Viena, roteiro do 2ºdia!

O nosso 2º dia em Viena foi de total deslumbramento e foi quando caiu finalmente a ficha de que a cidade era lindíssima e com literalmente muito para ver. Mas fazer o quê né? Já só tínhamos este dia para andar pela cidade e decidimos aproveitar o máximo possivel. Então, apesar da cidade até ser compacta e dar para fazer muito a pé, tenho a sensação que andei km’s e km’s.

Começámos o dia nas traseiras do Palácio Imperial porque tínhamos decidido ver o Hofburg no dia anterior. Então, para chegar às traseiras acabámos por passar novamente pelo quarteirão dos museus, pelo palácio propriamente dito e, desta vez, fomos andando e atravessámos até à parte de trás para começar aqui o roteiro. Aqui nesta zona começa a área pedonal e mais pitoresca e sofisticada de Viena, a Kohlmarkt.

Então, assim que saímos do perímetro do Palácio Imperial vemos logo uma longa avenida com prédios lindíssimos e lojas de luxo, entre outras mais locais, que se estendem entrando no centro mais histórico de Viena. Logo junto ao palácio estão vários coches com cavalos que levam os turistas a passear pela cidade. E toda esta junção serviu para me apaixonar logo ali.

Nós fomos descendo pela Kohlmarkt, vendo as lojas pelo caminho e assim entrámos na Rua Graben, que não é mais do que uma continuação de toda a opulência que já vimos até agora. É todo um conjunto de ruas e avenidas pedonais que transmitem sofisticação, modernidade, arte, requinte, e tantos outros adjetivos semelhantes.

Esta avenida pedonal é maior que a anterior e aqui estão alguns dos marcos mais importantes de Viena, como a Igreja de S. Pedro e a Coluna da Peste.  A Igreja de S. Pedro fica ali meio escondida a meio da avenida e pode facilmente ser ofuscada pela Catedral, que é sua vizinha, no entanto, eu recomendo entrar e não olhar só pelo exterior. Tudo porque a Igreja de S. Pedro tem uma cúpula  incrível, pintada à mão, e tem adornos em ouro por toda a igreja, que apesar de pequena é linda. Quando entrámos para visitar estava a decorrer uma cerimónia então todos os castiçais estavam acesos o que tornou o ambiente ainda mais especial.

A coluna da Peste é muito conhecida por ter sido mandada erigir por Leopoldo I como ato de misericórdia se a epidemia de peste que assolou Viena em 1679 tivesse fim. Então, hoje é possível ver a coluna bem no centro da avenida Graben, como lembrança da peste e de todos os que morreram.

No final da avenida chegamos à Catedral de S. Estevão, ou Stephensdom, que tem estilo gótico e assenta perfeitamente na cidade em volta. Ela está ali super imponente bem no meio da cidade histórica, no cruzamento de várias avenidas importantes e movimentadas. A primeira particularidade desta catedral é sem dúvida o telhado. Sim, a primeira coisa que reparamos quando olhamos para cima é o telhado colorido com desenhos ou padrões. O interior é outro espetáculo à parte com vários detalhes do estilo gótico que saltam à vista e rendem fotografias lindas.

Quando saímos da catedral fomos almoçar ao Figmuller, que é ali pertinho, e que vou fazer um post exclusivo. Depois de almoçar voltámos à zona da catedral para desta vez seguir por outra avenida, a Karntner. E tudo isto tem um propósito! Esta é talvez das avenidas com mais coisas interessantes para ver. Em primeiro lugar está cheia de lojas interessantes que já não são super luxuosas e por isso já cabem no orçamento da malta, depois tem algumas lojas locais de produtos de cosmética e beleza que são fantásticas porque dá para experimentar sem pagar por isso.

Mas não fica por aqui! A meio da avenida está também o Hotel Sacher, que tem um café e lojinha com as famosas tortas Sacher. Sim, é um café muuuito luxuoso, mas as tortas são divinais e para provar é sempre melhor ir à origem. Vou depois fazer um post mais exclusivo também.

A Avenida Karntner vai então acabar na Ópera, que é apenas uma das salas de espetáculo de Viena, porque existem várias. A Ópera, contudo, tem o seu requinte especial e recebe os melhores e mais conhecidos espetáculos do género. Em frente está também o passeio das estrelas da música clássica, que eu achei super engraçado e diferente, com artistas tão conhecidos como Mozart, Bach ou Strauss.

Daqui nós seguimos andando um pouco sem rumo, mas na direção do Palácio Imperial, já numa de voltar para o caminho que nos levava até casa. Mas entretanto neste cirandar sem propósito específico passámos pela entrada do Museu Albertina, que tem uma das maiores coleções de arte gráfica do mundo, mas que antes era os apartamentos dos convidados da realeza. E aqui na Albertina entrámos no Burggarten, que no pôr-do-sol estava fantástico.

Deste parque seguimos para o Volksgarten que também é outro parque enorme bem no centro de Viena e que tem várias partes de jardim interessantes, com fontes, pátios com flores, enfim… muito interessante também.

Fomos acabar o dia junto a Rathaus, que é o edifício da Câmara Municipal de Viena. E foi o único edifício que nós víamos de várias partes da cidade e nos perguntávamos o que seria aquilo. Uma igreja? Catedral? Mas nem sequer está nas principais coisas a visitar em Viena. Como é possível? pois, não está porque de facto é “apenas” a Câmara Municipal lá do sítio e enfim, existem um monte de outras coisas interessantes para ver e fazer em Viena que esta fica para segundo plano.

Mas é um edifício lindíssimo que dá até pena se não formos até lá admirá-lo de mais perto. Na altura que fomos estavam a preparar o evento de videojogos que ia ter lugar na praça em frente nos próximos dias, então o acesso estava mais limitado. Mas, por exemplo, no Natal, um dos mercados é feito justamente nesta praça e já dá para imaginar o quão bonito deve ser.