Henri Willig cheese!

Uma das coisas que eu tinha decidido nesta viagem era evitar fazer o convencional e restringir-me a isso. Eu acho que um país, uma cidade, são muito mais que monumentos a visitar e muito mais que museus. Não sei, acho que estou numa fase da vida diferente. Não quer dizer que esteja anti-museu, pelo contrário, visitei vários museus ao longo das semanas, mas sou muito mais rigorosa na seleção dos que quero visitar.

Tudo porque aprendi a amar o outro lado de cada cidade. Aprendi que é fantástico andar pela cidade e conhecer vários recantos diferentes, as fachadas e arquitetura das casas, ou simplesmente a cultura e gastronomia do sítio que estamos a visitar.

Quando pensei em incluir Amesterdão no roteiro, eu sabia que um dia tinha de regressar para dedicar mais tempo a outras vilas mais rurais da Holanda, onde estão os campos das tulipas e os moinhos. Mas algo que eu desconhecia até bem poucos dias antes de viajar era a qualidade dos enchidos da região, especialmente do queijo.

Uns dias antes de embarcar teve um amigo que me deu a dica de ir entrando nas lojinhas de queijo e enchidos e ir provando as várias qualidades diferentes que tinham. E esta era uma boa opção para provar algo delicioso e ir petiscando sem gastar dinheiro. Então eu fui um pouco no deixa ver se é mesmo verdade. E foi!

Perto da Red Light, mas depois descobri que há um pouco espalhado por toda a cidade, estão casinhas super fofas da marca holandesa Henri Willig, que tem os melhores queijos que eu alguma vez comi. Além do produto ser vencedor, com imensas qualidades diferentes de queijo para todos os gostos, eu adorei todo o conceito e a forma como eles apresentam o produto.

Como é algo tão tradicional do país, com uma das três fábricas sediada em Zaanse Schans, que recebe milhares de turistas todos os anos, então eles encontraram uma forma bem tradicional para mostrarem o produto em Amesterdão. As lojas são super fofas, em prédios bem típicos de Amesterdão, lá dentro ainda tem um pequeno museu que explica um pouco o processo de produção do queijo e depois tem umas meninas vestidas a rigor com o traje típico holandês, que servem os vários tipos de queijo.

Não me debrucei muito na história em si da produção dos queijos, até porque fiquei bem interessada em prová-los a todos (ahahah) mas depois de uma breve pesquisa e depois de falar um pouco com uma das meninas da loja, percebi que é um queijo bastante reconhecido na Holanda pela sua qualidade que é atingida através de processos de produção tradicionais, sendo o produto final testado e retestado diversas vezes de forma a garantir o nível alto de qualidade.

Infelizmente visitar a loja ou, para quem tiver oportunidade, uma das fábricas, é quase a única forma de garantir que conseguimos pelo menos testar o produto, porque os queijos da marca não são enviados para fora da Holanda. Eu perguntei e de facto a única hipótese de comprar é mesmo estando ali na loja ou na fábrica.

Para além dos vários queijos e de toda a diversidade ainda conseguiram apresentar mais uns enchidos, como chouriço, etc… Apesar de não ser o foco principal, algo que vemos perfeitamente pela quantidade de oferta de queijo quando comparado aos outros enchidos à venda.

Para os interessados nos queijos, vou já avisando que há de tudo um pouco e até as combinações mais improváveis eu provei. Desde alho com mel, até picante, enfim… são tantos sabores diferentes que não vou arriscar prosseguir. E o melhor é que dá para comprar conjuntos de vários sabores se gostarmos de mais do que um, o que vai decididamente acontecer.

Então, quando estiverem por Amesterdão procurem pelas lojinhas com os mega queijos na porta e nas vitrines. São bem fáceis de achar!

Paris, Rouen e Hautvillers: dicas gastronómicas!

Nesta visita a Paris uma das resoluções que tinha feito era aproveitar para visitar alguns restaurantes, bares ou cafés. Isto porque eu sempre acho que parte da experiência de visitar algum lugar passa também pela gastronomia e não só pelos pontos turísticos. Mas como Paris é bem cara, da última vez que estive na cidade não consegui aproveitar nada (ou quase nada) em termos gastronómicos. Desta vez, eu estava decidida a colmatar esta falha e a aproveitar o melhor possível dentro do orçamento.

Começando por Paris, houve um pouco de tudo e alguns de última hora que nem fui eu a decidir, mas como adorei na mesma, vou deixar aqui a dica.

Paris – Café Angelina:

Depois de chegar a Paris e começar o passeio por Notre Dame, fizemos uma paragem estratégica para almoçar na Angelina. Este café é muito conhecido por ser tipicamente parisiense, tipo palacete, e são os macarons e o chocolate quente da Angelina que fazem as delícias do turistas habituais.

Apesar de termos saído um pouco da experiência dita “normal” para se ter na Angelina, a verdade é que eu adorei almoçar por lá e achei que a sandes que pedi estava deliciosa. Sim, paguei por uma sandes aquilo que em Portugal pagaria por uma refeição de luxo, mas enfim… estamos em Paris meus caros.

Existem vários cafés da Angelina espalhados por Paris. Nós fomos ao das Tuilleries que estava bem no centro do roteiro que queríamos fazer. Adorei o espaço e o atendimento e sinceramente acho que só isso faz toda a diferença quando procuramos um sítio fora do normal para sentirmos a verdadeira experiência parisiense.

Então, apesar do preço, claramente é um café que recomendo a visita, mesmo que seja o único. Numa próxima visita vou querer experimentar os doces deles e o célebre chocolate quente.

Paris – Carette:

Este foi claramente o dia da visita aos cafés fofos da zona. Depois de um dia intenso a andar pelas ruas de Paris, fomos acabar no Trocadéro e parámos para fazer o chá da tarde no Carette. Ele não é aquele ícone como a Angelina, mas tinha lido algumas resenhas acerca dele e gostei bastante, então porque não?

Mais uma vez o Carette é conhecido pela sua doçaria e por ser uma cafezinho tradicional parisiense, sem os luxos da Angelina, mas ainda assim muito parisiense e com uma localização óptima. Estávamos de frente para o Trocadéro e para a Torre Eiffel!

Pedimos um chá e uns macarons e ficámos ali a saborear tudo sem pressas. Afinal era o meu primeiro dia em Paris e ainda estava meio cansada de todo o stress da viagem e, claro, com os pés a pedirem trégua depois da caminhada.

O Carette também tem um menu para almoços leves, com sandes, quiches, entre outras comidas ligeiras que servem bem o propósito de um almoço rápido ou fora de horas, tal como nós fizémos na Angelina.

Paris – La Crete:

Este restaurante surgiu porque lá no laboratório tínhamos uma rapariga grega que fez o ERASMUS em Paris e quando estávamos à procura de qual o melhor restaurante para festejar o final do Mestrado de outra rapariga do laboratório, esta foi a decisão final.

E foi uma óptima forma de conhecer o bairro Quartier Latin, que no final das contas é super movimentado ao final do dia/noite com imensos bares e restaurantes. Facto este que eu desconhecia! Então, depois do trabalho, apanhámos o metro e fomos até ao restaurante para fazer a festa.

E foi super engraçado! Primeiro porque os donos ou falavam grego ou francês. Segundo porque eu não sabia que comida pedir porque estava nestas duas línguas e os meu conhecimentos de comida grega são muito escassos. Ahahahah

Mas pronto, com a ajuda da nossa colega grega lá conseguimos fazer o pedido e eu adorei a comida. Nós pedimos várias coisas diferentes e fomos provando as comidas de todos, mas eu adorei especialmente a minha, que era uma espécie de espetada de carne com vários condimentos diversos. Uma delícia!!!

Paris – Le P’tite Souer:

No último fim-de-semana em Paris nós já não tivemos dias tão intensos como foram os outros anteriores. E uma das coisas que queríamos experimentar era um brunch, só não sabíamos muito bem onde. Como eu queria ir a Montmartre no Sábado, acabei a pesquisar cafés para fazer brunch por lá.

Este tem menu fixo mas que trás uma boa variedade de comida, desde o tradicional pão com manteiga e compota, para outras opções mais arrojadas que inclui salada, queijos tradicionais franceses e presunto. Ok, arrojado para mim que não costumo comer esses alimentos no pequeno-almoço, mas afinal de contas é um brunch, então basicamente achei super interessante fazer este combinado de comida típica e o tradicional pãozinho do pequeno-almoço.

O espaço é bastante central e funciona como bar no restante dia, excepto aos Sábados que faz este menu de brunch. A decoração está muito interessante com aquele ar de bar rockeiro, com barris a servir de mesa, e janela aberta para o exterior. Super recomendo!

Rouen – La Walsheim:

Entrámos neste restaurante em Rouen por mero acaso. Estava um frio que começava a incomodar e, apesar dos planos serem fazer piquenique no jardim por trás da igreja, começámos a desistir dele à medida que a manhã avançava.

As casinhas de chá começaram a ficar bem tentadoras e antes que fizéssemos um almoço à base de chá e bolos, decidimos entrar neste restaurante, em frente à igreja de St. Maclou. Colocaram-nos numa mesinha bem recolhida, num patamar do restaurante e trataram-nos muito bem. Até quando eu decidi pedir bife tártaro, desconhecendo totalmente que vinha bife cru e depois pedi ao empregado para cozinhar aquilo.

Claramente a especialidade deste restaurante são os bifes e há várias opções deliciosas que fazem crescer água na boca. Para apreciadores de bife tártaro eu recomendo este em particular, que estava delicioso, não fosse o facto de estar cru. Depois de cozinhado eu fiquei fã daquela carne picadinha e muito bem temperada. Mas, claro, gostos não se discutem.

Hautvillers – Au 36…:

Foi um dos meus restaurantes favoritos de toda a estadia em França talvez por estar no meio de uma vila super fofa, que por sua vez está no meio da região de Champanhe. Fomos a este restaurante como podíamos ter entrado literalmente em qualquer outra casinha porque todas elas tinham um menu degustação e estavam muito apelativas.

Ficámos sentadas na esplanada e pedimos a comida típica da zona. Eu pedi menu degustação dos produtos da região e a minha amiga pediu uma panela só para ela de uma espécie de ratatouille. A acompanhar fizemos a degustação dos sumos de uva.

O forte deste restaurante é sem dúvida as degustações dos produtos da região e os pratos típicos, além de terem vários menus diferentes para degustação de champanhes. Na realidade, quando entrámos não vimos ninguém a fazer uma refeição a sério. O que mais se via eram copos de champanhe espalhados pelas mesas e algumas tábuas de enchidos também.

Então, o Au 36… tem todo o ar de ser um restaurante mais virado para o petisco, que não deixa de ter opções de refeição igualmente boas e saborosas. Foi talvez a refeição mais longa de todas, mas eu adorei o restaurante, p.

Congresso na Sardenha com dicas práticas!

Na semana passada fui até à Sardenha, mais concretamente a Alghero, para participar num Congresso da área em que estou a trabalhar neste momento. Foi a primeira vez que fui “speaker” num Congresso e por essa razão dediquei imenso tempo a estudar apresentação, estudar toda a minha tese de Mestrado, enfim… Completamente focada no Congresso em si! Por essa razão acabei por não pesquisar muito acerca de dicas turísticas e deixei para pedir no hotel um mapa da cidade caso tivesse algum tempo livre.

Chegar a Alghero não foi tarefa muito fácil, porque tivémos de fazer escala em Roma na ida e em Milão na volta. Resultado, passámos quase 1 dia a viajar para chegar à ilha e outro dia para voltar da ilha. Com o tempo tão instável nos últimos dias, eu também estava super reticente em levar só roupa fresca e acabei por levar imensa tralha atrás (laptop incluído).

Em Roma apanhámos imensa chuva que estragou qualquer possibilidade de aproveitar a tarde para passear, mas os dias que passámos em Alghero foram espetaculares e o tempo miraculosamente abriu, brindando-nos com Sol todos os dias.

Chegámos de noite a Alghero e logo percebemos que o aeroporto é muito minúsculo. Nem tinha táxi, só chegou uns minutos mais tarde. Logo percebemos que o táxi seria o melhor meio de transporte para chegarmos até ao centro e foi mesmo. Demorámos uns 15/20 min até ao nosso hotel, por um preço bastante simbólico (25€).

Nós ficámos hospedadas no Hotel Angedras, muito bem localizado junto ao hotel onde foi o nosso Congresso, o Hotel Carlos V, esse sim com um luxo de cair o queixo. Eu adorei o hotel em que ficámos e acho-o super fofo e com um preço bastante razoável, principamente tendo em conta a localização muito central.

Quanto ao Hotel do Congresso é 5*, então tinha todo o luxo que se podia pensar, além de uma vista sensacional para o mar, desde o patamar onde estava o bar e a piscina e onde foram feitos todos os coffee break’s e servido o jantar do primeiro dia.

Que vista!! Eu não me cansava de tirar fotos cada vez que vinha a um coffee break. Também almocei no restaurante buffet do hotel em todos os dias do Congresso e adorei a qualidade do serviço e da comida. Enfim, o hotel e todo o serviço foram fenomenais e serviram para elevar toda a experiência do Congresso em si.

No último dia eu ainda consegui marcar o aluguer de um carro e nem precisei ir buscá-lo à agência no centro da cidade. O próprio rapaz da agência veio trazer-me o carro durante a manhã ao hotel e rapidamente tratei de toda a papelada no lobby mesmo.

Fiquei com o carro estacionado na rua para quando acabasse o Congresso ir logo de carro conhecer a praia que queríamos e depois de voltar estacionei na rua e entreguei a chave ao rapaz da receção do hotel. Melhor é impossível!

Como visitar a cidade? Se estiver numa visita rápida à zona, tal como eu, o ideal é andar a pé para conhecer a cidade e alugar carro se a intenção for conhecer uma qualquer praia da região. Alghero tem um serviço de autocarros que leva até às praias que estão logo ali a seguir à cidade (Lido, Maria Pia, etc), mas é impossível ir mais além só com este transporte. Além disso, eu pessoalmente acho que, ficar por estas duas praias é perder a oportunidade de conhecer as verdadeiras praias que dão fama à Sardenha no geral.

Então, nós optámos por passear a pé no primeiro dia de manhã, antes de iniciar o Congresso, mas depois alugámos carro para ir até La Pelosa conhecer a praia, que é uma das mais bonitas da região. E conduzir pela ilha é super simples. Ela está muito bem sinalizada, não há auto-estradas. Vamos literalmente entre campos e vinhedos, o que rendeu óptimas vistas também. Eu nunca tinha conduzido fora de Portugal e achei muito confortável todo o percurso. E rápido até.

Comi muito bem em Alghero, não só no Congresso, mas fora dele. O restaurante que visitei no centro da cidade tinha uma esplanada muito agradável, ali na rua pedestre principal, que liga as muralhas cá em cima e que se estende até ao arco que dá para a Marina (Café Gilbert Bar). Tem várias opções de comida típica italiana e a um preço muito bom. E claro que a comida estava muito boa.

Um dos dias do Congresso fomos jantar ao Le Pinnette, que fica fora de Alghero. Para lá chegar era preciso alugar carro mesmo. Nós fomos num autocarro alugado para todos e na altura eu lembro-me de ter pensado qual a razão para não termos ficado ali pelo centro. Mas agora posso garantir que o Le Pinnette é um show gastronómico com comida típica que não pára de chegar e, mais importante, suuuper deliciosa. As entradas foram recheadas de enchidos típicos da região, depois muitos carbo-hidratos (afinal estamos em Itália) e por fim um pernil super saboroso, que pelos vistos é a especialidade da casa.

Saí de Alghero super apaixonada pela comida, pelas pessoas, e pela região em geral. Toda a experiência foi óptima e ainda melhor ter conseguido aliar com um Congresso que foi igualmente espetacular e tantas alegrias me trouxe. Muita coisa boa aconteceu e nos próximos tempos concerteza irei desvendando pouco a pouco as muitas novidades que aí vêm, já a começar em Outubro.

 

 

Kitchen Chiado!

Depois do jantar de Natal da empresa na tenda do Centro Cultural de Belém, chegou a hora do jantar de Natal dos colegas da faculdade. Todos os anos Dezembro é sempre aquele mês de muito jantar natalício, muita ginástica na agenda e poucos dias livres para encaixar tanta coisa que pretendemos fazer.

Bem, o jantar de Natal da empresa é sempre o ponto alto, sem dúvida, mas regra geral há sempre mais alguns grupinhos que também tencionam se reunir e fazer a festa. Este ano estou inserida na turma do Doutoramento, então um jantar de Natal foi inevitável acontecer. Mas como eu adoro esta época do ano, adoro igualmente escolher o melhor sítio e usufruir do melhor da experiência.

Depois de alguma pesquisa decidimos pelo Kitchen Chiado, que fica quase no miradouro de S. Pedro de Alcântara. O que eu gostei mais no restaurante foi a versatilidade da ementa, mas com um toque de bom gosto.

A decoração do espaço estava muito bem conseguida, com vários sofás que davam um ambiente acolhedor, mas ao mesmo tempo sofisticado. Mais alguns detalhes da decoração também foram fundamentais para a experiência sensorial, claro.

No entanto, como tinha falado à pouco, o que mais me apaixonou e fez decidir por este espaço foi justamente a ementa. Eu tive acesso pelo Zoomato e já sabia o que ia encontrar mesmo antes de ligar para marcar mesa (fundamental também).

A ementa é muito versátil porque conjuga uma parte de tapas/petisco com os restantes pratos de carne/peixe, etc… E como nós éramos três eu achei o máximo experimentarmos várias coisas diferentes (tipo tapas). Então pedimos pica-pau, cogumelos recheados e salada de polvo. Estava tudo muuuito saboroso, mas os cogumelos recheados destacaram-se pela positiva. Estavam divinais, sem dúvida.

Com estes petiscos nós ficámos muito bem e já nem pedimos pratos individuais, apesar de eu ter ficado de olho no bife com o molho da casa. Fica para uma próxima.

Adorei a simpatia de todo o staff que nos deixou à vontade para escolhermos o que quiséssemos e quando quiséssemos. Nós chegámos relativamente cedo e ficamos imenso tempo na conversa depois de jantar. Aconselho a marcar mesa, principalmente se for para o fim-de-semana. Nós fomos a meio da semana e mesmo assim notei que os restaurantes estavam bem cheios. Sem dúvida que a época em questão faz aumentar o movimento, mas ainda assim, com o crescente interesse dos turistas pelo nosso país, os restaurantes tendem a encher mais rapidamente mesmo durante a semana.

Depois do jantar fomos beber café a uma barraquinha do mercadinho de Natal do miradouro. Esta ainda estava aberta e só servia bebidas e cafés, mas foi giríssimo porque a dona do espaço era venezuelana e rapidamente o meu grupinho super multicultural deu nas vistas. O meu colega estudou medicina em Cuba e começou logo a falar espanhol, e a minha colega é italiana. Todos muito divertidos, passámos um bom bocado por lá, antes de voltarmos para os carros e ir embora.

E como as luzes de Natal estavam lindíssimas à noite. Estou apaixonadíssima por Lisboa nesta época do ano.

Kitchen Chiado:

Rua S. Pedro de Alcântara nº21

Chiado, Lisboa

Decorações de Natal da Baixa e muitas dicas gastronómicas/belezísticas na Avenida da Liberdade!

Então este post vai ser recheado de dicas fabulosas mas que não tinha muita lógica fragmentar em vários posts porque tudo aconteceu no mesmo dia e foi basicamente o resultado de um passeio super bom que eu dei com uma colega do doutoramento. Aproveitando o feriado do 1 de Dezembro aqui em Lisboa, que bateu justamente com a inauguração do Wonderland e com as iluminações de Natal, decidimos dar umas voltas pela Baixa-Chiado, Avenida da Liberdade e acabar no Wonderland, que fica no Marquês.

Nada de muito definido fomos andando e curtindo ao máximo o dia livre no meio de tanto trabalho que temos tido nas últimas semanas. Começámos num almoço rápido nos Armazéns do Chiado e eu aproveitei para passar na loja da Khiel’s e comprar o meu champô de aminoácido que eu andava à semanas para experimentar. Experimentei uma amostra que tinha pedido na semana anterior, adorei e voltei para comprar. Eu não sei se tem outra loja desta marca em Lisboa, mas esta nos Armazéns do Chiado é perfeita para comprar os produtos desta marca.

Uma coisa que eu adoro nesta marca é a facilidade em darem amostras de quase todos os seus produtos. É só chegar e perguntar que eles dão na hora sem questionar. Por isso, agora tenho lá em casa amostras do creme de olhos de avocado, que também estou a adorar e, concerteza, será a minha próxima compra. Depois faço post exclusivo sobre o champô, mas por agora deixo a dica da loja física em Lisboa e também deixo o link para o site.

Logo ao lado da Khiel’s está a Sephora, que tem uma enorme variedade de marcas aqui nos Armazéns do Chiado. Eu adoro várias marcas que eles têm, mas torço o nariz aos preços que praticam em Portugal. Acho sempre que compensa mais pedir online na Sephora dos EUA. Apesar disso fica a dica! Fora dos Armazéns ainda está a lojinha da Benefit que é suuuper fofa e tem também produtos muito bons.

As decorações de Natal aqui no Chiado são lindíssimas, com direito a árvore e tudo, então vale a pena passar e dar uma espreitadela, para além das óptimas lojas que encontramos. Quanto a lojas não vou estender muito mais, mas num curto espaço tem várias marcas conhecidas internacionalmente e que facilmente encontramos em vários shoping’s do país.

Daqui fomos até ao Rossio e a minha dica para esta zona vai precisamente para o mercado de natal que está a decorrer por aqui e também as decorações e luzes de Natal super fofas.

Mas nós seguimos até à Avenida da Liberdade e visitámos a loja recém aberta da Mango, ali no largo dos Restauradores. A loja está óptima, super espaçosa e cheia de excelentes opções. Esta é uma das marcas que eu mais aprecio e são várias as encomendas que eu faço, especialmente online.

A Avenida da Liberdade tem especialmente lojas de alta costura e será a zona de Lisboa onde é possível num curto espaço encontrar as grandes marcas internacionais com mais prestígio e fama. Quem não quer uma mala da Carolina Herrera, ou da Michael Kors? Pois bem, é só vir até à Avenida da Liberdade e encontraremos óptimas lojas.

Depois de “visitar” algumas lojas parámos no Hotel Tivoli para eu conhecer o Spa do hotel, tudo porque é um dos raríssimos espaços que vende os produtos da marca Biologique Recherche. A marca francesa é tão exclusiva que fica difícil encontrar um ponto de venda. Eu ando apaixonada pelo tónico exfoliante P50 e fui saber mais algumas informações. Mas como estava no hotel Tivoli óbvio que a experiência foi para lá de luxuosa. Assim que sentámos enquanto o profissional ia buscar alguns produtos, foi-nos logo servida água aromatizada com limão ao som de uma música ambiente muito relaxante. Quando ele veio com a cestinha cheia de produtos esclareceu várias dúvidas em relação ao produto que eu pretendia mas não só. Praticamente fez uma avaliação da pele logo ali e ainda discutiu comigo toda a minha rotina de cuidados do rosto, acabando por sugerir o P50W, por ser menos forte e eu já fazer outros tratamentos de ácido no rosto. AMEI e também é um produto que pretendo comprar em breve. Por agora trouxe uma amostra para testar em casa.

A seguir subimos até à Wonderland que inaugurou precisamente neste dia. Eu ia escrever sobre ela aqui, mas pensando bem, vou dedicar um post para este mercado que está a fazer sucesso e este ano é a sua 2ª edição.

Então, depois de umas horas passadas na Wonderland, voltámos a descer a avenida, voltámos a entrar em alguma lojas de alta costura, mas desta vez conheci uns bares/restaurantes que vou deixar aqui a dica.

Em primeiro lugar descobri uma mini lojinha de La Durrée mais ao menos a meio da avenida e fiquei encantadíssima. Para quem não sabe, a La Durrée é uma marca francesa de macarrons super conhecida. os macarrons são um dos doces típicos parisienses e são várias as marcas que tentam rivalizar para ter o título de melhor macarron. A La Durrée não é a melhor, mas a sua originalidade na decoração e design das lojas, caixinhas e produtos, fazem totalmente a diferença. Não fazia ideia que havia loja cá em Portugal e adorei saber.

Mesmo ao lado da loja está a entrada para um género de bistrô super chique que serve especialmente vários tipos de enchidos e vinhos. É o sítio ideal para passar e petiscar ao balcão de mármore uma tábua de enchidos e um copo de vinho. Chama-se JNcQuoi e desperta a atenção logo da rua com todos os enchidos nas janelas que dão para a avenida. Pois bem, é só descer as escadas e estamos no bar. O que eu só me apercebi depois de pesquisar o sítio foi que tem outra sala, para além do espaço do bar, onde servem refeições de luxo. Um lugar para voltar e conhecer melhor, sem dúvida. Por agora fica só a dica de um óptimo lugar, com muito bom ambiente.

Onde parámos mais tempo para conversar e descansar, já no final de um dia super intenso, foi no Hard Rock Café que fica também na avenida, junto aos Restauradores. Eu nunca tinha estado no bar de Lisboa, só em Estocolmo. E, apesar de sempre ter ouvido falar bem deste conceito, nunca houve oportunidade de realmente passar por lá. Resumindo, fiquei também fã deste espaço e com muita curiosidade em experimentar as comidas que também servem. As comidas são muito à base da cozinha americana, então são especialmente fortes nos hambúrgueres.

Incrível como vi pais com filhos pequenos a comerem por lá e um ambiente super rockeiro mas super boa onda, ao mesmo tempo. Adorei o perfil dos empregados, a decoração do espaço e todo o conceito em si. Sem dúvida um lugar também a voltar!

E são estas as imensas dicas super condensadas que trago hoje. Para breve falarei da esperiência no Wonderland! 😀

 

Marcelino, pão e vinho!

Há coisa melhor do que deixar o tempo passar numa tasca bem no coração da Graça, num Domingo à tarde? Com a crescente massa de turistas a invadir Lisboa, houve um melhoramento significativo na cultura e gastronomia por toda a cidade.

Uns estabelecimentos com melhores resenhas que outros, mas muito se tem apostado no estilo vintage e diferente, para captar atenções e ser único na capital. Aliado à produção de cerveja artesanal, as casa lisboetas tornaram-se um sonho para turistas e habitantes.

Difícil mesmo vai ser escolher onde ir, com tanta oferta diferente. Depois de visitarmos a exposição na Cordoaria, fomos andando, até que demos por nós na Baixa. Imediatamente o Carlos lembrou-se de me levar a esta tasca, que fica bem lá no alto na Graça, depois de Alfama e quase a chegar ao miradouro da Graça.

Eu já falei aqui no blog acerca de Alfama e como gosto particularmente deste bairro. Para mim ele tem o verdadeiro espírito bairrista tão característico do lisboeta de gema. Então qualquer passagem por aqui me traz alegria e me muda a mente na hora. A Graça fica imediatamente a seguir e também já mereceu passagem e post aqui no blog também.

Entrar numa tasca destas é a cereja no topo do bolo e fiquei a perguntar-me a mim mesma porque não fazemos isto mais vezes. O Marcelino pão e vinho, tem uma decoração muito original que cativa assim que entramos lá dentro. Tem muitas fotografias a preto e branco, candeeiros super engraçados, tem chapéus e bonés pendurados no teto e muitos mais detalhes engraçados.

Eu pedi um batido de frutos vermelhos e o Carlos foi experimentar as cervejas artesanais, com produção lisboeta. E fica difícil decidir que cerveja provar porque todas elas têm rótulos engraçados e quase dá vontade de agarrar em todas elas e levar para casa para colecionar e expor no móvel da cozinha.

Os empregados são muito simpáticos e lá nos estiveram a tentar explicar as diferenças entre cada uma delas, até o Carlos finalmente decidir o que queria. A indústria da cerveja artesanal tem evoluído muito nos últimos anos e hoje em dia já existe um número simpático de fábricas, mesmo dentro de Lisboa. Na próxima semana até ocorre o festival de cerveja durante toda a semana e uma nova fábrica vai abrir portas na LX Factory.

A tasca do Marcelino tem muitos petiscos e uma variedade de comidas e bebidas para vários momentos do dia. Ultimamente ando numa de petiscos, mas como estávamos a meio da tarde ficamos pelas bebidas. Pode ser que numa próxima experimentemos algo mais. Pelo menos ficámos muito impressionados pela originalidade do espaço.

Marcelino pão e vinho:

Rua do Salvador, 60-62, Graça, Lisboa

Cervejaria João Gordo!

No meu dia de anos, 22 de Agosto, fizemos a loucura de ir até Leiria só para jantar numa cervejaria que os meus cunhados há muito que gabavam, a Cervejaria João Gordo. Ir de Lisboa a Leiria e voltar ao fim da noite só para jantar pode ser considerado excessivo, mas no final o saldo foi muito positivo e compensou todos os km’s e as horas tardias que chegámos a casa para irmos trabalhar no dia seguinte.

Marcámos mesa e quando lá chegámos já estavam as entradas na mesa. Mas é aqui que começa a diferença. Só as entradas fazem o jantar e depois delas, acabámos por pedir picapau para partilhar pelos quatro, porque simplesmente já não tínhamos mais apetite.

As entradas são um verdadeiro banquete com salada de polvo, de ovas, de búzios, quiche, gambas fritas, vários enchidos, salada de bacalhau e mais umas iguarias óptimas, todas elas divinais.

Nem olhámos para o menu e simplesmente fomos seguindo as sugestões do dono do restaurante que vinha às mesas ver se estava tudo bem e falar conosco acerca do que precisávamos ou o que mais gostávamos de experimentar.

De vez em quando aparecia com mais um tachinho e mais uma iguaria para nós provarmos. Se quiséssemos ficava na mesa, se não quiséssemos seguia para outra mesa. O restaurante não é muito grande e para conseguir mesa é melhor reservar.

Como ele é tão bom, com comida excelente, ambiente super único e diferente, acaba por encher muito rápido e depois quando está cheio não há pressa para levantar da mesa. Nós ficámos quase 3h sentados e não parámos de comer até irmos embora, literalmente.

Na entrada da cervejaria tem umas pipas a servir de mesas para quem quiser chegar e beber umas cervejas entre o trabalho e casa, ou então mesmo após o jantar. Então dá para ficar só por ali e nem sentar nas mesas para jantar.

O ponto forte deste restaurante sem dúvida que é a qualidade das entradas que servem, muito à base dos frutos do mar e outros petiscos tipicamente portugueses. Muitas pessoas vão lá só para comer aquelas entradas e já nem pedem prato individual. Depois de acabar de comer as entradas eu estava para lá de satisfeita. Não conseguia comer mais nada.

Só com alguma insistência do Carlos e do meu cunhado é que acabámos por mandar vir o picapau, numa de experimentar mais uma iguaria deliciosa. Já que estávamos ali né? Olhem, depois desta experiência eu fiquei a amar este conceito de petisco, mas principalmente em restaurantes assim, que realmente fazem jus ao termo e nos deixam com saudades de voltar.

Depois de provar estas entradas eu duvido que consiga encontrar outro lugar que faça frente e me dê uma experiência tão boa, com comida tão deliciosa. Então dica preciosa para quem passa por Leiria ou para quem, tal como eu, está numa de fazer km’s para testar as minhas sugestões: Vão ao João Gordo!!! De certeza não vão sair arrependidos.

Cervejaria João Gordo:

R. Dom Carlos I 29, 2415 Leiria

 

Mercado de Campo de Ourique!

Olá a todos depois desta tão longa ausência! 🙂 Para quem me tem acompanhado no Instagram pode comprovar que não tenho mesmo parado e não tenho conseguido dar a atenção que o blog merecia. Então, por causa disso, já tenho alguns posts por entrar há algum tempo.

Com a viagem deste último fim-de-semana a Salamanca, a malta lembrou-se que os posts estão a acumular e então hoje trago algo mais antigo, mas que não deixa de ser uma óptima dica gastronómica – Mercado de Campo de Ourique!

Já lá vai o tempo em que os mercados de Lisboa eram só para as velhinhas irem de manhã comprar as suas frutas e legumes e onde aos Sábados se apregoava o preço do peixe. Com a evolução dos tempos e com o requinte a que Lisboa nos habituou, muitos dos mercados típicos, de outrora, transformaram-se em lugares óptimos para jantar ao fim-de-semana, por exemplo.

São muitas as diferenças no ambiente, no entanto, o segredo do sucesso, são as parecenças e aquilo que ficou do tempo do mercado antigo. Aquele conceito das bancas ao longo do espaço não se perdeu, simplesmente foi refinado com as dicas gastronómicas mais recentes e que movem multidões de turistas e lisboetas para o melhor spot!

Receita antiga mas renovada é sucesso garantido, já que estamos na era do vintage e de recuperar aquilo que era feito no tempo dos nossos pais. Talvez essa seja a fórmula do sucesso, ou então é aquela veia que nós tempos de querer buscar sempre algo novo aos nossos olhos e paladar.

Então, o interior do Mercado do Campo de Ourique está um verdadeiro luxo, com muitas barraquinhas muito bem arranjadas e decoradas, que oferecem uma imensa variedade gastronómica. Existem aquelas dedicadas à comida italiana, steak house, ou até mesmo aquelas que se dedicam exclusivamente às bebidas.

Quando compramos alguma coisa em qualquer barraquinha eles dão aquelas máquinas portáteis que conta o tempo até o pedido estar pronto e depois acende a luz para irmos buscar a refeição. E isso também é muito útil para permitir que continuemos a circular, desta vez para ir a outra barraquinha qualquer comprar mais alguma coisa, como por exemplo as bebidas.

Neste meio tempo também podemos ir procurando mesa, as quais estão todas concentradas no meio do mercado. Elas estão mais viradas para bancadas com cadeiras/bancos de pé alto, mas as benditas mesas estão muito bem equipadas com ganchos em baixo. Isto para as senhoras porem malas, casacos e toda a parafernália típica, é óptimo.

Dica de ouro é ir cedo aos fins de semana. Isto porque o conceito é tão bom, que vê-se imensos grupos de amigos, família, etc, por lá. E depois a ideia é ficarem bastante tempo a conversar e a relaxar, porque ao fim das contas, estamos no final de semana. A malta não quer ir embora mesmo.

Como o conceito também é muito interessante e nada caro, há muita gente por lá. Então quanto mais tarde formos mais difícil vai ser arranjar mesa. Para evitar stresses não cheguem tarde e é a melhor solução.

Outra dica a aproveitar é, no caso de irem num grupo de amigos, pedirem várias coisas diferentes e irem trocando, para poderem experimentar uma variedade de gastronomia. Nós fizémos isso mesmo mas sempre dentro dos sabores italianos. Pedimos vários pratos diferentes, pusemos no meio da mesa e fomos experimentando tudo.

Comi cada coisa mais apetitosa!! E tudo muito gourmet, como nem eu tinha experimentado em Itália. Vale a pena não só pela comida, como pelo ambiente muito animado de fim-de-semana. Como este mercado, existem outros espalhados por Lisboa, é só fazer a check-list e ir rodando!

Osteria na Madragoa e noite de Ballet!

Como andei à volta dos posts da Bélgica, acabei por deixar mais para trás o que entretanto foi acontecendo no restante mês de Dezembro. Então, agora que já acabaram os posts da Bélgica definitivamente, está chegada a altura de mostrar mais do mês de Dezembro.

Lá pelo Instagram eu até postei algumas fotos da noite do Ballet, onde fui com uma amiga ver a Bela Adormecida. Foi apenas um dos muitos espectáculos de ballet que andaram por Lisboa no mês do Natal, e que eu já tinha falado no ano passado que queria muito experimentar este ano.

E fiquei tão apaixonada pelo ballet que já estou a pensar qual espectáculo vou no ano que vem. No entanto, a noite de ballet começou mais cedo, num jantar a duas no bairro da Madragoa, onde eu nunca tinha estado.

Nós queríamos um restaurante mais baratinho, mas que não fosse hambúrgueres ou pizza (mês de Natal é assim). Então, quando fui pesquisar no Zomato, encontrei esta tasca italiana, que eu já tinha lido acerca dela numa revista qualquer.

Já na altura tinha ficado entusiasmada com o conceito, mas quando não se tem uma ocasião especial, acabamos por deixar pra lá. Então, a ocasião proporcionou-se neste dia e fomos até lá jantar. Reservei mesa no próprio dia de manhã, logo para o primeiro horário das 19h e quando lá chegámos ainda não estava ninguém.

A noite estava meio chuvosa e as ruas do bairro não ajudam muito. Além disso íamos de salto alto, então foi uma combinação maravilhosa no geral! 😀 Mas a experiência, apesar de mais simples do que estava à espera, até correu bem e conseguimos usufruir um pouco daquele ambiente mais de tasca, acompanhado de umas iguarias bem italianas.

Dividimos dois pratos para podermos experimentar mais umas coisinhas e a entrada foi totalmente oferecida. Nada UAU!, mas ainda assim, nos dias de hoje é um ponto positivo.

Pelas fotos dá para ver que as iguarias são assim meio diferentes e principalmente coloridas! Mas eram deliciosas, mais a primeira até! Aquele risotto verde estava muito bom! No entanto, lá está, acho que acabamos por pagar o conceito e o ambiente em si. Achei que para tasca italiana, e para o conceito de pedir vários pratos e ir experimentando, o preço de cada prato estava um pouco caro.

Porque se fosse um restaurante italiano, onde escolhemos um prato e pronto, aí acho que aceitava o preço, ou nem me importava se puxassem a barra mais para cima. Mas o conceito de uma Osteria (dito pela senhora que nos serviu) é de uma tasca italiana onde se vai pedindo vários pratos, que trazem pouca quantidade, e se vai experimentando coisas diferentes.

Acabámos por só pedir dois pratos, em parte porque os hidratos de carbono das massas e arroz começaram a encher-nos, e em parte porque não queríamos mesmo pagar muito. Então, acho que a nossa opinião ficou assim no meio termo.

Não foi o que estávamos à espera, para um conceito tão diferente e engraçado, mas também não podemos dizer que foi mau, porque a comida e o ambiente estavam óptimos. Além da simpatia de quem nos atendeu e explicou direitinho como era o conceito, dando sempre várias dicas do que experimentar.

Por outro lado, o tempo voou e depressa chegou a hora do espectáculo no CCB. Chegámos já um pouco atrasados, mas o ballet ainda estava bem no início, então não foi difícil pegar o fio à meada.

Por outro lado, apercebi-me de que a história da Bela Adormecida já estava meio caída no esquecimento, tanto para mim como para a minha amiga. Então, aproveitando a época natalícia na TV, vi o filme “Maléfica”, que tem a história da Bela Adormecida talvez um bocadinho alterado do que estamos habituados a ouvir, mas com uns acrescentos muito bonitos.

Então, acho que ver o filme antes ou depois do ballet é um bom complemento e deixa-nos mais despertos para a história. No entanto, além deste filme há outros, inclusive em desenhos animados. É só escolher e ver. Há, e este tipo de espectáculo é óptimo para levar a criançada atrás! 😉

Comida tradicional açoriana: restaurantes e tascas!

Uma parte fundamental da viagem é sempre a gastronomia que nós provamos. Pelo menos um dia temos de esquecer a carteira e aventurarmos-nos naqueles pratos tradicionais que são a cara do país. Não fizemos tanto isso em Londres, então agora desforrámos-nos. E como os Açores é rico em gastronomia e produtos típicos, eu trago aqui uma mostra das várias áreas no que toca a restaurantes e o que é imprescindível provar.

Cozido das Furnas – Restaurante Tonys:

No segundo dia lá nos Açores fomos visitar as Furnas e como é óbvio, quem vai às Furnas tem de provar o cozido tradicional, feito debaixo da terra, na zona das Caldeiras, que depois fomos visitar e que eu já mostrei aqui. Mas na hora de escolher qual o restaurante, eu aconselhei-me com opiniões de locais na internet,  e decidi-me pelo Tonys, mesmo no centro da vila das Furnas.

Ele não é um restaurante super moderno e chique, mas o propósito não era a decoração do espaço mas sim a qualidade do cozido. E nisso não ficámos mal. Eu não sou grande apreciadora do cozido e nunca fui, mas este fez com que eu saboreasse cada couve e aipo, como se tivesse a comer o meu melhor petisco. Estava tudo saboroso e realmente comprova-se que o cozido das Furnas tem outro sabor e encanto, que nem chega perto do cozido que fazemos nas nossas casas.

Para ir ao restaurante é preciso marcar, e de preferência no dia anterior. Nós estávamos em Ponta Delgada quando eu telefonei, e avisei que era para comer cozido (importante dizer!). No dia seguinte, chegámos lá à 1h em ponto e o cozido estava na mesa passados 5 minutos.

Petiscos – Taberna Açor:

Esta Taberna está muito bem localizada mesmo na zona histórica de Ponta Delgada, onde à noite há imensa animação na rua. Eu descobri-a com a legenda de que era o melhor sítio para se provar produtos regionais a um preço bastante em conta e realmente não decepcionou. Além disso, ainda tenho a elogiar o espaço, bem pitoresco e rústico, típico de uma taberna que soube manter a sua essência, mas ao mesmo tempo tem uma cara moderna.

Aqui a alimentação vai muito à base dos petiscos, tapas, etc… então fomos para uma tábua de queijos e enchidos, que nos trouxe uma grande selecção de queijos das ilhas dos Açores, juntamente com vários patês e compotas feitas aqui na ilha. Eles têm muito o hábito de barrar o queijo com compota de ananás (tem plantação à saída de Ponta Delgada), e fica óptimo mesmo.

De seguida mandámos vir umas tapas de alheira e morcela que acabou por vir connosco para o continente, que já não tivemos estômago para mais. Aqui na Taberna ainda ficamos a conversa com um dos empregados que vivia no continente e foi viver para ali, e ficámos a saber que mais acima na rua estava uma loja de produtos regionais. Então umas horas antes de embarcarmos fomos à lojinha comprar uns queijos e pão típico (bolo levedo), para trazermos para casa. Nem sei como coube tudo dentro da mala!

Marisco – Casa Marisca:

No nosso último dia nos Açores faltava provarmos o marisco típico. Queríamos muito provar as lapas principalmente, mas também algo mais, que fosse tradicional da zona. Então fui pesquisar ao TripAdvisor e encontrei esta boa opção na saída de Ponta Delgada.

E no final foi mesmo uma boa opção, já que de entradas eles têm as famosas lapas grelhadas, que são muuuito saborosas e tornaram-se no marisco de eleição, e ainda as cracas, que não conhecíamos. As cracas são servidas ao Kg e são bem mais caras do que as lapas, daí só termos pedido 7 para experimentar. Elas são servidas frias e com um mini-garfo para tirarmos o bicho que está dentro daquela rocha. A coisa não foi fácil ao início, mas para o fim demos prática! 🙂 No final de comer o bicho, bebe-se o molho. Não fiquei super fã, mas para experimentar vale a pena.

Depois das entradas, escolhemos telha mista, que foi muito bom porque trouxe uma selecção variada de peixe e marisco dos Açores. Ou seja, comemos um bocadinho de tudo! Foi, de facto a melhor opção e no fim saímos de lá sem espaço para mais, e com a sensação que tínhamos conseguido cumprir a promessa de provar a gastronomia típica da ilha.