Exames Cambridge: o que são?

Desabafo inicial: estou sem portátil e de momento sem as fotos TODAS que lá estavam!!! Horror! Pânico! Mas sem dúvida aprendi a lição. Se escapar desta é ponto assente que vou arranjar um monte de DVD´s e armazenar tudo. Nunca mais vou confiar toda a minha vida num único sítio. Vamos ver se me safo desta!

Então, depois de uns dias sem fotos para continuar a postar, decidi me virar para os estudos, já numa de adolescente entusiasmada porque vai voltar à escola na próxima semana. Mas não é sobre o mestrado que vou falar neste post (apesar de que tenciono ainda falar dele!). É mesmo sobre os exames de Cambridge, preparação para eles, para que servem e porque são importantes.

Então eu comecei a interessar-me por aprofundar inglês quando andei a tratar dos papéis para obter a cédula profissional sueca. Depois de ter estado lá a fazer Erasmus e depois voltar para condições de trabalho frustrantes em Portugal, passei por aquela fase de revolta pelo nosso país. Como de resto estão quase todos os jovens e não só. Então a solução de sair de Portugal passou e passa pela cabeça, e a Suécia foi o primeiro país a vir à baila como possibilidade mais provável.

Ainda não recebi o cartão, mas o Exame de Cambridge já está feito e avaliado: tive um A!!!! Yeah! Para quem sempre foi uma naba a inglês, isto foi mais uma prova que com esforço e determinação tudo se consegue. E eu que o diga!

Então, começando do início, quando iniciei a minha busca por uma escola de inglês para aprofundar os meus conhecimentos, não ia em busca propriamente de um exame destes. Só queria ser avaliada no final e provar os meus conhecimentos em inglês, para poder colocar no currículo, ou, quem sabe, mostrar a entidades empregadoras fora do país.

Mas à medida que fui fazendo algumas entrevistas de nível nas várias escolas dos arredores onde trabalho, fui-me apercebendo da dinâmica e do que realmente é valorizado lá fora. Ou seja, o que é reconhecido no exterior pelas empresas e o que não é. E assim cheguei à conclusão que o melhor para mim seria começar a fazer os Exames de Cambridge.

E porque é que são assim tão importantes? Os Exames de Cambridge são feitos pela Universidade de Cambridge, reconhecidos e aprovados pelo British Council, fazendo deles super importantes quando falamos em arranjar emprego fora do país. Acredito que nem todo o estilo de emprego vá pedir certificado de nível de inglês, mas no meu caso e em muitos outros, é inevitável que aconteça. E aí nesse ponto, podemos ter 100% confiança nos Exames que fizermos porque eles são aceites e reconhecidos em praticamente todas as empresas e empregadores que estivermos a concorrer.

Além disso estes exames têm carácter vitalício, ou seja, uma vez aprovado, já ninguém pode tirar o canudo da mão! E estes Exames contrastam com o IELTS (outro exame que atesta os conhecimentos em Inglês), que já só tem validade de 2 anos. Apesar de não ter grandes conhecimentos acerca do IELTS (porque não o fiz), tenho um pouco a noção das diferenças entre um e outro.

A razão de eu ter optado pelo Cambridge foi porque o meu objectivo final era o emprego. Mas se eu quiser estudar lá fora, aí as condições de ingresso já pedem o exame IELTS, e não o de Cambridge. Então, cabe a cada um optar pelo exame que mais vai de encontro aos seus objectivos finais.

Falando um pouco mais a fundo acerca do Cambridge. Para um exame destes é necessário que haja uma preparação anterior, que dura o tempo suficiente até que estejamos preparados e tenhamos bons resultados nos exames modelo que vamos fazendo. Eu, quando cheguei à escola estava com um nível bom de inglês falado, porque estive muito tempo na Suécia a falar inglês, mas a minha gramática precisava claramente de uns ajustes. E estou a ser simpática!! 🙂

Então, o que eu optei por fazer foi preparar-me primeiro para o exame do nível mais abaixo do que estava, para poder afinar a minha gramática, e aproveitar para ver como tudo funcionava em termos de exame. Eu odeio este tipo de clima de exame e, neste caso, estamos a falar de um dia de exame, cheio de burocracias e horas marcadas, 3 fases de exame, mais prova oral. Bem, eu estava uma pilha só a ouvir como tudo iria ser. Então, claramente eu optei por ir fazer o PET (Preliminary English Exam) primeiro, que corresponde ao nível B1, e depois continuar a preparação para o nível B2, que é o meu nível actualmente.

O exame PET está dividido e é avaliado em 5 partes diferentes: Speaking (Prova Oral), Reading (Compreensão Escrita), Writing (Expressão Escrita), Listening (Áudio) e Use of English (Gramática). Mas, na altura do exame, há unicamente três momentos/blocos.

A primeira coisa que fiz foi o Reading-Writing-Use of English, que dura 1h30min no total, por isso temos de aproveitar e distribuir muito bem o tempo pelas três partes. Neste exame PET, os exercícios do exame não têm assim muito mistério.

O Reading tem alguns exercícios de compreensão de texto, super básicos na minha opinião (escolha múltipla, Verdadeiro/Falso, correspondência de ideias), mas que podem ter algumas rasteiras. O Writing são três exercícios. Para além de ter as habituais composições (uma de 45 palavras e outra de 100), tem ainda um exercício para reformular uma frase de maneira a dizer o mesmo mas com outras palavras. E aqui conta muito a gramática!! O Use of English é o que tem exercícios mais diversificados, sempre com o intuito de usarmos a gramática que aprendemos e aplicá-la.

Depois fazemos um intervalo e voltamos para o Listening, que tive a sorte de fazer com auscultadores porque éramos só quatro a fazer o exame. O género de exercício é de novo Verdadeiro/Falso, escolha múltipla, preenchimento de espaços, mas tudo se complica porque temos de ler o que está escrito nas opções, ouvir a conversa do fulano com beltrano e ainda escrever o que falta no espaço, ou seleccionar o que estava mais correcto. Uma confusão!!! Juro que o tico e o teco andam em conflito permanente e é de longe a parte do exame que mais me assustava fazer, e foi de facto onde eu tive mais dúvidas e errei mais.

Depois veio a parte mais fácil para mim, a Prova Oral. Eu sabia que tinha uma primeira fase de apresentação, soletrar nome, dizer de onde vimos, o que gostamos mais de fazer. Depois vem as perguntas parvas de qual parte do dia gostamos mais, ou quando gosto mais de estudar, por aí fora. Sempre perguntas assim, sem grande complexidade! Depois vem a parte de comentar a foto que nos é colocada à frente e depois uma outra foto onde é suposto escolhermos os objectos que são mais úteis em determinado problema que nos é apresentado. E discutirmos com a parceira os gostos de cada uma! Sim, o exame é feito com dois alunos e na parte final é a única que dialogamos um para o outro.

Para mim, não era problema falar por razões óbvias: eu passei o tempo todo na Suécia a fazer apresentações orais em inglês e as minhas avaliações foram todas orais. Portanto estava descontraída e a verdade é que esta parte é a que passa mais rápido. São 15 minutos divididos pelas duas alunas, em que alguma parte do tempo é usada para dar as instruções do exame.

O exame foi feito num Centro de Exames no Estoril, mesmo em frente ao Casino. O centro pertence à escola Cambridge e é óptimo. Super moderno, com ar condicionado e óptimas condições para fazer os exames. Tive a sorte de fazer aqui porque era Julho e as escolas de Lisboa estavam ocupadas pelos exames de final de ano lectivo dos próprios alunos da escola. Então pronto, fui mais longe mas valeu a pena!

Os resultados ainda demoram mais de um mês a sair, portanto há que ter paciência e esperar. 🙂

Depois do exame PET eu tirei férias do inglês e deixei a meio a minha preparação para o próximo nível o FCE (First Certificate in English). Entretanto as férias arrastaram e eu fiquei preguiçosa, mas tenciono voltar ainda este mês! Depois conto como é o exame FCE em detalhe!