Chocolateria Calçada do Cacau!

A dica que trago hoje é doce, bem doce. Uma das áreas em desenvolvimento gastronómico da cidade de Lisboa é mesmo a abertura de várias chocolateiras espalhadas pela cidade. E se umas têm o cunho de marcas de renome internacionais que simplesmente abrem a sua loja em Lisboa porque está na moda, existem outras tantas criadas por locais que tentam se distanciar do que já existe e criar algo novo.

E como eu aprecio muitíssimo as novas ideias e conceitos inovadores, sabia que ia adorar conhecer esta chocolateira assim que o meu marido deu a ideia. E apesar de estar com pouco espaço no estômago para comer mais alguma coisa (depois do brunch), não podia perder a oportunidade de ir provar alguns chocolates e conhecer o espaço.

O tempo estava bem mortiço nesse Domingo e por isso a loja até estava calma, mas ela está localizada mesmo ao lado do Panteão Nacional, e por isso numa rota turística bem intensa que propicia a loja cheia na maior parte do tempo. Então, acho que até tivemos sorte no dia que fomos e conseguimos ficar à conversa ainda com os donos que são uns amores e super simpáticos.

A chocolateria surgiu com um conceito muito engraçado. Eles tiveram a ideia de relacionar as cores do chocolate (branco, castanho e preto) com as cores das pedras da calçada, daí o nome de “Calçada do Cacau”. Então quando estamos a escolher qual o chocolate que queremos provar temos uma pedra da calçada que nos indica a constituição do chocolate em teor de cacau (pela cor) e por cima ainda tem o ingrediente principal do chocolate, que pode ser mel, amêndoa, amendoim, avelã, piri-piri, enfim…

As hipóteses de ingredientes são muitas mas o mais importante é que são todos provenientes de produtores nacionais e de regiões específicas do nosso Portugal. Eu trouxe um folheto que tem vários ingredientes e informa de onde eles vieram. Porém, alguns deles vão sendo substituídos com o tempo e para termos uma noção mais real do que é servido agora, é melhor olhar antes para o painel que está mesmo na loja.

O chocolate é servido em quadradinhos e é óptimo porque dá para pedirmos vários e experimentar vários sabores diferentes, sem termos de olhar para a carteira e estômago. No entanto, se queremos experimentar mesmo todos e o estômago não permite, dá para pedirmos para levar numa caixinha e experimentar em casa.

Eu achei o máximo o conceito das pedras, mas sobretudo o facto de adquirirem todos os seus ingredientes a produtores locais. Durante a nossa conversa eles foram dizendo que atualmente fazem várias viagens em trabalho onde visitam vários produtores e fazem as suas escolhas de ingredientes. Incrível! É muito amor pelos produtos portugueses e sobretudo pela qualidade que querem apresentar.

Eu tentei experimentar uma diversidade significativa de chocolates e basicamente fui variando entre o branco, o chocolate de leite (castanho) e o negro. Gostei de todos e claramente é uma ideia mais que aprovada!

Calçada do Cacau:

Campo de Santa Clara 57

1100-470 Lisboa

The Fifties – American Diner!

Já não é de agora que eu conheço este restaurante numa das ruas principais da Expo, em Lisboa. A verdade é que durante o tempo em que eu estive lá na Universidade a tirar a minha licenciatura, percorria a avenida todos os dias.

E como este restaurante não dá nada nas vistas, óbvio que os olhos cobiçavam sempre o ambiente e os hambúrgueres. No entanto, durante esses 4 anos só lá fui uma vez e depois de vir da Suécia ainda fui lá para outra refeição. Género comemoração do regresso.

Mas não sei porquê, o restaurante acabou por nunca vir parar aqui ao blog, até hoje. Ontem foi feriado, então teve programação natalícia com visita à Natalis e almoço pela Expo mesmo, na The Fifties que fica muito pertinho da FIL.

Não vou postar nada acerca da Natalis porque acabei por fazer visita rápida e comprar o essencial, já que a feira não tem aquela magia de Natal mesmo, como estamos habituados a ver pela Europa. A custo lá consegui encontrar algumas barraquinhas com enfeites e coisas mais natalícias, mas elas não abundavam.

Em relação ao restaurante, ele tem uma decoração muito americana e está espectacular! Todo aquele conceito à anos 80 faz-nos recuar no tempo e melhora a nossa experiência gastronómica que já é muito boa também.

Eles têm uns hambúrgueres muito loucos, que eu desta vez acompanhei com um batido de morango. Não é muito convencional é certo, no entanto eles são uma verdadeira delícia. E como não vou voltar de novo no lanche, aproveitei e fiz o pleno. E não é que ficou uma bela combinação?

De resto, até os empregados estão trajados a rigor e, como estamos no Natal, tinham um toque especial alusivo ao tema. As ementas são também muito giras e até a zona da casa de banho está decorada.

Ou seja, não há um detalhe que escape para que toda a sensação esteja lá e nada nos impeça de ter a refeição mais “anos 80 na América” das nossas vidas.

Choupana Café!

Com a época festiva e tudo mais quase me esquecia de dar esta dica que já vem desde a semana de Natal. Não levei máquina fotográfica neste dia e tirei todas as fotos com o telemóvel. Então, esqueci completamente que as tinha e já estava noutra!

Então, na semana do natal, combinámos um lanchinho entre alguns colegas da licenciatura, por Lisboa! Depois de séculos a tentar marcar alguma coisa e a sair sempre furado, lá decidimos que desta era de vez e quem conseguisse ir seria óptimo!

E pronto, assim escolhemos um café tipo pastelaria, com fama dos croissant’s de nutella serem o máximo e encontrámo-nos lá para o final da tarde! O café é relativamente recente e estava a abarrotar.

A localização também é excelente, ali entre o Campo Pequeno e o Saldanha, então percebe-se o súbito interesse e a fila à porta. O espaço é muito agradável e acolhedor o que faz com que haja muitos estudantes por ali, reunidos a fazer trabalhos e a estudar.

É esse o clima! Super descontraído e informal, mas com espaço também para aquele cafézinho dos colegas de empresa, antes de irem para casa. Dá para todos os gostos e o que interessa é arranjar lugar mesmo!

Fora o serviço de mesa, também há uma lojinha na entrada para comprar alguns produtos, principalmente miniaturas. Tem miniaturas de nutella super fofaaaas! Ooooh adorei!

Obviamente que eu fui directa para experimentar o croissant de nutella, sem nem querer saber das calorias. E ainda provei um café com espuma de leite e natas. Uma cena assim meio diferente que eles fazem e que tem daqueles nomes impronunciáveis.

Mas quando se trata de algo que eu não conheço o feeling é experimentar, então não resisti a pedir um destes cafés que nunca vi na vida mas que aparentam bom aspecto.

Alguns colegas já tinham ido lá com bem menos gente, então foram experimentar outras coisas e assim deu para trocar um bocadinho e ver mais do que eles oferecem por ali.

O café tem também serviço de bolos para fora. Inclusive aqueles do Natal, que naquela semana deviam estar sempre a sair. Então, enquanto lá estivemos foi só ver pessoas a levantar as suas encomendas na secção dos bolos.

Então, para quebrar um bocadinho das dicas de restaurantes e afins, desta vez trouxe um café pastelaria que é quase visita obrigatória entre umas comprinhas ali pelo Saldanha!

Lisboa está, sem dúvida, recheada de muito boas opções!

Gelados Santini!

A segunda paragem da tarde de segunda foi os gelados Santini, que estão muito bem localizados ali em frente aos Armazéns do Chiado. Conclusão antecipada: o Chiado é assim um dos epicentros do que de melhor temos em Lisboa em termos gastronómicos e não só.

E os gelados Santini foram à pouco tempo colocados numa lista dos melhores gelados e casas der gelado que existem em Lisboa. Então, tudo óptimos motivos para ir mostrar ao Carlos e comermos um gelado. Como falei nos últimos posts deste dia, estes gelados já não são novidade para mim, mas o Carlos nunca tinha experimentado, então não dava para não fazer uma paragem.

Por outro lado, os gelados Santini estão muito presentes em tudo que é evento gastronómico no Campo Pequeno. E quem tem nos acompanhado aqui no blog, sabe que já fomos a algumas feiras deste género e a variedade que se encontra por lá. Não sei se algures aparece uma foto da barraquinha da Santini, mas regra geral ela é super fofa.

Então o conceito deles passa muito por, não só trabalharem ali na sua loja do Chiado e receberam paletes de turistas, como também levarem a sua motoreta dos gelados a vários eventos de Lisboa, para darem a conhecer o seu produto e também servir de óptimo complemento ao passeio.

A loja Santini, por estar tão bem localizada, acaba por ser pequena para receber tanta gente que lá vai experimentar os gelados. Então, das últimas vezes que eu tinha lá ido, consegui ficar nas mesas lá dentro, enquanto que agora já só consegui um buraquinho cá fora à entrada, na esplanada.

Mas, assim como na Nut’ Chiado, dá perfeitamente para levar o gelado e ir a comer enquanto continuamos o nosso passeio. Não é obrigatório ficar ali dentro nas mesas e a maior parte dos visitantes vem mesmo com a intenção de pegar e levar.

Em relação aos gelados em si, eles fazem os cada vez mais famosos gelados artesanais e cada dia têm o gelado do dia, que muitas vezes está associado com qualquer campanha de solidariedade. Outra coisa óptima é que quando compramos uma bola, estamos na verdade a comprar duas bolas com dois sabores diferentes.

Confuso? Então, o mínimo que se pode comprar é uma bola, mas esta bola desdobra-se em duas porque temos a possibilidade de pedir dois sabores diferentes. Então quando olhamos para a quantidade que nos entregam é como se tivéssemos pago por duas bolas. Este truque é óptimo porque o preço final acaba por ser super justo para o gelado que estamos a comer.

Para além da história dos gelados, a loja ainda faz uns bolos com um aspecto delicioso que estão numa bancada à parte daquela dos gelados. Eu nunca experimentei os bolos deles, nem sei se é só por encomenda, mas que eles fazem crescer água na boca lá isso fazem. Então para quem quiser experimentar algo diferente dos gelados, marca Santini na mesma, é só escolher um dos deliciosos bolos que estão lá nas vitrinas.

Nut’ Chiado!

A melhor invenção de todos os tempos não foi a roda, foi a nutella, meus amigos! E quando há alguém que tem a brilhante ideia de abrir um espaço dedicado a ela, essa pessoa merece ganhar o prémio Nobel! Não sei se a ideia é nova ou velha ou se já alguma vez tinha existido antes, mas o conceito está excelente e sem dúvida com óptima localização.

A nutella já tem anos e anos e desde cedo que tem feito as delícias com o seu chocolate saboroso para barrar qualquer coisa que dê para comer. Então porque não aliar a nutella e fazer uma loja que sirva tudo com o toque final da nutella? Então, resultado final são crepes, waffles, churros, panquecas, tudo o que podemos imaginar, com nutella lá pelo meio.

A loja é recente lá no Chiado e nos primeiros dias que abriu não se conseguia entrar lá dentro. Eu já falei no outro post do nosso roteiro que de vez em quando, depois das aulas de mestrado de Sábado, nós íamos até ao Chiado comer um gelado. Então quando esta loja abriu nós fomos logo tentar experimentar e digamos que foi impossível. A fila estava até à rua e nem o interior deu para ver.

Desta vez estava naquela se ia acontecer o mesmo ou a novidade já tinha passado e realmente a segunda hipótese estava certa. Conseguimos não só entrar lá dentro, como também fomos rapidamente atendidos. As senhoras são umas autênticas máquinas e mexem-se com uma rapidez para dar mão a todos os pedidos doces principalmente de jovens. 🙂

Como não queríamos nos encher antes do jantar e ainda estava com a ideia de comer um gelado no Santini, ficámos por algo mais leve, os churritos de nutella. Vem meia dúzia de churritos dentro de um cone com uma abertura onde põem bastante nutella. E a ideia é ir molhando os churritos na nutella à medida que comemos. Super simples e saboroso e rapidamente aquilo acabou, mas ficámos com a sensação de que foi o bastante por agora. Mais tarde quando viermos para esta zona prometo provar algo mais consistente. 

O espaço em si está muito funcional e simples. Não é uma sala grande que dê para que muita gente esteja lá dentro, mas a ideia também não é ficar por ali a tarde toda e sim mais numa de passagem. Então acaba por ser bom para esta época, que já não tem as enchentes como tinha ao início. Dá para irmos, experimentarmos e virmos embora sem stresses.

A loja não fica mesmo na rua principal do Chiado, mas fica numa das transversais quase a chegar aos Armazéns. É só subir um pouquinho da rua e já vemos logo o logótipo da Nut’ Chiado em cima da porta de entrada.

Óptima dica para os amantes de nutella, óbvio, mas também para quem simplesmente está de passagem e quer algo doce experimentando ao mesmo tempo um conceito diferente. Tem também a vantagem de podermos levar e vir a comer pelo caminho, como por exemplo com os churritos, que foi o que fizemos.

Gelataria Amorino

Com o tempo a aquecer para valer calha sempre bem uma dica de onde comer bons gelados por Lisboa, certo? A dica e a visita já não são recentes, já que os Sábados depois do mestrado dão jeito para explorar um pouco mais da cidade, mas aqui vai com séculos de atraso.

Bem no centro da massa turística e num dos pontos que mais movimento tem (e também dos mais bonitos da cidade!) – Terreiro do Paço – está o Amorino que é uma autêntica gostosura de tããão fofa que é a decoração e a forma como servem os gelados deles. Nestas coisas do que está na moda e mais badalado por Lisboa é importante inovar e marcar a diferença, até porque o que não falta pela cidade são óptimas opções para se comer bons gelados.

Então quando chega a hora de criar algo, esse algo tem de ser mega especial para marcar a diferença do restante que já se conhece e se faz. Dentro deste pensamento está o Amorino, que tiveram a ideia de criar um conceito muito ao estilo romântico, com decoração super requintada para uma gelataria/pastelaria.

Mas ainda melhor do que isso é a forma como servem os seus gelados. Já não basta apregoar que se tem os sabores mais originais e que cada mês há o sabor X e Y que são qualquer coisa de impensável até então, na história dos sabores de gelados. Não!! No Amorino, para além de se encontrar estes sabores originais também servem os seus cones em forma de flor. Sim, isso mesmo. Na hora de misturar todos os sabores que escolhemos e colocarem num cone, eles fazem um pouquinho de “arte” para que o resultado final fique em forma de flor.

Vá, onde mais já tínhamos visto coisa parecida? Talvez algum lado por aí se veja algo semelhante, mas por enquanto fico muito impressionada com este conceito. Mas não só. Como disse, eles não são só gelataria, mas também pastelaria. O que faz com que seja prazer a dobrar. Em dias mais fresquinhos um chocolate quente sabe sempre bem, e foi o caso deste dia quando lá fui.

Ficámos por lá a conversar umas horinhas da tarde e, para além de provarmos os fantásticos gelados, também fomos para um chocolate quente, que estava divinal. Como disse à pouco, o conceito está muito ligado ao amor (daí o nome Amorino também), então achei super original terem criado um serviço dedicado ao espírito da coisa. Chávenas com pequenos cupidos são super amorosas e marcam, com certeza, a diferença no ambiente e impressão finais.

Apesar de ficar bem no centro turístico da cidade, no topo da Rua Augusta, até que o espaço não está a abarrotar e quando lá fomos (Sábado à tarde!), conseguimos facilmente um lugar sentadas para conversarmos imenso tempo. Enquanto lá estivemos, óbvio que entrou e saiu muita gente, mas nada daquela confusão caótica que dá vontade de fugir na primeira oportunidade. Dá perfeitamente para manter conversa e relaxar entre amigos, sem drama.

O meu único senão foi mesmo o preço (um pouco carote), mas também algo que facilmente se percebe pela localização e estilo do lugar. Não se pode querer experimentar algo diferente e não sentir isso na carteira, né? Mesmo assim, totalmente recomendo, principalmente se estiver a meio de um passeio pela zona. Super simples a localização e facilmente se dá com o sítio. Não sei se no Verão eles também põem esplanada cá fora, mas se seguirem a dica das casas ao lado então é bem capaz de também se ter esse gostinho de experimentar o óptimo gelado bem no centro da Rua Augusta.

Amorino Baixa

Rua Augusta 209

Lisboa

No Solo Italia, tradição de Ano Novo!

Já tinha dado a dica por aqui, que Ano Novo para mim não é a mesma coisa sem ir dar o típico passeio relax de começo de ano a Belém. Esta é uma das minhas zonas de eleição, e este ano eu até já tinha postado sobre o almoço de Natal da maltinha da faculdade, que foi também aqui, no Honorato.

Então eu trazina na manga a dica do Honorato para ir experimentar também com o Carlos e depois, aproveitar que o Starbucks fica ali ao lado e dar lá uma passada para beber um balde de café, como à muito tempo não bebo. Saudades do tempo de licenciatura, onde tinha tempo para tudo e para aproveitar o melhor de Lisboa!

Mas fora isso, a zona de Belém está cheia de óptimas opções para dar uma salto e aproveitar o ambiente para descontrair. Quer seja para lanchar, beber café ou tomar uma refeição, a variedade de estabelecimentos é grande, e tudo em formato condensado. Nós até costumamos passar lá o dia todo a passear e então almoçamos num sítio e vamos jantar a outro, mas desta vez só aproveitámos o finalzinho do dia e chegámos já de noite. Não deu para grandes fotos, só a do Mosteiro dos Jerónimos iluminado. Então fica a promessa de voltar com calma para visitar também por dentro, que eu já faz anos que não vou!

No momento que andámos pelo jardim, a fonte iluminou e começou a tocar música de Natal. Clichê eu sei, mas foi dos poucos momentos que ainda conseguimos aproveitar do Natal de Lisboa, este ano, já que andámos tão atarefados com a casa nova e as mudanças. Tanto, que eu quase desesperei por uns momentos de paz e descontracção. O feriado de Ano Novo veio mesmo a calhar para quebrar a rotina e descansar um pouco.

Então, o nosso jantar foi pelo No Solo Itália, que nós já lá tínhamos passado para almoçar, alguns 3 anos atrás. Na altura, confesso que não foi assim nada de especial. O restaurante estava lotado, ainda tivemos de esperar bastante para sermos atendidos e não achei a pizza melhor do que as que costumo comer numa pizzaria perto de casa, que ainda tenho de pôr post aqui. Ela é divinal, só um pouco fora de mão, para quem mora mesmo em Lisboa.

Mas pronto, outra opção seria a Portugália, mas já lá fomos tanta vez que decidimos voltar à pizzaria. Ela e a Portugália ficam mesmo ao lado uma da outra, e partilham uma vista linda sobre o Padrão dos Descobrimentos e sobre o rio Tejo, claro. Ambos os restaurantes ficam mesmo em cima do rio e a No Solo ainda tem uma zona de esplanada, onde ficámos na primeira vez que lá fomos.

Mas este primeiro dia do ano estava frio, né? Já não sentia este frio há que tempos!! Então a opção que escolhemos foi mesmo ficar por dentro. A decoração do espaço é requintada, mas nada que peça grande guarda-roupa. Logo à entrada, tem um serviço para levar à mesa e todo o atendimento é 5 estrelas! Nós calhámos na mesa por detrás onde estavam os donos, então não sei se o excesso de zelo foi por causa disso mesmo! Aahahahah 🙂

Mas ainda bem, porque desta vez eu fiquei mesmo impressionada com tudo. Desde o atendimento até à qualidade da pizza, ao vinho, tudo! Estava tudo óptimo! Nós pedimos uma garrafa de Lambrusco, que é um vinho italiano, produzido na Toscana. E se eu já sou apreciadora habitual de Lambrusco, este então é muuito bom! Tanto que eu já dizia ao Carlos que quando visitássemos a Toscana, tínhamos de tirar um tempinho para visitar umas adegas. Já tinha contado que somos apreciadores, porém ainda muito amadores. A crescer aos poucos! 🙂

No final, ainda coube um super gelado, típico também da No Solo Italia. Da última vez tínhamos voltado depois do almoço para lanchar este mega gelado, e fomos no erro de pedir um para cada um. Desta vez partilhámos a sobremesa e foi óptimo. É um complemento perfeito para depois de uma pizza! Há uma variedade considerável à escolha e eu tenho dúvidas de que haja algum que não seja bom. Todos têm um aspecto…! Só experimentando!

Chokladkoppen na praça Stortorget, em Gamla Stan!

Ainda me lembro da minha primeira visita a este café/pastelaria como se fosse hoje, porque nós intitulámos como o dia tipicamente sueco! E porquê? Porque foi também o dia que começámos as nossas aulas de sueco e que eu infelizmente não tenho qualquer foto para registar o quão deprimente foi! 🙂 Então, nada feito em relação a posts e tudo mais!

Mas, como tinha prometido, este é o meu último post dedicado a sítios onde se pode e deve visitar para tomar um café e comer uma fatia dos magníficos bolos que todos os dias, sem excepção, abrilhantam a vitrina à entrada.

Há várias razões para destacar este café como impossível passar ao lado. Em primeiro lugar, ele está no centro da porção mais fofa e antiga da cidade, mesmo na praça cartão-postal de Estocolmo, a Stortorget. Depois, é impossível durante a nossa visita à cidade, não passarmos por aqui. E por último, o ambiente que se vive lá dentro não podia ser mais típico sueco! Sem luxos nem amenidades. Simples e saboroso, é como descrevo!

Infelizmente aqui eu não posso colocar o café como um dos mais baratos, mas também não encontrei nenhum, excepto o Burger King, onde se comesse bem e barato. Quanto a isso, acho que não há volta a dar. Mas, em contrapartida, eles sabem fazer jus ao que é pago, e servem-nos tão bem que no fim não sobra espaço para mais nada mesmo.

Um pormenor muito interessante do café é que os donos têm, na verdade, dois cafés, ao lado um do outro, ambos dentro do mesmo estilo: pequenos, estilo Viking, saborosos! Assim, na primeira vez que fui lá experimentei um deles, e nas outras vezes já fui ao outro, que tem um pouco mais de espaço, principalmente para juntar na mesma mesa um grupinho de pessoas.

Com o Carlos eu já fui numa altura em que estava esplanada cá fora (Maio!), então eles já fazem um bocadinho o 2 em 1 e já não se sabe bem a qual café nós na realidade fomos. Mas não faz mal, porque a qualidade e serviço são exactamente os mesmos e não se nota diferença nenhuma.

Uma coisa que eu achei super piada! Eu cheguei lá já depois do Natal, mas as decorações ainda estavam, um pouco espalhadas por toda a cidade e lar. E nestes cafés não é excepção! Eles parecem adorar perpetuar o Natal por mais dois meses, até começarem a sentir que as temperaturas estão a subir, então já não é razoável manter as decorações! ahaha tal e qual!

E as decorações sempre ajudam a dar um certo charme ao sítio e a manter muito presente o clima sueco! Por isso, quem estiver de visita, mesmo depois do Natal, pode esperar encontrar as decorações fofinhas e intocáveis, como se ainda estivéssemos nele.

Lá dentro o clima é muito Viking e ao mesmo tempo intelectual. Parece que eles conseguem combinar estilos antagonistas e fazer parecer que chegámos a outro mundo, um mundo onde se respira por todo o lado o real significado da palavra Suécia. Isto, à partida é difícil de entender em palavras, mas para quem experimentar, vai entender na hora o que estou a falar.

Nas paredes do café eles têm uns quadros meio bizarros, mas que, no fundo, ajudam a manter ainda mais aquela sensação d que saímos do mundo e já vimos. Isto é explicado muito bem pela personalidade típica sueca. Eles são mesmo assim: estranhos à partida. Como, aliás, eu acho que são todos os povos do norte da Europa. Muito mais fechados que nós! Mas isso eu deixo para um post à parte sobre a minha experiência de viver lá. Parece que já arranjei novo tema 🙂

Mas, motivo principal para a malta voltar lá sempre mais uma vez: a caneca de chocolate quente, ou outra bebida ao gosto de cada um, e a bela da fatia de bolo, que é sempre decorada de maneira diferente (sempre original), e sempre tem uma novidade na ementa. Se no dia anterior fui lá e fiquei com a pulga atrás da orelha em relação a um bolo mas guardei para o dia seguinte, é bem provável que depois não haja, e a pulga volta a ficar atrás da orelha por outro bolo ainda.

E por aí adiante! As novidades são muitas e constantes, por isso não há razão para sair de lá com fome, nem desiludido. Por causa disso eu digo, que o preço é justíssimo!!