Cultura asiática: manual de sobrevivência!

Planear uma viagem para a Ásia não foi sempre fácil e em várias etapas do processo eu ficava com medo que alguma coisa desse errado, principalmente no que diz respeito às tours que queríamos fazer. Depois eu lia imensos blogs e comentários e sempre via opiniões muito unânimes em relação a estes países.

Regra geral todos achavam que eram países óptimos para se viajar por causa da segurança que se sentia, pela simpatia do povo, etc… Isso fazia a minha confiança aumentar. Mas depois, a cada pessoa que eu contava os países que ia conhecer, era ver as caras de horror. Principalmente quando falava em Cambodja e Vietnam, que segundo a maioria dos que me rodeiam são países absurdos de se visitar. “E a segurança? Que horror!”

Mas não era isso que me fazia desmotivar ou ficar com medo de ir. Era justamente a diferença cultural que me fazia querer muito pisar logo aquela terra e conhecer tudo o que pudesse.

Dificuldades gerais:

As primeiras dificuldades quando chegávamos a cada país era escolher o táxi para o hotel. Isto porque nunca sabíamos muito bem o que era expectável que pagássemos e qual preço seria considerado abusivo.

No entanto, ajudou muito algumas dicas que tinha lido em blogs acerca das principais situações de roubadas que o turista se vê a braços nestes países. Então eu sabia que era essencial garantir que entrava num táxi com taxímetro a funcionar ou então regatear muito bem o preço da corrida.

Regra geral, nós conseguíamos sempre utilizar taxímetro mas houve várias excepções como em Phuket, na Malásia, no Cambodja e Vietnam. Em Phuket nós saímos do aeroporto para escolher um táxi e regatear o preço dele. Acabou que o preço mais baixo que paguei foi depois compensado no preço do bilhete de ferry para as ilhas Phi Phi.

Na Malásia também regateámos preço e o senhor no fim acabou por querer cobrar taxas e mais taxas que nós simplesmente recusámos porque tínhamos combinado um determinado preço no início. E foi esse mesmo preço que pagámos.

No Cambodja o preço do táxi estava tabelado logo no aeroporto e isso também tirou aquela pressão de ter que regatear preço. No Vietnam tivemos que regatear mas por esta altura já éramos excelentes nessa arte. Ahahah

Cada vez que queríamos marcar alguma tour também tentávamos escolher o melhor possível e procurar não ser apanhados na curva. E todas elas correram muito bem, sem qualquer percalço!

Quando alguma coisa não corria tão bem assim, ou porque nos cobraram demasiado no táxi, ou porque chegámos na beira dos ferrys em Phuket e nos cobraram imenso pelo bilhete, sem estarmos à espera, nós tentávamos relativizar.

Não é possível controlar todos os eventos nestes países. A verdade é que há tanta variável, tanta tour para ser marcada, tanto táxi e tuk-tuk para entrar, tanto restaurante para escolher, que fica difícil querermos que tudo corra exatamente como planeado. A dica mais importante talvez seja mesmo apostar forte na preparação mas depois deixar rolar e não fazer um drama quando alguma coisa der errado ou não acontecer exatamente como previsto.

Língua e comunicação:

Chegar na Ásia foi entrar num universo totalmente diferente do nosso. A língua é muito diferente do português ou de qualquer outra que alguma vez contactámos e o mais parecido é a sensação de estar a entrar numa loja dos chineses em Portugal. 😀

Eles falam algum inglês mas depende muito da zona que estamos e do tipo de pessoa que falamos. Até a pessoa com o melhor inglês vai sempre falar super desajeitado. A dos que sabem inglês sabem o básico para comunicar com o turista e mesmo assim utilizam a calculadora para regatear preços.

No entanto, nunca ficámos sem alguma indicação porque sempre arranjámos maneira de comunicar com eles e ter a nossa resposta. E se aquele moço não sabia ia chamar um amigo que falasse.

Por isso, eu acho que nunca me senti assim meio perdida por causa da linguagem. Ir às compras era sempre um desafio extra porque tudo está na língua local, mas nos restaurantes já era mais fácil, já que a maioria tinha inglês incluído no menu. Claro que encontrei alguns sem menu sequer e aí perguntava diretamente ao senhor o que era isto ou aquilo.

Transporte:

O transporte foi outra odisseia porque cada país tinha a sua maneira própria e diferente de se locomover. Sim, estamos a falar de vários países da Ásia, mas como eu já falei tantas vezes por aqui, cada um deles era diferente à sua maneira. Não dava para aprender a lição num e aplicar exatamente no outro a seguir.

Em Bangkok nós usávamos o táxi para quase tudo que implicasse grandes distâncias. Experimentei o Uber na segunda visita para fazer a viagem desde o aeroporto até ao hotel e saiu mais caro que o táxi, então no regresso ao aeroporto eu voltei a chamar táxi, como tinha feito da primeira visita.

No entanto, para distâncias mais pequenas nós usámos muito o tuk-tuk, que é mais barato e é uma experiência alucinante. Então, se o hotel fica no centro da cidade eu aconselho usar tuk-tuk para economizar um pouco e para se divertir a valer numa das experiências mais típicas tailandesas.

Em Phuket usámos táxi até ao ferry e para chegar às ilhas Phi Phi a única forma é mesmo de ferry. Os dois em que fizemos a travessia eram muito bons e espaçosos, com televisão para ver filme, zona de lazer no exterior, bar com snacks, etc… E quase não se sente nada de ondulação porque o barco é bem grandinho.

Na Malásia nós usámos táxi só na deslocação desde o aeroporto porque de resto a cidade está muito bem equipada com sistema de metros e comboio. E os bilhetes têm um preço tão bom que realmente vale a pena usar. Com um hotel bem localizado perto de uma estação de metro, dá para fazer a festa. Na volta para o aeroporto usei a UBER por indicação de uma brasileira que deu a dica e acabou por sair mais barato que o táxi.

No Cambodja voltam os tuk-tuk’s, que até são muito usados pelos turistas que visitam a cidade. No nosso caso, como o hotel ficava pertinho do centro, íamos a pé mesmo. E para visitar Angkor Wat, usámos a carrinha-táxi que nos trouxe do aeroporto e levou novamente no último dia. Combinámos com o motorista um preço de aluguer e adorámos esta experiência mais refrescante para visitar os templos.

No Vietnam também usámos o táxi de/para aeroporto e uma vez na cidade quando quisemos chegar mais rápido ao hotel, depois de um dia de turistagem intensa no meio daquele calor abrasador e depois de termos feito a viagem desde Bangkok de madrugada. De resto, um hotel bem escolhido também evita a necessidade de utilizar táxi.

Dinheiro e Compras:

Visitar 4 países diferentes, cada um com sua moeda, obrigou a um planeamento e logística intensos. Eu já tinha falado acerca deste assunto num post pré-viagem aqui, mas vou dar as minhas últimas dicas.

Em primeiro lugar, não adianta achar que o dinheiro que levamos connosco vai ser suficiente e ponto final. Temos sempre que estar preparados para a eventualidade de termos de levantar algum dinheiro num ATM, lá para o fim da viagem, pelo menos.

Eu levava Dólares e Euros (metade/metade) e mesmo assim tive de me adaptar a algumas situações imprevistas e alguma coisa que afinal saiu mais cara do que estava inicialmente à espera.

Levei Euros para destrocar pelas moedas locais na Tailândia e na Malásia; e levei Dólares para usar no Cambodja e no Vietnam, países que aparentemente davam mais valor ao Dólar do que à sua moeda local. Na Tailândia acabei por gastar mais dinheiro do que estava à espera para um país que todos proclama ser muuuito barato e o paraíso dos mochileiros. No entanto, não nos esqueçamos que eu usei muito o táxi e também me desloquei para as ilhas Phi Phi, gastando mais dinheiro em ferrys.

Na Malásia achei tudo muito em conta, com refeições mais baratas do que eu tinha pago na Tailândia. Vamos lá entender isso! Onde eu gastei mais talvez tenha sido nas entradas para as Batu Caves e no táxi, claro.

No Cambodja eles realmente usam muito o dólar, mas quase tudo é 1$USD, portanto sai muito barato na mesma. Já no Vietnam eu pensei que fossem usar dólar mas pediam a moeda local em todo o momento. Então nós optámos por levantar dinheiro no ATM e usar por lá. Também foi tudo muito barato, apesar de ser um barato mais parecido com a Tailândia.

As compras que valem a pena fazer nestes países são mesmo os tradicionais cacarecos asiáticos. Mas mesmo dentro deles é preciso regatear bem o preço e escolher bem o que vale a pena comprar. Eu geralmente não ligo muito a essas coisas, então já tinha em mente o que quer comprar em cada sítio. Geralmente o que é mais característico, como é o exemplo do chapéu de bico no Vietnam.

Comida:

Veja este post aqui para todos os detalhes acerca da comida, mas regra geral eu adorei a comida super picante destes países. O difícil mesmo é tentar acertar em algo que não seja picante, mas os sabores asiáticos são uma delícia.

Choque cultural:

Claro que na chegada à Tailândia, o primeiro país que visitámos, sente-se instantaneamente o choque cultural e é impossível não olhar com admiração para tudo o que se passa à nossa volta.

O que marcou mais foi ver a confusão em que vive este povo. O trânsito é confuso, atravessar a estrada é uma aventura, comprar alguma coisa é outra aventura, enfim… tudo é diferente e para tudo temos de nos adaptar.

Fomos muitas vezes abordados na rua para comprar alguma coisa ou para subir para o tuk-tuk, por exemplo. Eu lembro quando estávamos a caminhar para o templo do Buda reclinado fomos abordados por um motorista de tuk-tuk a perguntar para onde estávamos a ir. Assim que dissemos ele apressou-se a dizer que o templo estava fechado porque estava a acontecer as orações, mas se fôssemos com ele, ele levaria-nos a outro templo fantástico. Então é muito isto pelas ruas.

Baratas, ratos e toda a espécie de animais estranhos e que temos nojo se nos aparecem à frente, vão-se cruzar no nosso caminho. As baratas foram os seres que mais cruzaram o nosso caminho (em quase todos os países), mas na Malásia eu encontrei muitos ratos e ratazanas pelas ruas ou em esgotos meio abertos. E isto aconteceu mais aqui talvez por causa das chuvas do final de tarde.

Os mercados que visitámos também tinham toda a carne, peixe e fruta ali expostos no calor. Se algum peixe tombava do alguidar era logo colocado lá novamente. Mas esta é a cultura deles e eu achei super interessante andar pelo meio destes mercados.

No Cambodja nós vimos muita pobreza e muitos meninos descalços a aproveitar a comida dos nossos pequenos-almoços ou a andarem atrás de nós a implorar que lhes comprássemos uns ímans. Foi talvez aqui onde sentimos mais esta pobreza e nos fez pensar muito na qualidade de vida que temos em casa e que nem damos valor.

Transporte entre países:

Nós usámos a companhia aérea low-cost Air Asia para fazer todas as deslocações entre países, mas também para viajar entre Bangkok e Phuket. É uma óptima opção (e barata!) para nos deslocarmos pelos países asiáticos, principalmente quando estamos a fazer estas viagens em que incluíamos vários países e não temos muito tempo disponível.

Também dá para usar autocarro, mas eu honestamente não aconselho, a não ser que tenha tempo de sobra. Apesar de ser mais barato, eles demora quase um dia a viajar entre Bangkok e Siem Riep, por exemplo, e nem sei se opera entre Siem Riep e Hanói.

A Air Asia foi fundamental e permitiu não gastarmos muitas horas do nosso dia em viagens. Quase sempre íamos de madrugada, bem cedo na manhã ou ao final do dia e passado uma hora estávamos no destino.

Roupa:

É só relembrar que para estes países asiáticos é preciso lembrar de que a entrada nos templos está dependente de blusas a tapar os ombros e pernas tapadas também. Os homens só precisam ir com os ombros cobertos.

Alguns templos, como os de Angkor Wat, implementaram as suas novas regras à pouco tempo, então é importante lembrar disso na hora de fazer as malas.

De Phuket às ilhas Phi Phi!

O nosso segundo dia começou bem cedo (4h da manhã) para apanharmos o voo até Phuket, desde Bangkok. Assim que aterrámos em Phuket e saímos à rua percebemos que não tinha nada a ver com a capital. O ambiente era super húmido de fazer colar a roupa instantaneamente ao corpo e os arredores do aeroporto de província parecia construído no meio da selva. Estava tudo bem molhado por causa das constantes chuvas tropicais e demorou uns minutos até conseguirmos orientar por ali.

Foi nesta altura que começámos a perceber a teia muito bem engendrada pelos taxistas, principalmente neste tipo de aeroporto perdido no nada. Perguntámos ao balcão “oficial”  quanto custaria a viagem até ao pier para Phi Phi e a rapariga deu uns 700Bahts (bem puxado!). Recusámos logo mas quando olhámos os táxis que chegavam percebemos que tinham todos clientes já à espera. Ou seja, todos eles já tinham pré-reservado no dito balcão.

Então nós lembrámos e fomos andando até sair completamente da zona do aeroporto, onde vimos um táxi parado. O motorista rapidamente nos chamou e depois de negociar preço fechámos por 300Bahts por uma viagem de uma hora. Bem aceitável!

Aquilo que não percebemos na altura é que o moço que estava à nossa espera para comprarmos bilhete fazia uma espécie de parceria com o taxista, que recebia uma comissão pelos turistas que levava. Ou seja, poupámos no táxi, mas pagámos 700Baht cada um pela viagem ida e volta no ferry até Phi Phi. Eu fiquei azul quando vi o preço, muito além do que tinha visto na internet, mas lá no pier não houve escolha possível.

A única coisa boa no meio disso é a qualidade do ferry em si. Nada de barcos pequeninos sem coberta como tinha lido em alguns blogs. Era um barco bem grande, com sessão de cinema e lounge no exterior. Se bem que o barco do regresso foi muito melhor, com uma zona de cafetaria também. Só tenho um senão a fazer: não sei como aguentam levar com um ar condicionado mais gelado que o círculo polar ártico.

Quando chegamos à ilha pagamos logo a taxa de proteção ambiental (nisto os tailandeses são peritos em extorquir dinheiro ao totó do turista) e mais à frente encontrámos logo o rapaz com a placa do nosso hotel. Muito simples! Dali até ao hotel foi uma curta viagem de barquinho típico e pé na água com a mochila à costas até à recepção, na beira da praia.

Chegámos às ilhas Phi Phi pela hora de almoço, então demorámos uma manhã desde Bangkok até ao destino final. Mas assim que chegámos na ilha e olhámos aquele azul transparente da água, com aquela praia deliciosa e clima bem descontraído, deu para esquecer momentaneamente a falta da bagagem.

Da recepção até ao nosso Bungalow fomos levados num carrinho que andava perigosamente rápido e a roçar em tudo que era ramos de palmeira ou árvore. Finalmente chegámos na “cabana” que nos ia acolher nos próximos dias e foi amor à primeira vista. A-D-O-R-E-I!!! Bendito upgrade de última hora que eu fiz! A dita “cabana” tinha óptimas condições, quase com praia privativa e piscina ao lado.

Não tinha muitas expectativas para este dia em concreto. O objetivo era curtir a praia em frente ao hotel e dar um giro pelas ruelas do centrinho. Descobrimos uma óptima hamburgueria quase ao lado da recepção do hotel que foi paragem obrigatória em todos os almoços dos dias seguintes (preço TOP!), fomos comprar as roupas necessárias para o pessoal (depois de perceber que malas só no dia seguinte) e fui ao banho no mar às 21h, já bem de noite.

A sensação de entrar em água quente em plena noite não tem explicação e é certamente algo que eu aconselho experimentar pelo menos uma vez na vida. Sem preocupações porque é só enrolar a toalha e caminhar até à “cabana” para tomar banho e voltar a sair para jantar.

O primeiro dia pelas ilhas foi muito calmo mas deu para nos encantarmos logo, numa espécie de amor à primeira vista.

Ásia 2017: que moeda levar, onde fazer câmbio e como comprar dólares?

Uma das minhas maiores dúvidas quando comecei a preocupar-me com os detalhes práticos da viagem foi justamente que dinheiro levar e como fazer o câmbio. Ainda por cima, no nosso caso que vamos estar em tantos países diferentes, cada um com sua moeda própria, as dúvidas elevam-se a um nível superior.

Então depois de muitas pesquisas cheguei à conclusão que o mais viável é fazer o câmbio no país de destino, uma vez que a taxa é sempre inferior no próprio país de destino. Se isto é verdade para a Tailândia e Malásia, que usam as suas moedas locais, já não é bem assim para o Cambodja e Vietnam, onde dão mais importância ao dólar.

Apesar destes últimos países continuarem a ter a sua própria moeda, como ela é tão desvalorizada, o que acontece é que os locais fazem de tudo para dar a rasteira aos turistas quando tentamos fazer a conversão de euros para a moeda local. Então, acabaram por substituir pelos dólares e é essa a moeda que usam para turistas. O que facilita a vida.

Posto isto, como organizei as finanças da minha viagem? Vou levar Euros e Dólares! Os Euros vão ser destrocados pela moeda local à chegada a Tailândia e Malásia, enquanto os dólares serão usados diretamente no Cambodja e Vietnam.

Depois disto comecei a pensar no câmbio de euros para dólares e onde trocar o dinheiro. Depois de algumas pesquisas percebi que ir diretamente ao balcão do nosso banco não é boa ideia e acabamos por pagar mais taxas. Então, fiz um estudo de mercado e cheguei à empresa Unicâmbio, que tem várias agências espalhadas por Portugal e até fora.

Estava disposta a ir até Lisboa mas percebi que a empresa tem agência no Freeport, em Alcochete, bem mais pertinho de casa. Muito prático! Então todo o processo foi simples, só tive de fazer a encomenda no site, escolher qual a agência para o levantamento e selecionar o dia. Recebi logo um mail com a aprovação.

E o melhor foi que no dia seguinte ligaram a dizer que podia ir buscar quando quisesse porque o dinheiro já estava disponível. Fantástico! A taxa que estou a pagar é bastante vantajosa (5€) e no geral achei todo o processo muito simples e prático.

No site dá para acompanhar o valor do câmbio para qualquer moeda também e na prática até dava para eu trocar os Euros pelas moedas que vou precisar na Tailândia e Malásia. O único senão é ser mais vantajoso fazê-lo no país de destino.

Outra opção que tive foi escolher se queria a moeda em notas maiores ou mais pequenas. Nesta caso, como trata-se de países onde tudo é muito barato, convém levar em notas mais pequenas e não correr o risco de regatear imenso e depois apresentar uma nota de 50$USD para troca!

De resto tive o cuidado de contabilizar o melhor possível os gastos que vou ter de forma a não destrocar muito dinheiro a mais nem fazer a menos. Se estiver a mais temos que pensar que voltar a passar para euros vai implicar novo pagamento de taxa e estamos sempre a perder algum dinheiro com isso.

Se for a menos, qualquer levantamento em caixa MB nestes países tem um custo (taxa) que acaba por ser bem superior do que se tivéssemos destrocado dinheiro nas agências de câmbio.

Em pagamentos com cartão multibanco ou crédito também é cobrada uma taxa que depende do banco. Nós vamos recorrer a este pagamento no caso dos hotéis, porque não é viável levar esse dinheiro em mão também. Neste caso convém perguntar ao nosso banco qual é a taxa que cobram e aproveitar para avisá-los de que vamos estar fora do país, para que o cartão não seja cancelado por motivos de segurança.

Ásia 2017: Passaporte e Vistos!

Agora que já tenho tudo oficialmente tratado já posso respirar de alívio e contar aqui a odisseia. Na realidade informações acerca da necessidade de visto para cada país que vamos passar não foi difícil de arranjar, o difícil mesmo foi tentar perceber se as informações estavam actuais em alguns casos e como se processa para cidadão português, uma vez que a maioria dos blogues são brasileiros.

Mas depois de alguma pesquisa e de finalmente perceber onde tudo era tratado (graças a Deus, tudo online!), acabei por descansar a mente e só fazer o pedido na semana passada, a menos de um mês da viagem acontecer. Isto porque me apercebi que o processo de emissão era muito simples e rápido, e no caso do Cambodja só tinha validade de 3 meses depois de emitido o visto. Então, não havia necessidade em tratar das coisas tipo meses antes.

Tailândia:

Cidadãos portugueses estão isentos de visto para a Tailândia numa estadia até 3 meses. Na realidade isto é válido para muitos mais países, uma vez que a Tailândia ainda sobrevive muito à conta do turismo. Então complicar a entrada não tem sido muito a sua política, o que nos facilitou muito a vida. É só ir com passaporte válido para 6 meses e o povo entra feliz.

Malásia:

A Malásia é mais um país asiático que não pede visto para portugueses, bem como para outros tantos países do mundo, numa estadia de até 3 meses novamente. Oh quanta maravilha foi saber que não teria de fazer nada pelo menos em dois países da nossa estadia. Os restantes países deviam seguir o exemplo! 😉

Cambodja:

O Cambodja já pede visto para cidadão português, mas até que foi fácil de tratar. Eu sabia que dava para fazer tudo online então combinei um jantar com o casal nosso amigo que vai viajar conosco e levei a máquina fotográfica e o portátil. Sentei um a um numa cadeira contra uma parede branca e tirei foto tipo pass, que ficou óptiiiima!!! xD

Reunir os quatro foi o ideal porque é preciso número de passaporte, foto, nome completo, data de nascimento, enfim… um sem número de informação que é muito fácil de recolher quando estamos todos juntos na mesma sala. O processo em si é muito fácil. Basta ir ao site do e-visa e seguir todos os passinhos para a emissão do e-visa, ou seja, um visto online que depois é só imprimir e colar no passaporte.

Dá para juntar todos os viajantes num só processo, tendo só atenção com o tamanho da foto, que tem limite de tamanho (nós tivemos que trabalhá-la no photoshop para diminuir o tamanho). Depois dos dados de cada um corretamente inseridos na página online é só pagar o total com cartão de crédito e já está. Por tratarmos online tem um custo de 7,5$USD mas totalmente compensa ir com o visto já emitido e evitar as filas da emigração lá na chegada. Sim, dá para emitir visto na chegada ao aeroporto, mas eu li em vários blogues que a fila é caótica e perde-se imenso tempo a tratar do visto lá. E até tem lógica, afinal preencher papelada, colar foto e pagar implica um gasto de tempo muito superior a simplesmente chegar, mostrar o visto e levar o carimbo.

O visto custou um total de 37,5$USD (já com a taxa online!) e supostamente chegaria ao meu email no prazo máximo de 5 dias, mas só demorou 2 dias!! Então, eu super recomendo tratar de tudo online. Muito simples e prático!

Vietnam:

O Vietname foi o mais chatinho da viagem. Primeiro porque eu li várias informações diferentes, que na realidade não passava de informações que até poderiam estar corretas mas foi tipo 10 ou 5 anos atrás. E isso baralha um pouco até atinar e perceber o que realmente está em vigor agora!

Depois de perceber isso foi simples. Então, existem duas opções: ou tratamos tudo diretamente com a Embaixada mais próxima (que é em Paris!!) ou tratamos de tudo online (tipo e-visa, mas não realmente!). Óbvio que rapidamente percebi que enviar todos os documentos por correio internacional para Paris não ia ser uma opção para nós.  Morro de medo dessas coisas. Documentos importantes a circular por aí? No, Thanks!

Sim, podemos pagar um extra e fazer com que o correio seja super seguro, etc. Mas não! Então qual a solução? Tratar de tudo online. Só que na realidade o que vamos tratar online não é da emissão do nosso visto, mas sim da emissão de uma carta redigida por locais, em como nós somos aceites no Vietname como turistas e bla bla bla somos cidadãos de bem! Então esta via por ser mais simples que a outra tornou-se bem famosa entre os viajantes a ponto de várias empresas locais terem sido criadas especificamente para a emissão destas cartas.

Mete medo?? Algum sim, mas para nossa sorte hoje em dia temos a ajuda dos comentários de outros viajantes para recomendar empresas e não cairmos em roubadas. E foi através de recomendações, principalmente pela parceria com a Lonely Planet e TripAdvisor (entre outras!), que eu cheguei à empresa Vietnam-visa.com.

Mais uma vez foi tudo muito simples. Foi só preencher um formulário online, com algumas informações nossas e da viagem em si, pagar a taxa correspondente com o cartão de crédito e 2 dias depois tinha a carta no meu email, juntamente com as indicações do que fazer a seguir.

Uma coisa boa é o desconto que eles fazem quantas mais pessoas forem incluídas no processo. Isto porque a carta é a mesma, só os nomes autorizados é que são mais. Então, por sermos 4 pessoas, ainda tivemos um desconto de 2,5$USD e pagámos cada um 17,5$USD.

O que fazer a seguir? Imprimir a carta, imprimir os formulários que eles enviam em anexo, preenchê-los e colar foto tipo-pass. E pronto, é levar tudo direitinho na viagem, entregar na emigração à chegada e pagar o visto (25$USD).

Ontem recebi um email da empresa, mais propriamente da funcionária Bella Nguyen a dar as boas vindas e a informar que seria a nossa assistente pessoal durante a estadia no Vietnam. Deu o contacto do WhatsApp e ficou basicamente à disposição para qualquer assunto que precisemos. Não é o máximo? E esta eu não estava definitivamente à espera!!

Quero só acrescentar o óbvio, de que para todos os países é necessário levar passaporte com validade mínima de 6 meses. E é isso, muito simples!

Ásia 2017!

Eu até que estava a enrolar a escrita desde post e queria mesmo era lançá-lo mais perto da viagem. Mas o entusiasmo já passou os limites do razoável e eu por estes dias já ando a tentar controlar para não pesquisar mais dicas e não ver mais blogs. Porque daqui pouco ainda antes de ir já conheço todos os recantos! E isso não é giro! 🙂

Quanto a preparativos já estamos quase com tudo a postos. Ontem tratámos dos vistos online (que depois eu dou as dicas tooodas!) e neste momento estou só numa enorme indecisão em relação à mala que levo e se vale a pena pagar despacho no porão para as 6!! viagens internas que vamos fazer pela Air Asia.

Mas ainda tenho umas semaninhas (poucas!) para pensar no assunto e daqui a 3 semanas estou a embarcar na maior aventura da minha vida so far!! Um roteiro pela Ásia já estava nos planos à algum tempo e desta vez chegou a hora! Com viagem comprada desde Setembro de 2016 e com muita pesquisa desde então, muitas compras e muitos preparativos, está a chegar a hora!!!

Então vou aqui deixar os países que vamos visitar, sem dar ainda as dicas do que tenciono fazer em cada dia. Ah e os hotéis que escolhi também não vou para já colocar, nunca se sabe o que vou encontrar na chegada, se bem que pesquisei imenso e nas reviews tudo parecia aceitável, no mínimo.

Banguecoque (Tailândia) – Vamos ficar um total de dois dias e meio na capital da Tailândia, sendo que não vai ser seguido porque eu tive como exigência visitar o Mercado flutuante e ele só acontece aos fins-de-semana. Por isso, ajustei um pouco o roteiro de forma a conseguir estar em Bangkok no fim-de-semana.

Koh Phi Phi (Tailândia) – Passamos 4 dias nestas ilhas e aqui eu tive de escolher qual a zona de praia que visitaríamos. Eu adorava ir também a Krabi ou Koh Phangan mas é inviável andar a saltitar. Mais vale ficarmos mais dias num só sítio e aproveitar tudo de bom que ele tem a oferecer. Maya Bay!!! 😀 Monkey Beach!!  😀 Ahhh e toda aquela paisagem de tirar o fôlego claro.

Kuala Lumpur (Malásia) – 2 dias na Malásia que não estavam nos planos quando idealizei a viagem no início. Mas aí descobri que saindo de Phuket é baratíssimo passar por aqui, mais do que ir direto para outros destinos do nosso roteiro. Então não deu como não integrar a Malásia no roteiro. Acho que vai ser completamente diferente dos restantes países, porque é um país mais modernizado que representa a Ásia do futuro. E assim temos um contraste interessante no roteiro.

Siem Riep (Cambodja) – 2 dias e meio para me dedicar aos templos de Angkor Wat que são o principal motivo da minha ida ao Cambodja. Sabem quando as imagens dos templos perdidos no tempo não saem da cabeça quando pensamos numa ida à Ásia? Pois claro, era impossível na minha primeira visita não ir lá. No entanto, vou tentar aproveitar mais a zona sem ser só Angkor até porque a cidade tem muito mais a oferecer!

Hanói (Vietnam) – Um dia em Hanói, que é a cidade base do Vietnam para quem tenciona fazer o passeio a Ha Long Bay. Como Hanói não tem assim um monte de ícones turísticos para ver eu penso que um dia vai ser bom, até porque a cidade tem a fama de ser uma confusão pegada!!

Ha Long Bay (Vietnam) – 2 dias nesta pérola do Vietnam para acabar a nossa viagem de uma forma mais descontraída. Ha Long Bay representa todo o imaginário de uma verdadeira paisagem asiática. É um sonho só ver fotos e imaginar que vamos ficar a dormir no barco, na própria da baía. Estou oficialmente apaixonada por todas as paisagens e ainda nem as vi ao vivo!

Sim, vai ser intenso e vou voltar de lá a precisar de tirar férias, mas não me importo nem um pouco. São daquelas viagens que estão na cabeça há anos e quando finalmente acontecer vai ser DEMAIS tenho a certeza. As malas vão ser outra odisseia que eu vou mostrando à medida que for acontecendo.

Está quaaaaase! 😀