Stanley Park!

Uma das grandes atrações de Vancouver é sem dúvida o seu enorme parque que tem km’s e km’s de extensão e que facilmente ocupa um dia inteiro de visita se estivermos para aí virados. Ou seja, visitar o Stanley Park pode ser um programa de uma manhã/tarde, ou de um dia inteiro.

Como ele é enorme, umas das formas mais populares de o explorar é alugar uma bicicleta e percorrer a famosa rota que circunda todo o parque e que começa e acaba exatamente no mesmo ponto. Esta rota é super popular por permitir passar por algumas das atrações principais do parque e também por render vistas fantásticas das montanhas, Lions Bridge e, claro de todo o Oceano Pacífico da West coast que começa logo ali.

E como as bicicletas são uma das formas mais interessantes e populares de explorar o parque, os queridos já têm algumas opções de casas que fazem aluguer de bicicleta por diversos períodos do dia, logo ali na entrada do parque. E ainda há a opção de escolher entre diversos modelos, incluindo aquelas de duas pessoas, se estivermos a fim de algo diferente.

Um dos programas que eu sabia querer fazer na cidade era justamente sair do congresso e ir direta para o parque. Não só para explorar o máximo possível, mas para fazer o circuito externo de bicicleta e terminar o dia na Second/Third Beach onde eu li que se assiste a um dos melhores pôr-do-sol de todos os tempos.

Então, no segundo dia de congresso eu estava animadíssima para finalmente fazer este programa e passar um final de tarde super relaxado, de contacto com a natureza e de pé na areia da praia. Fomos diretas da UBC (campus da Universidade da British Columbia) até ao Stanley Park, alugámos as nossas bicicletas e começámos a pedalar.

E, não fosse o tempo ter virado e começado a chuviscar, tinha sido perfeito! Começámos a nossa volta com um sol fantástico mas se há coisa que aprendi no Canadá é que a facilidade com que o tempo vira é impressionante. E foi justamente isso que aconteceu! A meio da nossa volta pelo parque começou um chuvisco chato que acabou por atrapalhar o final do passeio e consequentemente desistimos da ideia de ficar para o pôr-do-sol, até porque com a quantidade de nuvens no céu não ia dar para ver nada!!

Entretanto conseguimos emendar e nos últimos dias que passámos na cidade, na véspera de apanhar o avião para casa, o tempo ficou maravilhoso e acabámos por voltar ao Stanley Park, desta vez a pé, para ver o lago principal e para assistir ao pôr-do-sol na Second Beach. Ah maravilhoso!!

Então, mais uma vez, tenho um mix de fotos de um dia e do outro com diferentes níveis de sol. Ahahaha mas tudo bem! Viajar é isto mesmo!

O Stanley Park, como disse à pouco, é enorme! E visitá-lo não significa que vamos necessariamente estar focados na natureza, apesar de que eu considero um dos parques mais impressionantes neste capítulo. Mas tudo bem, é o Canadá!! Para além da natureza estonteante, com árvores milenares e enormes, autêntica floresta, ainda há outros recantos que podem ser visitados.

Um exemplo são os Totem Poles, que são típicos de Vancouver e basicamente são a lembrança do passado das tribos indígenas que habitavam a região originalmente. E estes Totem Poles são tão famosos que não existem em mais nenhuma parte do Canadá.

Para além dos Totem Poles, também é possível visitar o Aquário de Vancouver, entre outras atividades com observação das estrelas, ou a prática de algum desporto num dos courts que existem para o efeito.

Junto à Second Beach há uma extensão de relvado enorme que também costuma receber eventos no fim-de-semana ou então é a zona de encontro de famílias e amigos que vêm até ali praticar desporto ou simplesmente passar um tempo de convívio. O Beaver Lake é por si só outra atração do parque pela sua beleza.

Existem também várias formas de aproveitar o parque. Eu falei na bicicleta, que sem dúvida é a mais característica entre os visitantes e dá acesso ao tal circuito que rodeia todo o parque e que só pode ser feito na direção inversa aos ponteiros do relógio, mas também dá para visitar o parque numa charrete ou num comboio turístico.

As opções são várias e a forma como vamos aproveitar o parque depende também do tempo que temos disponível e do quanto queremos ver e fazer. Mas sem dúvida que todo o tempo que passamos por lá vai ser óptimo.

 

Gastown, WestEnd e Downtown Vancouver!

Ok, Vancouver é uma cidade enorme, mas que na prática está muito bem dividida em várias zonas/bairros que torna o processo de montagem de roteiro e exploração mais facilitado. Como falei no post de ontem é difícil para mim alinhar tudo direitinho e dar uma visão de roteiro perfeito porque eu aproveitei pedaços de dias e voltei algumas vezes a certos bairros uma segunda e terceira vez ao longo da semana. E Downtown foi justamente o bairro que eu voltei várias vezes ao longo da semana porque é super central e tudo pára lá. Metro, bus, tudo!

Por outro lado, a partir de Downtown Vancouver é fácil andar e chegar rapidinho a outros dois bairros típicos e famosos do centro de Vancouver: WestEnd e Gastown! Eu acabei por não explorar muito o primeiro porque não achei super especial e tal mas o segundo eu adorei tanto que acabei por voltar uma segunda vez só para tirar fotos com sol e “mostrá-lo” para uma amiga portuguesa a morar nos EUA e que eu conheci no congresso.

Então, estes três bairros são super fáceis de combinar num roteiro de um dia pela cidade e foi mesmo isso que fiz logo no primeiro dia que cheguei a Vancouver. Fui direta para a estação Waterfront e comecei a andar pelos bairros e a desbravar o centro da cidade meio que sem rumo.

Não há propriamente um jeito óbvio para visitar esta zona e justamente para quem chega pela primeira vez ao Canadá, ou a qualquer cidade americanizada vai achar tudo muito diferente das cidades europeias e querer ver tudo, até a fachada antiga do prédio de um bar com umas simples escadas de metal do lado de fora. Tudo vai ser alucinante e fora do normal! E foi justamente essa a sensação que eu tive, daí ter andado às voltas e voltas sem um rumo concreto.

Mas tentando orientar um pouco a coisa, eu diria que o ideal é começar logo pelo bairro Gastown que foi de longe o meu preferido. Ele é basicamente uma rua de lojinhas e restaurantes fofos e fachadas de tijolo laranja, com um relógio que deita fumo (Steam Clock) e faz as delícias dos visitantes. A entrada da rua está logo ali ao lado da Waterfront e não tem nada que enganar: é só percorrê-la de lés a lés e voltar para trás.

Pelo caminho vamos concerteza parar em muitas lojinhas irresistíveis e fazer um monte de compras. Foi o que me aconteceu. Todos os souvenirs que trouxe do Canadá foram comprados aqui e se pudesse aconselhar o melhor sítio definitivamente é este. Todas as lojas têm uma vibe meio chalé de montanha que deu logo para captar a dinâmica canadense e imaginar como deve ser fantástico voltar no Inverno só para ir até às montanhas.

Eu adorei Gastown e voltei aqui no final da semana com sol para tirar imensas fotos e fazer mais compras com a amiga portuguesa. Mas na prática numas horinhas conseguimos captar a vibe desta rua, que se estende quase até Chinatown, apesar de eu não ter ido até lá. Já estive este ano na China e não acho que para mim valha a pena visitar cultura chinesa depois de realmente ter conhecido e visitado o próprio do país.

Então depois de voltar para Waterfront, eu aproveitaria para ver toda esta zona antes de começar a subir para Downtown e WestEnd. A zona de Waterfront tem a construção Canada Place que é relativamente recente e é um sítio onde diariamente atracam os navios cruzeiro e onde fazem também várias exposições, além de ser o local onde está o museu de realidade virtual que nos transporta através de vários pontos turísticos conhecidos de todo o país.

Eu não estava particularmente interessada em realidade virtual então andei só por ali em volta, na zona dos restaurantes e subi até ao patamar da construção para ter umas vistas melhores das montanhas do outro lado do rio.

Então a partir daqui eu comecei a subir para o centro do bairro Downtown sem ter um rumo exato. Ahahah eu sei que é meio repetitivo esta cena do não ter rumo mas na realidade quando chegamos a uma cidade como Vancouver percebemos que não há assim um ponto turístico ou vários que realmente sejam realmente importantes de passar e visitar.

A cidade em si é o que nos fascina e toda a arquitectura que mistura casinhas baixas com arranha-céus no quarteirão ao lado. Vancouver evoluiu muito rápido e hoje em dia são várias as construções que todos os dias nascem na cidade, a par com as dezenas de filmes e séries que são filmados por lá. Então dá para ter ideia de quão louca, evoluída e incrível a cidade é. Sem ser demasiado populosa, eu diria!

Então andar por lá é muito simples, sem um rush assoberbante de gente a andar pelas ruas. Eu fiz a minha primeira paragem na Catedral, só para dar uma vista de olhos, sem perder muito tempo e continuei a andar em direção à Vancouver Art Gallery, que fica numa pracinha bonita com um jardim e algumas comidas de rua.

Daqui é muito simples continuar a explorar mais de DownTown, especialmente a Granville Street que é das mais bonitas e típicas de Vancouver. É daquelas avenidas que sozinhas são capazes de completar uma manhã inteira e sentirmos que vimos a verdadeira essência da cidade.

Eu passei mais tempo em Granville na segunda visita que fiz, e não tanto na primeira. Mas a partir de Granville (depois de a explorarmos) é também fácil começarmos a entrar no último bairro do “roteiro” – o WestEnd.

E não há melhor forma de entrar nele do que percorrendo a Robson street, que é outra avenida enorme que nunca mais termina e que, a par com a Granville, são o coração da cidade. Ela também está cheia de lojas, estas de marca mais luxuosa, vários restaurantes, pubs e imensa gente que só está ali para dar umas voltas.

Se queremos comprar alguma coisa em específico de certeza que na Robson street vamos achar tudo e mais alguma coisa. Foi justamente o meu caso, que andava que nem louca à procura de um adaptador universal porque me esqueci do meu em Portugal.

Quando nos cansarmos da Robson street é só virar em direção ao rio ou voltar para trás e voltar a entrar em Downtown. Depende de onde estiverem alojados, do grau de cansaço e das perspectivas de turistagem. Eu voltei para trás, voltei ao Waterfront e fui para casa descansar porque fiquei exausta só desta caminhada do primeiro dia.

Mas como introdução da cidade eu acho que é um primeiro dia perfeito para começar a entrar no esquema e ver um pouco como a cidade está organizada e o melhor que ela tem a oferecer.