Já falei que um dos grandes motivos que me fez adorar Vancouver foi o facto da cidade estar tão próxima de montanhas fantásticas que nos fazem sonhar e ter um gostinho especial de como seria viajar pela British Columbia e conhecer os parques naturais da região. Então, a partir da cidade já é possível em dias de sol ver as grandes montanhas que circundam a parte norte da cidade e que estão a apenas 30/40min de distância de carro. É mesmo isso!
E como falei no post sobre a Capilano Suspension Bridge Park, a Grouse Mountain também tem um shuttle próprio gratuito que opera desde o Canada Place e leva diretamente até à entrada do recinto. Super prático! Quem me dera que todos os locais que visito tivessem a mesma ideia brilhante. Agora na Nova Zelândia este tem sido um dos maiores obstáculos na hora de montar roteiros.
A Grouse Mountain é a montanha mais alta de Vancouver, de todas as que a nossa vista consegue alcançar. E imaginar chegar lá no topo é uma aventura! No Verão a montanha é sobretudo aproveitada como “parque de diversões” da pequenada que quer ver os ursos ou as aves de rapina, ou assistir o show dos Lumberjack (género de lenhadores). Além disto ainda há toda a vista fantástica desde o topo da montanha sobre a cidade lá em baixo e as muitas trilhas que começam aqui em cima e se estendem pela montanha.
No Inverno a montanha é muito popular para os desportos de inverno, como o ski ou o snowboard e mesmo de Verão dá perfeitamente para ver todas as estruturas da estância a serem utilizadas para levar e trazer os turistas ao topo da montanha. E quando subimos a montanha e vemos a quantidade de árvores ao redor dá para imaginar o quão mágico o lugar deve ser coberto de neve.
Então, a experiência Grouse Mountain divide-se em várias subidas. O shuttle bus leva-nos até à alturas (acima da Capilano) mas ainda assim resta-nos muito caminho a subir até finalmente chegarmos ao cimo da montanha. Por isso, a primeira etapa da subida é feita com um teleférico gigante que transporta dezenas de pessoas de uma vez até ao topo da montanha, onde estão a maior parte das atrações do parque.
E é nesta base no topo da montanha que vamos passar a maior parte do tempo, já que as demonstrações das aves de rapina acontecem muito perto da entrada do recinto, o Lumberjack show está logo ao lado e ainda há o recinto dos ursos para visitar. Para além destas atividades incluídas no ticket geral, ainda existem algumas extra que podem ser adquiridas com um bilhete especial.
Por exemplo, dá para escolher chegar mais cedo ao parque e participar da alimentação dos ursos às 8h da manhã, ou fazer slide ao longo do recinto. Esta última quase me convenceu depois de ver o quão louco seria ver toda a paisagem a partir do slide.
Menção especial para o show dos Lumberjack que é super cómico e mostra de forma irónica e engraçada como era a vida e quais as atividades que os antigos Lumberjack faziam, cortando as árvores nas montanhas e trazendo os troncos ao longo do rio, em barcos para as aldeias/povoados, onde eram depois aproveitados para a construção. Super engraçado o show e muito típico também!
Depois de termos visto tudo nesta base, nós percebemos que as cadeiras da estância de ski, que nos períodos de neve fazem a subida dos esquiadores para o topo das pistas, estavam a funcionar e a levar pessoas para o topo da montanha. Ok, eu sei que estou a soar repetitiva com isto do topo mas na realidade, apesar de já estarmos nas alturas, aparentemente o cimo da montanha ainda estava mais alto.
E para lá chegar ou fazíamos uma trilha para subir aquele último morro, ou então usávamos as ditas cadeiras. E como eu adoro as cadeiras e imaginei já uma paisagem lindíssima e oportunidade para fotos, de caras que a decisão foi tomada sem tempo a perder. Aahahah
E de facto lá em cima sentimos que chegamos ao topo do mundo e não há mais para além. Pelo menos cheguei ao topo de Vancouver!! Como a altura é grande a chance de apanhar umas nuvens e neblinas chatas é grande e houve momentos que não dava para ver a cidade lá em baixo com tanta facilidade. Mas de vez em quando as nuvens lá desapareciam por uns instantes e aí tínhamos a vista brutal aos nossos pés.
Bem acho que dá para perceber o quanto eu fiquei a adorar a Grouse Mountain e não foi só pelos shows e atividades lúdicas. Foi talvez até mais pela viagem em si, desde a saída do shuttle até ao topo dos topos da dita montanha. Pelo caminhos eu vi paisagens de tirar o fôlego! Daquelas que só vimos em fotos ou filmes, enfim… no way que estou a subir uma montanha de teleférico com aquela vista em frente!
Então, eu diria que só pela paisagem não havia forma de eu não ter visitado a montanha! É lindo demais!