Viena, a terra da música clássica! (dicas práticas)

Quero começar este post introdutório com mais um desabafo acerca do quão triste eu fiquei pelo pouco tempo que estive na cidade de Viena. Viena sempre foi aquele destino que óbvio que eu queria visitar, mas por outro lado olhava com alguma desconfiança para a cidade em si. Não sei bem explicar o real motivo deste preconceito, mas ele existia bem dentro de mim. Era como se preferisse visitar outras capitais vizinhas e sempre deixasse para depois uma visita a Viena. Mas com o roteiro que montei ficou difícil não incluir Viena também, e depois de começar a pesquisar mais acerca da cidade, comecei a ter algumas surpresas boas. Contudo, mesmo depois de ter um certo entusiasmo em visitar Viena, nunca esperei que fosse adorar cada canto e ficasse mesmo triste por não ter mais um dia por lá.

O que é que me surpreendeu mais? Sem dúvida que foi todo o ambiente super requintado da cidade, que respira arte e cultura, toda a história da realeza e seus palácios e, claro, a música clássica. A cidade é linda e tem imensas coisas para ver e fazer. Eu ia com a ideia que tudo se resumia ao centro e depois de um passeio por lá ia sair satisfeita, mas não. Fora do centro estão outros dois palácios lindíssimos que eu já não tive oportunidade de visitar e que entraram diretos para a lista dos desejos numa futura visita.

Então, não se esqueçam e coloquem o Palácio de Belvedere e o Palácio de Schonbrunn nas vossas listas de sítios a visitar. O primeiro tem uma coleção de arte fantástica de Klimt, e o segundo é mesmo o palácio de Verão da família real. mas os dois são lindíssimos e têm um jardim fantástico também. Oh quanto arrependimento!

Outra área que eu não dei muita atenção nesta visita foi o quarteirão dos museus. Claro que passámos por lá, até porque fica ali ao lado do Hofburg, que nós fomos fazer visita, e é impossível ficar indiferente aos edifícios gémeos que têm os dois museus mais importantes de Viena, o Museu de História Natural e o Museu Kunsthistorisches.  Este último é considerado um dos melhores museus de arte do mundo e depois de passar em frente e ver algumas pinturas mais célebres que estão expostas no exterior, fiquei igualmente com vontade de voltar e dedicar umas horas a visitar este museu.

Depois dos palácios e do museu, uma experiência que eu queria muito ter feito e não tivemos possibilidade monetária para isso, já que não estava no orçamento da viagem e ia ser uma grande despesa extra, foi assistir a uma Ópera/ballet/Concerto Música Clássica. Eu não pesquisei muito sobre esta área de Viena e fiquei de queixo caído quando comecei a ver a quantidade de casas de Ópera que existem na cidade, a quantidade de orquestras e de grupos de ballet. Depois caiu a ficha e percebi o porquê: Viena é a terra mãe de nomes sonantes da música clássica. E eu perguntei a mim mesma, como é que eu não me lembrei disto? E pronto, mesmo com muita vontade de assistir a um espectáculo à noite, acabámos por fazer contas à vida e não quisemos arriscar quando eu já tinha programado alguns restaurantes fancy para os últimos dias das férias. Mas fica a promessa de voltar um dia e finalmente ir assistir.

E como este post introdutório está recheado de coisas que eu queria ter feito e não fiz (ahahah) tenho a dizer em minha defesa que consegui fazer quase tudo aquilo que tinha planeado e que adorei cada coisa que visitei. Só achei que subestimei muito a cidade e a quantidade de coisas interessantes que ela tem a oferecer. Os últimos parágrafos têm as coisas que eu realmente queria ter visto, mas óbvio que a cidade tem muuuito mais. É incrível! Mas como eu não almejo ver tudo de tudo, deixei aqui os meus desejos para uma próxima visita e cada um terá os seus, concerteza.

Avançando para as dicas práticas da cidade, vou falar um pouco dos transportes. A cidade está bem dotada de transporte público mas nós só usámos para chegar ao apartamento no primeiro dia e para ir de novo para a estação de autocarros no final da visita. Isto porque alugámos casa a cerca de 20min a pé do centro (quarteirão dos museus) e quisemos fazer o percurso a pé para aproveitar a cidade. Mas tínhamos um autocarro à porta que nos levava para o centro em 5min. Foi uma escolha nossa.

Uma vez no centro, tudo fica ali a uma curta distância a pé. Se não é tudo, pelo menos a grande maioria das atracções são muito perto umas das outras e quando chegamos na cidade “antiga” o ideal é ir mesmo andando e apreciando tudo o que está à nossa volta. Eu adorei as lojinhas de rua, umas muito requintadas, outras super alternativas. Enfim… andar pela cidade é um espectáculo só por si.

Ajudou muito a localização da casa para a experiência óptima que tivemos na cidade. Cozinhámos nas duas noites que passámos em Viena e os supermercados eram muito perto de nós, além de não serem propriamente caros. O que achei mais caro foram os restaurantes e as experiências em si. Visitar os palácios todos não fica barato, museus idem, e ir ver o espectáculo de Ópera também. Então por todas essas coisas Viena torna-se cara.

Aqui em Viena eu queria experimentar um restaurante com comida tradicional e que já foi medalhado algumas vezes como tendo o melhor Schnitzel da cidade, e ainda queria ir ao Café Sacher para provar a famosa torta. Então eu vou fazer um post só sobre estas experiências gastronómicas que eu super recomendo para se fazer em Viena.

Resumindo, Viena é uma cidade surpreendente e que merece ser vivida exatamente por tudo o que tem a oferecer. Tem uma variedade incrível de coisas para ver e fazer e mistura realeza, com música clássica, com lojas requintadas, com restaurantes de topo. Viena foi sem dúvida uma das cidades que mais adorei em toda a viagem e que tenciono regressar nos próximos anos.

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