Palais des Nations, a sede da ONU em Genebra!

Uma das exigências que eu tinha feito em termos de roteiro foi visitar a sede das Nações Unidas em Genebra, ou seja, o Palais des Nations. E sou uma verdadeira apaixonada por história e cultura, mas recentemente o interesse pela política, direitos humanos, etc… tem vindo a ocupar um lugar cada vez mais importante na minha vida. Com todo o trabalho que iniciei em 2017 ligado à política local, mais o trabalho académico que tenho feito em saúde pública, é com muito entusiasmo que eu acompanho o trabalho das Nações Unidas no mundo, especialmente quando esse trabalho é feito na área da saúde.

Visitar a ONU é super simples e nem precisa marcação prévia. Nós fomos andando até chegar à Praça das Nações, onde está a entrada “bonitinha” do Palais des Nations, com todas as bandeiras dos países membros lá alinhadas. Normalmente as fotos que vemos da sede são tiradas daqui, apesar da entrada para visitantes ser no cimo da colina. No entanto, esta praça é paragem obrigatória também pela Broken Chair, ou cadeira partida, que está bem de frente para a ONU.

E como Genebra é a cidade da paz, da diplomacia e dos direitos humanos, esta cadeira com uma “perna” partida foi colocada aqui para relembrar todos os chefes de Estado, diplomatas e políticos em geral que visitem a cidade, da importância de parar conflitos armados. A falta de uma perna na cadeira está mesmo ligada à utilização de bombas ou minas terrestres que têm um impacto brutal na vida de todos aqueles que acabam vítimas. Porque pelo mundo afora muitos são aqueles que atravessam situações complicadas de conflitos armados.

 Depois de parar na praça das Nações nós fomos andando até à entrada do Palais des Nations. Ao longo do dia há várias visitas guiadas a acontecer e em várias línguas. Como nós queríamos assistir em inglês não nos preocupámos muito com o horário porque geralmente esta visita é a mais frequente.

A entrada no edifício foi super simples mas algo complexa. Passamos por detetor de metais e ainda por uma sala onde temos de mostrar a Identificação pessoal e tirar foto para fazer um crachá que é suposto andar sempre connosco pendurado em sítio bem visível. Depois passámos por outro segurança, antes de abandonar o edifício da entrada, e por fim seguimos pelo enorme jardim, até ao edifício onde as visitas guiadas têm lugar.

Quando aqui chegámos ainda nos deram uma fitinha laranja para trazermos ao pescoço, como forma de identificar o grupo da visita e esperámos um pouco na sala até iniciar a visita propriamente dita. A visita durou mais ou menos 1h e passámos pelas principais salas onde acontecem as maiores e mais importantes reuniões. Aquelas que de vez em quando aparecem nas notícias!

Ah, podem imaginar o fascínio de entrar nos enormes anfiteatros que vemos ocasionalmente na televisão e onde tantas medidas e decisões importantes são discutidas. E o impacto que elas têm em várias áreas a nível mundial!

A visita guiada começou no edifício novo, que foi construído como forma de ampliar o antigo, construído entre 1929 e 1936, para a agora extinta Liga das Nações. A partir de 1966 as Organização das Nações Unidas, como conhecemos hoje, foi criada, e desde essa altura que o trabalho não pára de aumentar. São milhares as reuniões que todos os anos acontecem nas instalações aqui em Genebra e, daí a necessidade de se construir o novo edifício.

As diferenças entre os dois são visíveis e eles estão ligados por uma ponte de vidro, de onde é possível, em dias bons, ver os Alpes. Como este dia estava fantástico, conseguimos ter um vislumbre fantástico dos Alpes lá ao longe, bem no entardecer. 🙂

Ao longo dos corredores também estão várias obras de arte que ocasionalmente são oferecidas por chefes de Estado de todo o mundo e ficam expostas aqui no Palais des Nations. Sim, fiquei ainda mais apaixonada pela ONU e por todo o trabalho que têm feito e continuam a fazer, muito dele com extrema dificuldade. E fiquei sobretudo com muita vontade de no futuro poder vir a colaborar de alguma forma com algum dos seus muitos projetos relacionados com a saúde. Sim, é um sonho. Deixem-me sonhar que faz bem. 😀

Para além dos Palais des Nations em Genebra, a sede principal da ONU é em Nova Iorque. E pronto, escusado será dizer que não vejo o dia de entrar lá também.

O lago de Genebra!

É impossível elaborar seja que roteiro for sem que todos os dias ele não passe pelo imenso lago. E connosco foi mesmo isso que aconteceu. Apesar de ter zonas diferentes da cidade no roteiro dos 2 dias, a verdade é que passámos pelo lago no início de cada dia e seguimos direções opostas. Porque ele está logo ali, a estrela da capital da Suiça!

Qual é o cartão-postal de Genebra que não tem o jato de água bem lá no fundo? Assim que chegámos ao hotel e largámos as malas fomos logo a andar até junto do lago e lá estava ele, tal como em todas as fotos que já vi até hoje. O dia estava fantástico e a única exigência que tinha era visitar a Sede da ONU. Como em Genebra tudo fica perto de tudo, decidimos rapidamente que íamos fazer o caminho a pé e apreciar as vistas espetaculares do lago.

Então um ótimo aperitivo ou uma introdução perfeita da cidade é começarmos com um passeio pelas margens do lago. Por várias razões! A principal sem dúvida que tem a ver com as paisagens, mas também porque ao longo do lago temos alguns locais interessantes do ponto de vista histórico. Então, mesmo junto ao nosso hotel, e sem eu sequer imaginar quando o reservei, está o Hotel Beau-Rivage onde a princesa Sissi da Áustria costumava passar as temporadas em Genebra.

E foi justamente nas margens do lago, quase em frente ao hotel, que ela foi assassinada. Então, para assinalar estes factos históricos, está uma estátua da princesa em frente ao hotel e ainda uma plaquinha a marcar o sítio onde ela foi atingida mortalmente, antes de entrar no barco para o cruzeiro habitual no lago.

Se seguirmos o passeio na direção da Sede da ONU, vamos passar por uma das marinas, mas também por uma zona bem conhecida em Genebra, o Bains des Pâquis, que é o sítio mais usado no Verão, pelos habitantes e turistas, para se banharem no lago. Quando está frio este local transforma-se e é utilizado como bar a céu aberto onde multidões se reúnem para beber um copo e socializar.

No primeiro dia nós percorremos todo o passeio junto ao lago até chegar ao Parc de la Perle du Lac. Aqui começámos a subir em direção ao Palais des Nations, que eu vou falar noutro post. Na direção oposta do lago, para onde seguimos no segundo dia, vemos outra parte da cidade completamente diferente. Enquanto que a zona para o Palácio das Nações é mais séria e cheia de edifícios empresariais, a zona oposta é mais pitoresca, com mais restaurantes, bares, lojas, e todas as praças fofas que marcam o início da zona antiga.

Então quando seguimos para o lado oposto do lago, rapidamente chegamos à ponte mais fotogénica de Genebra, a Pont du Mont-Blanc, que é a primeira de muitas que seguem paralelamente à primeira, numa zona em que o lago entra pela cidade a dentro e forma vários canais. Como o nosso intuito no segundo dia era visitar a “Old Town”, então atravessámos a Pont du Mont-Blanc e fomos até ao Jardim Inglês, onde está o famoso relógio florido, o Horloge Fleurie, que chama a atenção, especialmente no Inverno, por ser a única mancha florida de quase toda a cidade. Além de ser um mega relógio, claro!

O jardim Inglês está na base da colina da Vieille Ville, ou Cidade Antiga, por isso nós não continuámos em frente, junto ao lago, e decidimos começar a embrenhar pela parte mais histórica de Genebra. Contudo, outro passeio interessante seria continuar em frente e percorrer a pé mais uns km’s de lago, com mais uma marina e um ponto de observação para o Jato de água.

Não achei Genebra recheada de monumentos históricos para ver e fiquei claramente com a impressão de que a cidade gira em torno do lago, da cidade antiga e, claro, das Sedes de algumas das organizações mais importantes do mundo. Mas, obviamente que visitar Genebra é passar muito tempo junto ao lago, não interessa a estação do ano.

Mercado de Natal em Genebra, na Suiça!

No início do mês de Dezembro fomos tentar manter a tradição e viajámos até Genebra, na Suiça, para conhecer o mercado de Natal. A viagem teve um gosto especial porque foi a primeira vez que fomos à Suiça e porque acabámos por nos encontrar com família do meu marido que está lá a viver. O propósito da viagem era podermos descontrair e fazer uma pausa do stress que anda as nossas vidas ultimamente, ao mesmo tempo que íamos ver as decorações de Natal e eu ia ver a Sede das Nações Unidas, que é um sítio que significa muito para mim. Também tentei visitar o CERN, mas já não consegui comprar os bilhetes online, que aparentemente esgotam com muita rapidez.

O post de hoje será um género de primeiras impressões com algumas dicas práticas e roteiro geral. Tudo num só lugar porque a realidade é que a viagem não teve naaada de muito turístico e demos realmente preferência a conhecer a cidade sem pressas. Ficámos um total de 2 dias e meio em Genebra e eu ainda ponderei tentar conhecer mais alguma cidade da região do lago, mas acabei por desistir por achar que isso iria trazer aquele stress extra que não era de todo o que queríamos.

Então, eu fiz reserva no Aparthotel Adagio Genéve Mont-Blanc, que fica mesmo de frente para o imenso lago, super bem situado para chegar a todos os pontos principais da cidade. O hotel foi fantástico, super confortável, com cozinha para fazermos algumas pequenas refeições, que neste caso foram apenas os pequenos-almoços.

Dedicámos o primeiro dia a percorrer o lago sem pressas em direção à Sede das Nações Unidas e visitámos toda aquela região, com visita guiada à Sede propriamente dita. Eu adorei!!! Se eu já sou uma apaixonada por diplomacia, direitos humanos, políticas de saúde, imaginam o quão apaixonada eu fiquei quando entrei nas várias salas onde diariamente se discute o futuro do mundo.

No dia seguinte eu dediquei tempo a conhecer a parte velha da cidade, que é a região mais linda e fofa de todas. A parte antiga da cidade estende-se por várias ruas e ruelas e é a zona onde acabámos por passar mais tempo. No fim-de-semana que fomos estava a acontecer um mercado medieval com direito a desfile e tudo. Suuper pitoresco!

Além deste mercadinho e de todos os figurantes que andavam pelas ruas da parte antiga e traziam uma alma diferente ao sítio, também estava a decorrer no Parc des Bastions o merdado de Natal. Este parque é enorme e é aqui que os festejos natalícios se concentram num grande mercado de Natal que tem carrossel, pista de gelo, árvore de Natal, várias personagens que animam a criançada e, claro, muitas barraquinhas de artesanato e de especialidades gastronómicas.

Como Genebra é muito multicultural por estar bem na fronteira com a França e por receber diversos migrantes vindos de várias partes da Europa e do mundo, então o mercado de natal conta com barraquinhas de comidas de vários países. E claro que a barraquinha portuguesa tinha de lá estar!

Eu achei Genebra uma cidade suuper civilizada, que respira diplomacia! É impossível não sair da Suiça a achar que é um dos povos mais civilizados do mundo! E o quanto eu li opiniões de que era um povo sem graça, meio chato e tal. Eu não achei nada disso! E ainda só conheci um pedacinho bem pequeno da Suiça.

No primeiro dia demos sorte com o tempo e ainda conseguimos ver os Alpes lá no fundo, do outro lado do lago. E foi uma sensação fantástica! Morri de amores pelos Alpes assim que os vi ao longe e, escusado será dizer que os planos das viagens do próximo ano já estão totalmente virados para outra visita à Suiça. Desta vez para conhecer os Alpes.

Dicas práticas:

Achei fascinante o apoio que eles dão aos turistas de visita à cidade. No aeroporto, na sala de recolha de bagagem está uma máquina a DAR bilhetes de comboio válidos por 80 min para os turistas poderem pegar o comboio e ir até ao centro de Genebra. Claro que só dá até ao centro, que é literalmente a paragem seguinte, mas é uma borla fantástica a aproveitar.

Depois de chegarmos ao hotel e fazermos o check-in também recebemos dois cartões de transporte que dão acesso ilimitado a todos os transportes da cidade de Genebra durante o período da nossa estadia. Não é fantástico? Todos os hotéis dão este cartão! Outra borla a aproveitar, já que no restante a cidade é cara, principalmente restaurantes, bares, lojas de souvenir, enfim…

15 dias pela Europa, as dicas práticas!

E querendo acabar de uma vez com os posts da viagem pela Europa, hoje venho rematar com uma série de dicas práticas gerais de planeamento da Europtrip. As dicas práticas de cada um dos países e cidades que visitámos já foram saindo. Mas para quem está a pensar fazer algo deste género, mais elaborado, é essencial pensar em algumas questões. Eu até tinha ponderado fazer um vídeo explicativo e tentar tornar tudo mais leve e tal. Mas com a falta de tempo que tenho tido ultimamente, já percebi que vai ser impossível. Então aproveitando o pouco tempo que ainda vou tendo durante o trabalho, decidi escrever por aqui alguma coisa útil e que me ajudou na experiência final da viagem.

Começando do início, como fiz o meu roteiro?

O roteiro é o primeiro passo para garantir o sucesso de qualquer viagem. Especialmente quando ela é longa e envolve várias cidades, ou até mesmo vários países diferentes. No meu caso foi uma questão histórica e, claro, de cidades que faziam parte do meu imaginário à muito tempo. Mas mesmo assim, foi preciso ponderar o que valia ou não a pena e o que já seria loucura. Se olharem para o mapa da Europa e virem o roteiro que fiz, vão perceber que ele é seguido, com países que fazem fronteira uns com os outros e com cidades que não estão mais do que 8h de distância.

Na hora de escolhermos um roteiro importa pensar qual a região da Europa queremos visitar, por quanto tempo vamos querer viajar e como. Se eu não queria andar de avião de uma cidade para a outra, então tive de encontrar um roteiro com cidades relativamente perto umas das outras.

Também é preciso saber parar. Não adianta querer visitar 500 cidades em duas semanas. Só nos vamos desgastar e não vamos conhecer nada na realidade. Eu dediquei dois dias a cada cidade que visitei e mesmo assim em Viena e Budapeste fiquei com a sensação que mais havia para ver e conhecer. Dedicar ainda menos tempo a cada cidade é piorar mais este sentimento.

Como planeei os transportes?

Planear um roteiro pela Europa envolve sempre escolher qual o melhor meio de transporte. Como as distâncias na Europa são mais pequenas, o ideal é esquecer o avião e usar o comboio ou o autocarro. No nosso caso, demos preferência aos autocarros, por serem mais baratos e pela facilidade em comprar os bilhetes com mais antecedência. E há literalmente opções de autocarro entre quase todas as cidades europeias. Não há a mínima hipótese de não conseguirmos fazer um roteiro do início ao fim sem autocarro.

Viajar de autocarro faz com que poupássemos muito dinheiro mas também implica mais horas perdidas em viagem. A solução que arranjei foi viajar de noite quando as distâncias eram maiores, ou então sair muito cedo para chegar à próxima cidade ainda antes de almoço. E resultou muito bem! Fiquei fã dos autocarros para viagens dentro da Europa quando falamos em roteiro. Resta dizer que comprei todos os bilhetes de autocarro no site GoEuro!

Como organizei o alojamento?

Planear alojamentos para 7 países diferentes pode ser uma verdadeira loucura. É preciso muita organização e não deixar nenhum detalhe de lado. Eu optei por reservar casas no AirBnB para todos os dias da viagem. E isso pode ser um factor extra de stress e necessidade maior de gestão.

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Implicou que passasse horas a escolher casas, a avaliar se ficavam relativamente próximas de transportes, se não ficavam muito longe do centro mas ao mesmo tempo não muito longe da estação de autocarros, se tinha boas condições, etc… E mesmo assim isso não é garantia de nada! Como já falei antes, a casa de Praga acabou por ser uma experiência sociológica muito fora do que esperávamos e a casa de Cracóvia foi desmarcada à última hora. Ou seja, mesmo com toda a planificação do mundo, percalços acontecem.

No entanto, todas as outras casas foram muito boas para o preço que pagámos. Permitiu-nos ter mais liberdade para cozinhar, para irmos às compras, para conhecermos mais da cultura de cada sítio por onde passámos. Se passei várias horas a trocar mensagens com os anfitriões? Claro!! E mesmo durante a viagem estava sempre em contacto com o anfitrião da próxima casa onde íamos. Mas tudo isso faz parte da tal gestão de quem planeia um roteiro destas dimensões. É impossível esperar que tudo fique organizado em casa e depois de embarcar já não precisamos preocupar com mais nada. Não é assim! Durante toda a viagem eu estive preocupada a organizar as coisas da cidade seguinte.

Como lidei com diferentes moedas?

O roteiro que fiz passava por países com moedas diferentes do Euro. E se isso geralmente não é um problema, começa a dar mais dores de cabeça saber que para além do Euro, tinha de me preocupar em ter outra moeda na Polónia (Zloty), República Checa (Coroa checa) e Hungria (Florim Húngaro). Ou seja, quase metade da viagem foi com moedas diferentes do euro.

Eu optei por simplificar e não levar as moedas comigo. Chegávamos e levantávamos dinheiro em ATM. Pagámos algumas taxas, claro, mas nada de mais e nada que não fosse razoável o bastante. Íamos ficar apenas 2 dias em cada uma destas cidades com moedas diferentes. Para quê complicar? Além disso, estes países já estão tão habituados às dificuldades dos turistas que facilitam bastante. Houve casos em que aceitaram pagamento em euros fazendo uma pequena conversão no telefone.

Usei novamente a minha aplicação XECurrency, que instalei no telefone na viagem à Ásia de 2017 e pronto! Foi bastante fácil lidar com todas as mudanças de moeda entre os vários países.

Como lidar com cansaço e falta de horas de sono?

Este foi sem dúvida um dos problemas da viagem. Não que tivesse atrapalhado os planos porque conseguimos fazer quase tudo o que tinha planeado, mas porque me fez adaptar o roteiro de alguns dias. Viajar durante 15 dias já trás um cansaço próprio. São dias e dias a andar, a visitar sítios, a viajar, etc… Quando somamos noites mal dormidas em autocarros, a situação só piora. Então era claro que os dois dias seguintes a noites mal-dormidas foram os piores da viagem. Para além da disposição para andar ser menor, eu sentia também mais dores nas costas, desconforto no estômago que me tirava o apetite, etc… Ainda bem que foram só dois dias! Eu optava por tornar o dia mais light e carregar o dia seguinte.

Na prática os dias light não tiveram muito impacto na viagem, mas fez-me pensar que não é a melhor solução para próximos roteiros. Sem dúvida que uma noite bem dormida numa cama é o melhor remédio para viagens longas. Bastava umas horas de sono numa caminha e nós ficávamos logo bem dispostos e prontos para um dia super preenchido de passeio turístico.

Como fazer a mala para 15 dias?

Esta foi a minha maior conquista de toda a viagem. Pela primeira vez eu consegui viajar apenas com uma mala de cabine e uma mochila às costas. O meu marido levou igualmente a sua mala de cabine e mochilinha. Como consegui esta proeza? Relativisando tudo! E também assisti vários vídeos no youtube sobre técnicas para arrumar a mala. E houve duas blusas que não cheguei a usar durante toda a viagem!

Como fui numa altura de Outono na Europa, onde as temperaturas já começam a baixar, a grande maioria da minha roupa foi para o frio. Falar sobre a minha mala dava direito a post exclusivo mas eu vou tentar sumarizar as principais técnicas que usei.

Em primeiro lugar eu escolhi blusas com cores neutras e sem padrões que desse para combinar com o máximo de roupa possível. O mesmo para as calças! Em segundo lugar, não levei uma muda de roupa para cada dia da semana. Já não sei dizer ao certo quantidades de cada coisa, mas foi o suficiente para sobreviver na boa durante uma semana e depois lavar roupa se houvesse necessidade. Ah e claro, dei preferência a roupa mais quentinha, por isso levei blusas térmicas para usar por baixo das blusas de lã finas (para ocupar menos espaço) que tinha levado. Só levei um lenço e um cachecol, um casaco quentinho e um par de ténis. Não levei toalha para o Spa em Budapeste e preferi alugar lá mesmo. Terceira dica: arrumação da roupa em rolinhos na mala. Foi a melhor solução para ocupar menos espaço e eliminar de uma vez aquele espaço morto que fica quando colocamos a roupa dobrada normalmente dentro da mala. Além disso, quando a desenrolava, na maior parte dos casos, não estava amarrotada.

Última dica: Coloquei toda a roupa dentro da mala de cabine e tudo o resto veio comigo na mochila. Então, para não ocupar espaço na mala de cabine com coisas mais volumosas e que não dão jeito arrumar, coloquei os necessaires com os líquidos, farmácia, e produtos de beleza e higiene gerais, dentro da mochila. Pala além disso, ainda guardei por lá os guias de viagem, alguns eletrónicos, além de qualquer comida ou souvenir que íamos comprando ao longo da viagem.

Fiquei tão entusiasmada com esta conquista que vou tentar fazer o mesmo agora na viagem da Ásia!

Então, vale a pena fazer uma Eurotrip?

Claro que sim! É mais exigente que uma viagem de fim-de-semana? Claro! Mas é uma forma óptima de conhecer mais da Europa num curto espaço de tempo. É necessário muito planeamento e mente aberta como em todos os roteiros. É preciso ter consciência que não vamos conseguir saber tudo sobre todos os sítios por onde vamos andar. Ao longo da viagem ainda é preciso gerir, fazer planos, ler os guias de viagem para refrescar a memória acerca do roteiro X e Y deste e daquele país. Mas no final não apetecia voltar para casa. Apetecia apanhar outro autocarro e seguir viagem. Então pronto, ficámos com o bichinho dos roteiros pela Europa e é provável que mais apareçam no horizonte nos próximos anos.

Café New York, em Budapeste!

Eu juro que estou a tentar terminar os posts da Eurotrip o mais rápido possível, mas está difícil ter tempo para escrever. Entretanto, voltei ontem de uma viagem relâmpago à Suiça para os mercados de Natal e tenho um monte de novas dicas que já começam a entrar na fila para o blog. Mas então vá, hoje vou acabar de dar as dicas do que fizemos em Budapeste e depois logo se vê em que moldes vou conseguir dar o sumário geral da viagem. Porque no fundo foi mais uma viagem grande pela Europa, como já fiz outras tantas antes. Tudo tem a ver com um bom planeamento e nada mais.

Mas focando então na grande dica gastronómica de Budapeste. No segundo dia que estivemos pela cidade eu tinha incluido uma passagem pelo Café New York para comer algo ligeiro. Só que com o tempo chuvoso que esteve durante todo o dia, as hipóteses de dar passeios no exterior foram-se e ficámos com mais tempo para fazer coisas que não implicassem andar à chuva. Então, por causa disso, o nosso dia maioritariamente se resumiu ao Parlamento, ao Café New York e às termas.

E a passagem pelo Café New York foi quase um ponto turístico obrigatório a visitar, como foi o Parlamento e as termas. Se só conseguirmos visitar um sítio luxuoso ou um café/restaurante, que ele seja o New York Café. E nem é tanto pelas comidas típicas e tal, mas sim pela decoração palaciana do espaço.

O Café New York faz parte do Hotel de 5 estrelas do mesmo nome e está num edifício que é um autêntico palácio por dentro. Tem salas e mais salas soberbamente decoradas o que faz com que uma visita só para admirar o interior já valha bastante a pena. O Café em si tem muito poucas opções de refeição, uma vez que não é propriamente um restaurante. Então, as opções mais variadas incluem refeições leves, e claro, toda a parte de pastelaria e café.

Como nós chegamos na altura do almoço, decidimos ir mesmo pelas opções mais ligeiras, mais ou menos nos moldes do que já tinha feito antes em Paris, na Angelina. Sempre que possível é aconselhado reservar mesa, mas claro que dá para ir e esperar na fila. Como fomos ao almoço a fila até foi avançando rápido e em menos de meia hora estávamos sentados à mesa para almoçar.

E a experiência foi magnífica! Apesar de já estar um sítio muito turístico porque obviamente todos querem entrar no New York Café. Mesmo assim dá para abster da confusão inicial de fila e empregados a correr para todo o lado, turistas a fazerem filas para tirar foto aqui e ali…

Foi uma experiência única, que aliou comida espetacular e uma decoração fantástica. Para quem adora palácios como eu de certeza que vai amar sentar por uma hora aqui para tomar a sua refeição.

Budapeste, roteiro do 2º dia!

O segundo dia em Budapeste amanheceu muito chuvoso e ficámos meio desiludidos com isso. Tudo bem que planear um roteiro em qualquer altura do ano é sempre um risco e nunca conseguimos antever exatamente como vai estar a temperatura ou o tempo no geral. Pois bem, depois de dias e dias de muito sol, tínhamos de apanhar um dia destes para terminar as férias.

E fazer o quê né? Por sorte eu até tinha planeado um dia mais dentro de portas, o que facilitou bastante no final. Então, para começar o roteiro eu tinha comprado bilhetes online para visitarmos o Parlamento, e foi logo para lá que nos dirigimos. Mas justamente quando saímos do metro começou a chover e a fazer uma ventania medonha. Com este tempo e tentar encontrar a entrada para os visitantes foi uma tarefa ingrata. E quando finalmente entrámos no edifício já estávamos tipo pintainhos, super frustrados com o tempo, enfim…

Para visitar o Parlamento é necessário reservar os bilhetes online porque precisamos marcar hora e escolher a língua da visita guiada. Quando chegamos lá eu fui só trocar o meu voucher online pelos bilhetes que vão ser usados para passar nos torniquetes e depois foi só esperar 10 minutos que a guia começou logo a mandar fazer fila para os visitantes com a hora X no bilhete.

Uma visita guiada ao parlamento estava no topo da lista de coisas a fazer durante as férias. Em primeiro lugar eu acho o edifício lindo e super fascinante por fora, mas quando via fotos do interior não dava para não abrir a boca de espanto. São salas e salas com pormenores lindíssimos que já vêm do tempo da sua construção, apesar de parte do edifício ter sido destruído durante os bombardeamentos da 2ª guerra mundial.

O Parlamento é um dos maiores edifícios de Budapeste, e estende-se por 268 metros ao longo da margem Peste do Danúbio. A sua localização, exatamente na margem oposta do castelo e da zona da realeza, teve um significado, o de desvincular o futuro da nação à coroa real. Ou seja, o Parlamento foi construído na margem oposta do castelo como mensagem política de que a partir de agora o futuro pertence à democracia e a realeza não vai ter a palavra final.

E são várias as histórias interessantes contadas durante a visita e que nos mostram mais um pouco da cultura e governação húngara. Em primeiro lugar eu achei fascinante a importância que os clãs tiveram no começo da construção da democracia na Hungria. No Congress Hall dá mesmo para ver os vários brazões dos Lordes que ainda hoje são respeitados e a sua opinião considerada em cada decisão.

Outra sala super fascinante é a que contém a coroa e ceptro real, que esteve anos e anos desaparecida depois de vários combates, mas que no final foi devolvida à Hungria, lugar onde verdadeiramente pertence, já que ela é um dos símbolos do berço da realeza húngara. Então hoje em dia ela está numa sala circular rodeada das estátuas dos principais reis que governaram a Hungria, e vigiada por dois guardas de elite, que passam o dia inteiro a andar às voltas, excepto quando estão pessoas da visita guiada por perto.

Depois de sairmos do Parlamento fomos a andar até à Estação de comboios construída e desenhada por Gustav Eiffel, sim o mesmo da Torre Eiffel. Aproveitámos que o tempo deu uma aberta e fomos até lá só mesmo para admirar mais uma obra dele. Depois fomos almoçar ao New York Café, mas eu vou deixar para um post exclusivo, porque ir a Budapeste significa obrigatoriamente pôr o pé no New York!! Ahaha

Como o dia continuava terrível, decidimos ir de metro até à Praça dos Heróis, que está na entrada do Parque da cidade e sítio onde íamos terminar o nosso roteiro. A Praça dos Heróis é um marco importante para a cidade, tendo sido construído em 1896, quando se celebrou um milénio desde a conquista do castelo Magyar. Então tem algumas figuras simbólicas, como o anjo Gabriel que reza a lenda apareceu em sonhos ao rei Stephen, quando este era ainda uma criança, dando-lhe uma coroa. E este rei tornou-se mesmo um dos mais importantes na história da Hungria.

A ideia inicial era passar umas horas pelo Parque antes de ir para as termas, mas acabámos por desistir da ideia e só demos uma espreitadela no Castelo Vajdahunyad, por ter um estilo Transilvânia super interessante e diferente do habitual. No entanto, para quem tiver mais tempo há mais coisas para ver e fazer por aqui, como por exemplo o Museum of Fine Arts, o palácio das Artes e o Zoo de Budapeste.

Como eu tinha comprado bilhetes para as termas de Széchenyi, fomos andando e passámos literalmente toda a tarde mergulhados numa sopa a 28ºC quando à nossa volta a temperatura era de 14ºC, com tempo super nublado e alguma chuva que entretanto ia caindo.

Escolhi estas termas pela piscina exterior e por serem tão bonitas. São também as maiores de toda a cidade e uma das mais conhecidas. Além disso, como ficam ali no Parque foi super fácil encaixar no roteiro que acabava mesmo ali. No entanto, a cultura termal é muito forte em Budapeste e existem outras tantas termas interessantes, como a Géllert, que tem as suas piscinas interiores num edifício fabuloso arquitectonicamente falando.

Já saímos bem tarde das termas mas completamente renovados e relaxados, tal como desejávamos para este último dia de viagem. No dia seguinte ficámos na preguiça e acabámos por já não ver nada turístico antes de embarcar depois de almoço para Portugal.

Budapeste, roteiro do 1º dia!

O nosso primeiro dia em Budapeste começou na zona onde estávamos hospedados, na parte Buda. Este é talvez aquele passeio mais fácil de fazer e começar o dia em Buda é sempre uma boa opção para um primeiro dia em Budapeste. Daqui temos vistas fantásticas da cidade, vemos a parte mais histórica e antiga, e dá para captar uma primeira imagem de Budapeste e do que ainda nos espera.

Nós fomos diretos para o Palácio Magyar Nemzeti que tem dois museus lá dentro sobre a história do castelo e a Galeria de Arte da Hungria. Nós não quisemos visitar, mas fica a dica para quem tiver com mais tempo. No entanto, o palácio em si é lindo, com vários pormenores arquitectónicos que vale a pena ver. Foi do Palácio que tirámos as melhores fotos da ponte sobre o Danúbio que foi inspirada na Brooklyn Bridge em Nova Iorque.

O castelo é a estrela principal ali da colina e passou por construção e reconstrução ao longo dos 700 anos de existência por culpa das várias batalhas que tiveram lugar aqui. Hoje em dia ele já não é residência de reis e rainhas, mas todas as bandeiras que vemos na entrada deixam perceber a importância que a família real teve na Hungria. Detalhe curioso é o corvo que vemos numa das entradas e que simboliza o jovem rei Matthias Corvinus.

Ao lado do Palácio Magyar Nemzeti, está o palácio presidencial Sandor que tem guardas na entrada e todos os dias há a troca da guarda ao meio-dia. Como já chegámos depois dessa hora fomos andando e entramos no pátio que tem ao lado e onde acontece todos os dias um mercadinho muito fofo, com literalmente tudo o que poderemos querer de uma visita a Budapeste. São corredores e corredores com vários tipo de lembrança. Então, além de ser um óptimo sítio para comprar o típico souvenir, também é excelente para entrarmos no espírito de mercado local.

Depois do mercado chegámos à praça onde está a Igreja de S. Matias e o forte Halászbástya, que é aquele ícone de qualquer foto da parte Buda. Os dois fazem uma sinergia perfeita e é um local super interessante e diferente do que vimos antes. Ao contrário dos palácios que vimos antes, estas estruturas têm todo o ar medieval. Este é um dos locais que mais turistas concentra e é quase impossível tirar uma foto decente a partir das janelas do forte. Mas coragem, a tarefa é possível!

A partir daqui começámos a descer o jardim que está na encosta até às margens do Danúbio. Como estávamos já no lado Buda, não fizemos este percurso a subir, e calculo que deva ser exigente a julgar pelas caras de todos os que passaram por nós. No entanto, como já tinha falado no post anterior, há várias hipóteses de subir sem ser necessário ir a pé. Podem usar autocarro ou até um género de funicular que sobe a colina e que pára mesmo ao lado dos palácios.

Depois de descer fomos ter à rotunda que marca a entrada na tão famosa ponte que liga Buda e Peste. Então decidimos atravessar e continuar o roteiro do outro lado, depois de parar para almoçar. Por esta altura o sol já estava a baixar então tivemos logo uma vista fantástica do pôr-do-sol no Parlamento também. Sim, uma das melhores vistas sobre o parlamento foi justamente quando atravessámos esta ponte. Então a travessia a pé pode ser muito interessante só para ir admirando a ponte em si e também toda a paisagem do lado Peste.

Quando chegámos ao lado Peste notámos logo a diferença no ambiente. Mais bares, restaurantes, ruas maiores e mais largas, enfim… É a mesma cidade mas definitivamente diferente! A primeira paragem em Peste foi na Catedral de S. Estevão que estava lindíssima iluminada pelo sol que descia no horizonte. E quando fazemos a avenida pedestre em frente e batemos de caras com ela lá no fundo, ficamos logo maravilhados. Sem hipótese!

Daqui entrámos na Avenida Andrassy Ut., que pode rapidamente ser comparada à nossa Avenida da Liberdade. Todas as cidades têm aquela avenida ou zona que deixa as mulheres de queixo caído, em Budapeste é definitivamente aqui. Como a ideia não era fazer compras, fomos andando calmamente na avenida, aproveitando o final da tarde, até já não haver sol e decidirmos voltar para casa.

Ali a meio da avenida está a Ópera de Budapeste, mas como estava em obras não consegui tirar foto decente nem deu para captar a beleza do edifício. Para este dia eu ainda tinha planeado ir até ao bairro judeu, mas como o roteiro não começou cedo de manhã (chegámos à cidade a meio da manhã), a esta hora já era impraticável continuar.

Então daqui, mais ou menos a meio da avenida, e depois de entrar e sair de algumas lojas porque a malta não é de ferro, apanhámos o eléctrico e fomos para casa. Ainda parámos a meio do percurso para tirar umas fotos ao Parlamento iluminado, mas já não fizemos mais nenhum passeio noturno porque preferimos descansar e recuperar forças para o dia seguinte.

Última paragem: Budapeste! (dicas práticas)

Budapeste era a única cidade de todo o roteiro , que não estava incluída inicialmente nos planos. Tudo porque eu sempre quis ter mais tempo por lá, conjugar esta cidade com os Balcãs, enfim… visitá-la numa altura diferente. Mas depois de montar todo o roteiro que ia acabar na Polónia eu senti falta de incluir um sítio que desse para relaxar antes de voltar para casa. Tipo as férias das nossas férias. E claramente que as termas de Budapeste rapidamente despertaram o interesse e saltaram para a prioridade de coisas a fazer nas férias. Como Budapeste está tão próximo de Viena e Bratislava, foi ouro sobre azul e impossível não incluir no roteiro final.

Mas não posso negar que o facto de Budapeste ter sido a última cidade do roteiro, depois de estarmos a viajar à quase duas semanas, fez com que o cansaço pegasse forte e o nosso segundo dia foi bastante light, mais até do que tinha desejado que fosse. Então o roteiro que acabámos por fazer foi muito soft e mais coisas haveriam para ser feitas na cidade, com mais tempo disponível, menos cansaço, enfim…

Contudo, e por incrível que pareça, eu sinto que vi o que realmente queria e não fiquei tanto com aquele sentimento de querer voltar já já, como aconteceu em Viena, por exemplo. Deu para absorver cada beleza de Budapeste, com as suas incríveis vistas sobre o Danúbio, que apaixona qualquer um.

O Parlamento era a estrela que eu queria ver em todos os ângulos e a todas as horas do dia. E não é difícil que isso aconteça porque geralmente vamos percorrer o rio ou atravessá-lo em diferentes momentos do nosso dia, então é fácil satisfazer este entusiasmos de olhar só mais uma vez para aquele monumento incrível.

O primeiro dia na cidade foi fantástico, com imenso sol, tal como todos os dias da nossa viagem, mas depois o segundo dia foi de chuva e isso também condicionou um pouco os planos de passear no jardim em volta das termas, ou de passear pelas margens do Danúbio depois da visita ao Parlamento. E de facto uma viagem com chuva não estraga, mas condiciona bastante os planos.

Budapeste está dividido em duas margens, a parte Buda e a parte Peste, com as suas particularidades e coisas distintas para ver e fazer. Nós dedicámos um dia a Buda e outro dia a Peste, mas nunca é definitivo e não quer dizer que não possamos conjugar coisas de ambas as margens num só dia.

Eu achei a parte Buda mais difícil na locomoção e mais cansativa também, quando comparamos com a parte Peste. É no lado Buda que está o castelo e as muralhas lá no topo da colina e é preciso coragem para subir tudo até lá acima. Felizmente existem autocarros e outros transportes que fazem este trajeto para quem não se atreve a subir tanta escadaria num curto espaço de tempo. Nós estávamos hospedados na parte Buda, e rapidamente fomos até esta zona de autocarro.

Na volta para casa geralmente vínhamos de eléctrico de superfície e aproveitávamos para sair na ponte e tirar umas fotos do Parlamento com as iluminações noturnas. E algo que eu reparei é que Budapeste apesar de estar dividido em duas margens e não ser propriamente pequeno, tem uma rede de transportes bem boa, que cobre toda a cidade onde quer que estejamos. E geralmente nem precisávamos trocar de linha ou mudar de transporte para chegar a casa. Comprámos uma carteirinha de 10 bilhetes individuais e deu para quase todos os trajetos que fizemos nos 3 dias. Só não deu para o autocarro do aeroporto, onde tivemos que comprar bilhete à parte.

A parte Peste é mais requintada e onde toda a vida social acontece em Budapeste. Então, a maior parte das coisas que vimos estavam em Peste e foi lá que passámos mais tempo. Contudo são regiões distintas da cidade e sem dúvida que subir até Buda nos dá uma perspectiva espetacular de Peste, especialmente do Parlamento.

Algo que atrapalhou um pouco a nossa chegada à cidade foi a moeda. Pois, na Hungria não há Euro, mas sim o Florim húngaro, que é outra moeda desvalorizada do leste europeu e tal, mas que dá uma ligeira dor de cabeça na hora de fazer câmbio. A estação de autocarros onde chegámos não tinha ATM, então ainda tivemos de convencer um motorista de autocarro a aceitar os nossos Euros porque não tínhamos outra forma de pagar.

Eu achei que realmente Budapeste não é uma cidade cara, especialmente depois de termos viajado por outras bem mais caras no roteiro europeu que fizemos, no entanto, depende do que queremos fazer. Budapeste tem dos melhores bares e restaurantes de todas as cidades que visitamos antes e não há nenhum que seja super barato. Mas como queríamos experimentar comida típica e visitar o New York Café, então meio que já estava à espera desse arrombo no orçamento e não foi algo que me apanhasse de surpresa. Mesmo assim adorava ter ido jantar o restaurante Spoon, que fica num barco atracado nas margens do Danúbio e já não deu né? A malta não abunda em dinheiro.

O que é que eu visitaria numa próxima estadia na cidade?

Conhecia o Bairro Judeu, que infelizmente já não conseguimos ver por causa da chuva do segundo dia e da preguiça crónica do terceiro dia. Tinha feito um passeio nas margens do Danúbio. E tinha dedicado mais tempo ao parque da cidade com o Castelo Vajdahunyad (que nome!). Ah, e claro, tinha ido jantar ao The Spoon!! 😀