Ásia 2019: os vistos!

E hoje eu prometo que vou terminar a série de posts sobre a última viagem à Ásia, que entretanto já aconteceu em Fevereiro/Março e ainda aqui ando a dar dicas. Ahhh perdoem esta pobre alma que ultimamente não tem tido tempo nem para olhar ao espelho. Mas hoje vou terminar com um dos posts mais úteis no que diz respeito a esta viagem em particular – os vistos!!

E esta foi sem dúvida a viagem que antes de iniciar já deixava antever o que iria ser. China a dar cartas desde o momento em que pesquisei e tentei fazer o dito visto. Mas ok, vamos por partes e pelo mais fácil de tratar, deixando a tragédia chinesa para o fim.

Indonésia:

Este belo país fez há uns aninhos (penso que em 2017/2018) um acordo com Portugal e desde aí todos os portugueses têm isenção de visto para entrar no país. Não é o máximo? Eu adoro este tipo de acordos, especialmente quando falamos de países que são bem frequentados por portugueses, os quais só trazem crescimento económico ao país se continuarem a visitá-lo. É uma óptima forma de incentivar o turismo pelas várias ilhas do território indonésio.  Nós visitámos agora a ilha de Bali mas sem dúvida que no futuro queremos conhecer mais das restantes ilhas e saber que temos isenção de visto é o máximo! Então é só apresentar o passaporte com validade de 6 meses na chegada e pronto. Não é preciso mais nada!

Hong-Kong e Macau:

Eu coloco estas duas regiões autónomas da China juntas porque elas são muito semelhantes no capítulo vistos. Entrar em Hong-Kong ou Macau é muito simples e não é preciso qualquer tipo de visto. Aliás, o visto que tivemos de tratar para a China nem precisámos mostrar aqui. Nem os chineses querem saber se vamos a Hong-Kong ou Macau porque para eles estas regiões não pertencem à China – são regiões economicamente autónomas.

Para entrar em Hong-Kong apenas tivemos de preencher um formulário ainda no avião, daqueles super básicos como já tínhamos preenchido para a Tailândia, com nome, morada em Portugal, nº de passaporte, número do voo de chegada e partida, hotel onde vamos ficar, e mais umas coisinhas. Muito simples de preencher e depois é só entregar na imigração com o nosso passaporte para eles validarem a informação, destacarem o duplicado do original e pronto, estamos livres para entrar no país.

Nem carimbo colocam no nosso passaporte, tanto em Hong-Kong como em Macau, o que me irrita um pouco porque dão folhinhas minúsculas para andarem conosco dentro do passaporte, que não são nada úteis quando andamos em plena viagem e temos de mostrar o passaporte várias vezes. De vez em quando lá caem todos os papeleiros no meio do chão…

China:

A China foi o único país de toda a viagem que pede visto e é daqueles bem chatos e caros. Tudo de péssimo que pode acontecer numa aplicação de visto é sinónimo da China! A começar que as informações no site do Consulado da China em Lisboa estão completamente desatualizadas e por causa disso eu perdi 2 dias para tratar do visto, quando tudo podia ter sido resolvido num só dia. Além das horas perdidas a preencher formulários manualmente quando afinal tudo agora é electrónico.

Então, aparentemente, os vistos da China são agora feitos por uma empresa contratada para o efeito e que está sediada em frente ao Centro Comercial El Corte Inglés, em Lisboa. Como já não é tratado pelo  Consulado chinês, então o visto aumentou brutalmente de valor e agora, não só pagamos o visto propriamente dito, como pagamos as despesas de custo da tal empresa (que continua a ser chinesa, mas isso ninguém tem nada a ver com isso) que são mais caras que o visto propriamente dito. Fantástico né?

Para fazer o visto o primeiro passo é aceder ao site e escolher o país em que estamos. Depois temos de preencher online o formulário para cada pessoa que vai viajar. O formulário é enorme e pedem várias coisas. Muitos delas são fáceis de responder, outras mais chatinhas, mas às tantas sentimos é que passamos uma hora só para responder a um formulário. Só depois dos formulários preenchidos podemos marcar dia e hora para ir entregar todos os documentos e formulários à tal empresa, que fica na seguinte morada: Avenida António Augusto de Aguiar Nº 130 5º Andar.

Então no dia agendado é só levar o formulário que preenchemos online impresso, levar uma foto tipo passe, uma cópia do passaporte e Cartão de Cidadão e ainda uma declaração da nossa entidade empregadora em como somos trabalhadores da empresa e tal. Um monte de burocracia!

Mas pelo menos, no dia e hora agendados é só chegar e rapidamente somos atendidos. Eles verificam todos os documentos, se tudo bate certo e se estão todos. Se tudo estiver bem, é só entregar o passaporte e 4 dias depois ir levantá-lo com o visto já colado e pronto a viajar. Se estivermos a viajar com outras pessoas (amigos, família) uma pessoa do grupo pode tratar de todo este processo e não precisam ir todos pessoalmente entregar os documentos.

Cada formulário tem de ser assinado pela pessoa correspondente mas é só. Toda a papelada pode ser entregue por uma das pessoas do grupo, pessoalmente. E isto é super útil porque nem todos podemos faltar aos trabalhos para ir em romaria tratar do visto chinês.

De todos os países, a China foi de longe o que deu mais dores de cabeça e eles são muito chatos de facto! Mas eu acho que é uma preparação psicológica pré-viagem para o que nos espera! Aahaha

Peripécias chinesas e balinesas!

Como não podia deixar de ser, uma viagem à Ásia não estaria completa se não trouxesse na bagagem uma mão cheia de histórias e peripécias rocambolescas que na altura não têm tanta piada assim mas que eu acho serem inevitáveis. E no regresso a casa servem para animar vários serões e jantares com família e amigos. Sim, eu aprendi a relativizar tudo mesmo. E já não acredito em viagens sem história, onde tudo corre exatamente como planeado. Se isso me assusta? Nem um pouco. Pelo contrário! Quando inicio uma viagem destas já estou a rir e a tentar imaginar que peripécias vão acontecer desta vez.

No interior do avião que nos levaria para Hong-Kong!

E esta viagem não foi de todo excepção. Aliás, aconteceu tanta coisa estranha que eu tenho até medo de não me lembrar de tudo. Ahahaha Mas começando do início, lá em Macau! Nesta viagem eu e o Carlos decidimos que era melhor só levar Euros e irmos destrocando em cada país que fôssemos passando. Até aí tudo bem! Mas acontece que nesta viagem o Carlos ficou particularmente paranóico com o sítio onde ia deixar o dinheiro e lembrou-se que seria boa ideia colocar todos os euros que tínhamos levado para a viagem no cofre do hotel em Macau.

No elevador do hotel de Macau, longe de imaginar que no dia seguinte os Euros iam cá ficar!

E sabem quando algo vos diz que não é de todo boa ideia? Então eu aviso que se calhar é boa ideia colocar um alerta no telefone para evitar deixar lá o dinheiro para todo o sempre mas o Carlos desvaloriza e diz que já está mais que habituado a deixar dinheiro nos cofres dos hotéis que passa nas viagens em trabalho e blá blá blá…

Ok, eu assumi que era batalha perdida até chegarmos à hora de pagar a refeição no interior do avião que nos levava para Bali e ele perceber que de facto a mulher tinha toda a razão e de facto toooodos os euros da viagem tinham ficado no cofre do hotel em Macau. PÂNICO!! Muito pânico! Muito suor frio! Foram as horas mais longas de voo que eu já tive até hoje. Eu não via a hora de aterrar e ligar rapidamente para o hotel de Macau. Mas já via os piores cenários a acontecer, obviamente! Comecei logo a mentalizar para a possibilidade de realmente nunca mais pôr a vista em cima daquele dinheiro. E enfim… foram os momentos mais complicados de toda a viagem e quando chegámos ao aeroporto e consegui falar com o gerente do hotel de Macau eu já estava quase em lágrimas.

No aeroporto de Macau, prestes a embarcar no voo rumo a Bali! E os Euros a serem deixados para trás, no cofre do hotel!

Mas felizmente, depois de alguma explicação, eu recebi a óptima notícia de que o dinheiro tinha sido encontrado e estaria lá no hotel guardado até que alguém fosse buscar. Apenas pediram para eu enviar por mail o meu passaporte e uma breve explicação da história para que eles abrissem o processo e ficasse tudo registado.

Já em Bali eu recebi a resposta deles com as notas que tinham sido encontradas no cofre (tudo batia certo) e também a garantia de que o dinheiro ficaria no cofre principal do hotel até eu pessoalmente o ir buscar. E quando meus caros? A única solução e mais viável foi no regresso a Hong-Kong. Ou seja, no primeiro dia que eu tinha para passear por Hong-Kong, eu na realidade perdi várias horas para poder ir a Macau levantar todo o meu dinheiro que era suposto servir para as férias, que entretanto já estavam no fim. Belíssima história né? Então agora imaginem a querida Maria com a mochilita às costas, sozinha, a apanhar o ferry para Macau, fazer todo o percurso a pé até ao hotel e voltar para o ferry novamente, rumo a Hong-Kong, onde entretanto o caos do homem do hotel que não deixava fazer check-in, já se estava a desenrolar.

Aeroporto de Hong-Kong, na chegada!

Mas a história que tinha tudo para correr mal terminou da melhor forma. Então a partir do momento que chegámos a Bali e arrumámos tudo isto de lado, tomámos a decisão de ir levantando dinheiro a partir dali, até ao fim da viagem. Levantámos dinheiro em Bali e levantámos dinheiro em Shanghai, sítio onde o Carlos mais uma vez teve outro momento alto da viagem e deixou o multibanco dele dentro do terminal ATM. E agora estão a pensar vocês que isto é mau demais para ser verdade né? Pois, eu por esta altura também já achava demasiado surreal, mas aconteceu tudinho vos garanto!

Logo após resolver a situação dos Euros “abandonados” tirei esta foto no WC do aeroporto de Kuala Lumpur, onde fizemos escala para Bali! A minha cara diz tudo, mas mesmo assim fui trocar de roupa (já estava calooor!) e lavar a cara porque Bali estava a umas horinhas de avião e estava na hora de continuar a curtir a viagem! 🙂

Quando chegámos a Shanghai e depois de ter uma hora de check-in “fantástica” a falar para uma App de telemóvel que traduzia tudo para chinês enquanto resolvíamos a questão do homem do hotel ter decidido cancelar o nosso quarto por falta de comparência, o Carlos descobriu que estava sem multibanco quando foi comprar qualquer coisa para comermos à grocery store mais próxima.

Então eram exatamente 3h da manhã quando estávamos ainda a fazer telefonemas para Portugal a pedir para que cancelassem o dito cartão e a tentar perceber se tinha havido mais algum gasto desde o nosso levantamento. Mas parece que, mais uma vez, dentro da desgraça, tudo correu o melhor possível e a conta estava intacta. Ficámos sem cartão mas e daí? Ainda tínhamos o meu cartão e o cartão de crédito. E pronto, tudo arremedado até ao final da viagem! Como agora os cartões eram meus, tudo ficou pacífico nesta área! xD

O avião da Virgin Atlantic que nos levou de Londres para Hong-Kong! 😛

No entanto desenganem-se aqueles que acham que o Carlos ficou por aqui! Nãããão! Ainda em Bali tivemos uma noite de tensão quando ele julgou que tinha perdido o nosso disco externo, que basicamente tem toda a minha vida lá dentro. Desde fotos das viagens até documentos super importantes do meu doutoramento. Mas quando eu já pensava em retirar-lhe das mãos todos os objetos de valor, lá percebemos que afinal o disco externo tinha sido “capturado” pelo nosso amigo que tem um exatamente igual e julgou que aquele era o dele!! Ahahaha enfim, estão a ver o filme!

No capítulo perdas a cena ficou de facto por aqui!

Já no capítulo horrores da hotelaria chinesa houve todos os horrores que fui falando ao longo de vários posts mas que basicamente passaram por muita cabeça dura chinesa, e por duas vezes ficámos quase apeados sem hotel para ficar. Mas tudo se resolveu!

E hoje, olhando para trás, fica a certeza que a Ásia não cessa de me surpreender e são todas estas peripécias que me fazem adorá-la, que me fazem adorar viajar e partir já amanhã para o destino mais exótico e improvável possível.

Ásia 2019: como fiz a mala?

Um dos maiores desafios das viagens longas é justamente todo o processo que envolve fazer a mala e escolher o que realmente vale a pena levar. Fazer uma mala para a Ásia já não é novidade e muitas coisas que usei na última viagem à dois anos, voltei a usar agora. Então eu não quero de todo voltar a repetir tudo de novo e falar sobre todo o processo em si. Para dicas de como montar uma mala prática e com todos os itens básicos para a Ásia, basta ler ou reler o post que fiz antes e que está aqui!

Este post surge justamente para refletir um pouco acerca das grandes diferenças e maiores desafios que senti na arrumação da mala para esta viagem em específico. Porque se há dois anos eu basicamente pensei tudo para um clima quente, desta vez tive de pensar também em levar algumas peças de roupa para um clima frio e intermédio.

E como as peças de roupa mais quentes são também mais volumosas, esta foi sem dúvida uma viagem em que tive de voltar a repensar todas as dicas que já li sobre arrumação de malas de viagem e onde tentei ser o mais prática possível.

Além da roupa quente e fresca que era preciso levar também acresceu o facto de querermos experimentar sítios diferentes com dresscode’s singulares. Por exemplo, a roupa que usamos na praia é muito diferente da roupa que usamos em pleno Inverno chinês, mas também é muito diferente da roupa que usamos num casino em Macau.

Então, enquanto fiz a mala eu ponderei vários prós-e-contras, tais como, se valeria a pena ou não levar saltos altos, ou se valeria a pena levar um vestido mais especial para ir aos casinos, etc… E de facto, no final, optei por escolher peças de roupa o mais versáteis possível justamente porque achei que não é nada agradável carregar uma mala durante duas semanas com peças de roupa ou calçado que só vou usar um dia, durante algumas horas.

E dentro dessa lógica eu levei roupa sem padrões e com cores que combinassem facilmente entre elas, para poder usar vários dias e não ficar limitada, dispensei os saltos altos e levei uns sapatos de plataforma super confortáveis mas mais clássicos, e levei calças pretas e algumas camisas para os dias de casino e jantares especiais.

E no final da viagem ainda tive algumas peças de roupa que acabei por nem sequer usar! A técnica da arrumação da mala não é super fácil mas com o tempo nós aprendemos a relativisar e a ser o mais práticos possível. É um processo, sem dúvida! Para além destas dicas gerais e forma de pensar, eu ainda tenho as minhas dicas específicas para cada país.

Bali:

Bali foi o único destino quente e tropical de toda a viagem, desta vez. Escolher a roupa para Bali foi sem dúvida o mais fácil porque eu já sabia o que ia encontrar e já fiz uma mala para clima tropical antes. É praia!

Não preciso pensar muito e basta agarrar nos últimos trapos de Verão (blusas, vestidos, calções, chinelos, biquini) e já está! Tendo sempre atenção a não levar muita quantidade, obviamente. A minha grande dica nestes países com templos continua a ser a mesma, que é levar um pareo para tapar ombros, amarrar à volta da cintura ou até mesmo usar como toalha de praia. Super versátil e eficaz!

Macau e Hong-Kong:

Terra dos casinos, Macau foi uma das maiores dúvidas até à última. No final obter pelas básicas calças pretas e por um par de camisas interessantes que serviram na perfeição para a visita aos casinos da noite e do dia. E ainda bem que não optei por saltos altos e vestidos demasiado à frente porque na realidade vemos de tudo a acontecer nos casinos. Desde a gente fina até ao pé rapado que aparece por lá meio caído do céu. Ahahah

Como Hong-Kong estava com um clima muito semelhante a Macau, então eu aproveitei toda aquela roupa meia estação para usar em Hong-Kong também. Além das ditas camisas e calça preta que serviram para um jantar mais aprumado em Hong-Kong.

China (Shanghai e Pequim):

A China foi o pólo oposto de Bali e uma das razões para eu finalmente apostar em casaco e botas decentes, de uma vez por todas. Chegou aquele momento na minha vida que eu tive de reconhecer que era essencial apostar finalmente em algo bom e que protegesse realmente do frio. E, aproveitando a altura de black Friday do ano passado e Natal, comprei finalmente umas botas Ugg super quentes com pelo de carneiro a revestir o interior, mais sola de borracha, mais couro impermeável, enfim… O topo de gama das botas da Ugg e que me levou uma soma considerável. Mas hoje, olhando para trás e para as duas viagens que já fiz com as botas (Suíça e China) tenho de reconhecer que foram o melhor investimento possível. Adoro tanto as botas que este ano tenciono investir num novo modelo lá para as alturas do black friday.

Na secção casaco eu achei que as soluções super tecnológicas da Uniqlo (marca japonesa) se adequavam perfeitamente às necessidades deste tipo de viagens. Os casacos de penas deles são super leves, finos, quentes e conseguem dobrar-se de forma a caberem num saquinho pequeno super fácil de transportar. E hoje, depois de levar este casaco para a Suíça e para a China, fiquei super fã da marca e num futuro próximo quero comprar mais uns itens concerteza.

Então se temos pouco espaço o melhor é investir em peças fundamentais que realmente vão fazer a diferença numa viagem grande, principalmente se na maior parte dos dias vamos estar num clima de Inverno onde as temperaturas rondam os 4ºC-10ºC. Em contrapartida, se vamos fazer mix de climas, ter um casaco quente que facilmente se dobra e arruma em qualquer canto da mala é uma vantagem super valiosa.

 

Ásia 2019: dicas dos hotéis!

Uma das maiores dificuldades na nossa viagem à China foi justamente conseguir encontrar o balanço perfeito na escolha dos hotéis. As cidades que escolhi para o nosso roteiro eram das mais turísticas e movimentadas, então tudo isso influenciou na escolha dos hotéis, de forma a não elevar em demasia o budget disponível. Mas não foi de todo tarefa fácil e alguns dos stresses que tivemos foram justamente por causa desta tentativa de arranjar soluções em conta.

Mas fazer o quê né? A escolha de um hotel é sempre algo relativamente incerto, mais ainda quando falamos numa viagem pela China, quando qualquer coisa (literalmente) pode acontecer. Principalmente quando estamos a lidar com um povo com sérias dificuldades de comunicação e quando eles próprios são mais que as mães.

Então, neste post eu vou falar um pouco dos hotéis que escolhemos e tentar sumarizar os pontos positivos e negativos de cada um e se vale a pena a escolha.

Macau – Rio Hotel:

Este foi sem dúvida o melhor hotel de toda a viagem e aquele onde eu tive das melhores experiências possíveis. Foi o último hotel a ser reservado por conta das incertezas que tinha em relação ao que realmente queria em Macau, mas no fim agradeci imenso a escolha e acho que foi excelente em termos de relação preço-qualidade.

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Imagem retirada do site do hotel

Macau é uma região muito ligada aos casinos e na minha opinião ficar em Macau só faz sentido se pudermos absorver a experiência como um todo, ficando num hotel casino. Há vários para todas as carteiras, entre marcas internacionais e nacionais. Eu acabei por reservar uma marca mais tradicional, mas com todo o conforto que estamos habituados em qualquer hotel de uma cadeia mais internacional.

O hotel estava super bem localizado, perto dos casinos mais emblemáticos da ilha de Macau e isso permitiu que andássemos sempre a pé, até mesmo quando nos deslocámos de/para o ferry. Apesar de não termos sequer entrado no casino do nosso hotel, eu adorei todo o conforto e luxo. É incrível pensar o quão pouco nós pagámos por um hotel com tamanho luxo e ostentação. Mas é Macau! Tudo em Macau é demais, luxuoso e opulento ao ponto de ser absurdo.

Foi uma escolha o mais certeira possível em todos os aspetos e voltaria sem hesitar. Ok, existem outros hotéis mais tradicionais com casinos mais conhecidos, etc… Mas tudo é uma questão de prioridade e perspectiva. Eu não valorizava assim tanto ficar num hotel super conhecido e queria algo que me permitisse sentir a vibe hotel-casino em Macau sem gastar fortunas. E tudo o que queria tive! Então fiquei super feliz no final.

Bali – Ananda Resort Seminyak:

Bali é uma ilha gigante e a escolha do hotel vai depender primeiramente do sítio da ilha que queremos ficar e do tipo de experiência que pretendemos ter. Depois de alguma pesquisa eu acabei por decidir que Seminyak era sem dúvida a zona de Bali que eu queria ficar todos os dias da viagem. Tinha uma das melhores praias da ilha, com pessoal mais jovem, mais virado para as festas e movimentação nas ruas da vila. Clima perfeito para aproveitar de novo a Ásia como eu me recordava dela – calor, agitação!

E mesmo dentro da vila de Seminyak são diversos os hotéis que estão à disposição. Desde os mais simplórios até aos mais chiques! Regra geral, Bali é até um lugar bastante acessível e dentro daquele padrão asiático de mochilão que estamos habituados. Ao contrário da China! Então, apesar das várias noites que passámos por lá, acabámos por pagar relativamente pouco, num hotel mediano.

O Ananda Resort cumpriu todos aqueles requisitos base sem ser um arrombo na carteira: localização excelente a 15 min a pé da praia (Ku de Ta), pequeno-almoço incluído, piscina simpática, villa espaçosa e confortável. Tudo isto mesmo no centro da vila de Seminyak, com a agitação ali ao virar da curva do hotel mas o sossego de uma villa “fechada” onde não se passa nada e é super sossegado.

E nós curtimos demais o hotel!! Ficámos alojados numa espécie de vivenda que tinha um quarto em baixo (com wc) e outro quarto em cima, com um espaço comum que estava equipado com uma cozinha simples e vários sofás. Então nós conseguimos ficar os 4 juntos na vivenda e fizemos a festa!!

Como passávamos o dia ou na praia ou nos passeios pela ilha, então comprávamos sempre uns noodles no supermercado e fazíamos lá na cozinha comum antes ou depois da sessão noturna de piscina. E ficávamos literalmente até de madrugada na galhofa lá no nosso pátio privado antes de voltar para os quartos!

A zona da piscina era super porreira e quase sempre vazia! Então curtimos demais, principalmente à noite. O programa de todas as noites era justamente ficar a boiar na piscina até muito tarde só porque sim. A temperatura estava óptima, a piscina toda iluminada e vazia!!

O único ponto negativo do hotel foi mesmo só a internet mas fazer o quê quando tudo o resto compensou? Além disso, coisa que aprendemos na Ásia é que internet é um serviço de luxo muitas vezes difícil de deitar a mão. Então restou-nos aproveitar para descansar e foi isso mesmo que fizemos.

Shanghai – Jitai Hotel People’s Square Branch:

Um dos piores hotéis de toda a viagem foi seguramente este! E daqueles que não volto com toda a certeza. Nada fazia prever que quando chegássemos já à 1h da manhã ao hotel fossemos tão mal recebidos por um empregado super mal disposto que fez de tudo para dificultar a nossa vida!

E como foi a primeira entrada na China continental ficámos logo um pouco stressados com os chineses no geral. Eu só tentava focar no dia seguinte e nas maravilhas que tinha programado para ver no dia seguinte! Ahahaha mas não foi fácil rir da situação especialmente quando chegámos e a primeira coisa que percebemos é que o empregado não falava nada de inglês, utilizava um sistema de tradução raquítico no telemóvel, nos disse que o quarto foi cancelado por falta de comparência e, depois de aceder aos nossos pedidos de nova reserva, pediu para o quarto ser pago na hora, com dinheiro vivo e ainda caução. Tudo porque o hotel não aceitava cartões que não fossem de origem chinesa.

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Imagem retirada do site do hotel

Tudo isto aconteceu assim num espaço de uma hora, que foi o pior e mais longo período de check-in da minha vida toda!! Sem exageros! O homem era mesmo detestável. E toda a má experiência continuou com uns quartos que em nada correspondiam com as fotos do Booking, e com a internet a teimar em não funcionar.

Então, apesar de ter relativisado tudo e ter curtido imenso a cidade (que adorei!), é um hotel a riscar completamente da lista.

Pequim – Xiao Yuan Alley Courtyard Hotel:

Apesar de ser um hotel localizado num beco meio duvidoso de Pequim e de nos assustar à primeira vista, quando o taxista nos deixa na entrada do dito beco e aponta para irmos o resto a pé, foi dos melhores hotéis de toda a viagem.

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Imagem retirada do site do hotel

O hotel é totalmente virado para o espírito mochileiro e vemos pessoas de várias partes do mundo. Então, os empregados acabam por ser super abertos, esforçam-se imenso para ajudar em tudo, para falar inglês (mesmo que seja raquítico), para dar dicas e para nos fazer ter a melhor experiência de todas em Pequim. E conseguiram!

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Apesar dos quartos não serem super luxuosos, eles estão decorados de uma forma típica chinesa e todo o hotel segue a mesma vibe. Então logo aí eu fiquei super apaixonada e com a certeza que não podia ter escolhido melhor. Depois falemos no factor localização. O hotel fica localizado exatamente nos Hutongs que circundam a Cidade Proibida. Então foi uma experiência super especial poder caminhar pelos Hutongs, tomar contacto com a vida típica chinesa daqueles “bairros”, e ao mesmo tempo estar ali tão perto do centro da cidade.

Não podia ter escolhido melhor e voltava lá sem hesitar!!

Hong-Kong – Wai Fan Guest House:

Se hoje voltasse a Hong-Kong tinha ficado neste hotel as duas noites. Só que na altura que reservei já não consegui ficar no mesmo sítio as duas noites e acabei por trocar na segunda noite para outro hotel que se revelou um autêntico fiasco. Reservar hotel em Hong-Kong é uma autêntica aventura e seguramente vamos acabar por pagar um rim por um muquifo reles na Nathan Road.

Resultado de imagem para Hong-Kong - Wai Fan Guest House:

Imagem retirada do site do hotel

A minha história em Hong-Kong dava um filme indiano com banda sonora chinesa tal não foi a loucura da coisa! Hong-Kong é uma cidade super populosa, das mais populosas do mundo, que está encafuada contra umas montanhas que limitam em demasia o crescimento e a construção de habitações. Então todo o quarto mal amanhado serve para acolher pessoas e pedir-lhes 100€ só assim para abrir a pestana.

O Wai Fan apesar de ser um quarto típico dos prédios da Nathan Road, que não dá para caminhar em linha reta mais do que um passo sem bater contra a cama, mesmo assim estava localizado num prédio relativamente calmo e “normal”, com uns empregados igualmente simpáticos e “normais”. Mas este conceito de normalidade perde-se um pouco em Hong-Kong e de certeza que a experiência geral vai ser tão louca quanto a minha foi.

Como já falei noutro post sobre Hong-Kong, nós fomos passar a segunda noite num dos prédios mais crazy de sempre e de toda a história da humanidade – Chungking Mansions!   O hotel que tinha inicialmente reservado era o King Guest House e foi o terror completo! Eu tive de ir a Macau logo no início da manhã para ir buscar todo o dinheiro que tinha ficado no cofre do hotel (sim, vou contar tudo num post exclusivo das peripécias da viagem) e o Carlos com os nossos amigos foram tentar fazer o check-in no dito hotel King Guest House. Só que de repente tudo o que achamos surreal e inacreditável acontece.

A começar com toda a experiência surreal que foi entrar no dito prédio onde estão centenas de guesthouses encavalitadas e onde toda a gente à nossa volta tem ar suspeito de quem vai atacar o pobre turista a qualquer altura. Depois quando finalmente descobrem o andar certo onde está o dito hotel, o empregado diz que a reserva foi cancelada por não aceitarem o cartão de crédito utilizado na reserva e fecha a porta na cara para não mais querer saber da nossa existência.

Quando eu volto de Macau ainda vou lá para a porta ameaçar o dito empregado com o meu inglês british, que utilizado para descompor alguém perde toda a pose, mas de nada serviu. Depois de horas a falar com a Booking, que assumiu tudo e nos encaminhou para novo hotel, lá fomos parar ao New Reliance Inn, que era precisamente na mesma espelunca de prédio. Então, apesar de um nome diferente, o quarto era a mesma cena apertada, onde só cabia eu ou as malas. E foi toda uma noite a rir da situação, para não chorarmos. Tal não foi a bizarrice!

E pronto! Tudo culminou com vários vídeos cómicos que retratam fielmente o quão impressionante foi a nossa passagem por Hong-Kong! Por causa deste problema com o hotel e escolha de um novo acabámos por perder um dia inteiro de visita à cidade e daí eu querer muito voltar um dia só por pirraça. Algo que os meus amigos vêm com total desaprovação! De modos que provavelmente voltarei a Hong-Kong all by myself porque mais ninguém vai querer alinhar e arriscar repetir a tragédia indiana/chinesa.

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Imagem retirada do site do hotel

Então malta, só há duas hipóteses no que diz respeito a Hong-Kong: ou aceitamos ficar num muquifo reles e pagar 100€, onde temos uma ventoinha no teto para secar o cabelo e toalhas de banho ainda húmidas e cheias de nódoas “esquisitas”; ou doamos um rim antes de viajar e conseguimos ficar no Hotel Tryp que é assim para o mediano mas pelo menos já tem um ar mais ocidental e “normal”.

E é isto! Cenas esquisitas dos próximos episódios, nomeadamente como quase perdi todo o dinheiro da viagem, entre outras cenas estranhas, a sair em breve aqui no blog! 😀

Como ir de Hong-Kong para Macau?

Quem passa em Hong-Kong ou Macau é muito provável que coloque a região vizinha na lista também. Nem que seja um passeio rápido de um dia ou dois. No nosso caso, eu optei por chegar a Hong-Kong, vinda da Europa, e ir direta para Macau, começando o roteiro propriamente dito aqui. E deixei Hong-Kong para os últimos dias da viagem para ter alguma paz de espírito, já que o voo de regresso para Londres era ao final do dia, em Hong-Kong.

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Ir de Macau para Hong-Kong, ou vice-versa é muito simples e demora no máximo uma hora! Até há bem pouco tempo só haviam duas formas de fazer o percurso, ou por ar ou por água. Hoje em dia, já foi inaugurada a ponte que demorou anos e anos a ser construída e que liga precisamente Macau a Hong-Kong. Contudo, para já esta ponte está apenas acessível a carros particulares.

A forma mais simples e barata de fazer o percurso é sem dúvida através do ferry, sendo que há duas companhias que operam entre Hong-Kong e Macau. Em Hong-Kong é possível apanhar o ferry no pier na ilha de Hong-Kong, junto a muitos outros piers de outras companhias que fazem a ligação entre esta ilha e outros destinos próximos (tal como Macau).

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Como Macau tem duas ilhas (Macau e Taipa) é possível escolher também em qual delas queremos ficar, dependendo do hotel que escolhemos, e comprar o bilhete já a pensar nisso. Então as duas companhias principais que operam este trajeto já estão divididas entre Macau e Taipa. A Turbojet faz o percurso atracando em Macau e a Cotai Water Jet sai igualmente de Hong-Kong mas vai atracar na ilha de Taipa.

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Se por acaso nos enganámos no ferry e afinal o nosso hotel está na outra ilha também não tem problema porque existem vários autocarros que estão mesmo na porta dos piers e fazem este transporte entre ilhas. Existem também hotéis de cadeias mais conhecidas que têm o seu próprio transporte disponível para os hóspedes assim que chegam ao pier.

Mas voltando para os ferrys. É muito simples comprar passagem e usar este transporte. O terminal é um autêntico shopping, com várias lojas e restaurantes e num dos andares superiores estão os guichês onde podemos comprar os bilhetes, se não quisermos usar as máquinas eletrónicas. Não precisamos sequer de comprar na net ou fazer pré-reserva. Existem barcos a sair quase de 15 em 15 minutos e são enormes, com vários pisos.

Nós chegámos, comprámos os bilhetes e fomos entrando logo. Passámos pela zona onde conferem os bilhetes e passaporte e um pouco mais à frente foi pedido que deixássemos as malas grandes porque teriam de ser despachadas, com um custo extra de cerca de 2€. Eles próprios pesam a mala, etiquetam e levam num carrinho para a parte de baixo do ferry, tal como nos aviões. Ahahah Quando chegamos no destino é só esperar pelas malas no tapete.

As malas de cabine vieram conosco e podem ser deixadas numa zona própria assim que entramos no ferry. Depois disto tudo, ficámos apenas com as nossas mochilas junto a nós, mas foi bastante pacífico. Até porque no sítio dos passageiros não há mesmo espaço para arrumar malas muito volumosas.

Antes de entrar no ferry ainda apresentamos os bilhetes no guichê da porta de embarque e atribuem-nos um número de assento. A partir daí é só esperar pelo embarque e pronto. A entrada no ferry pode ser um pouco atribulada pela ondulação, mas depois de entrarmos e começar a andar o ferry é bastante estável e não sentimos nada de especial.

No mesmo pier onde apanhamos o ferry havia também a opção de apanhar um helicóptero que demora muito menos tempo a chegar a Macau. Mas os bilhetes rondam os 100/150€, então é uma questão de pesar os prós e contras.

China: manual de sobrevivência!

Viajar para a Ásia é só por si uma experiência cultural completamente fora do que estamos habituados a encontrar. Eu lembro-me que quando fui há dois anos para a Tailândia, Cambodja, Malásia e Vietnam todo o meu círculo de amigos e família ficou com um ar de quem acha que nós tínhamos pirado de vez. Contudo, quando dissemos que tínhamos comprado viagem para a China este ano, acho que os poucos que ainda acreditavam na nossa sanidade mental, deitaram a toalha ao chão e acharam honestamente que estávamos loucos.

E se eu me apaixonei perdidamente pela cultura chinesa por culpa das imensas fotos que vi do país, além de todos aqueles sítios emblemáticos como a Muralha da China e Cidade Proibida, que povoam a mente, também tenho de admitir que encarar uma viagem ao coração da China continental teve momentos de stress e indecisões.

Então balanço final da viagem vai para a constante aprendizagem que é viajar pela China. Não dá para levar a lição estudada de casa nem achar que vai ser fácil andar por lá. Eles são de facto um povo fechado para qualquer língua estrangeira e ainda vêm com olhar estranho o ocidental que vai ao país deles turistar.

Contudo, o que teve de enervante teve também de fantástico e eu voltaria a fazer tudo igual sem hesitar. Aliás, apesar de todos os contratempos eu sonho com o dia em que vou voltar a China e conhecer mais do interior deste país.

Mas vamos por partes!

Locomoção:

O facto de estarmos a viajar em cidades bastante desenvolvidas fez com que abandonássemos quase por completo os táxis (que usamos bastante na última viagem à Ásia) e andássemos sempre de transporte público ou a pé. Cada cidade foi diferente à sua maneira mas basicamente, em todas elas, usámos o autocarro e o metro para as deslocações maiores. No entanto, em alguns casos, o nosso hotel era tão bem localizado que nem sequer chegámos a usar transporte público.

Em Macau nós fizemos tudo a pé e só usámos autocarro para ir e vir da ilha de Taipa no segundo dia. O autocarro era bem raquítico, daqueles com preço fixo por viagem e era só inserir a nota no frasquinho à entrada e pronto. Nada de trocos! E este esquema de utilização de autocarro repetiu-se em Shanghai e em Pequim, onde também usámos autocarro para fazer pequenos trajetos. Tínhamos de levar sempre dinheiro trocado porque o pagamento era sempre colocar o valor fixo da viagem dentro da caixinha da entrada.

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Em Pequim, Shanghai e Hong-Kong ainda usámos o metro, que já tem um esquema mais fácil de pagamento nas tradicionais caixas eletrónicas. É só colocar o destino final e ele calcula logo o valor que temos a pagar. Mesmo que não tenhamos dinheiro trocado ele dá o troco, o que facilita bastante a vida.

Em Shanghai e Hong-Kong nós usámos o metro para ir para o aeroporto o que também é uma grande vantagem na hora de poupar dinheiro do táxi. Só usámos o táxi quando chegávamos às cidades, para nos levarem aos hotéis, pela razão simples de que os nossos voos chegavam sempre muito tarde (já depois da meia noite) e a essas horas os transportes públicos já não estavam ativos.

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Importa referir que usámos bastante a aplicação Google Maps para perceber qual o autocarro que devíamos apanhar e onde porque eles não falam inglês e não podíamos contar com a ajuda de ninguém para as indicações. No entanto, com esta aplicação nós conseguimos entender sempre qual o transporte que devíamos apanhar, onde o apanhar e onde sair. Nunca nos perdemos nem enganámos!

O valor a pagar na tal caixinha do autocarro está bem visível por isso nem precisamos estabelecer conversações com o motorista ou seja com quem for. Até porque o mais provável é não entenderem nada do que estamos para ali a dizer e desatarem a gritar em chinês.

Voos internos:

Ainda esteve em cima da mesa dispensar os voos na China e utilizar os comboios bala super conhecidos e que devem ser uma experiência cultural por si só. Mas em boa hora eu os dispensei. Os voos internos na China, apesar de mais caros e de não haver Air Asia para praticar aquele preço amigo, conseguiram surpreender bastante pela positiva. Nós voamos pela China Eastern e pela Cathay Pacific e todos os voos foram excelentes, com aviões enormes, com TV (que incluía jogos, filmes, séries, música, e muito mais) típica de voos de longo curso, super confortáveis, bagagem incluída e comida incluída também.

Então, apesar de termos pago um pouco mais em deslocações internas, adorei a experiência, com os aeroportos também super simpáticos, sem grande barafunda e até muito organizados. Mais do que eu esperava! Na entrada dos aeroportos tínhamos logo de passar a bagagem por um detetor de metais muito básico e eu achei que ia apanhar filas enormes logo aí, mas não. Não senti aquela confusão chinesa do povo todo junto que tenta passar à frente na fila, multidões que atrasam tudo, enfim…nada disso. Chegávamos sempre 2h antes do voo e era mais do que suficiente!

Moeda:

Todos os países que passámos tinham uma moeda diferente. Até Macau e Hong-Kong têm a sua própria moeda. Então basicamente o que achámos ser mais fácil no nosso caso foi levar Euros connosco e ir destrocando em cada país que passávamos. Eu mais ou menos faço os cálculos de quanto penso que vamos gastar nos dias que vamos passar em cada sítio e pronto.

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Fizemos as trocas de dinheiro sempre em lojas oficiais, logo à chegada ao aeroporto e agora, depois de uma viagem anterior à Ásia, penso ser a melhor forma e mais segura. Uma dica preciosa é que para quem está a fazer Macau e Hong-Kong pode usar as moedas de cada “país” em ambos os sítios. Ou seja, se por acaso sobraram algumas Patacas de Macau podemos usá-las em Hong-Kong e vice-versa. Isto ajuda imenso para escoar aquelas últimas moedas que ficaram na carteira.

Comida:

A comida chinesa sempre foi uma das minhas preferidas de todo o mundo e hoje em dia já são vários os restaurantes que encontramos na nossa bela cidade ocidental e que nos fazem habituar àquele tipo de culinária. Então eu no fundo sabia que depois da viagem anterior à Ásia havia pouco para me preocupar nesta área, principalmente quando já conhecemos minimamente o tipo de comidas e já experimentámos tantas vezes antes.

Então, não tem como errar na comida chinesa! Praticamente toda ela é super saborosa. É sentar no restaurante, olhar o menu que está cheio de fotos da mais variada comida e tentar escolher aquilo que mais gostamos. Sim, eles não vão ajudar nas nossas indecisões porque não falam inglês. Por isso, resta-nos olhar bem para a imagem e tentar decifrar o que cada coisa é.

Nem sempre tivemos sorte com toda a comida mas adotamos o truque de pedir vários pratos diferentes e ir partilhando. Assim quando um não gostava tanto de uma coisa os outros também comiam e não era tão grave assim. Mas regra geral eu adorei toda a comida que provámos e eu tentei ser bem eclética!

Mesmo sabendo que há pratos mais básicos que é certo não errar, tentei sempre arriscar e provar coisas diferentes cada vez que sentávamos no restaurante. Por outro lado eu fiz algum trabalho de casa e levei escrito no nosso roteiro alguns pratos típicos que queria provar na China. Alguns exemplos foi o Pato laqueado de Pequim que comemos exatamente em Pequim, ou os Dim Sum que são deliciosos e comemos um pouco por cada cidade que passámos. Noodles fizeram parte da ementa mais dias do que gostaria, mas por vezes era a opção mais fácil e rápida.

Quanto aos restaurantes que usámos eu não tenho propriamente uma dica certeira de algum imperdível. Basicamente íamos perguntando no hotel qual o restaurante mais próximo para comer bem, ou então saíamos e entrávamos na primeira “espelunca” com ar minimamente aceitável. E apesar de termos entrado em restaurantes muito duvidosos onde não havia qualquer ocidental além de nós, não posso dizer que tenha comido mal em qualquer um deles.

Por isso eu acho que a comida chinesa não tem muita ciência e mesmo nos restaurantes mais espelunca ou em qualquer barraca de rua nós vamos concerteza fazer uma refeição muito saborosa.

Barreira linguística:

Esta foi sem dúvida a maior dificuldade de toda a viagem à China. Ao ponto de nos enervarmos a sério porque não conseguíamos resolver problemas simples com base num diálogo em inglês. Praticamente ninguém fala inglês na China e é incrível como notamos uma diferença considerável entre a China continental e Hong-Kong, por exemplo.

É impensável perguntar qualquer tipo de informações em inglês em pleno Shanghai ou até Pequim. E mesmo no hotel em Shanghai nós não conseguimos falar em inglês com nenhum dos empregados. E pensando que não estávamos propriamente ilhados numa qualquer vila ou aldeia do interior da China, tudo isto nos deixava super à toa. Como era possível que em cidades tão desenvolvidas e centrais não conseguíssemos encontrar uma única pessoa a falar inglês.

Então a nossa única solução era apontar para aquilo que queríamos, ou fazer gestos e aí eles percebiam, ou então, se a conversa era intrincada e se queríamos perguntar ou resolver alguma coisa, a solução foi usar uma App de tradução. E neste último ponto eles estão super bem adaptados. Como sabem que não pescam nada de inglês, qualquer pessoa tem no seu telemóvel uma App para tradução e quando nós chegávamos perto para falar alguma coisa sem ser em chinês, lá sacavam do seu Iphone e estabeleciam ali uma conversa razoável conosco.

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Às tantas nós achámos por bem descarregar o idioma chinês para a minha App Google tradutor e a partir daí era só rezar para ter wi-fi que permitisse fazer a tradução sem problemas. Só que este era outro problema constante. Mas já lá vamos!

Dica útil: Levar os endereços e nomes de hotel em chinês para ser só mostrar ao homem do táxi nos aeroportos ou em qualquer lugar da cidade. Facilita imenso e o Booking já permite fazer isso.

Restrições de Internet:

Na China continental (não sentimos isso em Macau nem em Hong-Kong) a internet está restringida a telemóveis com outras redes e que não tenham cartão Sim chinês. Não sei bem porque é que haveriam de fazer uma coisa destas aos turistas mas se há coisa que eu aprendi é que chinês é um povo complicado da cabeça e que acha que tem de ser diferente, dificultando a vida a tudo o que não fala chinês.

Então, pensando nesta dificuldade que íamos sentir assim que aterrássemos em território chinês (Shanghai e Pequim), descarregámos uma App ainda em Portugal, o VPN. O que é isto do VPN? Existem várias aplicações disponíveis para smartphone dentro desta categoria de VPN, por isso é só escolher uma delas e usar durante o tempo que estivermos em território chinês. Só temos de ter wi-fi e manter o VPN ativo e conseguimos continuar a aceder normalmente às redes sociais ou à internet no geral. O que o VPN faz é camuflar o nosso ID, fazendo com que o nosso telemóvel assuma que estamos noutro qualquer país. O meu país geralmente era a Alemanha mas a aplicação é que vai definir aleatoriamente qual o melhor país para camuflar o ID em cada momento. Para nós foi a salvação!

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Além destas restrições todas também foi super difícil encontrar wi-fi pela cidade. Nada a ver com Macau e Hong-Kong, por exemplo, em que tínhamos internet em praticamente toda a cidade. Na China continental eles têm montes de passwords e nota-se mesmo que restringem imenso as suas redes wi-fi para todos aqueles que não têm cartão chinês. Então muita paciência nesta área!

Compras, negócios da China e custo da viagem no geral:

Viajar pela China sai mais caro do que inicialmente pensamos. Eu pessoalmente sempre achei que Ásia era no geral bem acessível e sempre esperei encontrar um custo semelhante ao que encontrei na última viagem pelo continente. Mas não é bem assim! Especialmente nas grandes cidades chinesas! A começar no custo dos hotéis, até às entradas nos museus/atrações, restaurantes, transportes, enfim… tudo é mais caro do que, por exemplo, na Tailândia. No entanto, se escolhermos bem encontramos opções mais em conta sem gastar balúrdios.

O que tem de caro no custo de vida, acaba por compensar nas compras de coisas tradicionais ou marcas locais. Então eu levava a lição estudada nesta área e também já tinha alguma ideia do que queria comprar e do que compensava mais. Mesmo assim até fui bastante contida e acabei por já não conseguir comprar o bule de chá em Hong-Kong por falta de paciência para regatear preços.

Então o que é que eu comprei e acho que vale a pena? Comprei uma blusa interior térmica da Uniqlo, que é marca japonesa e consequentemente mais barata nesta zona. No Natal passado recebi de prenda do Carlos um casaco de penas da gama HighTech que é super quente, leve e fácil de transportar. Até foi o casaco que trouxe nesta viagem e já usei e abusei dele durante todo o Inverno por ser muito prático e quente. Então para quem quiser investir em roupa desta marca, a Ásia é o melhor sítio para as compras.

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Ainda dentro das marcas asiáticas japonesas, comprei uma máscara para o cabelo da marca Tsubaki (Premium Repair Mask), que é uma das melhores marcas de cuidados capilares. E como as marcas asiáticas têm a fama de serem das melhores do mundo, a Tsubaki é bem reconhecida e bem cara também no ocidente. Em Hong-Kong abundam as lojas tipo farmácia com imensos produtos de cosmética de marcas asiáticas e internacionais também. Mas óbvio que o que vale muito a pena comprar são as marcas asiáticas. Comprei a minha máscara por meros 5€!!! Em Portugal, só através do Ebay e seria mais de 20€ o mesmo frasco. A marca tem vários tipos de champôs muito bons também mas como as embalagens são enormes, eu fiquei com medo do peso na mala de porão e não comprei.

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Tirando estas comprinhas, ainda trouxe várias embalagens de café e chá de Bali, um conjunto de pauzinhos de loiça de Shanghai, um quadro desenhado com linha com uma paisagem do Palácio de Verão de Pequim e uns quadrinhos com os nossos nomes desenhados em caracteres chineses. De todos os sítios que andámos, sem dúvida que a cidade antiga em Shanghai foi o melhor sítio para comprar lembranças tradicionais chinesas, enquanto que as lojas de marcas asiáticas de renome são mais fáceis de encontrar nas ruas e shoppings de Hong-Kong.

A regra é sempre a mesma quando compramos em mercados de rua: regatear!! Mesmo que isso implique sermos ofendidos em chinês num mercado duvidoso numa rua igualmente duvidosa.

Nojices e preconceitos no geral:

Sim, quando falamos em China vale a pena lembrar que é um povo mais que reconhecido pela porquice intrínseca. Então o ideal é irmos com o espírito bem aberto porque concerteza nos vamos deparar com várias situações bem nojentas de fazer o couro cabeludo arrepiar. No meu caso, eu já ia preparada para a básica escarradela no meio da rua, ou andarem constantemente com o dedo no nariz, ou o chão escorregadio dos restaurantes.

Mercado em Kowloon (Hong-Kong)

Mas mesmo assim o que me fez mais confusão foi mesmo entrar nas traseiras de um dos restaurantes que passámos e ver a nojice que estava à minha volta. Perdi o apetite na hora! E já foi no finzinho da viagem, então tecnicamente eu já tinha visto de tudo. Mas fazer o quê né? Há coisas que eu dispensava ver!

Senhor a tomar banho no McDonald’s de Hong-Kong

De resto, não sei se foi a mentalidade com que fui, mas não me senti enojada com praticamente nada. Claro que é um mundo à parte, uma cultura completamente diferente e tal, mas viajar pela China não é nenhum bicho de sete cabeças e é perfeitamente possível com a dose certa de entendimento de que estamos na Ásia.

WC em Shanghai com sanita aquecida entre outras tecnologias

Então, no geral eu adorei andar pela China e senti que mesmo todas as peripécias que aconteceram não contribuíram em nada para tirar o encanto que já sentia pelo país. Pelo contrário. Fiquei super animada por ultrapassar todos os “obstáculos” do dia-a-dia e por desmistificar mais esta cultura que assusta tanto o povo ocidental.

Os casinos de Macau!

Sem dúvida que uma das grandes atrações em Macau são os seus casinos! Macau está dividido em duas ilhas, Macau e Taipa, e ambas têm algumas das cadeias de hotéis-casino mais conhecidas a nível mundial. Sem dúvida que a ilha de Macau foi a que primeiro recebeu a tal vibe do jogo e tem os casinos mais antigos e tradicionais de Macau. Contudo, com os anos, e à medida que a tradição foi-se enraizando, a ilha de Taipa foi de caras a que mais viu a mudança a acontecer.

E imitando um pouco o estilo Las Vegas, que tem uma avenida cheia de hotéis-casino temáticos, mega luxuosos e imponentes, a ilha de Taipa também criou nos últimos anos essa mesma avenida, que atualmente já conta com imensas construções recém-inauguradas e que claramente nos transportam para a Las Vegas do oriente! A Cotai Strip teve recentemente várias inaugurações de peso, como a City of Dreams, que é um mundo à parte com direito a museu da Ferrari, mega show estilo Cirque du Soleil  (“Dancing Water“), casinos, shopping, e muito mais… Tudo lá dentro! Mas esta é só uma das muitas construções!

Montar um roteiro em Macau requer então muita mente aberta e a certeza de que não vai ser possível ver todos os casinos e construções megalómanas. E para os super fãs de história e cultura, também é preciso mente aberta para aceitar que de facto visitar Macau é também render à evidência de que este é o estilo de vida e que os casinos já são mais que tradição. Então um roteiro tem obrigatoriamente que contemplar pelo menos aqueles casinos mais tradicionais de ambas as ilhas. Depois, quanto tempo vamos despender neles é mais uma questão do limite que impomos a nós mesmos. O que traduzido para miúdos é muito: “o céu é o limite!”.

Como nós estávamos hospedados na ilha de Macau, perto dos casinos mais antigos e tradicionais, boa parte do nosso tempo foi passado aqui. Então, a noite do primeiro dia foi inteiramente dedicada ao Casino Lisboa (a nova construção).

O Casino Lisboa é um dos mais antigos de Macau e hoje em dia tem o edifício antigo e também a nova construção megalómana em frente, que é relativamente recente e que vê-se quase de qualquer ponto da ilha. É tão impressionante de dia quanto de noite e eu recomendo a visita em ambos os períodos só para admirar a opulência e o exemplo claro de que não há limites quando falamos em casinos.

Nós visitámos o edifício novo do Casino Lisboa na noite que chegámos e eu juro que fiquei muito tempo de queixo caído na rua a tentar absorver a imensidão que estava à minha frente!! O interior é tão luxuoso quanto o exterior, com os vários ambientes de casino a dividirem-se por muitos pisos. Não conseguimos percorrer todos, obviamente, mas conseguimos ver o suficiente para termos o melhor baptismo de casino que poderíamos ter pedido.

No dia seguinte ainda conseguimos visitar o Wynn e MGM antes de ir até à Cotai Strip. E o Wynn foi sem dúvida o mais impressionante dos dois! A começar logo no show de água que acontece a cada meia hora no lago em frente ao hotel. Depois de entrar no próprio do edifício é difícil não nos sentirmos pequenos diante daquela opulência! Para além de Hotel e casino, o Wynn ainda tem uma parte de Shopping, que não chega a ser tão grandiosa quanto a Cotai Strip, no entanto, consegue reunir boa parte das grandes marcas de luxo, como a Luis Vuitton, Prada, Chanel, e por aí adiante…

A seguir visitámos o MGM que tem uma cara típica americana e que já não causou grande entusiasmo, depois dos hotéis-casino anteriores. Mas claro, tudo é relativo né? E muitos mais casinos haviam que decidimos não entrar por não pertencerem a cadeias internacionais conhecidas e porque claramente tínhamos de fazer uma seleção. No entanto, apesar de não entrarmos em mais nenhum aqui da ilha de Macau, é óbvio que só andar pelas ruas era uma experiência brutal por si só!

Depois de almoço fomos para a ilha Taipa para conhecer a Cotai Strip, onde passámos toda a tarde a passear pelo Hotel Venetian, Hotel Parisian e pela Studio City, outra construção relativamente nova da avenida. E a Cotai Strip é o sonho de qualquer um!

Visitar a Cotai Strip requer planeamento e saber que não vai dar para ver absolutamente tuuuudo. Então há que fazer escolhas e no meu caso elas penderam naturalmente para os hotéis com a oferta mais sui generis. E nesse capítulo o Hotel Venetian e Parisian batem os outros aos pontos! Para além de terem casinos e um shopping BRUTAL que não tem fim à vista, ainda tem toda a temática de Veneza e de Paris.

Apesar de serem hotéis com diferentes temáticas eles estão ligados no interior e é possível passar de um para o outro sem vir à rua. E cada um é um show só por si. O Venetian tem no primeiro piso uma recriação autêntica dos canais de Veneza. Com direito a gôndolas, céu falso e a casinhas super pitorescas que são na verdade lojas. Sim, é todo um shopping construído na recriação de Veneza mais real que vi até hoje!

E quando entramos no Hotel Parisian toda a temática muda e as praças típicas parisienses começam a aparecer. Mas, na minha opinião, é no exterior do Hotel Parisian que está a verdadeira atração, com uma mini Torre Eiffel que à noite tem todo um show de luzes e música.

E, finalmente, a Studio City é outro edifício temático relativamente recente, que tem uma decoração completamente americana e Hollywoodesca (acabei de inventar a palavra tá?) e reúne mais uma série de shows, lojas e outras tantas experiências (como a realidade virtual).

Mas se olharem no mapa, tudo o que visitei da Cotai foi só uma parte da avenida e já nem deu tempo para ver a City of Dreams ou até conhecer os novos casinos que as cadeias Wynn e MGM fizeram por aqui. Se senti falta disso? Na realidade não porque não acho que fossem acrescentar nada de novo e diferente àquilo que eu vi durante todo o dia.

Além disso, os hotéis e shoppings que realmente queria visitar eram o Venetian e Parisian pelas razões óbvias de que são os mais temáticos e diferentes. Foram sem dúvida aqueles que mais transmitiram a vibe de Macau e da verdadeira essência de uma cidade de casinos, onde não há limite para nada!

Então, resumindo tudo, que o post vai longo, visitar os casinos de Macau e mesmo só andar pelas ruas foi surreal e tão crazy como eu não fazia ideia que ia ser. Mas de facto, apesar dos casinos reunirem opiniões tão divergentes, não há como os evitar e não ficar louco só com o tamanho e opulência dos edifícios, decoração, lojas, TUDO. É uma experiência brutal e onde certamente nos sentimos bem insignificantes perante a enormidade de tudo ao redor!

O centro histórico de Macau!

Visitar Macau é sinónimo de uma aula de história sobre Portugal e as raízes que tornam esta região tão parecida conosco. E, apesar de Macau hoje em dia ser caótico e ter uma boa dose de prédios luxuosos, arranha-céus, etc…, também tem um centro histórico que nos teletransporta de volta à época colonial.

Quem ia esperar encontrar calçada portuguesa em pela Macau? Ou quem ia esperar encontrar todas as placas de nomes de rua e sinais em português? Ou até quem imaginaria que em Macau íamos encontrar a Santa Casa da Misericórdia, que traduzido para Inglês dá algo tão esquisito como Holy House of Mercy? E nem quero imaginar como soa a tradução para chinês!!

Apesar de encontrarmos vários traços típicos portugueses e de vermos literalmente tudo em português (até mesmo as estações dos autocarros e os avisos sonoros) um pouco por toda a cidade, o centro histórico e típico português está ali na zona das ruínas de S. Paulo e da Santa Casa da Misericórdia. Então, na manhã do dia seguinte à nossa chegada, reservamos várias horas para percorrer esta zona a pé e vermos a mistura misturada dos prédios coloniais, calçada portuguesa e decoração do ano novo chinês.

A grande porta de entrada no mundo português é no Largo do Senado, onde estão os mais bonitos e coloridos edifícios coloniais, a calçada portuguesa em toda a sua extensão e ainda a Santa Casa da Misericórdia, que na altura em que fomos estava em obras. E depois de estar no Largo do Senado, é só seguir meio sem direção e propósito para o coração do centro antigo.

As ruas são empedradas, começam a estreitar, o comércio chinês abunda por aqui, mas também é um lugar onde temos várias surpresas interessantes, como encontrar o nosso pastel de nata à venda, com uma tradução manhosa para inglês e com vários caracteres chineses em volta.

Um dos edifícios mais bonitos é a igreja de S. Domingos que destoa completamente do que esperaríamos ver e visitar no continente asiático. Como assim encontramos uma igreja tipicamente portuguesa ali em pleno Macau? Mas sim, ela está lá e a fachada é qualquer coisa de muito fofo e colorido, tornando o passeio pelo centro histórico ainda mais especial.

Mas depois de passarmos esta zona colorida de pracinhas com cara portuguesa, começamos a subir em direção às ruínas de S. Paulo e aí a mudança acontece, à medida que nos vamos misturando na confusão de lojas, comida chinesa e multidão de turistas que passam por aqui. É uma amálgama de cheiros, cores, sensações, que de repente nos transportam para a verdadeira essência asiática.

E quando finalmente terminamos de subir uma imensa rua cheia de lojas e vendedores que nos tentam impingir cada alimento mais estranho, finalmente damos de caras com a escadaria das Ruínas de S. Paulo, que tem a sua imensa fachada tão típica lá no alto. E apesar de Macau hoje em dia ser tão virado para os casinos e para a loucura do jogo, a verdade é que um dos cartões postais da região é justamente as Ruínas de S. Paulo.

É aquele lugar inconfundível que nos tira as dúvidas de que que finalmente estamos em Macau. As Ruínas são o que restou da igreja Madre de Deus e do Colégio de S. Paulo, que foram destruídos num incêndio em 1835. Esta igreja foi construída pelos jesuítas e era considerada a mais bonita de Macau. Hoje resta apenas a fachada de granito que por si só já é impactante o suficiente para arrastar multidões.

O lugar é considerado a Acrópole de Macau e de cima da escadaria temos uma vista fantástica das casinhas desta intrincada cidade antiga, que vai descendo a colina até se misturar com a cidade moderna. Subir até aqui e sentar nos degraus é uma experiência à parte e parece que entrámos num submundo diferente de Macau.

É comum ouvir-se falar português aqui, graças às escolas portuguesas que levam os alunos em visita de estudo. E foi tão, mas tão bom ouvir a nossa língua ser falada ali. Incrível como tão longe de casa está um pedaço nosso, bem no meio da Ásia.

A cidade “portuguesa” de Macau!

Ah Macau!! Chegar a Macau de ferry, vindos de Hong-Kong, foi suficiente para pôr os meus olhos a brilhar de tanta luz e tanto casino luxuoso. É entrar num mundo completamente à parte e diferente das cidades asiáticas que tinha conhecido na última visita em 2017. Macau sempre povoou o meu imaginário de viagem de sonho e suficientemente exótica para despertar um interesse brutal. Então quando finalmente comecei a ver as luzes de Macau a aparecerem na janela do ferry, foi uma sensação indescritível.

E um dos grandes motivos para nós portugueses olharmos para Macau com um carinho e interesse especiais tem sobretudo a ver com o facto desta ter sido durante 400 anos uma colónia portuguesa. E, apesar de estarmos tão longe do nosso Portugal, é incrível como conseguimos encontrar em Macau tantas semelhanças com o nosso país e cultura.

Os portugueses foram os grandes impulsionadores do crescimento da economia aqui e criaram uma ponte comercial importante entre a Europa e a Ásia, especialmente com a China, que motivou a emancipação que vemos hoje em Macau. Desde 1999 que Macau é uma das Regiões administrativas especiais da China, tal como é Hong-Kong, então a influência chinesa é grande e quase ninguém fala português por aqui. No entanto, também não é completamente chinesa! Não só pela entrada no “país”, mas também pelo próprio ambiente que se vive nas ruas, tão distinto da China continental.

A Macau de hoje resultou da cultura de casinos que começou há décadas atrás e que foi crescendo de uma forma exponencial, tornando esta região o epicentro do jogo e da movimentação de milhões de patacas (moeda de macau) todos os dias. É impressionante ver o quanto o país cresceu em volta dos casinos e como as grandes cadeias de hotéis lucram com isso e têm, aos poucos e poucos, transformado na Las Vegas oriental.

Mas essa é a cultura deles que vem de trás e que sem dúvida torna a visita a Macau tão diferente de todas as outras cidades que visitámos. É impossivel não ficar fascinado com a forma como eles encaram o jogo e em qualquer altura do dia vemos casinos lotados, shopings dentro de casinos, e uma infinidade de outras atrações que giram em torno do único propósito que é o jogo.

Então visitar Macau foi assim um misto de 8 e 80! Passar do centro da cidade com prédios e cadeias de hotéis super luxuosas, para nas traseiras vermos outros tantos prédios bem antigos e o início das casinhas coloniais e tão tipicamente portuguesas. Rapidamente surge a calçada portuguesa e todas as placas nas ruas estão mesmo escritas em português.

E foi este contraste gritante que me fez querer visitar Macau desde o momento que comecei a montar o roteiro. Mesmo assim, desde que a região entrou no meu radar, há muitos anos atrás, foram várias as construções que iniciaram e já terminaram. A Cotai Strip é o exemplo mais claro, com imensas cadeias de hotéis a abrirem novos edifícios por lá. Mais modernos, cada um com um shopping e uma temática própria. Cada vez há mais coisas a ver e fazer em Macau. E não tenho dúvidas que daqui a uns anos mais haverá para descobrir.

Eu dediquei um dia e meio a Macau e senti que foi pouco! Vi tudo o que tinha planeado, mas senti falta de passar mais tempo na Cotai e curtir mais os casinos novos, por exemplo. No entanto, depois de andar horas e horas dentro de lojas e shoppings, há que dar umas tréguas.

Este era suposto ser um post virado para o roteiro que fizemos na Macau tradicional portuguesa, mas acabou mais como um post introdutório da cidade. O que não é de todo descabido, e até foi óptimo voltar atrás no tempo e recordar aquelas primeiras sensações que a cidade transmitiu.

Especialmente na primeira noite, quando o jetlag bateu tão forte que, juntamente com a excitação de estar finalmente em Macau, ficámos até as 3h da manhã nas ruas, a andar de casino em casino e a absorver cada néon com caracteres chineses e cada pormenor diferente que nos aparecia à frente.

Macau apaixonou-me lá atrás, há muitos anos, quando li algures um post super interessante sobre a cultura e vi fotos fantásticas da cidade. Então, desde essa altura eu jurei que Macau ia ser dos primeiros países asiáticos a entrar num qualquer roteiro à Ásia.

E hoje, recordando a chegada a Macau, eu percebo exatamente que é a mistura cultural tão única e diferente. Porque é a cidade com cara asiática que mais se parece conosco e, justamente para quem ama o diferente e o exótico, esta é A CIDADE a visitar!

E finalmente vou à China!!

Este post vem exatamente com 6 meses de antecedência, uma vês que só vamos viajar em Fevereiro de 2019, mas não quero saber porque não caibo em mim de felicidade e tenho de partilhar tudo tudo aqui.

Desde a viragem do ano, onde eu escrevi aquele post sobre Retrospectiva e Resoluções para 2018, que a viagem à China estava na Wish-list deste ano ou início do próximo. E exatamente desde Janeiro que eu comecei a ver preços de viagens para lá, comecei a planear possíveis roteiros e a delinear o que queria visitar.

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Eu sou uma apaixonada pela cultura asiática e a China sempre fez parte do imaginário, especialmente pelos templos e todos os monumentos património da humanidade que povoam todo o extenso território. Fica até difícil decidir o que ver e o que deixar para trás.

Então, depois de 8 meses a sonhar com o dia em que finalmente ia comprar a minha viagem à China e sempre a aguardar por preços razoáveis para a altura certa, recebi alerta de que as viagens para Hong-Kong estavam entre os 235€ e os 277€ (mais ou menos isso!). Oh quanta alegriaaaaaa! É dificil descrever. Mas eu não esperei nem um segundo. Fui a correr buscar os passaportes e comprei as viagens logo, a uma hora do dia do meu aniversário. Então, esta foi sem dúvida A PRENDA do ano. Não podia ter pedido algo que desejasse mais.

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Hong-Kong não era propriamente a porta de entrada que eu esperava, até porque não faz parte da China, mas está ali ao lado e era uma das cidades que eu de certeza iria incluir no roteiro. O facto de ter entrado por uma cidade diferente do que tinha inicialmente esperado, só fez com que tivesse de alterar todo o roteiro final, que já está bem planeadinho e, como sempre, beeem mexido.

Stressada pelo planeamento como eu sou, até os hotéis já estão reservados, cm excepção de Macau que está a dar uma leve dor de cabeça. Ainda não decidi bem em qual das ilhas de macau quero ficar, nem o nível de luxo que pretendo ter neste hotel. Porque é Macau, ok? Por mais que nós nos poupemos nos restantes hotéis da viagem, em Macau eu acho que vale muito a pena ficar num hotel casino que ajude a dar aquela experiência autêntica de estar em Macau. Mas enfim… ainda falta decidir e analisar muito bem as opções.

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Outra coisa que eu reparei são os preços das viagens internas. eu estava muito habituada a viajar super barato pela Ásia, por conta da nossa última viagem lá, mas desta vez primeira impressão é o quão caros são os voos na China. Então, para quem está a planear um roteiro pela Ásia pondere as diferenças de custo que cada país tem. Como as nossas viagens ficaram muito mais baratas do que eu esperava, então o custo mais alto das viagens internas não vai impactar muito o custo total da viagem, mas mesmo assim é assustador ver as diferenças.

Então, o nosso roteiro vai ser mais ou menos assim:

Macau (1 dia) – Assim que chegarmos a Hong-Kong vamos sair diretos para Macau e a nossa viagem vai começar logo por lá. Chegamos a meio da tarde então ainda quero ir curtir a noite de Macau à Cotai Strip e sentir que estou finalmente na Ásia de novo! No dia seguinte quero conhecer a parte colonial da ilha e mais alguns casinos, claro.

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Bali (3 dias) – Siiiim, estamos com Bali (Indonésia) também no roteiro. Yeiiiii! Apesar de eu estar morta para conhecer a China, a verdade é que vamos numa altura de Inverno, então vai saber muito bem incluir um destino de praia ali pelo meio do roteiro. E qual seria? Bem, como Bali é muito mais além de praia, foi de caras o destino eleito para este roteiro. Está recheado de paisagens fascinantes, templos magníficos, muitos macaquinhos para eu matar saudades, enfim… Super empolgada!

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Shangai (2 dias) – E aqui finalmente entramos em território chinês! Por uma das cidades mais fascinantes da Ásia moderna. Se eu adorei Kuala Lumpur por ser uma cidade tão evoluída, tão moderna, mas ao mesmo tempo tão multi-cultural, tão tipicamente asiática, então eu concerteza vou adorar estar por aqui. Nós vamos chegar muito tarde a Shangai e no outro dia bem cedo começamos o passeio pela parte moderna. No entanto, também reservei tempo para visitar a cidade antiga, que é super fofa e tem a típica cara chinesa.

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Xian (1 dia) – na realidade nem vai chegar a 24h de permanência em Xian. A única razão de eu ter incluído esta cidade no roteiro foi a minha paixão, já muito assumida, pelos Guerreiros de Terracota. No ano passado fui ver uma exposição mundial itinerante que passou por Lisboa e acho que só me fez ficar ainda mais apaixonada e a querer muito visitar a China. Então vamos chegar de comboio noturno vindos de Shangai, deixamos as malas na estação, vamos até aos Guerreiros, e no final do dia voltamos a embarcar num novo comboio noturno com destino à próxima cidade.

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Pequim (3 dias) – E a próxima cidade é Pequim! Era para ser a porta de entrada na Ásia, vindos da Europa, mas acabou por haver uma volta enorme no roteiro e só vamos conhecer Pequim já perto do final da viagem. Pequim é aquele ponto alto de qualquer viagem à China. Especialmente quando é a primeira vez. A cidade está cheia de cultura por todos os cantos, muitos templos, jardins, e um sem número de ruelas tradicionais que são a razão de qualquer um querer visitar a China. E claro, a muralha da Chinaaa!!! 😀 Eu reservei um hotel super típico mesmo para ter uma experiência o mais tradicional possível.

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Hong-Kong (2 dias) – Os últimos dias do roteiro vão ser passados na cidade em que entrámos duas semanas antes. Guardei para o fim para me dar alguma paz de espírito saber que já aqui estou. Não vá algum voo de ligação interno se atrasar (prato do dia na China). Honk-Kong já não é China, mas é quase. Vamos ficar hospedados em plena Nathan Road, que é super movimentada, junto ao Passeio das Estrelas. Localização perfeita para uma estadia perfeita na cidade dos mercados esquisitos e dos barquinhos com vela vermelha.

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Nó vamos nos movimentar entre cidades de países diferentes por voos, mas decidi experimentar os famosos comboios de alta velocidade da China e fazer as viagens noturnas deles quando é para deslocar dentro da China. Mais uma experiência para somar a todas as outras que vamos ter em cada cidade. Andar nestes comboios tinha de estar incluído no roteiro pela experiência em si, mas também pela poupança que representa (bilhetes mais em conta e poupança na diária do hotel).

Enfim, tenho feito muita descoberta na última semana, desde que comecei a sério a planear a viagem, mas essencialmente é isto que tenho para falar por agora. Alguma novidade eu vou escrevendo por aqui, no entanto, este é apenas um post pré-viagem muito antecipado, até porque antes desta ainda tenho mais duas viagens já marcadas e outra a trabalho que falta confirmar.