Corrida da Mulher 2017!

E finalmente chegou o dia de me estrear nas corridas e provas de atletismo. Depois de uma temporada a treinar e exercitar imenso para ir à Meia maratona da ponte 25 de Abril (que falhei!!), aconteceu uma lesão no mês passado que me obrigou a parar.

Só que as semanas foram passando, o meu pé não melhorou tão rápido quanto eu gostaria e entretanto com a vinda das férias nunca mais me lembrei de experimentar novamente. Fui quase 3 semanas de férias, vim, e ainda não tinha ido correr novamente.

Porquê? Preguiça mesmo, apesar de eu gostar de culpar o sol e calor, que na verdade eu detesto treinar com muito calor. Mas eu vivo a reclamar porque enquanto não mudou a hora eu reclamava que tinha de ir correr cedo antes de anoitecer. Agora que tenho muita luz do dia reclamo porque está quente demais.

Mas a corrida era bem leve, só de 5km, e pelos vistos os meu corpo ainda está firme nem que seja para aguentar isso. No entanto, tenho de confessar que estava aqueeeeeele calor do inferno de apetecer enfiar a cabeça num balde de água com gelo e a seguir rebolar nele também.

Especialmente aquele último km quando começamos a ver o que parece ser a meta lá no fundo, mas que eu percebi depois que são os patrocinadores que gostam de brincar com a nossa cara, do estilo, “não, ainda não é desta”, “também ainda não é aqui”. Mas onde pára a meta mesmo??? xD

Então, naquele último km eu senti tanto calor mas tanto, que eu olhava o horizonte e via tudo a turvar, do sol que refletia no alcatrão. Mas ainda assim não posso dizer que tenha sido difícil ou que tenha sofrido ou ficado cansada.

Foi mesmo o calor que era imenso mas acabámos a prova até bem classificadas e óptimas. Arriscaria a dizer que estávamos preparadas para mais 5km, mas com menos graus de temperatura. Ahahah

De resto adorei todo ambiente da prova. Ela acontece todos os anos como forma de angariar dinheiro para as pesquisas que levam à luta contra o cancro da mama e esse é um assunto muito sensível e importante que move milhares de mulheres. Eu fiquei na 317ª posição entre 13.000 mulheres. Eram literalmente imeeeeensas!

Depois de acabar a prova ainda fui fazer alongamentos na relva, comi, bebi água, e quando subi a ponte sobre a estrada (perto da meta) para ir para o carro, não se via a avenida. Era uma manha rosada a perder de vista.

Mas o ambiente de corrida apaixonou-me e quero muito repetir, sem dúvida. Houve concerto inicial, várias bandas ao longo do percurso a animar-nos, os patrocinadores deram um apoio excelente com água, comida… A medalha é linda!!!! 🙂

Adorei tudo! E é uma sensação única chegar lá no fim, mesmo por meros 5km’s. Os que forem sabe sempre bem. É aquela sensação de dever cumprido!

PS: Achei o máximo que o número da minha dorsal (317) acabou por ser o número com que me classifiquei individualmente (317ª posição). Que coincidência!!!! 😀

O vício do atletismo veio para ficar!

Eu até que nunca fui completamente deslocada do exercício físico e ele sempre acabou por fazer parte da minha vida de alguma forma. Mas aí houve um tempo que continuar no ginásio não era mais uma opção por causa do tempo disponível na altura do mestrado e por isso estive meses sem fazer qualquer exercício ou desporto.

No entanto, sem nem saber como nem porquê (porque nunca fui fã de corridas) comecei a correr ao fim do dia, numa de fazer algum desporto depois da temporada de Mestrado que me roubou todo o tempo até Fevereiro deste ano.

Mas não é que o que de início era só uma brincadeira, rapidamente se tornou mais sério? Com a vinda da Meia-maratona de Lisboa na Ponte 25 de Abril, veio também outra prova, a mini meia-maratona que eram só 7,5km (SÓ!!). Então eu meti na cabeça que queria ir a essa prova e comecei a treinar um mês antes.

Rapidamente comecei a evoluir mais do que esperava e ao fim de duas semanas de treino já estava a fazer 20km e comecei seriamente a ponderar ir à meia-maratona, em vez de só fazer os 7,5km. Como consegui a proeza? Não sei! Nem sequer estou a seguir plano nenhum de treinos. Só tenho seguido algumas dicas de atletas que estão na mesma posição que eu.

Entretanto com os preços altos do bilhete eu acabei por desistir de ir a esta prova e esperar pela próxima, marcando o tal fim-de-semana em Évora para esta altura. E na véspera da corrida ligam-me a oferecer duas dorsais!! Ahhhh e agora? Adio o fim-de-semana ou adio a corrida? A decisão foi difícil para mim mas acabei por pensar no meu marido em primeiro lugar e fomos para Évora! Além disso, até que o passeio foi óptimo para carregar baterias.

Assim que voltei comecei logo a fazer planos para as corridas deste ano que eu não vou querer faltar de jeito nenhum, as quais vou partilhar aqui convosco:

  • 12ª Corrida do Benfica António Leitão (10km) 9 de Abril – perfeita para experimentar algo leve de início e além disso tem uma rota muito gira a acabar no estádio do Benfica.
  • Corrida da Mulher (5km) 21 de Maio – esta não estava nos planos mas uma amiga deu a ideia e foi do género, porque não? São pouquinhos km’s mas vai dar para divertir concerteza.
  • EDP Meia Maratona do Douro Vinhateiro (21km) 28 de Maio – Esta ainda não sei bem se vai dar para ir. Li que é a corrida mais bela do mundo e realmente tem paisagens lindíssimas sempre junto ao rio Douro. O único contra é a distância, então vamos ver se vai acontecer ou não.
  • Corrida do Tejo (10km) 24 de Setembro – Tem a vantagem de ser na zona de Oeiras e fazer aquele percurso todo à beira-mar. Lindo!!
  • Rock’n’Roll Meia Maratona Santander Totta (21km) 15 de Outubro – Tem a opção de Maratona também, para os interessados. Eu estou numa de fazer Meia para já. O percurso é na ponte Vasco da Gama e depois termina na Expo. Bem gira também!
  • V Meia Maratona dos Descobrimentos (21km) 3 de Dezembro – Para terminar o ano em beleza nada melhor que fazer mais uma Meia, desta vez ali junto a Belém, celebrando os Descobrimentos.

Estou com as expectativas altas como podem ver, e com um ritmo de treinos bem intenso também. Daí recentemente ter-me lesionado no pé e estar neste momento a recuperar da dita lesão. Mas já a seguir vou dar-vos o meu plano de treinos.

Planear um roteiro:

Antes de começar a correr eu fiz o meu percurso no Google Maps, porque não tenho sempre net no telemóvel para poder usar o Strava. Esta App é excelente para monitorizar tanto corridas como percursos de bicicleta. O meu cunhado tem e eu adoro ver as diferenças na velocidade da corrida cada vez que ele vem comigo. É um indicador importante quando começamos a querer aumentar o ritmo e diminuir o tempo do percurso.

Então o primeiro passo para mim foi criar um roteiro com os km’s definidos. O meu ficou circular e cada volta tem 4km, começando e acabando na minha casa. Para alguns poderá ser um factor extra de tentação para ficar em cada assim que começa a cansar, mas para mim tem sido um factor de motivação extra. Cada vez que passo por casa penso que são só mais 4km e por aí adiante.Ahaha

Plano de treinos:

Chamem-me louca se quiserem, mas a forma que eu arranjei para ir aumentando nos km’s em pouco tempo foi, uma vez por semana, correr mais uma volta do que nos restantes dias. E como a minha volta equivale a 4km, cada vez que eu corria mais uma volta estava a correr mais 4km’s que o normal.

Isto quando eu ainda estava a tentar aumentar nos km’s. Neste momento eu só quero manter o nº de km’s e aumentar a velocidade, então o meu esquema é assim.

Segunda – Dia de correr 20km – É o chamado “longão”, ou seja, o treino mais longo da semana.

Terça – Dia de descanso – muito importante para o corpo recuperar de todas as microlesões internas causadas pelo treino do dia anterior.

Quarta – 8km – Treino leve para mim que serve só para aquecer, mas que é importante para recomeçar a semana.

Quinta – 8km – Mais um treino leve na semana.

Sexta – 12km/16km – Vou um pouco mais além, sendo que os 12km ainda não são puxados para mim.

Sábado – Dia de descanso

Domingo – Dia de descanso ou corrida de 12km/16km, depende de alguns fatores como a hora que me deitei ou se por acaso vamos sair nesse dia. 😀

Este é o meu plano, mas cada um sabe a resistência que tem e se consegue aguentar este ritmo. Quando eu digo que o meu dia leve é 8km’s tenho amigos que acham que sou louca. Mas a verdade é que 8km’s para mim equivale a 2km ou 1km para muitas pessoas. Não faço esforço nenhum e chego a casa nem um pouco cansada.

O importante é perceberem que a semana tem diferentes níveis de intensidade, onde importa dar valor ao descanso e às corridas mais leves, preparando o corpo para um novo “longão”. A distância do “longão” vai depender sempre dos objetivos de cada pessoa e da atual resistência.

Os meus ténis:

Esta é talvez a parte mais importante do outfit e aqueles que vão proteger de lesões, bolhas nos pés e todo o problema resultante dos treinos. Escolher os ténis adequados para nós também é importante e devia ser a primeira preocupação quando pensamos em correr. O problema é que nem sempre isso acontece e geralmente quando começamos a correr não tínhamos em mente fazer tantos km’s ou treinar tantas vezes, então simplesmente usamos os ténis que já tínhamos em casa ou compramos algo barato e bonito. Como aconteceu comigo!!

Mas a qualidade dos ténis deve vir acima de tudo e por ter descorado isso estou neste momento lesionada no pé esquerdo, tenho de estar em repouso, pôr gelo e pomada tardes a fio. Que ódio!!

E como boa portuguesa que sou, casa arrombada, trancas à porta! No dia seguinte a ter-me lesionado, justamente no dia do “longão”, fui comprar uns ténis bons e de acordo com o tipo de treino que faço. Em termos de marcas eu já tinha a Asics em mente e isso facilitou. Ouvi maravilhas acerca da Asics por causa da tecnologia em gel que amortece muito bem o impacto e evita lesões. Escolher o modelo foi de acordo com o tipo de passada (neutra, no meu caso), intensidade de treinos semanais e nº de km’s que se pretende correr.

No meu caso ainda adicionei o factor performance, já que o meu intuito é melhorar o meu tempo, preferindo um calçado mais leve e mais tecnológico. Depois de todas as exigências (:D) fiquei com um Asics Gel Cumulus 17 que está cheio de tecnologia.

A começar na tecnologia FluidRide, a mais recente da Asics, e a terminar Gore-Tex, que dá impermeabilidade aos ténis. Existem muitos mais detalhes óptimos e que realmente fazem a diferença: estabilidade na passada, amortecimento nos impactos, leveza, etc etc… É outro mundo totalmente! E só tenho pena de não estar a conseguir usar para já.

A minha alimentação:

E é isso, a minha alimentação! Eu não sou a melhor pessoa para falar sobre isso já que sou super indisciplinada. Mas vá, de uma forma geral, eu aumentei o consumo de massas, não exponencialmente, mas um pouco mais.

O dia em que tenho maiores cuidados é a Segunda por causa do “longão”. No pré-treino eu tenho o cuidado de comer batata-doce e no pós-treino eu tomo um batido de proteínas que comprei na Prozis, além do jantar habitual, já que corro no final do dia. Sim, não faço grande coisa e tenho de melhorar neste aspecto ainda, mas o que faço já me faz sentir bem e não completamente morta depois de correr 20km’s, como acontecia nas primeiras vezes.

E é isso! Novidades vão aparecendo nos próximos tempos! Até lá e boas corridas!

Estádio da Luz e Museu!

Confesso que o post de hoje está bastante inclinado para os adeptos do Benfica, mas não há nada a fazer. Este Natal ofereci ao Carlos um bilhete conjunto para visitar o Estádio da Luz e o Museu, com oferta de um cachecol no final. Daquelas promoções de Natal que ainda se estenderam até Janeiro e ainda deu para o meu cunhado comprar também e ir.

Visitar um Estádio pode não estar no topo das prioridades turísticas de uma cidade, mas e daí? Visitar um museu de carros em Itália também não está e não quer dizer que não incluamos num roteiro.

Tudo depende das prioridades de cada pessoa e dos gostos. Além disso, eu até há bem pouco tempo achava que um estádio só se visitava em dia de jogo. E não é bem assim! O Estádio da Luz está aberto a visitas guiadas praticamente todos os dias do ano, com reserva prévia.

E visitar o estádio não é o mesmo que ir ao museu. O museu é bastante interessante por conter toda uma história do clube, com todas as medalhas (que ocupam 3 andares), camisolas, a história dos jogadores mais emblemáticos e seus objetos pessoais, etc…

Ou seja, o museu é excelente para vermos a história do clube e todos os momentos mais marcantes desde que ele foi criado. Mas para mim nada se compara com o estádio em si.

Ter a oportunidade de visitar balneários, os corredores por onde passam os jogadores antes de entrar em campo, pisar o relvado, dar um “oi” às águias que estão junto ao relvado, sentar no banco de suplentes, e muito mais…

E tudo isto sempre com alguém a explicar o que cada coisa significa e o porquê de ser assim. Tinham-me dito que dá um frio na barriga percorrer o corredor de acesso ao relvado e finalmente chegar a ele.

Olha-se à volta e vê-se todas as bancadas. Tomamos consciência das sensações que os próprios jogadores têm quando entram em campo. Ir ver um jogo já é óptimo, mas visitar um estádio, ainda para mais quando ele tem tanta história associada, é daquelas coisas para se fazer uma vez na vida.

No dia visita ao estádio ainda comprámos uns bilhetes para o jogo dessa semana, que o Carlos já não conseguiu ir. Então fui muito bem acompanhada pelos cunhados, que trataram de me dar a melhor experiência possível no primeiro jogo que eu assisti em estádio.

Escusado será dizer que fiquei fã e conto voltar em breve. Todo aquele ambiente de pré-jogo, os gritos nas bancadas quando há golo, a animação nos intervalos, os cânticos das claques, a euforia da saída do estádio, com todos a cantarem pelas ruas.

Uma experiência única que deve ser potenciada quando o jogo é contra Porto ou Sporting. Sabendo que pode ser mais perigoso, admito que estou na onda de experimentar um jogo assim. Resta esperar que ele venha! 🙂

Então fica a dica, um pouco diferente, do que pode ser feito em Lisboa, fugindo aos tradicionais pontos turísticos da cidade.

 

Portugal fit 2015!

Este fim de semana foi dedicado aos amantes do fitness no geral. Cada vez mais eu noto que o interesse tem crescido no sentido de nos tornarmos mais fit. Desde a alimentação mais saudável até à prática de exercício físico. Cada vez mais a população está a aprender a dar valor a esta parte essencial para o nosso bem-estar.

Então, a convenção de fitness, patrocinada pela Manz, foi a altura ideal para tomar contacto com uma série de coisas relacionadas com este mundo e ainda me divertir nas aulas de grupo no recinto do Meo Arena.

Para começar, entrar lá foi uma festa, já que foi a minha primeiríssima vez dentro do Meo Arena. Depois, como havia imensa coisa a acontecer ao mesmo tempo, consegui percorrer todo o recinto e ficar a conhecer bem os recantos à casa.

Eu acabei por comprar o bilhete simples de um dia, que dava acesso a toda a feira, campeonato de crossfit, desfile de culturismo e ainda às últimas três aulas de grupo do dia: Zumba, Sh’bam e Body Combat. Mas verdade seja dita, estava a guardar-me para o fim, para uma modalidade que recentemente me comecei a dedicar mais.

E o óptimo disto é que os professores encarregues de dar estas aulas são considerados os melhores da sua área. Então, para dar Body Combat, veio a treinadora Rachel, da Nova Zelândia, acompanhada de mais uns matulões cheios de energia, que nos deixaram que nem pintos no final da aula.

Mas a energia que se vive neste meio é contagiante e se há coisa que aprendi recentemente é que fitness virou moda. E como todas as modas, há muitas empresas que entram e criam um verdadeiro mundo, onde a roupa é importante, as barritas e batidos de proteínas (energéticos) também são importantes, etc etc etc…

Tudo vira um negócio e quando nos damos conta estamos completamente embrenhados em tudo e a viver a 100% o exercício físico. O que dantes poderia ser só mais uma ida ao ginásio, hoje em dia já é também qual a roupa que vou levar, que alimentação fazer antes do treino, que suplemento alimentar vou tomar para o exercício que vou fazer.

Eu ainda estou bem verdinha em muita coisa óbvio. Mas quanto mais dispendo tempo nos meus treinos e tratamentos, mais coisas eu aprendo e truques também, que são óptimos para fazer render os treinos que fazemos no ginásio. Então, eu passei a tarde a experimentar barritas e batidos de proteína, que me fizeram perder o apetite do jantar e me deram alta energia para o Body Combat também.

Agora, são tantas marcas e opções diferentes (sabores, percentagem de proteína e caloria), que eu ainda não tomei as minhas decisões quanto ao que irei fazer daqui para a frente. Mas trouxe algumas amostras também, que irei experimentar em casa e depois dou o feeling.

Uma coisa é super importante. Quando começamos a treinar musculação e queremos puxar por nós, é essencial que tomemos atenção à quantidade de proteína que estamos a ingerir e muitas vezes não damos ao organismo a quantidade que ele precisa.

O melhor destas marcas de alimentação é que têm site online para fazermos as nossas comprinhas. A Prozis é uma marca óptima em dar-nos soluções de comida sem calorias, substituindo as que compramos usualmente ou que nos privamos delas por terem imensas calorias (manteiga de amendoim, doce de pêssego, chocolate líquido, massas).

Saí de lá com um monte de informações novas e com a expectativa de começar a investir um pouco nesta área dos suplementos e comida Prozis. Para já, o investimento foi em roupinha fitness que foi mais forte que eu. Quem pensa que roupa de desporto só na decathlon ou Sport Zone engana-se redondamente!

Há um mundo de empresas especializadas em roupa fitness, super giras e de alta qualidade. A licra da Botton é óptima e os calções da Susana Gateira são giros mesmo. Estas foram as duas marcas que eu comprei na convenção e adorei a forma como elas encaixam no corpo e o design. Espectaculares!!!

PS: A qualidade das fotos não está a melhor porque eu não levei máquina mais toda a parafernália atrás, para esta confusão. Não quis arriscar perder tudo com a confusão! Então as fotos foram tiradas com o iPhone, que vale o que vale! 🙂

Desportos de Inverno em Romme Alpin

Para sair um bocadinho dos meus capítulos sobre a experiência de viver na Suécia, hoje trago algo fundamental para quem está de visita, ou de forma mais permanente, a um país com neve. Então dentro dos desportos típicos de um país com neve e frio, está o ski e o snowboard. Como eu já tinha experimentado ski antes, na Serra da Estrela, com aulinhas e tudo, estava mais inclinada para fazer aqui também.

Em relação a todo o processo de transporte e compra de passe, eu fui numa espécie de excursão de estudantes de várias partes de Estocolmo, muitos deles na mesma condição que eu, temporária. Então eu sei que fui para norte e demorei 3 horas para lá chegar e depois mais 3 horas para voltar a casa, no final do dia. Os passes foram comprados com antecedência, através do site da estância, e foram preço de grupo.

Mas, a estância de esqui chama-se Romme Alpin, então é super fácil de encontrar na net e até pesquisar soluções de acomodação, para passar lá um fim-de-semana. Eu fiquei rendida com todo aquele alvoroço de estância, que na Serra da Estrela não se vê tanto. E depois o fato de ser as típicas casinhas suecas fez adensar o clima especial de que estava numa estância a sério da Europa.

Eu sei que Romme Alpin não é a típica estância que se vá de propósito, mas por alguma razão os suecos são craques do esqui, e não passam um ano sem tirar umas férias só para passar uns dias por aqui, ou noutra estância qualquer.

Quando lá cheguei fui logo tratar de alugar o equipamento de esqui, e depois fui alugar umas calças, que as minhas por esta altura ainda estavam apertadas (eu emagreci imenso o tempo em que estive na Suécia). Foi tudo muito fácil de gerir, até porque as casinhas estão logo no início e base das pistas, e devidamente identificadas.

Aqui também estão umas prateleiras de madeira no meio da neve para deixarmos alguma roupa/botas que trazíamos connosco, mas também vi muita gente deixar geleiras. Sim, geleiras! Ao lado da pista para crianças está uma zona de merendas, onde se vê várias famílias a fazer piquenique.

Mas, na base das pistas estão os vários edifícios, onde estão os hotéis, mas também a zona de restaurantes no rés-do-chão. Eu acho um piadão andar para todo o lado com aquelas botas de esqui, mas já não acho graça andar com toooodo o equipamento para trás e para diante. Então, nesse aspecto, a estância está muito bem organizada e dá para deixar a tralha toda mesmo na entrada do edifício. Ou seja, dá para esquiar até lá, sem problema.

A estância tem várias pistas, com vários graus de dificuldade, que eu não consegui experimentar muito porque estava acompanhada de uma colega iniciante, no iníciiiio mesmo! 🙂 Mas ainda foi super engraçado ensinar e levar lições dela! Quando eu pensava que dominava a situação, lá vinha uma situação embaraçosa para deitar abaixo o ego. E que tal cair para a frente na saida do teleférico e obrigar a que ele pare? E o tempoooo que demora a sair dali!! Ninguém merece!

Mas depois vem um brilharete (uma descida sem grandes dificuldades!!) e pronto, o ego volta a subir! 🙂 Podia ter aproveitado mais da estância? Acho que sim! Mas há poucos momentos na vida em que me divirto tanto do que quando estou a esquiar, não importa se a levar surra de criancinhas na pista delas, ou a levar vergonha na pista dos grandinhos!

A piada destas estâncias é mesmo viver algo diferente uma vez de vez em quando e, melhor ainda, aliar tudo isso com amigos/família e, ainda melhor, por uns dias. Sim, estes hotéis são, regra geral, muito bons (uns com Spa, até!), e algumas estâncias têm um centro de cidade super fofinho, com bares e tudo. Ou seja, o after ski é um complemento óptimo para depois de um dia de diversão na neve.

O Romme Alpin não fica num centro de cidade, mas se o que procura é descansar rodeado de paisagens lindas, casinhas típicas super fofas, e neve a perder de vista, então aqui vai-se sentir muito bem, e por um preço muito razoável. Nada muito caro, como nas pistas de ski mais conhecidas da Europa.

Canyoning no Gerês

Este post já vai dois meses atrasado e nem eu esperava que demorasse tanto para receber a reportagem fotográfica e vídeo da actividade que fizémos no Gerês, em Agosto. Mas, depois de uma espera longa aqui está aquilo que eu queria vos mostrar.

O Canyoning é uma actividade radical que tem vindo a tornar-se conhecida e cada vez mais procurada, principalmente na região norte do país. Isto porque é no norte que estão as condições propícias para sua realização, com os leitos dos rios mais acidentados e cheios de quedas de água.

Como existem vários níveis de dificuldade, esta actividade acaba por ser praticada por várias idades e condições físicas, até porque se nalgum obstáculo da etapa não estivermos seguros para ultrapassar, podemos sempre ir por terra e continuar em frente. Ninguém é obrigado a fazer algo que se sinta desconfortável!

O Canyoning tem a ver com uma caminhada ao longo do leito de um rio, ou seja, sempre dentro de água, em que as principais dificuldades básicas do percurso é passar pelas pedras mais pequenas ou maiores e tentar colocar sempre o pé no sítio certo, ou nadar se a profundidade for grande, ou deixar-mo-nos escorregar por cima de pedras, se a corrente for suficiente para nos levar. E assim vamos andando pelo leito do rio até certas zonas do percurso em que nos é proposto um desafio.

O primeiro desafio foi fazer tobogam, ou seja, deslizar pela rocha com água, depois fomos dar a uma zona de água profunda onde fizémos dois saltos. O primeiro foi de uma rocha a 3m de altura da água, onde tínhamos de dar balanço, e o segundo foi de 7m de altura. Este foi o dia de enfrentar o meu medo de alturas sem dúvida, mas valeu muito a pena. Dá um friozinho na barriga olhar lá para baixo mas a sensação de saltar em queda-livre até à água é única. Sim, foi só 7m! Mas eu sou uma medricas com a altura, então para mim isto foi uma prova daquelas!

O último desafio foi rappel numa queda de água, mas os monitores estão ali em todas as etapas a ajudar e dar conselhos. Eu adorei a experiência e no dia a seguir quando vi outro grupo a fazer Canyoning num nível mais avançado fiquei cheia de saudades. E adorava repetir e experimentar o nível seguinte, óbvio! 🙂 Fiquei fã.

O equipamento é o fato de mergulho, com capacete e arnês, para fazer a parte do rappel. Tudo fornecido pelos monitores. Apesar da água destes rios ser gelada que nem pedra, o fato isola muito bem e só quando estamos muito tempo parados começamos a sentir frio. Mas isso foi também porque o grupo era grande e ficávamos parados à espera que todos fizessem cada desafio.

Deixo aqui o vídeo-reportagem! 🙂