Já há um tempinho não trazia fotos de concertos e enquanto estava a seleccionar as que irão aparecer no post estava a lembrar-me que um dos momentos que mais gosto de fotografar é justamente aqui. A música está muito ligada a mim e é durante estas alturas que sinto que sou capaz de captar o sentimento que é transmitido através dela.
E também acaba por ser um bocadinho contrário aquilo que eu já tenho afirmado aqui de que não gosto de tirar fotos a pessoas. Bem, isso não é de todo mentira, mas talvez seja mais real no contexto de evento, onde não há este tal sentimento que dá para ser captado.
Quando estou a fotografar um concerto quase me abstenho de tudo à volta e foco-me completamente naquilo que quero que perdure e naquilo que eu gostava de sentir quando visse as fotos um tempo mais tarde. Será que me vou lembrar exactamente do que senti naquele momento?
Bem, este post de hoje definitivamente está mais sentimental e melancólico que de costume, mas eu não estou nem um pouco preocupada. 🙂 Foi, para mim, um concerto especial e diferente, principalmente por ter sido de uma pessoa que eu conheço à anos, tendo, por essa razão, seguido o seu trabalho desde início.
Vi as primeiras músicas e como aos poucos tem se afirmado e batalhado para conseguir aquilo que quer e perseguir os seu sonhos. Por mais difícil que isso seja. Então, de certa forma, também acho uma inspiração. Por essa razão, tive a ideia de fazer uma mini entrevista no final, coisa que nunca costumo fazer.
Como não me dou muito bem em frente das câmaras e no papel de entrevistadora, tive a ajuda preciosa de um amigo que desempenhou um papel exemplar mesmo com as minhas perguntas de última hora, ditas de fugida. O vídeo não vai ser colocado aqui, porque tem um objectivo diferente e faz parte de algo maior que poderá surgir, aproveitando os vários concertos lá no Life Space.
De resto, quem segue as fotos dos concertos que ponho aqui já se devem ter apercebido que eu adoro fotografar neste espaço e desta vez tive um dedinho também na escolha das luzes para o concerto. Lá dei o meu ponto de vista de que luzes vermelhas e verdes são bonitas, mas o pesadelo do século no que toca a fotografia, e tive como recompensa uma luz azulada e branca. Yeyyyy!
Para balancear, em vez do habitual pesadelo das luzes, desta vez tive de encarar o drama da sala cheia a abarrotar. Como é suposto a fotógrafa de serviço deambular pela sala e explorar vários ângulos se os ângulos já estão super preenchidos? Díficil tarefa! Mas mais uma vez tive ajuda de pessoas super queridas que andaram a carregar com pufes para eu subir em cima, desviavam cadeiras para eu rastejar melhor no chão…etc!
Enfim, resultou muito bem até, e consegui seleccionar algumas fotos que mostrassem o panorama geral. O que foi hard work já que a minha tendência no concerto foi tirar muitas fotos ao vocalista, acabando com milhentas fotos do David (sem exagero!).
Que programas da máquina usei? O habitual e acho que já nem faz sentido voltar a falar neles. Tirei partido das sombras que as luzes fazem e desta vez também do ambiente mais vintage que o tapete no chão proporcionou. De resto, usei pela primeira vez a minha lente 55-200mm que eu já sabia ser um pesadelo com pouca luminosidade e não decepcionou (pesadelo indeed!). Foi preciso truques de ninja para tirar fotos focadas, agravado pelo facto de eles não pararem quietos dois segundos. Então no segundo que abrandavam tinha de tirar a foto porque senão no segundo seguinte já era!
Ficam aqui as fotos e espero que gostem!