Paris, Rouen e Hautvillers: dicas gastronómicas!

Nesta visita a Paris uma das resoluções que tinha feito era aproveitar para visitar alguns restaurantes, bares ou cafés. Isto porque eu sempre acho que parte da experiência de visitar algum lugar passa também pela gastronomia e não só pelos pontos turísticos. Mas como Paris é bem cara, da última vez que estive na cidade não consegui aproveitar nada (ou quase nada) em termos gastronómicos. Desta vez, eu estava decidida a colmatar esta falha e a aproveitar o melhor possível dentro do orçamento.

Começando por Paris, houve um pouco de tudo e alguns de última hora que nem fui eu a decidir, mas como adorei na mesma, vou deixar aqui a dica.

Paris – Café Angelina:

Depois de chegar a Paris e começar o passeio por Notre Dame, fizemos uma paragem estratégica para almoçar na Angelina. Este café é muito conhecido por ser tipicamente parisiense, tipo palacete, e são os macarons e o chocolate quente da Angelina que fazem as delícias do turistas habituais.

Apesar de termos saído um pouco da experiência dita “normal” para se ter na Angelina, a verdade é que eu adorei almoçar por lá e achei que a sandes que pedi estava deliciosa. Sim, paguei por uma sandes aquilo que em Portugal pagaria por uma refeição de luxo, mas enfim… estamos em Paris meus caros.

Existem vários cafés da Angelina espalhados por Paris. Nós fomos ao das Tuilleries que estava bem no centro do roteiro que queríamos fazer. Adorei o espaço e o atendimento e sinceramente acho que só isso faz toda a diferença quando procuramos um sítio fora do normal para sentirmos a verdadeira experiência parisiense.

Então, apesar do preço, claramente é um café que recomendo a visita, mesmo que seja o único. Numa próxima visita vou querer experimentar os doces deles e o célebre chocolate quente.

Paris – Carette:

Este foi claramente o dia da visita aos cafés fofos da zona. Depois de um dia intenso a andar pelas ruas de Paris, fomos acabar no Trocadéro e parámos para fazer o chá da tarde no Carette. Ele não é aquele ícone como a Angelina, mas tinha lido algumas resenhas acerca dele e gostei bastante, então porque não?

Mais uma vez o Carette é conhecido pela sua doçaria e por ser uma cafezinho tradicional parisiense, sem os luxos da Angelina, mas ainda assim muito parisiense e com uma localização óptima. Estávamos de frente para o Trocadéro e para a Torre Eiffel!

Pedimos um chá e uns macarons e ficámos ali a saborear tudo sem pressas. Afinal era o meu primeiro dia em Paris e ainda estava meio cansada de todo o stress da viagem e, claro, com os pés a pedirem trégua depois da caminhada.

O Carette também tem um menu para almoços leves, com sandes, quiches, entre outras comidas ligeiras que servem bem o propósito de um almoço rápido ou fora de horas, tal como nós fizémos na Angelina.

Paris – La Crete:

Este restaurante surgiu porque lá no laboratório tínhamos uma rapariga grega que fez o ERASMUS em Paris e quando estávamos à procura de qual o melhor restaurante para festejar o final do Mestrado de outra rapariga do laboratório, esta foi a decisão final.

E foi uma óptima forma de conhecer o bairro Quartier Latin, que no final das contas é super movimentado ao final do dia/noite com imensos bares e restaurantes. Facto este que eu desconhecia! Então, depois do trabalho, apanhámos o metro e fomos até ao restaurante para fazer a festa.

E foi super engraçado! Primeiro porque os donos ou falavam grego ou francês. Segundo porque eu não sabia que comida pedir porque estava nestas duas línguas e os meu conhecimentos de comida grega são muito escassos. Ahahahah

Mas pronto, com a ajuda da nossa colega grega lá conseguimos fazer o pedido e eu adorei a comida. Nós pedimos várias coisas diferentes e fomos provando as comidas de todos, mas eu adorei especialmente a minha, que era uma espécie de espetada de carne com vários condimentos diversos. Uma delícia!!!

Paris – Le P’tite Souer:

No último fim-de-semana em Paris nós já não tivemos dias tão intensos como foram os outros anteriores. E uma das coisas que queríamos experimentar era um brunch, só não sabíamos muito bem onde. Como eu queria ir a Montmartre no Sábado, acabei a pesquisar cafés para fazer brunch por lá.

Este tem menu fixo mas que trás uma boa variedade de comida, desde o tradicional pão com manteiga e compota, para outras opções mais arrojadas que inclui salada, queijos tradicionais franceses e presunto. Ok, arrojado para mim que não costumo comer esses alimentos no pequeno-almoço, mas afinal de contas é um brunch, então basicamente achei super interessante fazer este combinado de comida típica e o tradicional pãozinho do pequeno-almoço.

O espaço é bastante central e funciona como bar no restante dia, excepto aos Sábados que faz este menu de brunch. A decoração está muito interessante com aquele ar de bar rockeiro, com barris a servir de mesa, e janela aberta para o exterior. Super recomendo!

Rouen – La Walsheim:

Entrámos neste restaurante em Rouen por mero acaso. Estava um frio que começava a incomodar e, apesar dos planos serem fazer piquenique no jardim por trás da igreja, começámos a desistir dele à medida que a manhã avançava.

As casinhas de chá começaram a ficar bem tentadoras e antes que fizéssemos um almoço à base de chá e bolos, decidimos entrar neste restaurante, em frente à igreja de St. Maclou. Colocaram-nos numa mesinha bem recolhida, num patamar do restaurante e trataram-nos muito bem. Até quando eu decidi pedir bife tártaro, desconhecendo totalmente que vinha bife cru e depois pedi ao empregado para cozinhar aquilo.

Claramente a especialidade deste restaurante são os bifes e há várias opções deliciosas que fazem crescer água na boca. Para apreciadores de bife tártaro eu recomendo este em particular, que estava delicioso, não fosse o facto de estar cru. Depois de cozinhado eu fiquei fã daquela carne picadinha e muito bem temperada. Mas, claro, gostos não se discutem.

Hautvillers – Au 36…:

Foi um dos meus restaurantes favoritos de toda a estadia em França talvez por estar no meio de uma vila super fofa, que por sua vez está no meio da região de Champanhe. Fomos a este restaurante como podíamos ter entrado literalmente em qualquer outra casinha porque todas elas tinham um menu degustação e estavam muito apelativas.

Ficámos sentadas na esplanada e pedimos a comida típica da zona. Eu pedi menu degustação dos produtos da região e a minha amiga pediu uma panela só para ela de uma espécie de ratatouille. A acompanhar fizemos a degustação dos sumos de uva.

O forte deste restaurante é sem dúvida as degustações dos produtos da região e os pratos típicos, além de terem vários menus diferentes para degustação de champanhes. Na realidade, quando entrámos não vimos ninguém a fazer uma refeição a sério. O que mais se via eram copos de champanhe espalhados pelas mesas e algumas tábuas de enchidos também.

Então, o Au 36… tem todo o ar de ser um restaurante mais virado para o petisco, que não deixa de ter opções de refeição igualmente boas e saborosas. Foi talvez a refeição mais longa de todas, mas eu adorei o restaurante, p.

Brunch no Olivier Avenida!

Uma das tradições que vieram para ficar foi o brunch das colegas de trabalho. Se em Dezembro fomos a um mais singelo, desta vez decidimos elevar a fasquia e fomos até à Avenida da Liberdade, ao Olivier Avenida. Este restaurante está integrado no Hotel AVANI, que fica mesmo por detrás do Hotel Tivoli.

O restaurante, bem como muitos outros da capital, já aderiram à muito ao tradicional brunch e aos Domingos servem desde as 12.30h até às 16h um verdadeiro banquete com imensas opções. Tem basicamente de tudo. Se quisermos só tomar um simples pequeno-almoço, então temos várias seleções de pães, compotas, panquecas, cereais, enfim…. Um sem número de coisinhas boas que têm tudo para satisfazer as nossas necessidades básicas de pequeno-almoço tradicional.

Porém, o que eu achei o máximo é que, além destas iguarias típicas, também temos outras opções diferentes que já entram no tópico “almoço” e que são um excelente complemento. Tem tudo para elevar realmente a fasquia e dar todo um novo significado ao aclamado brunch.

Como foi assim a primeira vez que fui a um restaurante que servisse tão variada oferta gastronómica, o difícil foi mesmo escolher e tentar ordenar as iguarias para conseguir experimentar uma vasta seleção.

Então comecei pelo pequeno-almoço básico e já fui integrando umas quiches e sushi para a transição. Depois experimentei algumas opções de doces e finalmente fui para o prato de carne disponível, que era a picanha.

Foi intenso! Mas como tivemos algum tempo para estar por lá, então fomos saboreando o momento e relaxando ao mesmo tempo que íamos e vínhamos de prato na mão com novas iguarias para provar.

Provei e aprovei o sushi! Eu sei que o chef Olivier tem um outro restaurante só de sushi, o Yakuza, e é de lá que vem o sushi do brunch. Então se eu amei o sushi que eles apresentaram com certeza que brevemente irei fazer uma visita ao Yakuza.

A seleção de doces também estava óptima e só de me lembrar de toda aquela panóplia de fatias de bolo, cresce novamente água na boca. Não há como resistir! Mas amei este brunch em buffet e de facto elevou tanto a fasquia que eu acho que vai ser difícil voltar àqueles típicos de menu sem graça.

Dica preciosa é fazer uma pré-reserva porque eu consegui mesa por milagre. Não me lembrei mesmo de que poderia ser preciso reservar. Afinal de contas era só um brunch certo? Mas não, aparentemente já estava lotado para as duas sessões e nós conseguimos mesa depois de esperarmos uns minutos e eles perceberem que duas das marcações não apareceram.

Olivier Avenida

R. Júlio César Machado 7

Lisboa

Brunch no Culto Café!

O pequeno-almoço é das refeições que eu mais adoro e se tiver várias opções à disposição melhor ainda. Se ele for tomado fora de casa ainda consegue elevar a fasquia. Este mês combinámos entre colegas de trabalho começar a tradição dos brunches pelo menos de 2 em 2 meses.

O primeiro foi sugestão de uma colega e foi em Palmela, mesmo junto do castelo. O tempo estava chuvoso e muito vento, mas ainda assim nós mantivemos os planos e fomos passar uma manhã super gostosa no Culto Café. Este espaço é café, bar, restaurante e ainda serve brunch aos fins-de-semana. Mais versátil que isto não há!

Um dos pontos positivos é o espaço acolhedor e a esplanada no exterior com uma vista óptima de Palmela. Claro que a esplanada terá de ficar para uma altura melhor em termos metereológicos.

Resumindo, o brunch era bem interessante, com o essencial para deixar satisfeito qualquer amante de um bom pequeno-almoço, e tudo por um preço super em conta. Eu já tinha experimentado brunch no Strudel antes, um pouco mais completo que este, mas também mais caro e a partilhar.

Então, para as escassas opções que existem aqui na margem sul, eu achei este espaço muito bom, com uma óptima alternativa ao que já se faz em Lisboa à anos. Só de olhar para a foto eu já fico com água na boca novamente.

O menu inclui croissant, pão, torrada, manteiga, queijo, fiambre, compota, granola com iogurte e uma bebida à escolha (entre sumo natural, capucino). Eles têm máquina Nespresso e servem vários tipos diferentes de café, que podem ser comprados à parte do menu básico.

Então fica a dica.

Culto Café:

Av. dos Cavaleiros de Santiago e Espada 4

2950 Palmela

 

Choupana Café!

Com a época festiva e tudo mais quase me esquecia de dar esta dica que já vem desde a semana de Natal. Não levei máquina fotográfica neste dia e tirei todas as fotos com o telemóvel. Então, esqueci completamente que as tinha e já estava noutra!

Então, na semana do natal, combinámos um lanchinho entre alguns colegas da licenciatura, por Lisboa! Depois de séculos a tentar marcar alguma coisa e a sair sempre furado, lá decidimos que desta era de vez e quem conseguisse ir seria óptimo!

E pronto, assim escolhemos um café tipo pastelaria, com fama dos croissant’s de nutella serem o máximo e encontrámo-nos lá para o final da tarde! O café é relativamente recente e estava a abarrotar.

A localização também é excelente, ali entre o Campo Pequeno e o Saldanha, então percebe-se o súbito interesse e a fila à porta. O espaço é muito agradável e acolhedor o que faz com que haja muitos estudantes por ali, reunidos a fazer trabalhos e a estudar.

É esse o clima! Super descontraído e informal, mas com espaço também para aquele cafézinho dos colegas de empresa, antes de irem para casa. Dá para todos os gostos e o que interessa é arranjar lugar mesmo!

Fora o serviço de mesa, também há uma lojinha na entrada para comprar alguns produtos, principalmente miniaturas. Tem miniaturas de nutella super fofaaaas! Ooooh adorei!

Obviamente que eu fui directa para experimentar o croissant de nutella, sem nem querer saber das calorias. E ainda provei um café com espuma de leite e natas. Uma cena assim meio diferente que eles fazem e que tem daqueles nomes impronunciáveis.

Mas quando se trata de algo que eu não conheço o feeling é experimentar, então não resisti a pedir um destes cafés que nunca vi na vida mas que aparentam bom aspecto.

Alguns colegas já tinham ido lá com bem menos gente, então foram experimentar outras coisas e assim deu para trocar um bocadinho e ver mais do que eles oferecem por ali.

O café tem também serviço de bolos para fora. Inclusive aqueles do Natal, que naquela semana deviam estar sempre a sair. Então, enquanto lá estivemos foi só ver pessoas a levantar as suas encomendas na secção dos bolos.

Então, para quebrar um bocadinho das dicas de restaurantes e afins, desta vez trouxe um café pastelaria que é quase visita obrigatória entre umas comprinhas ali pelo Saldanha!

Lisboa está, sem dúvida, recheada de muito boas opções!

Brunch no Strudel

Conceito novo para mim mas com certeza não tanto para o público em geral é mesmo o Brunch. Mas para quem está sem luzes acerca deste conceito, como eu estava à poucos meses atrás, aqui vai uma breve explicação para entrarem na onda da coisa.

Brunch não é mais que uma mistura da palavra breakfast com lunch, ou seja, pequeno-almoço com almoço, criando uma mistura de comidas que são óptimas para uma pequeno-almoço perto do almoço ou até mesmo para um almoço mais leve. Tudo depende da fome com que se está. Mas nada como, de vez em quando, experimentar coisas novas, principalmente quando são tão populares e faladas.

Não sei ao certo quando este conceito chegou a Portugal, mas a verdade é que, cada vez mais, os brunches se tornaram populares ela cidade de Lisboa e há até casas que abrem de propósito para apresentarem o seu brunch à luz do dia. Outras adaptaram-se e conseguiram criar também uma versão própria que lhes valeu uma menção na revista gastronómica, no Time Out, ou em qualquer site do estilo.

Assim, como continuação do post de ontem sobre a visita ao museu de Arqueologia, ali em Belém, eu falei que tinha novidade para hoje (da gastronómica), e é esta mesmo. Em conversa com o casal amigo que nos acompanhou, o brunch calhou em conversa e ficámos logo com vontade de experimentar. Então, fizémos uma pesquisa rápida no Zoomato (que eu tou a virar fã!) para ver qual era a melhor opção e que fosse pertinho.

Verdade que também queríamos um sítio com outras opções para os rapazes, que têm bem mais apetite que as senhoras e começaram logo a reclamar. Então a melhor opção que saltou à vista foi o Strudel, na zona do Saldanha. É um género de uma pastelaria, mas que tem umas opções de hambúrgueres artesanais, mais o tal do brunch, entre outras iguarias deliciosas. E, melhor ainda, adorei o facto de também já ter aderido aos sumos naturais, que mudam a cada dia, com sabores sempre originais e novos. Nota 10 só por isso!

Depois, no capítulo do brunch, que foi o motivo que nos trouxe lá, tem vários tipos, uns mais completos que outros, dependendo do que quer experimentar e da fome que se tem, claro. No nosso caso também contou o facto de estarmos a partilhar o brunch pelas duas, então acabámos por escolher o mais completo e dividir tudinho.

Como para mim a experiência era totalmente nova, não há muito a dizer que fiquei fã do ambiente, do conceito, do brunch, enfim, de toda a coisa em si! 🙂 Eu sou grande apreciadora de chás e adivinhem só, o chá de frutos vermelhos (que nunca tinha provado) estava divinal. Depois ainda tivémos direito a várias compotas, vários tipos de pão, ovos mexidos, queijo e fiambre, taça de iogurte grego com cereais e morangos, scones…

No final, para completar tudo ainda tivemos panquecas, que estavam maravilhosas, mas já estávamos bem cheias para tudo, então ainda dividimos com os rapazes. Parece pouco para dividir por dois? Então se é corajosa ou a fome aperta bastante, não deixe de pedir um brunch só seu. Delicioso e experiência a repetir totalmente.

Único senão foi o tempo de espera que não cheguei a perceber se foi pelo facto de ser Domingo ou se já é assim na maior parte do tempo. É que convenhamos que muito tempo de espera pode ser stressante e neste caso se não estivesse entre amigos, onde acabámos por brincar com a situação toda, teria sido uma experiência bem menos prazerosa.

Enfim, fico ansiosamente à espera da próxima oportunidade de provar outro brunch, e depois conto as diferenças.

Strudel

Avenida Miguel Bombarda 5A

Saldanha, Lisboa