Olá, estou de volta!

Voltar a publicar um post aqui no blog dá quase aquela lágrima ao canto do olho. Por muitos anos ele foi mais que um blog de viagens, mas quase o meu diário de vida, de experiências e aventuras. Muitas vezes dava por mim a vir espreitar o que tinha feito em 2016, como foram as fotos de viagem ao país X, o que eu escrevi sobre o meu primeiro mochilão à Ásia. Enfim… reler e escrever conteúdo novo sempre me enchia de energia para continuar a perseguir novos destinos e me inspirava a desbravar mais e mais mundo.

Mas aí muita mudança aconteceu na vida, o Doutoramento tirou muito do meu tempo, todas as fotos armazenadas no Google fotos desapareceram quando o servidor deixou de existir, e por momentos deixei de conseguir continuar este sonho do blog. As viagens não pararam logo, mas poucos meses depois o Covid apareceu nas nossas vidas e virou tudo de pernas para o ar, incluindo todos os planos de viagem já feitos. A última viagem pré-pandemia foi em Fevereiro/Março para o sul da América e depois disso a minha própria vida modificou bastante.

Mudei de trabalho, comecei a trabalhar na linha da frente do diagnóstico do Covid, e a minha vida ficou em suspenso durante quase um ano. Voltei a ter férias muitos meses depois do Covid iniciar e sair de Portugal só mesmo agora. E foi nesta minha primeira viagem-aventura que eu percebi que tinha de voltar. Ah tenho tanto para mostrar, tanto de mim que mudou, mas outro tanto que ficou igualzinho. A mesma ânsia de aventura e descoberta. Finalmente, no final deste ano vou mudar de trabalho novamente, e estou na reta final do Doutoramento. Então não caibo em mim de felicidade por finalmente ver a luz ao fim do túnel e saber que o regresso das viagens de fim-de-semana estão aí de novo.

Mas vamos regressar ao final de 2019, ao último post que publiquei aqui no blog sobre a nossa viagem à Tunísia. O meu ano de 2019 acabou na maior perfeição. Eu não poderia ter pedido melhor ano a nível profissional, académico e, claro, com muita viagem em quase todos os meses do ano. Algumas em trabalho, outras em férias e lazer.

Hoje o post vai, por isso, ser dedicado a sumarizar o que fiz nos últimos 2 anos de ausência e, nos próximos dias eu prometo que todas as dicas guardadas e todos os roteiros arrumados na prateleira vão começar a sair. Com muita foto à mistura, claro! Recuando então para o final de 2019, e depois de vir da Tunísia, eu ainda aproveitei um fim-de-semana prolongado para visitar mais uma país fantástico com as amigas, a Irlanda!!

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A cidade base e a única que conseguimos focar nesta viagem foi a célebre Dublin, tão ícone da vibe irlandesa, dos pubs e festas a cada esquina, das cervejas artesanais, etc etc… Tinha tudo para ser perfeito e foi. Não quero falar imenso sobre cada cidade aqui porque quero deixar para um post específico introdutório de cada uma delas, mas podem começar já a sentira paixão que eu tive por Dublin e o quanto fiquei rendida ao clima irlandês. Tanto que voltar faz obviamente parte dos planos e, espero eu, que aconteça em breve.

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Logo de seguida, e por altura dos mercados de Natal, eu escolhi Munique como cidade base para conhecer um dos melhores mercados da Alemanha. Claro que estar em Munique e não aproveitar para conhecer o Castelo de Neuschwanstein nos Alpes seria impensável. Então, aproveitando um fim-de-semana inteiro para explorar a região, demos prioridade ao castelo e depois fomos curtir a vibe dos mercados para o centro de Munique. Foi a primeira vez em solo alemão durante a época natalícia e o nosso terceiro mercado. Mas, sem dúvida, que a magia alemã no Natal tem um encanto muito especial. País que se regressa várias vezes ao longo da vida, concerteza.

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Iniciámos o ano da melhor maneira com um mochilão pela América do Sul. Foi a minha primeira vez na América do Sul e, depois de dar o braço a torcer que era altura de dar um break da Ásia, não me arrependi nem um pouquinho e o Chile entrou de caras para um dos meus países favoritos de sempre. O deserto do Atacama e a Patagónia chilena são sítios surreais, com paisagens que não acreditamos que existem, até pormos o pé e vermos com os nossos próprios olhos. A maior parte da viagem concentrou-se no Chile (norte, centro e sul), mas óbvio que aproveitei a proximidade com a Bolívia e a Argentina para fazermos umas visitas mais curtas.

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Com a vinda do Covid eu tive a minha viagem a Paris para um congresso cancelada, e as férias agendadas para Malta e Islândia seguiram o mesmo caminho. E até hoje tentei uma outra vez visitar Malta, e tive novamente a viagem cancelada. Depois disso desisti um pouco de ir lá para já, mas quanto à Islândia ficou aquele sabor amargo que era um destino tão fantástico e que queria tanto conhecer, mas que até hoje não surgiu mais oportunidade. Eu acho que os destinos vêm e vão e são totalmente de situações e oportunidades distintas. Por muito que eu ame a Islândia, planear uma viagem até lá já não fez mais sentido e outras viagens entretanto vieram ocupar esse lugar. Quem sabe para o ano que vem.

No final de 2020 voltei a pôr o pé da estrada e fui conhecer a região do Douro vinhateiro. Já tinha ido ao Porto algumas vezes, mas até à data ainda não tinha de facto conhecido a região vinícola do Douro, visitado adegas, observado a produção do vinho do Porto. Então, em Dezembro, com alguns dias de férias, foi a escapadinha perfeita.

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Em março eu estava numa vibe de descansar e, em meio à quarentena que estava instalada em Portugal, viajar até ao sul do país pareceu a decisão mais sensata, aproveitando também para descansar e escrever um pouco da tese. Escolhi ficar num resort e tirei pela primeira vez um tempo sem grandes aventuras turísticas, tirando bronzear ao sol da piscina e correr pela praia.

Entretanto Maio chegou e eu voei até à ilha Terceira, nos Açores para mais uma semana a explorar outra ilha do arquipélago. Eu já conhecia São Miguel, mas as outras ilhas permaneciam ainda completamente novas para mim. Então, depois de uma semana fantástica na Terceira, e com a viagem de Junho cancelada a Malta, eu virei novamente os olhos para os Açores e fui até ao Pico e Faial. O objetivo máximo da viagem foi sem dúvida o Pico, e escalar o vulcão foi o ponto alto, contudo a ilha tem uma diversidade imensa de atividades que podemos fazer, além de ter ferrys para as ilhas do Faial e São Jorge, que podem ser complementos perfeitos para explorar três ilhas numa só viagem.

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Para terminar este post, escrevo sobre a viagem que voltei hoje mesmo e me deu aquele empurrão final para recomeçar a escrever e partilhar todas as minhas aventuras com vocês novamente. Voltei da Costa Ricaaaa! E sabem que não era um país que eu colocaria em primeiro plano visitar? Sei lá, tinha tantos outros que queria ir primeiro e sempre sonhei ir primeiro. Mas aí a América latina abriu fronteiras e com quase nenhuma restrição de entrada, além de ter belezas naturais inquestionáveis, voar para lá pareceu a escolha óbvia. E como eu amei ter ido. Não só pelo país que conheci, mas também por ter aprendido tanto acerca dos outros países ditos mais “perigosos” que são vizinhos da Costa Rica. E se eu já tenho “poucos países” que quero conhecer, esta viagem só contribuiu para acrescentar mais uns quantos que nem sei quando conseguirei visitar.

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Mas tudo a seu tempo, que hoje só vos quis deixar um gostinho especial do que virá entrar no blog nos próximos dias! 🙂