Viena, roteiro do 1º dia!

Nós chegámos a Viena já perto da hora de almoço, vindos de Cracóvia e com ligação em Praga às 7h da manhã. Estávamos muito cansados e a primeira coisa que fizemos foi tomar um banho e almoçar nas calmas. Só depois decidimos encarar uma caminhada até ao centro e começar a desbravar a cidade de Viena. Então, este roteiro do 1º dia é bem calmo e nada de mais. Serviu mesmo para dar uma breve introdução da cidade e preparar para o dia seguinte.

O nosso roteiro começou logo no Quarteirão dos museus, que é um ponto de partida perfeito. Ali naquele quarteirão estão os principais museus da cidade e, pelo menos, um dos mais importantes do mundo, que eu já falei no post anterior – o Museu Kunsthistorisches. O museu tem pinturas que reúnem vários estilos e culturas, com nomes tão conhecidos como Rubens, Caravaggio, Velásquez, e muitos outros. Além das pinturas também tem uma exposição no piso térreo sobre a arte e cultura egípcia, que eu sou fã assumidíssima. Então, acho que é seguro dizer que o Museu Kunsthistorisches é uma espécie de Museu do Louvre de Viena.

Mesmo em frente está o Museu de História Natural, num edifício igual ao Museu de História da Arte. Estes dois museus estão inseridos em edifícios neoclássicos que são autênticos palácios, ou seja, para além de podermos ver obras de arte de renome mundial ainda podemos apreciá-las ao mesmo tempo que passeamos por corredores e salas sumptuosamente decoradas. Quem estiver com mais tempo é visita a não perder!

Mesmo ao lado do Quarteirão dos museus está o Arco Auberes Burgtor, que vai dar ao palácio Imperial, ou Hofburg. E quando damos de caras com o Palácio não podemos negar o quão imponente ele é e ao mesmo tempo o quão integrado nos edifícios em volta ele está. O Hofburg foi a casa do Império Habsburg durante seis séculos e meio e hoje em dia está aberto a visitação com algumas exposições sobre a realeza, além de incluir numa parte das instalações a Biblioteca nacional e também ser utilizado para eventos nacionais/internacionais, como Congressos e afins.

Viena tem uma das histórias mais fascinantes entre toda a realeza europeia e, apesar de eu me interessar bastante por história, a verdade é que desconhecia muito acerca deste império. Talvez daí não estar muito entusiasmada em visitar Viena numa primeira fase, por achar que ia ser muito palácio e tal, mas sem nada de muito interessante para além disso. Mas quando marquei a visita no Hofburg e quando fomos finalmente conhecer mais acerca desta família, fiquei fascinada com todo o drama em volta da princesa e rainha Sissi, que até então era desconhecida para mim.

O Hofburg foi inicialmente um castelo no séc. XIII, habitado pelos governantes da família Habsburg, começando em Rudolph I em 1279. Mais tarde foi utilizado pela monarquia austríaca, até esta colapsar em 1918, sob o reinado de Karl I. Os museus sobre a realeza que podemos visitar hoje em dia são os Apartamentos Imperiais, que tem o Museu Sissi no interior, e também o Tesouro Imperial. Nós comprámos o bilhete conjunto e começámos a visita pelo Tesouro, que fica logo na entrada no piso inferior.

O Tesouro Imperial reúne uma coleção super interessante que tem séculos de existência e é oriunda de vários países e culturas diferentes, tendo sido oferecidos à família real ao longo do tempo. É muito fácil passar horas aqui se quisermos ver tudo em detalhe. Nós fizémos a tour maior e ficámos fascinados com tudo o que estava exposto, principalmente pela diversidade e sumptuosidade de tudo.

Depois subimos ao primeiro piso e fomos ver o Museu Sissi e os Apartamentos Reais, que entretanto já estavam quase na hora do fecho. A exposição começa no Museu Sissi, onde a história da rainha é contada desde a sua juventude até ao final trágico que teve e como isso afetou o rei e toda a família real na altura. O museu está muito rico em detalhes, mostrando vestidos e jóias que a rainha usou em diversas situações importantes, além de retratos de família e alguns documentos oficiais da altura.

Sissi era uma rainha muito amada pelo rei, pela corte e por todos os austríacos no geral, no entanto, nunca gostou de ser o centro das atenções e de estar muito tempo rodeada de pessoas, como as suas funções obrigavam. Então, com os anos foi-se distanciando da realeza, começou a isolar-se até dos filhos e a passar temporadas fora de Viena. Passou por períodos muito conturbados até ser morta em Genebra em 1898.

A seguir entramos diretos nos Apartamentos reais que foram utilizados como a residência oficial de Frank Josef I (1830-1916) e da sua mulher, Elisabeth (ou Sissi, como era chamada pelos austríacos). Eu adoro palácios por isso sou muito suspeita para falar da beleza deles e do quão fascinante é estar de frente para o lugar onde tantas decisões importantes foram tomadas e onde a família real vivia.

 

Mas enfim…digo na mesma que se tivermos de escolher entre todos os palácios de Viena, este tem de estar na lista de locais a visitar. Além de ser ainda hoje utilizado como morada do Presidente Austríaco, entre tantas outras funções importantes, foi o palácio oficial e morada de toda uma família real que influenciou a Europa de Leste e, claro, o restante território europeu.

Depois de sairmos do Hofburg, fomos para o Parlamento Austríaco, mas ele estava em obras, então, acabámos o dia sentados no Parque Burggarten, que tem uma área considerável, bem no centro da cidade. Como este parque está bem no centro, entre o Hofburg e o Parlamento, é muito fácil passar por ele pelo menos uma vez durante a passagem por Viena.

No dia seguinte ainda voltámos aqui para acabar o dia novamente e acabou por virar um dos meus parques favoritos por ter um mini parquinho para cães mesmo no centro. Cada vez que passávamos pelo parque ficávamos parados a vê-los durante uns momentos até seguir caminho.