Ásia 2019: os vistos!

E hoje eu prometo que vou terminar a série de posts sobre a última viagem à Ásia, que entretanto já aconteceu em Fevereiro/Março e ainda aqui ando a dar dicas. Ahhh perdoem esta pobre alma que ultimamente não tem tido tempo nem para olhar ao espelho. Mas hoje vou terminar com um dos posts mais úteis no que diz respeito a esta viagem em particular – os vistos!!

E esta foi sem dúvida a viagem que antes de iniciar já deixava antever o que iria ser. China a dar cartas desde o momento em que pesquisei e tentei fazer o dito visto. Mas ok, vamos por partes e pelo mais fácil de tratar, deixando a tragédia chinesa para o fim.

Indonésia:

Este belo país fez há uns aninhos (penso que em 2017/2018) um acordo com Portugal e desde aí todos os portugueses têm isenção de visto para entrar no país. Não é o máximo? Eu adoro este tipo de acordos, especialmente quando falamos de países que são bem frequentados por portugueses, os quais só trazem crescimento económico ao país se continuarem a visitá-lo. É uma óptima forma de incentivar o turismo pelas várias ilhas do território indonésio.  Nós visitámos agora a ilha de Bali mas sem dúvida que no futuro queremos conhecer mais das restantes ilhas e saber que temos isenção de visto é o máximo! Então é só apresentar o passaporte com validade de 6 meses na chegada e pronto. Não é preciso mais nada!

Hong-Kong e Macau:

Eu coloco estas duas regiões autónomas da China juntas porque elas são muito semelhantes no capítulo vistos. Entrar em Hong-Kong ou Macau é muito simples e não é preciso qualquer tipo de visto. Aliás, o visto que tivemos de tratar para a China nem precisámos mostrar aqui. Nem os chineses querem saber se vamos a Hong-Kong ou Macau porque para eles estas regiões não pertencem à China – são regiões economicamente autónomas.

Para entrar em Hong-Kong apenas tivemos de preencher um formulário ainda no avião, daqueles super básicos como já tínhamos preenchido para a Tailândia, com nome, morada em Portugal, nº de passaporte, número do voo de chegada e partida, hotel onde vamos ficar, e mais umas coisinhas. Muito simples de preencher e depois é só entregar na imigração com o nosso passaporte para eles validarem a informação, destacarem o duplicado do original e pronto, estamos livres para entrar no país.

Nem carimbo colocam no nosso passaporte, tanto em Hong-Kong como em Macau, o que me irrita um pouco porque dão folhinhas minúsculas para andarem conosco dentro do passaporte, que não são nada úteis quando andamos em plena viagem e temos de mostrar o passaporte várias vezes. De vez em quando lá caem todos os papeleiros no meio do chão…

China:

A China foi o único país de toda a viagem que pede visto e é daqueles bem chatos e caros. Tudo de péssimo que pode acontecer numa aplicação de visto é sinónimo da China! A começar que as informações no site do Consulado da China em Lisboa estão completamente desatualizadas e por causa disso eu perdi 2 dias para tratar do visto, quando tudo podia ter sido resolvido num só dia. Além das horas perdidas a preencher formulários manualmente quando afinal tudo agora é electrónico.

Então, aparentemente, os vistos da China são agora feitos por uma empresa contratada para o efeito e que está sediada em frente ao Centro Comercial El Corte Inglés, em Lisboa. Como já não é tratado pelo  Consulado chinês, então o visto aumentou brutalmente de valor e agora, não só pagamos o visto propriamente dito, como pagamos as despesas de custo da tal empresa (que continua a ser chinesa, mas isso ninguém tem nada a ver com isso) que são mais caras que o visto propriamente dito. Fantástico né?

Para fazer o visto o primeiro passo é aceder ao site e escolher o país em que estamos. Depois temos de preencher online o formulário para cada pessoa que vai viajar. O formulário é enorme e pedem várias coisas. Muitos delas são fáceis de responder, outras mais chatinhas, mas às tantas sentimos é que passamos uma hora só para responder a um formulário. Só depois dos formulários preenchidos podemos marcar dia e hora para ir entregar todos os documentos e formulários à tal empresa, que fica na seguinte morada: Avenida António Augusto de Aguiar Nº 130 5º Andar.

Então no dia agendado é só levar o formulário que preenchemos online impresso, levar uma foto tipo passe, uma cópia do passaporte e Cartão de Cidadão e ainda uma declaração da nossa entidade empregadora em como somos trabalhadores da empresa e tal. Um monte de burocracia!

Mas pelo menos, no dia e hora agendados é só chegar e rapidamente somos atendidos. Eles verificam todos os documentos, se tudo bate certo e se estão todos. Se tudo estiver bem, é só entregar o passaporte e 4 dias depois ir levantá-lo com o visto já colado e pronto a viajar. Se estivermos a viajar com outras pessoas (amigos, família) uma pessoa do grupo pode tratar de todo este processo e não precisam ir todos pessoalmente entregar os documentos.

Cada formulário tem de ser assinado pela pessoa correspondente mas é só. Toda a papelada pode ser entregue por uma das pessoas do grupo, pessoalmente. E isto é super útil porque nem todos podemos faltar aos trabalhos para ir em romaria tratar do visto chinês.

De todos os países, a China foi de longe o que deu mais dores de cabeça e eles são muito chatos de facto! Mas eu acho que é uma preparação psicológica pré-viagem para o que nos espera! Aahaha

Ásia 2019: como fiz a mala?

Um dos maiores desafios das viagens longas é justamente todo o processo que envolve fazer a mala e escolher o que realmente vale a pena levar. Fazer uma mala para a Ásia já não é novidade e muitas coisas que usei na última viagem à dois anos, voltei a usar agora. Então eu não quero de todo voltar a repetir tudo de novo e falar sobre todo o processo em si. Para dicas de como montar uma mala prática e com todos os itens básicos para a Ásia, basta ler ou reler o post que fiz antes e que está aqui!

Este post surge justamente para refletir um pouco acerca das grandes diferenças e maiores desafios que senti na arrumação da mala para esta viagem em específico. Porque se há dois anos eu basicamente pensei tudo para um clima quente, desta vez tive de pensar também em levar algumas peças de roupa para um clima frio e intermédio.

E como as peças de roupa mais quentes são também mais volumosas, esta foi sem dúvida uma viagem em que tive de voltar a repensar todas as dicas que já li sobre arrumação de malas de viagem e onde tentei ser o mais prática possível.

Além da roupa quente e fresca que era preciso levar também acresceu o facto de querermos experimentar sítios diferentes com dresscode’s singulares. Por exemplo, a roupa que usamos na praia é muito diferente da roupa que usamos em pleno Inverno chinês, mas também é muito diferente da roupa que usamos num casino em Macau.

Então, enquanto fiz a mala eu ponderei vários prós-e-contras, tais como, se valeria a pena ou não levar saltos altos, ou se valeria a pena levar um vestido mais especial para ir aos casinos, etc… E de facto, no final, optei por escolher peças de roupa o mais versáteis possível justamente porque achei que não é nada agradável carregar uma mala durante duas semanas com peças de roupa ou calçado que só vou usar um dia, durante algumas horas.

E dentro dessa lógica eu levei roupa sem padrões e com cores que combinassem facilmente entre elas, para poder usar vários dias e não ficar limitada, dispensei os saltos altos e levei uns sapatos de plataforma super confortáveis mas mais clássicos, e levei calças pretas e algumas camisas para os dias de casino e jantares especiais.

E no final da viagem ainda tive algumas peças de roupa que acabei por nem sequer usar! A técnica da arrumação da mala não é super fácil mas com o tempo nós aprendemos a relativisar e a ser o mais práticos possível. É um processo, sem dúvida! Para além destas dicas gerais e forma de pensar, eu ainda tenho as minhas dicas específicas para cada país.

Bali:

Bali foi o único destino quente e tropical de toda a viagem, desta vez. Escolher a roupa para Bali foi sem dúvida o mais fácil porque eu já sabia o que ia encontrar e já fiz uma mala para clima tropical antes. É praia!

Não preciso pensar muito e basta agarrar nos últimos trapos de Verão (blusas, vestidos, calções, chinelos, biquini) e já está! Tendo sempre atenção a não levar muita quantidade, obviamente. A minha grande dica nestes países com templos continua a ser a mesma, que é levar um pareo para tapar ombros, amarrar à volta da cintura ou até mesmo usar como toalha de praia. Super versátil e eficaz!

Macau e Hong-Kong:

Terra dos casinos, Macau foi uma das maiores dúvidas até à última. No final obter pelas básicas calças pretas e por um par de camisas interessantes que serviram na perfeição para a visita aos casinos da noite e do dia. E ainda bem que não optei por saltos altos e vestidos demasiado à frente porque na realidade vemos de tudo a acontecer nos casinos. Desde a gente fina até ao pé rapado que aparece por lá meio caído do céu. Ahahah

Como Hong-Kong estava com um clima muito semelhante a Macau, então eu aproveitei toda aquela roupa meia estação para usar em Hong-Kong também. Além das ditas camisas e calça preta que serviram para um jantar mais aprumado em Hong-Kong.

China (Shanghai e Pequim):

A China foi o pólo oposto de Bali e uma das razões para eu finalmente apostar em casaco e botas decentes, de uma vez por todas. Chegou aquele momento na minha vida que eu tive de reconhecer que era essencial apostar finalmente em algo bom e que protegesse realmente do frio. E, aproveitando a altura de black Friday do ano passado e Natal, comprei finalmente umas botas Ugg super quentes com pelo de carneiro a revestir o interior, mais sola de borracha, mais couro impermeável, enfim… O topo de gama das botas da Ugg e que me levou uma soma considerável. Mas hoje, olhando para trás e para as duas viagens que já fiz com as botas (Suíça e China) tenho de reconhecer que foram o melhor investimento possível. Adoro tanto as botas que este ano tenciono investir num novo modelo lá para as alturas do black friday.

Na secção casaco eu achei que as soluções super tecnológicas da Uniqlo (marca japonesa) se adequavam perfeitamente às necessidades deste tipo de viagens. Os casacos de penas deles são super leves, finos, quentes e conseguem dobrar-se de forma a caberem num saquinho pequeno super fácil de transportar. E hoje, depois de levar este casaco para a Suíça e para a China, fiquei super fã da marca e num futuro próximo quero comprar mais uns itens concerteza.

Então se temos pouco espaço o melhor é investir em peças fundamentais que realmente vão fazer a diferença numa viagem grande, principalmente se na maior parte dos dias vamos estar num clima de Inverno onde as temperaturas rondam os 4ºC-10ºC. Em contrapartida, se vamos fazer mix de climas, ter um casaco quente que facilmente se dobra e arruma em qualquer canto da mala é uma vantagem super valiosa.

 

Ásia 2019: dicas dos hotéis!

Uma das maiores dificuldades na nossa viagem à China foi justamente conseguir encontrar o balanço perfeito na escolha dos hotéis. As cidades que escolhi para o nosso roteiro eram das mais turísticas e movimentadas, então tudo isso influenciou na escolha dos hotéis, de forma a não elevar em demasia o budget disponível. Mas não foi de todo tarefa fácil e alguns dos stresses que tivemos foram justamente por causa desta tentativa de arranjar soluções em conta.

Mas fazer o quê né? A escolha de um hotel é sempre algo relativamente incerto, mais ainda quando falamos numa viagem pela China, quando qualquer coisa (literalmente) pode acontecer. Principalmente quando estamos a lidar com um povo com sérias dificuldades de comunicação e quando eles próprios são mais que as mães.

Então, neste post eu vou falar um pouco dos hotéis que escolhemos e tentar sumarizar os pontos positivos e negativos de cada um e se vale a pena a escolha.

Macau – Rio Hotel:

Este foi sem dúvida o melhor hotel de toda a viagem e aquele onde eu tive das melhores experiências possíveis. Foi o último hotel a ser reservado por conta das incertezas que tinha em relação ao que realmente queria em Macau, mas no fim agradeci imenso a escolha e acho que foi excelente em termos de relação preço-qualidade.

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Imagem retirada do site do hotel

Macau é uma região muito ligada aos casinos e na minha opinião ficar em Macau só faz sentido se pudermos absorver a experiência como um todo, ficando num hotel casino. Há vários para todas as carteiras, entre marcas internacionais e nacionais. Eu acabei por reservar uma marca mais tradicional, mas com todo o conforto que estamos habituados em qualquer hotel de uma cadeia mais internacional.

O hotel estava super bem localizado, perto dos casinos mais emblemáticos da ilha de Macau e isso permitiu que andássemos sempre a pé, até mesmo quando nos deslocámos de/para o ferry. Apesar de não termos sequer entrado no casino do nosso hotel, eu adorei todo o conforto e luxo. É incrível pensar o quão pouco nós pagámos por um hotel com tamanho luxo e ostentação. Mas é Macau! Tudo em Macau é demais, luxuoso e opulento ao ponto de ser absurdo.

Foi uma escolha o mais certeira possível em todos os aspetos e voltaria sem hesitar. Ok, existem outros hotéis mais tradicionais com casinos mais conhecidos, etc… Mas tudo é uma questão de prioridade e perspectiva. Eu não valorizava assim tanto ficar num hotel super conhecido e queria algo que me permitisse sentir a vibe hotel-casino em Macau sem gastar fortunas. E tudo o que queria tive! Então fiquei super feliz no final.

Bali – Ananda Resort Seminyak:

Bali é uma ilha gigante e a escolha do hotel vai depender primeiramente do sítio da ilha que queremos ficar e do tipo de experiência que pretendemos ter. Depois de alguma pesquisa eu acabei por decidir que Seminyak era sem dúvida a zona de Bali que eu queria ficar todos os dias da viagem. Tinha uma das melhores praias da ilha, com pessoal mais jovem, mais virado para as festas e movimentação nas ruas da vila. Clima perfeito para aproveitar de novo a Ásia como eu me recordava dela – calor, agitação!

E mesmo dentro da vila de Seminyak são diversos os hotéis que estão à disposição. Desde os mais simplórios até aos mais chiques! Regra geral, Bali é até um lugar bastante acessível e dentro daquele padrão asiático de mochilão que estamos habituados. Ao contrário da China! Então, apesar das várias noites que passámos por lá, acabámos por pagar relativamente pouco, num hotel mediano.

O Ananda Resort cumpriu todos aqueles requisitos base sem ser um arrombo na carteira: localização excelente a 15 min a pé da praia (Ku de Ta), pequeno-almoço incluído, piscina simpática, villa espaçosa e confortável. Tudo isto mesmo no centro da vila de Seminyak, com a agitação ali ao virar da curva do hotel mas o sossego de uma villa “fechada” onde não se passa nada e é super sossegado.

E nós curtimos demais o hotel!! Ficámos alojados numa espécie de vivenda que tinha um quarto em baixo (com wc) e outro quarto em cima, com um espaço comum que estava equipado com uma cozinha simples e vários sofás. Então nós conseguimos ficar os 4 juntos na vivenda e fizemos a festa!!

Como passávamos o dia ou na praia ou nos passeios pela ilha, então comprávamos sempre uns noodles no supermercado e fazíamos lá na cozinha comum antes ou depois da sessão noturna de piscina. E ficávamos literalmente até de madrugada na galhofa lá no nosso pátio privado antes de voltar para os quartos!

A zona da piscina era super porreira e quase sempre vazia! Então curtimos demais, principalmente à noite. O programa de todas as noites era justamente ficar a boiar na piscina até muito tarde só porque sim. A temperatura estava óptima, a piscina toda iluminada e vazia!!

O único ponto negativo do hotel foi mesmo só a internet mas fazer o quê quando tudo o resto compensou? Além disso, coisa que aprendemos na Ásia é que internet é um serviço de luxo muitas vezes difícil de deitar a mão. Então restou-nos aproveitar para descansar e foi isso mesmo que fizemos.

Shanghai – Jitai Hotel People’s Square Branch:

Um dos piores hotéis de toda a viagem foi seguramente este! E daqueles que não volto com toda a certeza. Nada fazia prever que quando chegássemos já à 1h da manhã ao hotel fossemos tão mal recebidos por um empregado super mal disposto que fez de tudo para dificultar a nossa vida!

E como foi a primeira entrada na China continental ficámos logo um pouco stressados com os chineses no geral. Eu só tentava focar no dia seguinte e nas maravilhas que tinha programado para ver no dia seguinte! Ahahaha mas não foi fácil rir da situação especialmente quando chegámos e a primeira coisa que percebemos é que o empregado não falava nada de inglês, utilizava um sistema de tradução raquítico no telemóvel, nos disse que o quarto foi cancelado por falta de comparência e, depois de aceder aos nossos pedidos de nova reserva, pediu para o quarto ser pago na hora, com dinheiro vivo e ainda caução. Tudo porque o hotel não aceitava cartões que não fossem de origem chinesa.

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Imagem retirada do site do hotel

Tudo isto aconteceu assim num espaço de uma hora, que foi o pior e mais longo período de check-in da minha vida toda!! Sem exageros! O homem era mesmo detestável. E toda a má experiência continuou com uns quartos que em nada correspondiam com as fotos do Booking, e com a internet a teimar em não funcionar.

Então, apesar de ter relativisado tudo e ter curtido imenso a cidade (que adorei!), é um hotel a riscar completamente da lista.

Pequim – Xiao Yuan Alley Courtyard Hotel:

Apesar de ser um hotel localizado num beco meio duvidoso de Pequim e de nos assustar à primeira vista, quando o taxista nos deixa na entrada do dito beco e aponta para irmos o resto a pé, foi dos melhores hotéis de toda a viagem.

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Imagem retirada do site do hotel

O hotel é totalmente virado para o espírito mochileiro e vemos pessoas de várias partes do mundo. Então, os empregados acabam por ser super abertos, esforçam-se imenso para ajudar em tudo, para falar inglês (mesmo que seja raquítico), para dar dicas e para nos fazer ter a melhor experiência de todas em Pequim. E conseguiram!

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Apesar dos quartos não serem super luxuosos, eles estão decorados de uma forma típica chinesa e todo o hotel segue a mesma vibe. Então logo aí eu fiquei super apaixonada e com a certeza que não podia ter escolhido melhor. Depois falemos no factor localização. O hotel fica localizado exatamente nos Hutongs que circundam a Cidade Proibida. Então foi uma experiência super especial poder caminhar pelos Hutongs, tomar contacto com a vida típica chinesa daqueles “bairros”, e ao mesmo tempo estar ali tão perto do centro da cidade.

Não podia ter escolhido melhor e voltava lá sem hesitar!!

Hong-Kong – Wai Fan Guest House:

Se hoje voltasse a Hong-Kong tinha ficado neste hotel as duas noites. Só que na altura que reservei já não consegui ficar no mesmo sítio as duas noites e acabei por trocar na segunda noite para outro hotel que se revelou um autêntico fiasco. Reservar hotel em Hong-Kong é uma autêntica aventura e seguramente vamos acabar por pagar um rim por um muquifo reles na Nathan Road.

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Imagem retirada do site do hotel

A minha história em Hong-Kong dava um filme indiano com banda sonora chinesa tal não foi a loucura da coisa! Hong-Kong é uma cidade super populosa, das mais populosas do mundo, que está encafuada contra umas montanhas que limitam em demasia o crescimento e a construção de habitações. Então todo o quarto mal amanhado serve para acolher pessoas e pedir-lhes 100€ só assim para abrir a pestana.

O Wai Fan apesar de ser um quarto típico dos prédios da Nathan Road, que não dá para caminhar em linha reta mais do que um passo sem bater contra a cama, mesmo assim estava localizado num prédio relativamente calmo e “normal”, com uns empregados igualmente simpáticos e “normais”. Mas este conceito de normalidade perde-se um pouco em Hong-Kong e de certeza que a experiência geral vai ser tão louca quanto a minha foi.

Como já falei noutro post sobre Hong-Kong, nós fomos passar a segunda noite num dos prédios mais crazy de sempre e de toda a história da humanidade – Chungking Mansions!   O hotel que tinha inicialmente reservado era o King Guest House e foi o terror completo! Eu tive de ir a Macau logo no início da manhã para ir buscar todo o dinheiro que tinha ficado no cofre do hotel (sim, vou contar tudo num post exclusivo das peripécias da viagem) e o Carlos com os nossos amigos foram tentar fazer o check-in no dito hotel King Guest House. Só que de repente tudo o que achamos surreal e inacreditável acontece.

A começar com toda a experiência surreal que foi entrar no dito prédio onde estão centenas de guesthouses encavalitadas e onde toda a gente à nossa volta tem ar suspeito de quem vai atacar o pobre turista a qualquer altura. Depois quando finalmente descobrem o andar certo onde está o dito hotel, o empregado diz que a reserva foi cancelada por não aceitarem o cartão de crédito utilizado na reserva e fecha a porta na cara para não mais querer saber da nossa existência.

Quando eu volto de Macau ainda vou lá para a porta ameaçar o dito empregado com o meu inglês british, que utilizado para descompor alguém perde toda a pose, mas de nada serviu. Depois de horas a falar com a Booking, que assumiu tudo e nos encaminhou para novo hotel, lá fomos parar ao New Reliance Inn, que era precisamente na mesma espelunca de prédio. Então, apesar de um nome diferente, o quarto era a mesma cena apertada, onde só cabia eu ou as malas. E foi toda uma noite a rir da situação, para não chorarmos. Tal não foi a bizarrice!

E pronto! Tudo culminou com vários vídeos cómicos que retratam fielmente o quão impressionante foi a nossa passagem por Hong-Kong! Por causa deste problema com o hotel e escolha de um novo acabámos por perder um dia inteiro de visita à cidade e daí eu querer muito voltar um dia só por pirraça. Algo que os meus amigos vêm com total desaprovação! De modos que provavelmente voltarei a Hong-Kong all by myself porque mais ninguém vai querer alinhar e arriscar repetir a tragédia indiana/chinesa.

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Então malta, só há duas hipóteses no que diz respeito a Hong-Kong: ou aceitamos ficar num muquifo reles e pagar 100€, onde temos uma ventoinha no teto para secar o cabelo e toalhas de banho ainda húmidas e cheias de nódoas “esquisitas”; ou doamos um rim antes de viajar e conseguimos ficar no Hotel Tryp que é assim para o mediano mas pelo menos já tem um ar mais ocidental e “normal”.

E é isto! Cenas esquisitas dos próximos episódios, nomeadamente como quase perdi todo o dinheiro da viagem, entre outras cenas estranhas, a sair em breve aqui no blog! 😀

Templo Ulun Danau Bratan e o café tradicional de Bali!

Para o terceiro dia na ilha eu tinha idealizado um super roteiro onde íamos para noroeste visitar o templo Brahma Vihara Arama, um dos maiores da ilha e depois seguíamos para a zona dos lagos, onde está o Templo Ulun Danau Bratan. Mas aí, depois de falar com o Roby sobre isso e percebermos que o Templo Brahama ficava a 3h de caminho para lá e mais 3h para cá, decidimos entre todos abortar a missão e tornar o roteiro mais simples para conseguirmos aproveitar mais a praia.

Por isso, o nosso roteiro começou logo na região dos lagos centrais de Bali, e também os maiores da ilha: Danau Buyan Pancasari, Danau Tambligari e Danau bratan. Estes lagos ficam na base de um dos vulcões de Bali e são muito conhecidos justamente pelo templo característico do lago Danau Bratan.

Quem vem a Bali e procura por templos interessantes a visitar, concretiza vai encontrar imensas fotos do Pura Ulun Danau Bratan, que tem aquele formato tão típico dos templo balineses, com a particularidade de estar dentro do lago Danau Bratan, tornando-o super fotogénico.

A região do templo tem um microclima específico, com a temperatura mais fresca do que a restante ilha e é muito comum o céu estar encoberto com muita probabilidade de chuva. Então, nós apanhámos exatamente uma das maiores chuvadas de todos os tempos assim que lá chegámos e continuou meio instável durante todo o tempo.

É meio chatinho por um lado mas acabou por dramatizar muito as fotos que tirámos dos templos e, olhando para trás, não consigo imaginar o lugar com um sol radioso. Acho que fez todo o sentido termos a experiência exatamente com o tempo encoberto, com uma névoa sobre o lago, etc…

O sítio é super especial e tem de facto uma das paisagens e templos mais bonitos que vimos durante o tempo que lá tivemos. Óbvio que fiquei meio triste por não ter conseguido ir ao outro templo a 3h de distância, mas um dos objetivos desta passagem por Bali era descontrair e relaxar. Então, depois do dia anterior cansativo estávamos mesmo a fim de ir deitar na beira da praia.

Como desistimos daquele templo inicial, o nosso motorista acabou por sugerir passarmos  por um dos sítios onde é produzido o café típico de Bali, Kopi Luwak. E eu confesso que nunca tinha sequer ouvido falar do café até pôr os pés na ilha e perceber que em todas as lojas e supermercados lá estava o famoso pacotinho do café.

Então quando ele sugeriu passarmos por lá para vermos onde e como o café é feito, além de provarmos vários tipos diferentes de café e chá, claro que nos empolgamos e quisemos ir na hora. O sítio é assim meio floresta e assim que lá chegámos entrámos logo por um caminho no meio de árvores que davam a sensação de estarmos em ambiente tropical.

O nosso guia contou um pouco de como o café é feito. Basicamente o segredo está na escolha do grão perfeito para ser moído. E a originalidade do café, que é considerado um dos melhores do mundo e mais caros também, vem do facto do processo de seleção ser feito por um animal (o civeta) que só como os melhores grãos de café. Esses grãos são libertados nas fezes e depois recolhidos para serem colocados na panela, num processo de limpeza, antes de finalmente serem moídos.

Fomos ver o sítio onde vive o dito animal, que dorme durante o dia e vive de noite (por isso só vimos foto dele mesmo), e depois seguimos para a zona onde os grãos são limpos e separados. Sim, é super exótico e, sobretudo dá para desconfiar do quão bom um café pode ser vindo das fezes de um animal.

Mas logo depois, o guia levou-nos para umas mesinhas corridas no meio da vegetação e deu-nos a provar os vários cafés que eles produzem ali, e de facto o Kopi Luwak é dos melhores cafés que eu já provei até hoje. É difícil explicar exatamente o porquê e como é o sabor ao certo, mas o mais próximo que eu consigo comparar é com um café super saboroso que tem aromas meio adocicados mas não totalmente doce. Sim, é confuso, mas só provando para tomar noção do quão bom ele é.

Entretanto, ele também nos deu vários outros cafés aromáticos para provar, uns melhores que outros, mas sem dúvida o que gostei mais foi o de baunilha. Os chás também eram bons, com vários sabores diferentes e cada um tinha uma propriedade “curativa” específica também.

Resumindo, foi uma experiência super em cima da hora, mas que de facto completou muito bem o roteiro, por ser algo tão tradicional mas que não pensamos tanto quando estamos a planear a nossa visita a Bali. Sempre temos tendência em carregar o dia com templos e esta experiência é totalmente diferente, mas muito interessante!

Os campos de arroz de Jatiluwih e o pôr-do-sol em Tanah Lot!

Na ilha de Bali são diversas as zonas de cultivo de arroz, que tornam a paisagem da ilha tão característica com os imensos socalcos a perder de vista. No entanto, Jatiluwih é a zona onde a maior parte dos campos de arroz estão concentrados, o que tornou a área  Património da Unesco. Os campos de arroz de Jatiluwih estão localizados bem no interior centro da ilha de Bali e para lá chegar é preciso encarar curvas e contracurvas, além de horas de viagem.

No entanto, pelo caminho vamos passar por várias vilas mais pequenas e super tradicionais, onde o movimento do turismo ainda não chegou, e por isso ainda conseguem manter as suas vidas normais e autênticas. Então, cada vez que parávamos num cruzamento dentro destas vilas era fantástico vermos as mulheres sentadas a desfolhar a maçaroca do milho, ou então a forma como decoraram a estrada principal da vila por ocasião das festas religiosas do templo local.

Mas de repente, começamos a entrar na zona das montanhas e aí a paisagem muda e entram os típicos socalcos, a vegetação fica mais intensa e até o tempo instável. Jatiluwih fica na encosta e muito próximo de um vulcão que está adormecido, então também é fascinante estar ali tão próximo e ver como os habitantes nem dão muita importância a isso. A Indonésia tem vários vulcões ao longo das centenas de ilhas e é muito comum que de vez em quando um vulcão entre em erupção e cause o caos aéreo na área.

A zona de Jatiluwih é tão grande que o nosso motorista deixou-nos na entrada principal e deu a indicação para seguirmos sempre pela estradinha principal que cruza os campos de arroz ao meio. Quando estivéssemos cansados era só voltar para trás e fazer a mesma estrada! Simples assim!

Então, sem grande pressa e decididos a aproveitar da melhor forma as vistas, nós fomos andando pelo meio dos campos de arroz que tinham aqui e ali um ou outro trabalhador com o típico chapéu em bico, tal como tínhamos visto no Vietnam. Os campos de arroz também eram muito comuns no Vietnam mas sem dúvida que é em Bali que ganham o prémio da melhor paisagem.

Ao longo da estradinha vamos encontrando algumas bancas a vender pacotinhos de arroz e percebemos que existem várias qualidades de arroz diferentes, consoante as características da semente, mas também da humidade e clima no geral.

O povo daqui, que vive nas vilas junto aos campos de arroz, trabalham e subsistem quase exclusivamente do arroz. Muito diferente do que acontece com a restante ilha, onde o povo está mais dedicado ao comércio por causa dos turistas. Aqui não! Aqui a vida parece andar a um ritmo diferente, mais lenta.

Mesmo com a visita regular dos turistas aos campos de arroz, eles vêm e vão tão rápido que não chegam a perturbar o quotidiano do povo, que parece muito diferente do que encontramos nas vilas junto à praia, ou em Ubud.

Então a nossa experiência por lá foi meio a paz no meio da confusão. Chegámos já a meio da tarde, com o sol já a descer no horizonte e sem o calor abrasador que sentimos durante todo o dia. Tinha chovido no caminho, então o clima também estava bem húmido. Toda esta junção do clima com a paz do lugar e, claro, as vistas fantásticas dos socalcos a perder de vista, foram perfeitos!

Para acabar o dia fomos até à praia e a outro templo característico de Bali, o Tanah Lot! Tainah Lot significa formação rochosa no mar e é exatamente isso que encontramos quando chegamos lá. Uma rocha no meio do mar, que apenas durante a maré baixa está acessível.

E, como em Bali os templos estão em literalmente qualquer lugar, nesta rocha foi construído justamente o templo de Tanah Lot que é um dos mais importantes para os balineses e recebe anualmente uma cerimónia religiosa que dura uma semana e onde vem peregrinos de vários lugares.

A formação rochosa tem um gruta em baixo que apenas está acessível durante a maré baixa e são vários os turistas e balineses que vão até lá para tocar na água que verte da gruta e que se acredita ter propriedades sagradas.

Para nós, foi o final de dia perfeito e o que queríamos mesmo era poder ver mais um pôr-do-sol fantástico de Bali. Tanah Lot é outro lugar perfeito para isso mesmo e daí termos incluído no nosso roteiro. Então, ficámos por lá até ser de noite, tirámos milhentas fotos e mais uma vez sentimos super agradecidos por estarmos ali!

 

A vila de Ubud e a Floresta Sagrada dos Macacos!

O nosso segundo dia em Bali foi super intenso! Aliás, o segundo e terceiro dias foram aqueles que saímos para mais longe, justamente para tentar conhecer mais da ilha de Bali. Mas como eu falei no primeiro post, desbravar caminho em Bali não é tarefa fácil e cada trajeto que façamos significam horas de viagem. O mais fácil para conhecer Bali é mesmo alugar os serviços de motorista privado!

E, depois de muita pesquisa encontrei o fantástico Roby, que ao longo dos anos ficou conhecido entre portugueses e brasileiros justamente por ter aprendido a falar português com os turistas que alugavam os seus serviços. Então, hoje em dia, o Roby fala super bem português, além de ser super engraçado, brincalhão, saber tirar fotos como ninguém, e conhecer muita da história dos templos e sítios que queremos visitar.

Apesar de eu já levar roteiro prontinho, ele deu várias dicas preciosas e houve mesmo templos que acabei por retirar do roteiro por serem demasiado longe, enquanto que substituímos por uma visita ao sítio onde fazem o típico café de Bali, que eu nem tinha pensado visitar, mas no final foi super interessante. Então, por ter sido uma experiência fantástica e que eu altamente recomendo, vou deixar aqui o WhatsApp do Roby (+6282146846065).

Contactei-o meses antes da viagem só para avisar os dias que ia estar em Bali e se ele nos podia acompanhar e depois voltei a falar com ele no dia antes da viagem para nos ir buscar ao aeroporto. Depois, durante toda a estadia fomos falando também, para acertar pormenores dos roteiros e horas de pick-up, etc…

Então, começámos o roteiro pela zona centro da ilha justamente na Floresta Sagrada dos Macacos, que fica na vila de Ubud. É todo um recinto de floresta onde habitam centenas de macacos super engraçados e que se estende até ao centro da vila de Ubud. Por ser um género de santuário dos macacos, juntamente com um local sagrado na religião hindu, ainda tem alguns templos importantes no recinto, que mais uma vez não davam para visitar.

Mas quem liga a isso quando temos toda uma floresta cheia de pontes de madeira, árvores enormes, e muito macaco a andar à nossa volta como se fosse mais um dia normal e os humanos já fizessem parte do quotidiano. Confesso que a floresta sagrada era daqueles sítios de Bali que eu mais queria visitar por ter visto fotos fantásticas mas também pelos próprios macacos, que são muito provavelmente uma das razões porque eu adoro tanto a Ásia.

E, tal como eu previa, a Floresta dos Macacos foi um dos pontos altos da visita a Bali e era impossível conter o entusiasmo cada vez que dava de caras com mais uma ponte, mais uma estátua ou mais umas brincadeiras que os macacos decidiam fazer logo ali na nossa frente.

Visitar a Floresta também soube muito bem pelo tempo quente que estava naquele dia. Depois do escaldão do dia anterior eu agradeci a todos os santinhos poder andar à sombra das imensas árvores durante as horas de maior calor.

Mas logo a seguir fomos visitar a vila de Ubud e não deu para evitar o sol escaldante da hora de almoço! O nosso motorista deixou-nos mesmo no centro da vila e deu-nos umas horas para irmos ao mercado, vermos as muitas lojas e visitar o templo e casa do “rei” que está bem no centro da vila.

Mas sabem aquela expectativa alta que fazemos quando ouvimos falar muito de um sítio, que até inspirou o filme “Comer, Orar, Amar”? Era essa expectativa alta que eu tinha e que no final saiu um pouco furada depois de chegar ao centro de Ubud e perceber que não encontrava grande diferença para Seminyak. Aliás, até achei a vila de Ubud mais confusa e cheia de trânsito.

Mas enfim, toda a popularidade associada trás também maior número de turistas, nem que seja durante o dia, exatamente como nós, só com a curiosidade de visitar a vila que inspirou o filme e tal… Mas adiante, apesar de não ter ficado encantada com o centro de Ubud, gostei bastante de visitar o mercado por ser tão autêntico.

E podem achar que sou louca mas o que realmente mais me fascinou no mercado foi exatamente a confusão de bancas espalhadas em cada canto, que deixam um mísero espaço para nós passarmos, o edifício raquítico a cair de podre e todo o mau cheiro do piso de baixo onde as senhoras cortam e arranjam a fruta. Sim, todo esse nojo é o que mais me encanta por ser genuíno e não fabricado só para turista ver.

E se na Tailândia eu já achava isso e saí de lá a adorar os mercados, foi muito bom voltar a estar num mercado assim, desta vez em Ubud.

A península de Bukit e o Templo Uluwatu!

A Península de Bukit fica a sul da ilha de Bali e é sobretudo conhecida por ter o Templo Uluwatu na encosta da falésia. No entanto, é exatamente ao final do dia que mais pessoas começam a chegar a este templo hindu para ver o show de dança típico balinês e também para assistir ao pôr-do-sol num dos muitos miradouros ao longo do recinto.

Como a península de Bukit fica relativamente perto de Seminyak, eu pedi ao nosso motorista para nos vir buscar ao hotel ao final do primeiro dia, depois de termos relaxado durante horas na praia e piscina do hotel.

Quando chegámos ao recinto do templo deram-nos uns panos para pôr-mos à cintura, em sinal de respeito, e ficámos à vontade para andarmos pela falésia. Acabámos por deixar para lá o show de dança porque era um pouco caro e não estávamos realmente a fim dele. O que queríamos mesmo era ter oportunidade de andar pela falésia, admirar toda paisagem com o templo dedicado à deusa do mar e vermos com calma o pôr-do-sol.

Então foi mesmo isso que fizemos e, depois de deixar o nosso guia na entrada fomos em direção ao templo e depois foi só seguir para a direita, onde o caminho ao longo da falésia continua.

Dá para assistir o pôr-do-sol a partir de praticamente cada pedaço da varanda que acompanha toda a falésia. Porém, o nosso guia recomendou que fôssemos até ao fim porque as vistas eram melhores, especialmente sobre o templo. E foi uma dica bem certeira!

O templo Uluwatu faz parte dos seis templos mais sagrados na religião hindu. Então se entrar num templo hindu já é normalmente difícil por uma questão de respeito, entrar neste é missão impossível e obviamente esse já nem era o nosso propósito.

O que o templo tem de especial e único é mesmo a localização e, consequentemente, as vistas que se tem da falésia. Então aquela foto do típico templo balinês meio suspenso na falésia ficou na minha mente desde o momento que a vi e é impossível não querer ir e admirar ao vivo.

Para além de tudo, ainda é possível conviver com os célebres macacos que são terríveis e peritos em roubar os turistas. E são imensos! Depois da última visita à Ásia nós meio que já lhes conhecemos as manhas e truques, então tomamos logo várias precauções, como evitar andar com os óculos escuros na cabeça.

E ainda vimos um macaquinho a fugir alegremente com os óculos de um turista para o meio da floresta! Aqui no recinto eles são imeeensos!! E não têm um ar nada amigável. Principalmente quando sabem que recebem fruta em troca dos objetos roubados!

Nós ficámos no miradouro até ser literalmente noite e é daqueles momentos que vão ficar registados na mente.

 

A vila de Seminyak, em Bali!

O propósito da nossa visita a Bali era justamente tentar incluir alguns dias de praia e descanso no meio de um roteiro bastante preenchido pela China e Regiões administrativas (Macau e Hong-Kong). No entanto, a verdade é que a ilha de Bali é tão rica culturalmente e tem tanto para ver e fazer, que foi difícil balancear estes supostos dias de descanso com todos os templos que queríamos ver.

Apesar de ser uma ilha, Bali é enorme e tem um relevo especial, com estradas pequenas e um trânsito infernal, que torna qualquer roteiro simples numa aventura que dura o dia inteiro por conta das horas e horas que passamos dentro do carro no meio do pára-arranca. Então, por causa disso, acabamos por curtir muito mais a piscina do hotel à noite, depois de voltarmos da turistagem do dia.

O que não era de todo mau, porque a água estava um caldo e não havia mais ninguém àquela hora para partilhar a piscina. Então, programa da noite era ficar horas e horas, até de madrugada, a boiar naquela sopa quente, enquanto comíamos uns noodles que tínhamos comprado no supermercado ao lado do hotel. Vida difícil!!

A zona que eu escolhi para ficarmos foi Seminyak e isso determina sempre o tipo de programa cultural que vamos fazer, a praia que vamos ter à disposição e até o tipo de turismo e experiência na ilha que vamos ter. Então a escolha que fiz foi exatamente com base nisso! Eu queria uma experiência relaxante em Bali mas também queria fazer praia e poder aproveitar alguma agitação noturna se assim desejasse. E Seminyak está totalmente virada para quem quer curtir a noite, além de ter uma das melhores praias da ilha.

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Um dos beach-club‘s mais famosos pelas festas e agitação, o Ku de Ta, está também em Seminyak, muito perto do nosso hotel. Então sempre que íamos à praia, levámos sempre a trouxa para perto do Ku de Ta e ficávamos por lá mesmo. Durante o dia ele já é animado e tem até uma piscina para quem cansar de praia. Mas é à noite que a transformação acontece e as melhores festas têm lugar.

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No nosso primeiro dia na ilha, escolhemos fazer só praia e não embarcarmos logo num mega roteiro de carro pela ilha. Como falei acima, a prioridade era o descanso! Então, boa parte do nosso dia foi passado junto ao Ku de Ta, de onde só saímos ao final de tarde para ir ver o pôr-do-sol à península de Bukit (vou fazer post exclusivo!).

E o programa do dia foi mesmo fazer compras no caminho até à praia, por conta das inúmeras lojinhas de cangalhada que há na vila de Seminyak, e depois torrar ao Sol (torrei mesmo!), enquanto nos intervalos íamos até à água.

Para quem tem aquela ideia de praia paradisíaca, Bali não é de todo o lugar onde vão encontrar isso. A praia não tem areia branquinha como na Tailândia, a água não é transparente e azul, muito menos calma! Bali está muito virada para o surf, justamente por ter uma praia com mar relativamente agitado, apesar da água ser quente e óptima na mesma!

Então a praia tinha um imenso areal a perder de vista, muito com cara de costa vicentina, com ondas que não chegavam a ser demasiado grandes. Mas foi tudo o que desejámos para as duas vezes que fomos até lá. Ah, e volto a dizer que esta é das melhores praias de Bali. Sem pescadores à vista, nem muita confusão!

Depois do primeiro dia de preguiça e vida boa à beira do mar, decidimos voltar na véspera de ir embora para um final de tarde excelente com um pôr-do-sol que foi a despedida perfeita da ilha. Então nesse dia fizemos um roteiro mais simples com o nosso motorista privado (vou falar dele noutro post!) e conseguimos voltar pouco depois da hora de almoço ao hotel, para rapidamente agarrar nas toalhas e ir até à praia.

E o resultado está à vista! Quando olho para estas fotos do pôr-do-sol dá vontade de voltar já amanhã para a ilha!

E finalmente vou à China!!

Este post vem exatamente com 6 meses de antecedência, uma vês que só vamos viajar em Fevereiro de 2019, mas não quero saber porque não caibo em mim de felicidade e tenho de partilhar tudo tudo aqui.

Desde a viragem do ano, onde eu escrevi aquele post sobre Retrospectiva e Resoluções para 2018, que a viagem à China estava na Wish-list deste ano ou início do próximo. E exatamente desde Janeiro que eu comecei a ver preços de viagens para lá, comecei a planear possíveis roteiros e a delinear o que queria visitar.

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Eu sou uma apaixonada pela cultura asiática e a China sempre fez parte do imaginário, especialmente pelos templos e todos os monumentos património da humanidade que povoam todo o extenso território. Fica até difícil decidir o que ver e o que deixar para trás.

Então, depois de 8 meses a sonhar com o dia em que finalmente ia comprar a minha viagem à China e sempre a aguardar por preços razoáveis para a altura certa, recebi alerta de que as viagens para Hong-Kong estavam entre os 235€ e os 277€ (mais ou menos isso!). Oh quanta alegriaaaaaa! É dificil descrever. Mas eu não esperei nem um segundo. Fui a correr buscar os passaportes e comprei as viagens logo, a uma hora do dia do meu aniversário. Então, esta foi sem dúvida A PRENDA do ano. Não podia ter pedido algo que desejasse mais.

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Hong-Kong não era propriamente a porta de entrada que eu esperava, até porque não faz parte da China, mas está ali ao lado e era uma das cidades que eu de certeza iria incluir no roteiro. O facto de ter entrado por uma cidade diferente do que tinha inicialmente esperado, só fez com que tivesse de alterar todo o roteiro final, que já está bem planeadinho e, como sempre, beeem mexido.

Stressada pelo planeamento como eu sou, até os hotéis já estão reservados, cm excepção de Macau que está a dar uma leve dor de cabeça. Ainda não decidi bem em qual das ilhas de macau quero ficar, nem o nível de luxo que pretendo ter neste hotel. Porque é Macau, ok? Por mais que nós nos poupemos nos restantes hotéis da viagem, em Macau eu acho que vale muito a pena ficar num hotel casino que ajude a dar aquela experiência autêntica de estar em Macau. Mas enfim… ainda falta decidir e analisar muito bem as opções.

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Outra coisa que eu reparei são os preços das viagens internas. eu estava muito habituada a viajar super barato pela Ásia, por conta da nossa última viagem lá, mas desta vez primeira impressão é o quão caros são os voos na China. Então, para quem está a planear um roteiro pela Ásia pondere as diferenças de custo que cada país tem. Como as nossas viagens ficaram muito mais baratas do que eu esperava, então o custo mais alto das viagens internas não vai impactar muito o custo total da viagem, mas mesmo assim é assustador ver as diferenças.

Então, o nosso roteiro vai ser mais ou menos assim:

Macau (1 dia) – Assim que chegarmos a Hong-Kong vamos sair diretos para Macau e a nossa viagem vai começar logo por lá. Chegamos a meio da tarde então ainda quero ir curtir a noite de Macau à Cotai Strip e sentir que estou finalmente na Ásia de novo! No dia seguinte quero conhecer a parte colonial da ilha e mais alguns casinos, claro.

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Bali (3 dias) – Siiiim, estamos com Bali (Indonésia) também no roteiro. Yeiiiii! Apesar de eu estar morta para conhecer a China, a verdade é que vamos numa altura de Inverno, então vai saber muito bem incluir um destino de praia ali pelo meio do roteiro. E qual seria? Bem, como Bali é muito mais além de praia, foi de caras o destino eleito para este roteiro. Está recheado de paisagens fascinantes, templos magníficos, muitos macaquinhos para eu matar saudades, enfim… Super empolgada!

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Shangai (2 dias) – E aqui finalmente entramos em território chinês! Por uma das cidades mais fascinantes da Ásia moderna. Se eu adorei Kuala Lumpur por ser uma cidade tão evoluída, tão moderna, mas ao mesmo tempo tão multi-cultural, tão tipicamente asiática, então eu concerteza vou adorar estar por aqui. Nós vamos chegar muito tarde a Shangai e no outro dia bem cedo começamos o passeio pela parte moderna. No entanto, também reservei tempo para visitar a cidade antiga, que é super fofa e tem a típica cara chinesa.

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Xian (1 dia) – na realidade nem vai chegar a 24h de permanência em Xian. A única razão de eu ter incluído esta cidade no roteiro foi a minha paixão, já muito assumida, pelos Guerreiros de Terracota. No ano passado fui ver uma exposição mundial itinerante que passou por Lisboa e acho que só me fez ficar ainda mais apaixonada e a querer muito visitar a China. Então vamos chegar de comboio noturno vindos de Shangai, deixamos as malas na estação, vamos até aos Guerreiros, e no final do dia voltamos a embarcar num novo comboio noturno com destino à próxima cidade.

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Pequim (3 dias) – E a próxima cidade é Pequim! Era para ser a porta de entrada na Ásia, vindos da Europa, mas acabou por haver uma volta enorme no roteiro e só vamos conhecer Pequim já perto do final da viagem. Pequim é aquele ponto alto de qualquer viagem à China. Especialmente quando é a primeira vez. A cidade está cheia de cultura por todos os cantos, muitos templos, jardins, e um sem número de ruelas tradicionais que são a razão de qualquer um querer visitar a China. E claro, a muralha da Chinaaa!!! 😀 Eu reservei um hotel super típico mesmo para ter uma experiência o mais tradicional possível.

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Hong-Kong (2 dias) – Os últimos dias do roteiro vão ser passados na cidade em que entrámos duas semanas antes. Guardei para o fim para me dar alguma paz de espírito saber que já aqui estou. Não vá algum voo de ligação interno se atrasar (prato do dia na China). Honk-Kong já não é China, mas é quase. Vamos ficar hospedados em plena Nathan Road, que é super movimentada, junto ao Passeio das Estrelas. Localização perfeita para uma estadia perfeita na cidade dos mercados esquisitos e dos barquinhos com vela vermelha.

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Nó vamos nos movimentar entre cidades de países diferentes por voos, mas decidi experimentar os famosos comboios de alta velocidade da China e fazer as viagens noturnas deles quando é para deslocar dentro da China. Mais uma experiência para somar a todas as outras que vamos ter em cada cidade. Andar nestes comboios tinha de estar incluído no roteiro pela experiência em si, mas também pela poupança que representa (bilhetes mais em conta e poupança na diária do hotel).

Enfim, tenho feito muita descoberta na última semana, desde que comecei a sério a planear a viagem, mas essencialmente é isto que tenho para falar por agora. Alguma novidade eu vou escrevendo por aqui, no entanto, este é apenas um post pré-viagem muito antecipado, até porque antes desta ainda tenho mais duas viagens já marcadas e outra a trabalho que falta confirmar.