ideia que tudo se resumia ao centro e depois de um passeio por lá ia sair satisfeita, mas não. Fora do centro estão outros dois palácios lindíssimos que eu já não tive oportunidade de visitar e que entraram diretos para a lista dos desejos numa futura visita.

Então, não se esqueçam e coloquem o Palácio de Belvedere e o Palácio de Schonbrunn nas vossas listas de sítios a visitar. O primeiro tem uma coleção de arte fantástica de Klimt, e o segundo é mesmo o palácio de Verão da família real. mas os dois são lindíssimos e têm um jardim fantástico também. Oh quanto arrependimento!

Outra área que eu não dei muita atenção nesta visita foi o quarteirão dos museus. Claro que passámos por lá, até porque fica ali ao lado do Hofburg, que nós fomos fazer visita, e é impossível ficar indiferente aos edifícios gémeos que têm os dois museus mais importantes de Viena, o Museu de História Natural e o Museu Kunsthistorisches.  Este último é considerado um dos melhores museus de arte do mundo e depois de passar em frente e ver algumas pinturas mais célebres que estão expostas no exterior, fiquei igualmente com vontade de voltar e dedicar umas horas a visitar este museu.

Depois dos palácios e do museu, uma experiência que eu queria muito ter feito e não tivemos possibilidade monetária para isso, já que não estava no orçamento da viagem e ia ser uma grande despesa extra, foi assistir a uma Ópera/ballet/Concerto Música Clássica. Eu não pesquisei muito sobre esta área de Viena e fiquei de queixo caído quando comecei a ver a quantidade de casas de Ópera que existem na cidade, a quantidade de orquestras e de grupos de ballet. Depois caiu a ficha e percebi o porquê: Viena é a terra mãe de nomes sonantes da música clássica. E eu perguntei a mim mesma, como é que eu não me lembrei disto? E pronto, mesmo com muita vontade de assistir a um espectáculo à noite, acabámos por fazer contas à vida e não quisemos arriscar quando eu já tinha programado alguns restaurantes fancy para os últimos dias das férias. Mas fica a promessa de voltar um dia e finalmente ir assistir.

E como este post introdutório está recheado de coisas que eu queria ter feito e não fiz (ahahah) tenho a dizer em minha defesa que consegui fazer quase tudo aquilo que tinha planeado e que adorei cada coisa que visitei. Só achei que subestimei muito a cidade e a quantidade de coisas interessantes que ela tem a oferecer. Os últimos parágrafos têm as coisas que eu realmente queria ter visto, mas óbvio que a cidade tem muuuito mais. É incrível! Mas como eu não almejo ver tudo de tudo, deixei aqui os meus desejos para uma próxima visita e cada um terá os seus, concerteza.

Avançando para as dicas práticas da cidade, vou falar um pouco dos transportes. A cidade está bem dotada de transporte público mas nós só usámos para chegar ao apartamento no primeiro dia e para ir de novo para a estação de autocarros no final da visita. Isto porque alugámos casa a cerca de 20min a pé do centro (quarteirão dos museus) e quisemos fazer o percurso a pé para aproveitar a cidade. Mas tínhamos um autocarro à porta que nos levava para o centro em 5min. Foi uma escolha nossa.

Uma vez no centro, tudo fica ali a uma curta distância a pé. Se não é tudo, pelo menos a grande maioria das atracções são muito perto umas das outras e quando chegamos na cidade “antiga” o ideal é ir mesmo andando e apreciando tudo o que está à nossa volta. Eu adorei as lojinhas de rua, umas muito requintadas, outras super alternativas. Enfim… andar pela cidade é um espectáculo só por si.

Ajudou muito a localização da casa para a experiência óptima que tivemos na cidade. Cozinhámos nas duas noites que passámos em Viena e os supermercados eram muito perto de nós, além de não serem propriamente caros. O que achei mais caro foram os restaurantes e as experiências em si. Visitar os palácios todos não fica barato, museus idem, e ir ver o espectáculo de Ópera também. Então por todas essas coisas Viena torna-se cara.

Aqui em Viena eu queria experimentar um restaurante com comida tradicional e que já foi medalhado algumas vezes como tendo o melhor Schnitzel da cidade, e ainda queria ir ao Café Sacher para provar a famosa torta. Então eu vou fazer um post só sobre estas experiências gastronómicas que eu super recomendo para se fazer em Viena.

Resumindo, Viena é uma cidade surpreendente e que merece ser vivida exatamente por tudo o que tem a oferecer. Tem uma variedade incrível de coisas para ver e fazer e mistura realeza, com música clássica, com lojas requintadas, com restaurantes de topo. Viena foi sem dúvida uma das cidades que mais adorei em toda a viagem e que tenciono regressar nos próximos anos.

Voltei da Eurotrip!

Eu nem sei bem por onde começar! Ainda sinto que estou lá, algures, em algum país. Mas não, já comecei com uma semana bem intensa de trabalho e parece que falta tempo para conseguir partilhar aqui todas as dicas e emoções da viagem. Posso voltar? Bem, a malta precisa trabalhar para voltar a viajar… 🙂

Vou começar do início, lá em Amesterdão. Parece que foi uma eternidade atrás. Bem, quando tudo começou, eu lembro-me de estar muito calma, mas ao mesmo tempo apavorada porque ainda tinha 2 semanas de viagem pela frente, muita coisa que ainda estava uma total incógnita, muita coisa que podia correr bem ou mal. Enfim… Mas decidi encarar com calma e deixar rolar os dias, tentar aproveitar e saborear cada momento, em cada cidade.

E cada cidade foi uma experiência diferente. É incrível como consegui juntar cidades tão diferentes e diversificadas. Cada um tinha coisas para oferecer que a outra a seguir já não tinha. Falar em resumo de todas elas num só post é quase tarefa ingrata porque cada uma deles merece uma atenção especial.

Quando cheguei a Amesterdão acho que foi uma das melhores sensações de toda a viagem. Senti-me quase a levitar enquanto percorria as ruelas e via os canais, as bicicletas, as flores. Estava definitivamente ali!

Em Berlim, o ponto alto foi mesmo ver todos os vestígios do antigo muro. Fiz questão de ir até à East Side Gallery para tomar contacto com a história mas também com a forma com que os habitantes locais e até mesmo artistas estrangeiros encararam o que aconteceu, exprimindo-se no muro.

Em Praga, eu fiquei apaixonada pelas casinhas pitorescas, pelo clima de Outono que deu um toque muito romântico e charmoso à cidade. Apesar da Ponte Carlos estar a abarrotar de turistas no primeiro dia que lá cheguei, mesmo assim acho que a experiência foi maravilhosa.

Em Cracóvia, eu finalmente tive a oportunidade de visitar o campo de concentração de Auschwitz e tomar consciência de uma parte da história que não devemos nunca esquecer. Era um dos sítios que eu mais queria visitar e, apesar de duro, foi uma experiência que sem dúvida mudou a maneira de encarar o mundo.

Em Viena eu engoli todos os preconceitos pré-existentes sobre a cidade. Ah porque é só palácios… Quê??? Eu fiquei furiosa comigo mesma por não conseguir ficar mais uns dias na cidade para poder visitar o museu de arte nacional que fica bem no Quarteirão dos museus e que é um dos melhores do mundo, não consegui ir ver Ópera, e só visitei o Palácio Hofburg. Enfim… Depois de lá estar percebi as maravilhas de Viena e agora estou cheia de vontade de regressar novamente.

Bratislava foi aquela cidade pequena com centrinho antigo super fofo que vale a pena passar e conhecer. A localização é perfeita, mesmo ao lado de Viena e a meio caminho de Budapeste, então sem dúvida que adorei o dia que passei aqui. As fotos falam por si! Apesar de não ter muuuito que ver/fazer, tem uma das cidades antigas mais bonitas da Europa.

E Budapeste, bem, foi um sonho tornado realidade. Infelizmente choveu no segundo dia que estivemos na cidade. Então não consegui fazer mais uns passeios à beira do Danúbio, nem visitar o bairro judeu, mas saí com a sensação de que fiz o que gostava de ter feito e conheci a Budapeste que eu sempre tinha idealizado. Ver o Parlamento foi fantástico, as termas foram divinais, enfim… tudo foi óptimo!

Então resumindo tudo, adorei cada momento da nossa viagem, tanto que penso voltar a fazer roteiros semelhantes em outras zonas da Europa. A única coisa que não volto a repetir são as noites passadas dentro de um autocarro. O dia seguinte era sempre mais cansativo do que umas horas de sono numa cama, por mais pequenas que fossem essas horas.

Visitar tantas cidades diferentes também torna mais dificil saber tudo ao detalhe de tudo o que eu coloco no roteiro. Então requer mais esforço. No dia anterior, tenho de voltar a estudar bem o roteiro do dia seguinte, contactar donos de casas, preparar os bilhetes que vamos precisar, confirmar horários de autocarros, calcular tempos de percursos, etc…

A logística é grande, afinal de contas foram 7 países, 7 cidades. É preciso um trabalho de equipa para tudo correr bem. E, apesar de alguns contratempos, tudo correu bastante bem, tal como tínhamos planeado. Então, contratempos maiores foi o atraso do comboio para Cracóvia (por problemas nos carris), a casa onde ficámos em Praga ficava num 4ºandar e não fomos muito bem recebidos nem tivémos vizinhos “normais” (muito barulho estranho ouvimos nós ahahah), e a casa de Cracóvia foi cancelada na véspera e acabámos por reservar outra bem melhor mais ou menos pelo mesmo valor.

Mas em todos os contratempos conseguimos dar a volta. Afinal de contas, que viagem não tem um ou outro contratempo? No final, o que importa é a experiência e as memórias que trazemos connosco. E essas foram para lá de positivas. Demos por nós no último dia a questionarmo-nos se faríamos mais uma semana e para onde. E, apesar de querer muito a minha caminha, continuava de bom grado a desbravar caminho.

Se ficaríamos mais tempo em cada país e se ficámos com pena de não ver isto ou aquilo? Claro que há sempre uma ou outra coisa que se tivesse mais tempo tinha ido ver mas… nós tínhamos definido um objetivo na viagem. E o objetivo não era passar o tempo a ver todos os museus de todas as cidades, era sim ver aqueles que nos diziam algo, e passar muito tempo nas ruas a ver a arquitectura dos sítios e a tomar consciência da cultura de cada cidade.

Então, tirando Viena, pelas razões que falei em cima, porque me surpreendeu bastante, não houve outra cidade que eu tivesse ficado com pena de não ter mais dias por lá, ou que queira muito regressar em breve. Eu sei que, eventualmente, no futuro, irei regressar a algumas destas cidades, mas para já, eu adorei o que vi e fiz.

E é isso! Mais dicas e, claro, o roteiro completo, vão começar a sair nos próximos dias! 🙂

PS: Consegui andar 15 dias com mala de cabine e mochila. Sou a maior!!!! Depois disto acho que vou arrumar as minhas malas de porão once and for all! 😀 Dicas em breveee!

O meu Roteiro de bus pela Europa!

Eu tenho várias viagens e vários roteiros que gostava um dia de fazer. São tantos que não há fim à vista e é uma lista que não pára de aumentar à medida que vou conhecendo novas culturas. Mas há sempre aquele roteiro que encaixa perfeitamente com certos momentos da nossa vida ou que estamos especialmente a fim de experimentar.

Conhecer a Europa sempre esteve nos planos não fosse eu uma apaixonada por arte, cultura, história,… O grande senão são os preços das passagens para várias capitais europeias. Se formos a somar viagens específicas para cada capital/cidade, fica um valor astronómico.

Então, eu decidi fazer um super roteiro pela Europa, género InterRail, mas de autocarro. E no percurso de todo o planeamento eu descobri que os preços dos autocarros são suuuper em conta e algumas vezes até permite fazer viagem noturna e economizar na estadia. Óbvio que vai ser mais uma daquelas viagens insanas e cansativas para juntar a todas as outras que eu já fiz até hoje. Mas de caras que vou adorar cada segundo.

O roteiro que montei foi todo virado para as cidades que estiveram mais no foco da Segunda Guerra Mundial. Como eu falei acima, história sempre foi uma das minhas grandes paixões e eu já perdi a conta ao documentários que vi e livros que li, sobre esta guerra.

Sei que cada cidade vai ter mais para ver e fazer para além da história e museus que possam estar relacionados com a 2ª Guerra Mundial, mas sem dúvida que o grande foco desta viagem vai ser esse. Por outro lado, visitar regiões europeias com uma cultura tão diferente da minha vai ser outro ponto alto. Mesmo estando no mesmo continente, não há dúvida que cada zona da Europa tem as suas características distintas. Já estive a viver na Escandinávia e achei um povo completamente diferente em tantos aspetos. Já visitei países aqui mais perto de mim e encontrei diferenças também. Por isso, conjugar o Norte da Europa com o Centro e Leste vai ser uma experiência e tanto. Inesquecível!

Vou ficar 2 dias em cada cidade, com excepção de Bratislava, onde só fico um dia. Mas acho que vai ser o ideal para conhecer exatamente aquilo que pretendo. Vai haver cidades onde eu vou visitar mais museus/palácios do que outras. Há cidades onde o meu único objetivo é andar pelas ruas e mergulhar na cultura e vida do povo. Berlim é um exemplo claro disso. Enquanto que em Viena eu já vou adorar entrar em vários palácios, porque são eles que fizeram e continuam a moldar aquela região.

Então, não estou minimamente triste com o tempo que tenho em cada sítio e vou manter-me objetiva neste aspeto. O que eu quero mesmo visitar nesta cidade? Será que há um museu específico que quero ver? Ou quero conhecer antes os bairros? Ou quero conhecer os mercados? Ou quero fazer Spa? (Budapeste!!!!! :D) E é isso! No fundo para mim vai ser uma questão de estabelecer os meus objetivos de viagem e saber que não vai dar para ver tuuuudo em cada sítio. Mas vai dar para ver exatamente aquilo que eu quero.

Detalhes do roteiro vou dar no final, quando perceber o que deu e não deu certo, mas por agora não quis deixar de dar uma primeira visão dos sítios por onde vou passar. 🙂

 

Amesterdão (2 dias) – Casa da Anne Frank está claramente na lista mais um cruzeiro pelos canais. Mas de resto vai ser um deixa rolar até porque a cidade é linda só por si. À parte de todo o mercado sexual que está intimamente relacionado com Amesterdão, a verdade é que esse não integra de todo os objetivos da viagem.

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Berlim (2 dias) – Tem cidade mais ligada à 2ª Guerra Mundial que esta? Huuum, pois! Um dos pontos altos será mesmo andar pelas ruas, pelo muro de Berlim, pelo museu a céu aberto que é a cidade.

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Praga (2 dias) – Uma das cidades mais bonitas da Europa sem dúvida! E tudo isso é grátis, basta andar pelas ruelas e temos a visão magnífica da cidade e do que ela tem para dar. Não podia deixar de incluir no roteiro uma das cidades que estão na wish-list faz tempo.

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Cracóvia (2 dias) – Não é a capital da Polónia mas é a cidade base perfeita para visitar o campo de concentração mais conhecido dos tempos da 2ª Guerra – Auschwitz. Tenho de me preparar mentalmente e emocionalmente para esta visita, mas por outro lado, como é possível não visitar? Vai ser duro, mas vai ser algo que me vai marcar profundamente. Disso não tenho dúvidas.

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Viena (2 dias) – Terra dos palácios, príncipes e princesas. Oh quanta cultura e sofisticação se respira aqui. O difícil é tentar fazer seleção dos palácios a visitar. Viena nunca me despertou tanta atenção como a vizinha Praga, mas quando comecei a pesquisar mais acerca da cidade acabei por ficar apaixonada.

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Bratislava (1 dia) – Bratislava foi incluída no roteiro por estar mesmo no caminho entre Viena e Budapeste (paragem final). Então porque não fazer uma visitinha a esta cidade, capital da Eslováquia? Verdade que muitas vezes fica esquecida ali no meio dos gigantes vizinhos, mas quando estamos tão perto não há como não parar. Estou na expectativa para esta visita. Será que vai surpreender?

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Budapeste (2,5 dias) – E para finalizar, outra das minhas cidades queridas, que há muito estava na wish-list. O Parlamento e as termas vão ser definitivamente os pontos altos da visita, mas há um sem número de lugares maravilhosos nesta cidade. E o fantástico é que ela até é bem condensada.

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E pronto, falta pouco mais de um mês para as minhas férias e para finalmente conhecer estes lugares fantásticos. Tenho tudo reservado, tudo comprado, até mesmo os bilhetes de museus, palácios, excursões, enfim….tudo! Só falta mesmo embarcar!

E não vejo a hora!!! Oh como estou ansiosa. Agora pormenor maravilhoso – vou andar 15 dias com uma mala de cabine SÓ!!! CORAGEM!! Ahahaha Mas eu vou contando tudo por aqui, angústias e alegrias, tudo. 😉