China: manual de sobrevivência!

Viajar para a Ásia é só por si uma experiência cultural completamente fora do que estamos habituados a encontrar. Eu lembro-me que quando fui há dois anos para a Tailândia, Cambodja, Malásia e Vietnam todo o meu círculo de amigos e família ficou com um ar de quem acha que nós tínhamos pirado de vez. Contudo, quando dissemos que tínhamos comprado viagem para a China este ano, acho que os poucos que ainda acreditavam na nossa sanidade mental, deitaram a toalha ao chão e acharam honestamente que estávamos loucos.

E se eu me apaixonei perdidamente pela cultura chinesa por culpa das imensas fotos que vi do país, além de todos aqueles sítios emblemáticos como a Muralha da China e Cidade Proibida, que povoam a mente, também tenho de admitir que encarar uma viagem ao coração da China continental teve momentos de stress e indecisões.

Então balanço final da viagem vai para a constante aprendizagem que é viajar pela China. Não dá para levar a lição estudada de casa nem achar que vai ser fácil andar por lá. Eles são de facto um povo fechado para qualquer língua estrangeira e ainda vêm com olhar estranho o ocidental que vai ao país deles turistar.

Contudo, o que teve de enervante teve também de fantástico e eu voltaria a fazer tudo igual sem hesitar. Aliás, apesar de todos os contratempos eu sonho com o dia em que vou voltar a China e conhecer mais do interior deste país.

Mas vamos por partes!

Locomoção:

O facto de estarmos a viajar em cidades bastante desenvolvidas fez com que abandonássemos quase por completo os táxis (que usamos bastante na última viagem à Ásia) e andássemos sempre de transporte público ou a pé. Cada cidade foi diferente à sua maneira mas basicamente, em todas elas, usámos o autocarro e o metro para as deslocações maiores. No entanto, em alguns casos, o nosso hotel era tão bem localizado que nem sequer chegámos a usar transporte público.

Em Macau nós fizemos tudo a pé e só usámos autocarro para ir e vir da ilha de Taipa no segundo dia. O autocarro era bem raquítico, daqueles com preço fixo por viagem e era só inserir a nota no frasquinho à entrada e pronto. Nada de trocos! E este esquema de utilização de autocarro repetiu-se em Shanghai e em Pequim, onde também usámos autocarro para fazer pequenos trajetos. Tínhamos de levar sempre dinheiro trocado porque o pagamento era sempre colocar o valor fixo da viagem dentro da caixinha da entrada.

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Em Pequim, Shanghai e Hong-Kong ainda usámos o metro, que já tem um esquema mais fácil de pagamento nas tradicionais caixas eletrónicas. É só colocar o destino final e ele calcula logo o valor que temos a pagar. Mesmo que não tenhamos dinheiro trocado ele dá o troco, o que facilita bastante a vida.

Em Shanghai e Hong-Kong nós usámos o metro para ir para o aeroporto o que também é uma grande vantagem na hora de poupar dinheiro do táxi. Só usámos o táxi quando chegávamos às cidades, para nos levarem aos hotéis, pela razão simples de que os nossos voos chegavam sempre muito tarde (já depois da meia noite) e a essas horas os transportes públicos já não estavam ativos.

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Importa referir que usámos bastante a aplicação Google Maps para perceber qual o autocarro que devíamos apanhar e onde porque eles não falam inglês e não podíamos contar com a ajuda de ninguém para as indicações. No entanto, com esta aplicação nós conseguimos entender sempre qual o transporte que devíamos apanhar, onde o apanhar e onde sair. Nunca nos perdemos nem enganámos!

O valor a pagar na tal caixinha do autocarro está bem visível por isso nem precisamos estabelecer conversações com o motorista ou seja com quem for. Até porque o mais provável é não entenderem nada do que estamos para ali a dizer e desatarem a gritar em chinês.

Voos internos:

Ainda esteve em cima da mesa dispensar os voos na China e utilizar os comboios bala super conhecidos e que devem ser uma experiência cultural por si só. Mas em boa hora eu os dispensei. Os voos internos na China, apesar de mais caros e de não haver Air Asia para praticar aquele preço amigo, conseguiram surpreender bastante pela positiva. Nós voamos pela China Eastern e pela Cathay Pacific e todos os voos foram excelentes, com aviões enormes, com TV (que incluía jogos, filmes, séries, música, e muito mais) típica de voos de longo curso, super confortáveis, bagagem incluída e comida incluída também.

Então, apesar de termos pago um pouco mais em deslocações internas, adorei a experiência, com os aeroportos também super simpáticos, sem grande barafunda e até muito organizados. Mais do que eu esperava! Na entrada dos aeroportos tínhamos logo de passar a bagagem por um detetor de metais muito básico e eu achei que ia apanhar filas enormes logo aí, mas não. Não senti aquela confusão chinesa do povo todo junto que tenta passar à frente na fila, multidões que atrasam tudo, enfim…nada disso. Chegávamos sempre 2h antes do voo e era mais do que suficiente!

Moeda:

Todos os países que passámos tinham uma moeda diferente. Até Macau e Hong-Kong têm a sua própria moeda. Então basicamente o que achámos ser mais fácil no nosso caso foi levar Euros connosco e ir destrocando em cada país que passávamos. Eu mais ou menos faço os cálculos de quanto penso que vamos gastar nos dias que vamos passar em cada sítio e pronto.

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Fizemos as trocas de dinheiro sempre em lojas oficiais, logo à chegada ao aeroporto e agora, depois de uma viagem anterior à Ásia, penso ser a melhor forma e mais segura. Uma dica preciosa é que para quem está a fazer Macau e Hong-Kong pode usar as moedas de cada “país” em ambos os sítios. Ou seja, se por acaso sobraram algumas Patacas de Macau podemos usá-las em Hong-Kong e vice-versa. Isto ajuda imenso para escoar aquelas últimas moedas que ficaram na carteira.

Comida:

A comida chinesa sempre foi uma das minhas preferidas de todo o mundo e hoje em dia já são vários os restaurantes que encontramos na nossa bela cidade ocidental e que nos fazem habituar àquele tipo de culinária. Então eu no fundo sabia que depois da viagem anterior à Ásia havia pouco para me preocupar nesta área, principalmente quando já conhecemos minimamente o tipo de comidas e já experimentámos tantas vezes antes.

Então, não tem como errar na comida chinesa! Praticamente toda ela é super saborosa. É sentar no restaurante, olhar o menu que está cheio de fotos da mais variada comida e tentar escolher aquilo que mais gostamos. Sim, eles não vão ajudar nas nossas indecisões porque não falam inglês. Por isso, resta-nos olhar bem para a imagem e tentar decifrar o que cada coisa é.

Nem sempre tivemos sorte com toda a comida mas adotamos o truque de pedir vários pratos diferentes e ir partilhando. Assim quando um não gostava tanto de uma coisa os outros também comiam e não era tão grave assim. Mas regra geral eu adorei toda a comida que provámos e eu tentei ser bem eclética!

Mesmo sabendo que há pratos mais básicos que é certo não errar, tentei sempre arriscar e provar coisas diferentes cada vez que sentávamos no restaurante. Por outro lado eu fiz algum trabalho de casa e levei escrito no nosso roteiro alguns pratos típicos que queria provar na China. Alguns exemplos foi o Pato laqueado de Pequim que comemos exatamente em Pequim, ou os Dim Sum que são deliciosos e comemos um pouco por cada cidade que passámos. Noodles fizeram parte da ementa mais dias do que gostaria, mas por vezes era a opção mais fácil e rápida.

Quanto aos restaurantes que usámos eu não tenho propriamente uma dica certeira de algum imperdível. Basicamente íamos perguntando no hotel qual o restaurante mais próximo para comer bem, ou então saíamos e entrávamos na primeira “espelunca” com ar minimamente aceitável. E apesar de termos entrado em restaurantes muito duvidosos onde não havia qualquer ocidental além de nós, não posso dizer que tenha comido mal em qualquer um deles.

Por isso eu acho que a comida chinesa não tem muita ciência e mesmo nos restaurantes mais espelunca ou em qualquer barraca de rua nós vamos concerteza fazer uma refeição muito saborosa.

Barreira linguística:

Esta foi sem dúvida a maior dificuldade de toda a viagem à China. Ao ponto de nos enervarmos a sério porque não conseguíamos resolver problemas simples com base num diálogo em inglês. Praticamente ninguém fala inglês na China e é incrível como notamos uma diferença considerável entre a China continental e Hong-Kong, por exemplo.

É impensável perguntar qualquer tipo de informações em inglês em pleno Shanghai ou até Pequim. E mesmo no hotel em Shanghai nós não conseguimos falar em inglês com nenhum dos empregados. E pensando que não estávamos propriamente ilhados numa qualquer vila ou aldeia do interior da China, tudo isto nos deixava super à toa. Como era possível que em cidades tão desenvolvidas e centrais não conseguíssemos encontrar uma única pessoa a falar inglês.

Então a nossa única solução era apontar para aquilo que queríamos, ou fazer gestos e aí eles percebiam, ou então, se a conversa era intrincada e se queríamos perguntar ou resolver alguma coisa, a solução foi usar uma App de tradução. E neste último ponto eles estão super bem adaptados. Como sabem que não pescam nada de inglês, qualquer pessoa tem no seu telemóvel uma App para tradução e quando nós chegávamos perto para falar alguma coisa sem ser em chinês, lá sacavam do seu Iphone e estabeleciam ali uma conversa razoável conosco.

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Às tantas nós achámos por bem descarregar o idioma chinês para a minha App Google tradutor e a partir daí era só rezar para ter wi-fi que permitisse fazer a tradução sem problemas. Só que este era outro problema constante. Mas já lá vamos!

Dica útil: Levar os endereços e nomes de hotel em chinês para ser só mostrar ao homem do táxi nos aeroportos ou em qualquer lugar da cidade. Facilita imenso e o Booking já permite fazer isso.

Restrições de Internet:

Na China continental (não sentimos isso em Macau nem em Hong-Kong) a internet está restringida a telemóveis com outras redes e que não tenham cartão Sim chinês. Não sei bem porque é que haveriam de fazer uma coisa destas aos turistas mas se há coisa que eu aprendi é que chinês é um povo complicado da cabeça e que acha que tem de ser diferente, dificultando a vida a tudo o que não fala chinês.

Então, pensando nesta dificuldade que íamos sentir assim que aterrássemos em território chinês (Shanghai e Pequim), descarregámos uma App ainda em Portugal, o VPN. O que é isto do VPN? Existem várias aplicações disponíveis para smartphone dentro desta categoria de VPN, por isso é só escolher uma delas e usar durante o tempo que estivermos em território chinês. Só temos de ter wi-fi e manter o VPN ativo e conseguimos continuar a aceder normalmente às redes sociais ou à internet no geral. O que o VPN faz é camuflar o nosso ID, fazendo com que o nosso telemóvel assuma que estamos noutro qualquer país. O meu país geralmente era a Alemanha mas a aplicação é que vai definir aleatoriamente qual o melhor país para camuflar o ID em cada momento. Para nós foi a salvação!

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Além destas restrições todas também foi super difícil encontrar wi-fi pela cidade. Nada a ver com Macau e Hong-Kong, por exemplo, em que tínhamos internet em praticamente toda a cidade. Na China continental eles têm montes de passwords e nota-se mesmo que restringem imenso as suas redes wi-fi para todos aqueles que não têm cartão chinês. Então muita paciência nesta área!

Compras, negócios da China e custo da viagem no geral:

Viajar pela China sai mais caro do que inicialmente pensamos. Eu pessoalmente sempre achei que Ásia era no geral bem acessível e sempre esperei encontrar um custo semelhante ao que encontrei na última viagem pelo continente. Mas não é bem assim! Especialmente nas grandes cidades chinesas! A começar no custo dos hotéis, até às entradas nos museus/atrações, restaurantes, transportes, enfim… tudo é mais caro do que, por exemplo, na Tailândia. No entanto, se escolhermos bem encontramos opções mais em conta sem gastar balúrdios.

O que tem de caro no custo de vida, acaba por compensar nas compras de coisas tradicionais ou marcas locais. Então eu levava a lição estudada nesta área e também já tinha alguma ideia do que queria comprar e do que compensava mais. Mesmo assim até fui bastante contida e acabei por já não conseguir comprar o bule de chá em Hong-Kong por falta de paciência para regatear preços.

Então o que é que eu comprei e acho que vale a pena? Comprei uma blusa interior térmica da Uniqlo, que é marca japonesa e consequentemente mais barata nesta zona. No Natal passado recebi de prenda do Carlos um casaco de penas da gama HighTech que é super quente, leve e fácil de transportar. Até foi o casaco que trouxe nesta viagem e já usei e abusei dele durante todo o Inverno por ser muito prático e quente. Então para quem quiser investir em roupa desta marca, a Ásia é o melhor sítio para as compras.

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Ainda dentro das marcas asiáticas japonesas, comprei uma máscara para o cabelo da marca Tsubaki (Premium Repair Mask), que é uma das melhores marcas de cuidados capilares. E como as marcas asiáticas têm a fama de serem das melhores do mundo, a Tsubaki é bem reconhecida e bem cara também no ocidente. Em Hong-Kong abundam as lojas tipo farmácia com imensos produtos de cosmética de marcas asiáticas e internacionais também. Mas óbvio que o que vale muito a pena comprar são as marcas asiáticas. Comprei a minha máscara por meros 5€!!! Em Portugal, só através do Ebay e seria mais de 20€ o mesmo frasco. A marca tem vários tipos de champôs muito bons também mas como as embalagens são enormes, eu fiquei com medo do peso na mala de porão e não comprei.

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Tirando estas comprinhas, ainda trouxe várias embalagens de café e chá de Bali, um conjunto de pauzinhos de loiça de Shanghai, um quadro desenhado com linha com uma paisagem do Palácio de Verão de Pequim e uns quadrinhos com os nossos nomes desenhados em caracteres chineses. De todos os sítios que andámos, sem dúvida que a cidade antiga em Shanghai foi o melhor sítio para comprar lembranças tradicionais chinesas, enquanto que as lojas de marcas asiáticas de renome são mais fáceis de encontrar nas ruas e shoppings de Hong-Kong.

A regra é sempre a mesma quando compramos em mercados de rua: regatear!! Mesmo que isso implique sermos ofendidos em chinês num mercado duvidoso numa rua igualmente duvidosa.

Nojices e preconceitos no geral:

Sim, quando falamos em China vale a pena lembrar que é um povo mais que reconhecido pela porquice intrínseca. Então o ideal é irmos com o espírito bem aberto porque concerteza nos vamos deparar com várias situações bem nojentas de fazer o couro cabeludo arrepiar. No meu caso, eu já ia preparada para a básica escarradela no meio da rua, ou andarem constantemente com o dedo no nariz, ou o chão escorregadio dos restaurantes.

Mercado em Kowloon (Hong-Kong)

Mas mesmo assim o que me fez mais confusão foi mesmo entrar nas traseiras de um dos restaurantes que passámos e ver a nojice que estava à minha volta. Perdi o apetite na hora! E já foi no finzinho da viagem, então tecnicamente eu já tinha visto de tudo. Mas fazer o quê né? Há coisas que eu dispensava ver!

Senhor a tomar banho no McDonald’s de Hong-Kong

De resto, não sei se foi a mentalidade com que fui, mas não me senti enojada com praticamente nada. Claro que é um mundo à parte, uma cultura completamente diferente e tal, mas viajar pela China não é nenhum bicho de sete cabeças e é perfeitamente possível com a dose certa de entendimento de que estamos na Ásia.

WC em Shanghai com sanita aquecida entre outras tecnologias

Então, no geral eu adorei andar pela China e senti que mesmo todas as peripécias que aconteceram não contribuíram em nada para tirar o encanto que já sentia pelo país. Pelo contrário. Fiquei super animada por ultrapassar todos os “obstáculos” do dia-a-dia e por desmistificar mais esta cultura que assusta tanto o povo ocidental.

Vieille Ville, ou cidade antiga de Genebra!

No segundo dia na cidade eu reservei todo o tempo do mundo para a cidade antiga de Genebra, chamada Vieille Ville. Esta foi talvez a zona da cidade mais encantadora e que eu amei visitar. Não sei se demos sorte na altura do ano em que fomos, mas no fim-de-semana que lá estávamos aconteceram algumas festividades na cidade antiga que a deixaram totalmente com ar de século passado.

Andar pelas ruas era uma experiência completamente histórica e que nos fazia recuar para tempos passados. Até parada com figurantes vestidos a rigor com farda medieval e roupas típicas da idade média havia. E mesmo depois de terminada esta parada, todos se juntaram na varanda que dá para o Parc des Bastions para confraternizarem, enquanto assavam um porco no espeto e bebiam várias canecas de vinho quente.

Então o roteiro do dia foi inteiramente dedicado a palmilhar o centro histórico de uma ponta à outra sem rumo ou direção exatas. Assim que percebi que estava a acontecer estas celebrações especiais mais medievais fiquei super entusiasmada e obviamente que isso veio melhorar substancialmente a imagem final que eu fiquei da visita a Genebra. Nem consigo imaginar a Vieille Ville sem todos aqueles figurantes a deambular por lá.

Mas ok, mesmo sem eles, a zona é super fofa e pitoresca, com muita rua empedrada, restaurantes com ar de cabana dos Alpes, casinhas medievais aqui e ali, além do ponto alto que é a Catedral de S. Pedro. Não é que seja uma catedral super fantástica e está longe de ser a mais bonita que eu já visitei, mas só o facto de estar ali bem no meio daquele espírito medieval, já a torna especial.

Nós visitamos a cidade antiga a um Sábado e ao que parece a maior parte do comércio está fechado na Suiça aos fins-de-semana. Então passámos por muitas lojas de luxo e outras mais tradicionais que estavam fechadas. Mas as festividades daquele dia trouxeram ao mesmo tempo outra forma de comércio, o de rua.

Além disso, estávamos em plena época natalícia e eram várias as decorações e barraquinhas com mini mercados de natal que íamos passando à medida que entrávamos cada vez mais no coração da cidade antiga. Eu não achei Genebra com os mercados de natal mais interessantes e tenho a certeza que a Alemanha bate aos pontos em termos natalícios, mas sem dúvida que visitar Genebra em época natalícia dá um brilho especial à cidade.

Depois de andarmos pela cidade antiga durante a manhã, e depois de assistirmos na varanda do Parc des Bastions ao mini show de flautas e flautins da parada medieval, decidimos almoçar no Restaurante Les Armures, que tem o melhor fondue da cidade. Por acaso outra bela opção tinha sido ficar por ali na feirinha e participar dos comes e bebes, mas eu já tinha feito reserva e queria meesmo testar este fondue tão conhecido e famoso.

Pedimos um fondue de queijo com cogumelos, o mais tradicional de todos, e fomos deliciando com a maravilha gastronómica que é o fondue do Les Armures. Os empregados são excelentes, muito prestáveis e a cesta do pão está sempre a ser mudada para não pararmos de comer aquele queijo derretido até as barrigas pedirem tréguas.

O restaurante fica bem no coração da cidade antiga e tem várias salas decoradas com madeira, bem ao estilo alpino, que dá um ambiente muito especial e requintado ao lugar. Este restaurante faz parte do hotel Les Armures e é a grande dica gastronómica de toda a viagem.

Depois deste almoço divinal e bem típico fomos fazer uma segunda tentativa ao mercado de Natal do Parc des Bastions, que é já ali ao lado. Sim, segunda tentativa porque na noite anterior já tínhamos lá estado mas desabou um temporal justamente quando chegámos ao recinto e tivemos de voltar para o hotel feitos pintos.

Então, aproveitando a tarde um pouco melhor e sem chuva torrencial, fomos até ao mercado ver as barraquinhas, comer uns petiscos e beber vinho quente. Ainda aproveitei a pista de gelo ao ar livre para dar umas voltas e ganhar mais umas nódoas negras. Mas e daí? Acho super divertido e era sem dúvida uma das coisas que eu estava a precisar fazer.

Adorei a decoração do recinto e apesar de este ser quase o único mercado de Natal de toda a cidade, eles até se esmeraram e criaram um monte de diversões, luzes penduradas nas árvores, árvore de natal gigante, artistas de circo a andar pelo recinto, e várias barraquinhas diferentes para passarmos um tempo super especial e tradicional.

Café New York, em Budapeste!

Eu juro que estou a tentar terminar os posts da Eurotrip o mais rápido possível, mas está difícil ter tempo para escrever. Entretanto, voltei ontem de uma viagem relâmpago à Suiça para os mercados de Natal e tenho um monte de novas dicas que já começam a entrar na fila para o blog. Mas então vá, hoje vou acabar de dar as dicas do que fizemos em Budapeste e depois logo se vê em que moldes vou conseguir dar o sumário geral da viagem. Porque no fundo foi mais uma viagem grande pela Europa, como já fiz outras tantas antes. Tudo tem a ver com um bom planeamento e nada mais.

Mas focando então na grande dica gastronómica de Budapeste. No segundo dia que estivemos pela cidade eu tinha incluido uma passagem pelo Café New York para comer algo ligeiro. Só que com o tempo chuvoso que esteve durante todo o dia, as hipóteses de dar passeios no exterior foram-se e ficámos com mais tempo para fazer coisas que não implicassem andar à chuva. Então, por causa disso, o nosso dia maioritariamente se resumiu ao Parlamento, ao Café New York e às termas.

E a passagem pelo Café New York foi quase um ponto turístico obrigatório a visitar, como foi o Parlamento e as termas. Se só conseguirmos visitar um sítio luxuoso ou um café/restaurante, que ele seja o New York Café. E nem é tanto pelas comidas típicas e tal, mas sim pela decoração palaciana do espaço.

O Café New York faz parte do Hotel de 5 estrelas do mesmo nome e está num edifício que é um autêntico palácio por dentro. Tem salas e mais salas soberbamente decoradas o que faz com que uma visita só para admirar o interior já valha bastante a pena. O Café em si tem muito poucas opções de refeição, uma vez que não é propriamente um restaurante. Então, as opções mais variadas incluem refeições leves, e claro, toda a parte de pastelaria e café.

Como nós chegamos na altura do almoço, decidimos ir mesmo pelas opções mais ligeiras, mais ou menos nos moldes do que já tinha feito antes em Paris, na Angelina. Sempre que possível é aconselhado reservar mesa, mas claro que dá para ir e esperar na fila. Como fomos ao almoço a fila até foi avançando rápido e em menos de meia hora estávamos sentados à mesa para almoçar.

E a experiência foi magnífica! Apesar de já estar um sítio muito turístico porque obviamente todos querem entrar no New York Café. Mesmo assim dá para abster da confusão inicial de fila e empregados a correr para todo o lado, turistas a fazerem filas para tirar foto aqui e ali…

Foi uma experiência única, que aliou comida espetacular e uma decoração fantástica. Para quem adora palácios como eu de certeza que vai amar sentar por uma hora aqui para tomar a sua refeição.

Viena: dicas gastronómicas!

É verdade que nem todas as cidades da viagem eu consegui ou fiz questão de testar um restaurante mais tradicional. Mas se há cidade que eu pus logo na lista foi Viena. E por duas razões: provar o Schnitzel e a torta Sacher. E, em ambos os casos eu queria ter certeza que ia provar o melhor dos melhores. Então, com base nisso foi fácil fazer as escolhas finais e agora só tenho a dizer que estão mais do que aprovadas. É quase obrigatório passar por ambas as dicas que vou dar já de seguida.

Figlmueller:

Um dos pratos típicos desta zona do leste europeu, particularmente da Áustria, é o Schnitzel, que não é nada mais do que um enorme panado que cobre toda a a superfície do prato e é servido com um quarto de limão por cima. Parece simples, mas é delicioso e pelos vistos há competição em Viena sobre qual o restaurante com o melhor Schnitzel. E, como tal, um dos restaurantes mais famosos nesta área é o Figlmueller, que tem as instalações muito perto da Catedral e numa zona muito interessante com outros restaurantes e bares em volta.

Eu li várias resenhas de pessoas que já lá tinham ido e adoraram e do quão boas são as Schnitzel, que foi quase obrigatório passar por lá e almoçar. Fomos sem marcação mas relativamente cedo, então entrámos logo e sentámos numa sala bem rústica depois de descer uma escadaria imensa. E, como se não bastasse serem famosos e darem a provar o melhor Schnitzel de Viena, têm uma das decorações mais interessantes de todos os restaurantes que já passámos até agora.

O ambiente é super descontraído, com várias salas que vão-se abrindo em outras e outras, e depois tem escadas para o nível inferior, onde há mais salas que dão para outras salas. E enfim, é um labirinto muito interessante com um ambiente super rústico, dando a sensação de estarmos numa gruta a almoçar.

A qualidade do serviço é fantástica, sem nada a apontar. O empregado que nos atendeu era super simpático e estava sempre a brincar conosco por causa do tamanho do Schnitzel. Eu pedi o original, que vem com o limão, mas há outras opções diferentes para quem quiser testar. E haja estômago para conseguir comer tudo até ao fim! Mas no final há que confessar que o panado é óptimo e facilmente percebemos a razão de tanta fama à volta do Figlmuller.

Café Sacher:

Pertinho da Ópera de Viena está o café Sacher que no fundo faz parte de um Hotel super chique com o mesmo nome. O Café Sacher é tão famoso pelas suas tortas, as tortas Sacher, que é quase imperdivel passar por lá e provar uma torta, mesmo que não nos sentemos no café. A vida está facilitada pela loja que está dentro do café e que permite a quem não quer gastar uma fortuna num lanche, entrar e comprar unicamente a torta para depois provar em casa.

Nós decidimos entrar e sentar mesmo no café porque eu adorei o ambiente e porque queria mesmo fazer um lanchinho com capuccino e tudo. Além disso, se houve coisa que eu adorei já na altura em que estive em Paris no Verão, foi o ambiente destes cafés “famosos” e requintados. Então queria ter uma experiência semelhante e poder estar sentada nas calmas a provar a minha torta.

O Café Sacher rivaliza com o Demel pela autenticidade das suas tortas, tudo porque o filho do criador da torta Sacher (Franz Sacher) foi trabalhar para o Demel em 1934 e levou consigo a receita original das tortas. Depois de uma batalha juducial que durou entre 1938 e 1963, foi concedido ao Café Sacher o título de “Original Sacher Torte”, enquanto que o Demel ficou com o título de Eduard Sacher Torte”. Ainda hoje os dois cafés rivalizam pela melhor torta, mas de facto é no Café Sacher que ela tem a sua originalidade. Por esse motivo, eu quis provar lá. E veredito final: é divinal!

Apesar destas duas opções muito boas, Viena está cheia de óptimos locais, quer restaurantes ou cafés. Contudo, estas são para mim as sugestões a não perder numa visita à cidade.

 

Praga: dicas gastronómicas!

Se haviam cidades onde a gastronomia me chamava mais a atenção, Praga sem dúvida estava incluída na lista. Como têm percebido pelos vários posts que fiz até agora, ficámos sempre hospedados em casas alugadas com o intuito de cozinhar a maior parte do tempo e com isso poupar algum dinheiro. No entanto, óbvio que queríamos experimentar de vez em quando alguma comida tradicional, especialmente aquelas que já tínhamos ouvido falar antes e que nos despertavam a atenção.

Então, não vou negar que o Goulash estava na lista gastronómica como o prato tradicional do leste Europeu e era obrigatório provar. Assim que chegámos a Praga e começámos a passear pelas ruas, especialmente na parte antiga da cidade, vimos imensos restaurantes com Goulash no menu e servido de várias maneiras. Ou no prato com pão a acompanhar, ou tipo sopa dentro de um pão caseiro.

Como foi em Praga que mais arriscámos nos restaurantes e almoçámos sempre num bom restaurante, eu trago hoje as dicas dos sítios onde parámos para almoçar e gostámos.

Café Bullervard:

O Café está mesmo no centro da Praça Venceslau e estava colocado estrategicamente na paragem do eléctrico que usámos desde casa. Então, como tínhamos vindo de várias horas de autocarro desde Berlim, soube muito bem parar para almoçar antes de começar o nosso roteiro propriamente dito.

O Café Bullevard serve refeições mais leves e não tão tradicionais assim mas são deliciosas. Ele tem um estilo mais italiano com massas, pizza, canelones, pasta, enfim… muita variedade italiana e ainda vários bolos e sobremesas para quem vai apenas para lanchar.

Eu pedi Tagliatelle com rúcula, tâmaras, tomate, pinho e queijo ralado que estava delicioso. Aquela comida de conforto óptima que precisava mesmo depois do cansaço da viagem. Ok, não é ainda a comida tradicional mas não deixa de ser um boa opção para quem quer comer bem e não gastar muito.

A esplanada deles é muito boa, dá para estarmos a comer e a apreciar o movimento da praça. Além disso, volto a referir que a comida é deliciosa e uma das melhores que provámos em toda a viagem.

Hostinec U dvou sluncu:

No segundo dia em Praga nós fomos almoçar na zona do castelo porque estávamos daquele lado e logo a seguir à visita ao castelo eram horas de almoço. Verdade que durante toda a subida nós já começámos a babar para as várias opções de restaurante que iam aparecendo.

Inclusive trocámos logo algumas impressões com este e aquele empregado que estavam à porta na tentativa de perceber qual o melhor custo benefício. Será que íamos num restaurante com menu? Com bebidas incluídas ou não? Qual seria a melhor opção tendo em conta que queríamos mesmo provar Goulash?

E no final decidimos por este restaurante com nome impronunciável (ahahah) que estava logo na descida do castelo. Achámos o menu bem tentador, com dois pratos incluídos, apesar do primeiro ser ou salada ou sopa. Mas era tudo muito tradicional, a salinha lá dentro era mesmo medieval, com mesas de madeira, todo o menu era repleto de opções bem típicas. Pronto, ficámos rendidos né?

Eu comecei por pedir uma sopa de cebola que estava muito apetitosa e depois obviamente segui para o Goulash, que também estava muito bom. O Goulash é feito à base de carne de porco e depois é servido com aquele molho que eu não faço ideia do que seja, e ainda com fatias de pão para molhar no dito molho. Pronto e eu fiquei oficialmente a adorar Goulash.

Mas enfim, este é apenas um dos inúmeros restaurantes que servem o prato e para nós foi mesmo uma questão de proximidade com o castelo, menu porreiro e decoração típica. Sim, a comida também estava boa, não fantástica, mas serviu para o que queríamos. E atenção, eu digo que não estava fantástica porque depois em Budapeste fui comer outro Goulash e A-M-E-I ainda mais. Então claro, como tive outra experiência para comparar fiquei assim com esta opinião. No entanto, claro que a comida estava boa e foi uma óptima introdução aos pratos típicos do leste Europeu.

Henri Willig cheese!

Uma das coisas que eu tinha decidido nesta viagem era evitar fazer o convencional e restringir-me a isso. Eu acho que um país, uma cidade, são muito mais que monumentos a visitar e muito mais que museus. Não sei, acho que estou numa fase da vida diferente. Não quer dizer que esteja anti-museu, pelo contrário, visitei vários museus ao longo das semanas, mas sou muito mais rigorosa na seleção dos que quero visitar.

Tudo porque aprendi a amar o outro lado de cada cidade. Aprendi que é fantástico andar pela cidade e conhecer vários recantos diferentes, as fachadas e arquitetura das casas, ou simplesmente a cultura e gastronomia do sítio que estamos a visitar.

Quando pensei em incluir Amesterdão no roteiro, eu sabia que um dia tinha de regressar para dedicar mais tempo a outras vilas mais rurais da Holanda, onde estão os campos das tulipas e os moinhos. Mas algo que eu desconhecia até bem poucos dias antes de viajar era a qualidade dos enchidos da região, especialmente do queijo.

Uns dias antes de embarcar teve um amigo que me deu a dica de ir entrando nas lojinhas de queijo e enchidos e ir provando as várias qualidades diferentes que tinham. E esta era uma boa opção para provar algo delicioso e ir petiscando sem gastar dinheiro. Então eu fui um pouco no deixa ver se é mesmo verdade. E foi!

Perto da Red Light, mas depois descobri que há um pouco espalhado por toda a cidade, estão casinhas super fofas da marca holandesa Henri Willig, que tem os melhores queijos que eu alguma vez comi. Além do produto ser vencedor, com imensas qualidades diferentes de queijo para todos os gostos, eu adorei todo o conceito e a forma como eles apresentam o produto.

Como é algo tão tradicional do país, com uma das três fábricas sediada em Zaanse Schans, que recebe milhares de turistas todos os anos, então eles encontraram uma forma bem tradicional para mostrarem o produto em Amesterdão. As lojas são super fofas, em prédios bem típicos de Amesterdão, lá dentro ainda tem um pequeno museu que explica um pouco o processo de produção do queijo e depois tem umas meninas vestidas a rigor com o traje típico holandês, que servem os vários tipos de queijo.

Não me debrucei muito na história em si da produção dos queijos, até porque fiquei bem interessada em prová-los a todos (ahahah) mas depois de uma breve pesquisa e depois de falar um pouco com uma das meninas da loja, percebi que é um queijo bastante reconhecido na Holanda pela sua qualidade que é atingida através de processos de produção tradicionais, sendo o produto final testado e retestado diversas vezes de forma a garantir o nível alto de qualidade.

Infelizmente visitar a loja ou, para quem tiver oportunidade, uma das fábricas, é quase a única forma de garantir que conseguimos pelo menos testar o produto, porque os queijos da marca não são enviados para fora da Holanda. Eu perguntei e de facto a única hipótese de comprar é mesmo estando ali na loja ou na fábrica.

Para além dos vários queijos e de toda a diversidade ainda conseguiram apresentar mais uns enchidos, como chouriço, etc… Apesar de não ser o foco principal, algo que vemos perfeitamente pela quantidade de oferta de queijo quando comparado aos outros enchidos à venda.

Para os interessados nos queijos, vou já avisando que há de tudo um pouco e até as combinações mais improváveis eu provei. Desde alho com mel, até picante, enfim… são tantos sabores diferentes que não vou arriscar prosseguir. E o melhor é que dá para comprar conjuntos de vários sabores se gostarmos de mais do que um, o que vai decididamente acontecer.

Então, quando estiverem por Amesterdão procurem pelas lojinhas com os mega queijos na porta e nas vitrines. São bem fáceis de achar!

SUD Lisboa Terrazza!

No ano passado o grupo de hotéis SANA pôs mãos à obra e abriu um espaço junto ao rio Tejo, o SUD Lisboa. No Verão passado fez o maior sucesso e eu lembro-me que ainda ponderámos fazer o jantar de aniversário de casamento por lá. Mudámos para outro em Cascais, porque os donos eram conhecidos do Carlos, e o SUD ficou arrumado na gaveta. E a verdade é que eu nunca mais me lembrei dele.

O grande atrativo deste espaço sempre foi a piscina no piso superior, com uma vista panorâmica para o rio e para a ponte 25 de Abril. E dá mesmo para passar lá o dia na piscina, se comprarmos a entrada.

Mas, para além da piscina e de toda a zona de bar e snacks que são servidos aí, também é possível jantar no piso térreo. E o espaço é simplesmente brutal. Eu acho que nunca tinha visto decoração mais bem conseguida em qualquer restaurante de Lisboa.

E a localização só vem complementar todo o ambiente que já é fantástico. Imaginem jantar ou até mesmo sair para beber uns cocktails e dar de caras o tempo todo com a ponte iluminada.

Tudo isto enquanto temos uma decoração muito interessante à nossa volta, Dj a pôr música e ainda uma cantora que de repente aparece e começa a cantar entre as mesas. O que poderia querer mais?

Não fiquei arrependida de não ter jantado, até porque comi muito bem no Café de São Bento e achei que foi um óptimo final de noite ter ido conhecer o SUD pela primeiroa vez, mas fiquei com muita vontade de regressar outro dia e jantar.

Mesmo não indo para jantar eu decidi reservar mesa para as 22h30 só para garantir que tínhamos direito a uma mesa dentro do espaço restaurante e não cá fora. Além disso era Sexta à noite e num espaço daqueles é sempre melhor reservar mesmo que a intenção seja beber uns cocktails e nada mais substancial.

E vale muito a pena ir lá só para isso porque na carta (que vem em Ipad) nós temos uma secção só de bebidas. Então é normal reservar mesa e não querermos jantar. Até porque dentro do restaurante tem mesmo a zona do bar onde nós vemos as bebidas a serem preparadas.

Por acaso não fomos para a zona da piscina e ficámos no piso térreo onde está o restaurante, mas super aconselho, quem conseguir lugar, a ficar lá em cima. Principalmente se forem durante a tarde. A vista da piscina é espetacular e só eleva ainda mais a experiência. No entanto, acredito que seja bem mais concorrido do que ficar cá em baixo.

Então, balanço final, fiquei muito feliz de ter lembrado do SUD para o nosso final de noite. Este ano ele já não foi tão falado como no ano passado, até porque muitos outros restaurantes e bares continuaram a abrir em Lisboa e é muito fácil desviar as atenções. O espaço está dividido em SUD Terrazza, onde está o restaurante e bar, e tem também o SUD Hall ao lado, que está reservado a eventos de empresas. Então é possível alugar o Hall para eventos, festas especiais, etc. Quer seja uma empresa, ou alguém particular.

Adorei e quero muito voltar para experimentar a carta do restaurante.

SUD Lisboa Terrazza:

Avenida Brasília, Pavilhão Poente

1300-598 Lisboa

Café de São Bento!

Na passada Sexta-feira comemorámos mais um ano de casados (já foram 5!!). 🙂 Como o tempo passa a correr e como é bom olhar para estes 5 anos e perceber quanta mudança aconteceu, tudo o que já vivemos e as conquistas que fizémos. Além de recordar as fantásticas viagens que fizémos, já que todas elas estão aqui no blog.

Como é nosso hábito, gostamos de sair e festejar o aniversário a um restaurante que esteja à altura da data e não ligamos muito ao valor da conta. A escolha deste ano, depois de algumas indecisões com outro candidato à altura, foi o Café de São Bento, bem na lateral do Palácio de São Bento, onde está o Parlamento.

O restaurante tem um ambiente muito exclusivo à porta fechada e para entrar é preciso tocar à campainha, além de ser aconselhável, senão obrigatório reservar. Acabei por escolher este restaurante pelo ambiente em si, muito romântico e recatado, no entanto, tinha visto que detêm o prémio de melhor bife de lisboa, o bife à Café de São Bento.

Então, quando chegámos pedimos para ir até ao segundo piso, para estarmos mais sossegados e sozinhos. E assim permanecemos durante boa parte do jantar. E foi tudo quanto eu tinha idealizado. Um ambiente muito calmo e romântico, um empregado que nos atendia com a melhor das simpatias e nos ia recomendando o melhor da carta quando estávamos mais indecisos.

Para entrada, escolhemos uns camarões com vinho xérez, que eu já não bebia desde a lua-de-mel na Andaluzia. Então foi aquele matar saudades! Depois, como não podia deixar de ser, seguimos para o tradicional bife, que já falei mais acima. E ele de facto faz jus à fama que tem. O bife estava óptimo, fantástico, divinal. Vale muito a pena lá ir só para experimentar aquele bife.

As sobremesas foram as menos conseguidas, na minha opinião. Apesar de eu ter gostado da minha, uma espécie de tarte de maçã, achei que a qualidade não estava a par com o preço pedido. Mas foi o único detalhe menos positivo de todo o jantar.

No geral, eu adorei o conceito, a forma como somos atendidos, todo o ambiente e decoração em tons de vermelho, e claro, a comida. É óbvio que um local destes atrai só pelo ambiente requintado e exclusivo, que convida a jantares românticos. No entanto, os empregados acabam por fazer o resto da experiência e acabamos por nos sentir super especiais e importantes. 🙂 Eles são uns amores, de facto! Muito atenciosos e preocupados com todos os detalhes, como se fossemos uns príncipes e princesas.

Adorei! E recomendo!

Café de São Bento:

Rua de São Bento 212

1200-821 Lisboa

Sushi dos Sá Morais!

Eu acho que sou uma das poucas pessoas da minha era em que a febre do sushi não pegou. Então, eu nunca fui a nenhum restaurante japonês antes para comer sushi, nunca entendi bem aquela necessidade e vício de mandar vir sushi para casa, etc etc… Sempre fui muito mais amante e apreciadora de uma boa carne, de comida italiana, e claro, de comida asiática (mas não sushi).

No entanto, quando me falaram que o jantar de despedida de solteira de uma amiga ia ser feito num restaurante de sushi, eu não disse que não e encarei como um desafio. Nunca ter tido a necessidade de provar não quer dizer que não seja bom, certo?

Então encarei como mais um desafio gastronómico a somar a tantos outros. A madrinha da noiva e organizadora da despedida conseguiu um desconto de 30% através do site e aplicação “The Fork”, que veio revolucionar os motores de busca de restaurantes e fazer frente ao meu queridinho “Zomato”, que continua a ter as suas vantagens, mas que ganhou claramente um adversário em peso.

Adorei o ambiente do restaurante de sushi. Nada demasiado ao estilo japonês, mas com um toque de modernidade que sem dúvida marca a diferença. E depois a experiência em si foi maravilhosa. As amigas estavam especialmente preocupadas em perceber se eu estava a gostar e o que gostava mais, então acabaram por ser importantes em toda esta primeira experiência.

Acabei por adorar as peças que provei, que foram muito diversificadas. Juntámos em pares e pedimos um conjunto de 32 peças muito variadas de sushi que foi óptimo como baptismo e permitiu provar muita coisa diferente, ficando a saber aquilo que mais gosto ou o que não queria voltar a repetir.

E de facto, especialmente para mim que estava a iniciar-me, acho que este conjunto de 32 peças foi o ideal para tomar noção do que gosto e não gosto. Assim, quando voltámos a pedir a mesma tábua, já perguntámos se podia acrescentar mais esta e aquela peça e tirar outras que não gostámos tanto.

Apesar de não ter propriamente um termo de comparação com outros restaurantes, eu achei que muito do sucesso de ter gostado do sushi deveu-se à qualidade das peças servidas, claramente. Apesar de não ser uma profissional e super conhecedora de sushi, consigo discernir aquilo que é bom do que não é. Principalmente quando nunca tinha comido e, por essa razão, estava de pé atrás.

Então, o balanço final foi muuuito positivo e, apesar de continuar a dizer na minha cabeça que é peixe cru, a verdade é que ele é delicioso se bem feito. E aqui neste restaurante a experiência é óptima, por isso recomendo!

Jamie’s Italian!

Eu sou uma super fã de comida italiana, não fosse eu uma verdadeira apaixonada pela Itália por si só. Então sempre que há oportunidade de provar mais uma comidinhas típicas eu nunca digo que não. Põe mais uns hidratos para dentro! 😀

Desta vez estávamos com duas opções em cima da mesa, as duas novidade para mim: Jamie’s Italian e Boa-Bao. Ambas as opções agradavam bastante, mas só uma podia ser a escolhida. Como a opinião geral recaiu na comida italiana, lá fomos nós jantar ao restaurante novíssimo do Jamie Oliver aqui em Lisboa.

E como o dono do restaurante tem uma fama mundial de fazer inveja a muitos chefs da atualidade, a expectativa era bem alta. No entanto, eu acho que a minha experiência foi um pouco ingrata porque estava em grupo e óbvio que o feeling com que ficamos depende sempre do tipo de jantar que fazemos. Se eu fosse só com o Carlos de certeza que a minha experiência teria sido diferente, numa ambiente mais intimista e requintado, enquanto que assim, num grupo de 10 pessoas, o pessoal ficou numa mesa de madeira grande, que talvez tenha tirado um pouco do charme.

Então houve opiniões muito distintas no final. Eu fiquei com a leve sensação que o nível de requinte do restaurante não faz aqueeeele jus ao renome que tem, no entanto, se penso na qualidade de atendimento, comida e até mesmo a decoração do espaço no geral, só tenho maravilhas a falar.

Então foi assim um misto de sensações, que ao mesmo tempo me faz pensar que o tipo de comentário aqui podia ter sido diferente se tivesse ido noutro registo. Mas atenção, eu adorei o restaurante, achei que está muito bem conseguido, com um menu muito diversificado e comidas deliciosas.

Além disso, o staff deles é TOP! Acho que nunca tinha visto um restaurante com uma equipa tão vasta em que cada um tem a sua função específica e todos encaixam na perfeição. Como o restaurante tem várias zonas (varanda, rés-do-chão e 1º andar) fazia falta uma equipa assim, bastante focada. Nós tínhamos um empregado só para atender a nossa mesa e pronto.

Depois a comida foi outra maravilha que merece ser falada. Eu provei o Linguini de camarão, que estava uma delícia! Mas houve claramente outros tantos pratos que eu adorava ter experimentado.

Então balanço geral foi positivo, apenas com a reçalva que eu falei no início do post. Mas, pessoal, é uma restaurante italiano. Não é um restaurante suuuper luxuoso com comida mediterrânea de fusão e sei lá mais quê, mas é talvez um dos melhores restaurantes italianos de Lisboa, com assinatura do renomado chef Jamie Oliver.

Já ouvi alguns comentários de que o restaurante dele em Londres é um must go, então agora fiquei com curiosidade de testar e ver as diferenças. A realidade é que este chef é bastante versátil, então por todo o mundo tem aberto restaurantes realmente diferentes uns dos outros.

Jamie’s Italian

Praça do Príncipe Real 28A

1250-184 Lisboa