New York City!

Ah Nova Iorque, a cidade que não dorme! A minha história com NYC tem tanto de loucura quanto de sorte e acaso da vida. Quando reservei a viagem para Vancouver as opções mais em conta já escasseavam e a única alternativa mais económica era mesmo fazer imensas conexões por várias cidades. E foi assim que NYC entrou de repente numa das conexões longas que ia fazer, no regresso a Portugal.

Eu ia passar ao todo 9h na cidade e quando eu percebi isso comecei na hora a magicar um plano para ir do aeroporto até ao centro e pelo menos conseguir ver aqueles pontos mágicos que sempre sonhei ver ao vivo – Times Square e Brooklyn Bridge! Tudo o que eu queria era estar nestes dois sítios e depois podia voltar feliz para o aeroporto que o meu objetivo de vida estava realizado! Ahahaha

E com esta perspectiva super minimalista eu fui deixando passar o tempo e foquei-me sempre em Vancouver, no trabalho que ia fazer lá, preparação de apresentações, turistagem na cidade, etc… Sempre pus Vancouver e o meu trabalho à frente de qualquer outra coisa, incluindo NYC! Sim, podem me bater à vontade.

Até que dias antes de embarcar estava a conversar com um amigo hospedeiro de bordo e ele começa a falar que é super simples ver as principais atrações de NYC em apenas 5h úteis na cidade porque tudo (ou quase tudo) ficava muito perto. E contando com uma hora para ir do aeroporto até ao centro, outra hora para regressar e sabendo que tinha de estar no aeroporto duas horas antes do voo, sobrava tempo suficiente para um roteiro simpático.

Então aí tudo começou a encaixar na minha cabeça e de facto considerei mais a sério a hipótese de conhecer mais de NYC e que ia ter tempo para curtir um pouco mais da cidade, que é uma autêntica tela de cinema. Mas por mais planos que tivesse feito eu acho que nada nos prepara para o momento em que finalmente saímos do aeroporto e entramos no metro que leva diretamente para o centro de Manhattan! Quanta loucura, emoção, alegria, tudo ao mesmo tempo!

O meu roteiro foi super simples e dá perfeitamente para fazer em 4/5h úteis no centro da cidade. E o quanto eu agradeço aquele voo de conexão que me deu um gostinho especial da cidade que eu sem dúvida quero voltar para explorar cada pedaço.

Saindo do aeroporto a minha primeira paragem foi na zona da Brooklyn bridge, no lado de Brooklyn. Sim, aquela imagem icónica da ponte e de todo o skyline de Manhattan lá no fundo sempre fizeram parte do meu imaginário e um dos sítios que eu tinha a certeza queria visitar era mesmo este!

Então quando comecei a caminhar em direção ao rio e vi pela primeira vez a torre da ponte, deu uma emoção e foi como se finalmente todas as expectativas se materializassem mesmo à minha frente e tudo estava onde tinha de estar. Mágico e surreal!

Fui até à margem do rio, embasbaquei a olhar Manhattan do outro lado, a querer reter tudo na minha memória. Ia olhando entre a ponte e o skyline e no lado esquerdo, bem lá no fundo lá estava a estátua da Liberdade para emoldurar perfeitamente toda a vista. E naquele espaço de tempo eu fiquei profundamente agradecida por estar ali.

Mas o tempo estava a passar e logo de seguida eu fiz o caminho de regresso para o metro, troquei de linha e fui em direção à Grand Central Station! E se a Brooklyn Bridge é um ícone o que dizer da Central Station que aparece em tudo que é filme. Então entrar no salão principal com aquele grande relógio no meio e olhar em volta dá a sensação que entrei de repente num filme qualquer e que não estou de facto ali. É surreal! Mas é NYC.

Saí para a rua e comecei a andar em direção à Times Square, cruzando avenidas enormes e passando por prédios mais altos do que alguma vez tinha imaginado. Ok, não é anormal ver arranha-céus, mas Manhattan é um verdadeiro show deles. É tudo enorme, alto, é Nova Iorque e ponto final!

Atravessei todas as avenidas com a cabeça para o alto só para a desviar para baixo quando tinha de cruzar a estrada e aí o ponto alto passava a ser os famosos táxis amarelos tão característicos de NYC.

Então à parte de todo o planeamento e roteiro organizado que tinha, só o simples andar pelas ruas de Manhattan já compensou toda a viagem desde o aeroporto. Manhattan tem vida só por ela própria, sem sequer contarmos com os ícones turísticos e paragens obrigatórias. Eu adorei a zona só por si e andar pelas ruas é um show! Daquelas experiências que só por elas já vale a pena cruzar o mundo.

Mas enfim, cheguei na famosa Times Square, a praça que era um dos únicos dois sítios que eu fazia questão de conhecer. E como me tentou descrever o meu amigo: é brutal!! E só! Ahahah sim, não há muito mais palavras a dizer e só resta acrescentar que vai para lá de qualquer ideia pré-concebida.

Times Square é o centro da cidade que nunca dorme, então ela própria é uma agitação em qualquer altura do dia. São muitos os anúncios que passam nas telas gigantes penduradas nos vários edifícios enormes à volta. Cada edifício pertence a uma loja conceituada, ou tem o anúncio de um espetáculo de teatro ou cinema atual e que é um sucesso mundial, ou tem os estúdios das cadeias de televisão e espetáculos mais renomados dos EUA, como o Jimmy Fallon!

Tudo acontece ao mesmo tempo e é sentido com muita intensidade! Eu fiquei imenso tempo de cabeça levantada a absorver cada pedaço e cada anúncio que aparecia em cada esquina de cada prédio qual criança em êxtase. Demasiada informação para processar!

Tentei encontrar os estúdios do Jimmy Fallon mas a net estava em baixo então continuei em direção à Rockefeller Center, a famosa praça onde todos os anos erguem a enorme árvore de natal. No edifício enorme da Rockefeller Center está o observatório Top of the Rock que tem vistas fantásticas de Manhattan. Aliás, tem uma das vistas mais icónicas e conhecidas de NYC!

Mas como eu não tinha muito tempo continuei em frente em direção à St. Patricks Cathedral, que marca o início de um roteiro bem interessante pela 5th Avenue. Daqui, se tivesse mais tempo teria dado um saltinho até ao Central Park que fica na direção oposta à que segui na 5th Avenue. Mas como o meu propósito também não era visitar o parque, decidi subir esta que é considerada das avenidas mais conhecidas e famosas de NY.

Para além de ter alguns dos edifícios mais conhecidos e importantes de NY, a avenida também é conhecida por ter uma seleção de marcas de luxo que se vão sucedendo ao longo de toda a sua extensão.

A minha paragem seguinte foi a New York Public Library, que apesar de não ser meu objetivo entrar e visitar, não dá para deixar de lado sem pelo menos passar. Até porque inevitavelmente vamos acabar por passar na porta se estamos a fazer um roteiro pelo mais importante de NY (zona de Manhattan). A visita é gratuita e tem algumas salas antigas que são lindíssimas.

Na avenida em frente e que vai dar à Grand Central Station (porta principal), está outro prédio conhecido do skyline de Manhattan, o Chrysler Building! É outro edifício que aparece em tantos filmes que já perdemos a conta. Tem o típico topo em bico e até para quem não sabe o nome, quando vê foto é impossível não reconhecer de caras. É estilo art-deco do ano 1930 e já foi considerado o edifício mais alto do mundo.

Voltando à 5th Avenue eu continuei a andar até alcançar outro edifício super conhecido, o Empire State Building! Quem nunca ouviu este nome? Ele aparece em filmes, é cantado em músicas, faz parte do leque de edifícios mais conhecidos de Manhattan! É dos mais antigos da cidade e dá para subir ao andar 86 e 102 onde estão observatórios que mais uma vez permitem ter vistas fantásticas da cidade e desta zona em especial.

E rapidamente cheguei ao final do meu roteiro. No finalzinho da avenida dei de caras com o Flatiron Building que é outro edifício tão característico da cidade. Foi construído em 1902 por Daniel Burnham e o nome vem justamente da parecença com um ferro de engomar.

Depois de terminar o meu roteiro eu fiquei com um misto de missão cumprida e ao mesmo tempo uma certa tristeza por ter de voltar para o aeroporto e não ter mais tempo para conhecer a cidade e fazer um sem número de outras coisas. E tanta coisa há por fazer e ver!

Então não sei bem quando isso vai acontecer, mas sei que voltar a NY faz parte da lista de coisas que quero muito fazer em breve. O que é sempre uma loucura e difícil prever. Mas certeza porém é de que aproveitei ao máximo as poucas horas na cidade e para quem está nas mesmas circunstâncias deixo estas dicas preciosas para não deixarem de aproveitar o melhor da cidade.