Roteiro do 2º dia em Berlim! (2ª parte!)

De volta para mais dicas do roteiro que fizemos no segundo dia em Berlim e que parece ter ficado enorme por conta do post de ontem. Mas não, dá perfeitamente para fazer tudo no mesmo dia, andando muito, claro! Então, quando saímos da Topografia do Terror nós acabámos por acrescentar assim de última hora uma passagem pela Potsdamer Platz só porque eu fiquei muito curiosa com a praça. Vi alguns panfletos de eventos que iam acontecer por lá e depois li no meu guia que a praça era muito conhecida por ter sido completamente edificada a partir de uma parte interdita que antes era completamente ocupada pelo muro de Berlim.

Então a curiosidade cresceu por saber que foi um quarteirão completamente restaurado e que hoje em dia é uma das zonas mais movimentadas de Berlim, com prédios altos, muitas empresas, shoppings, etc… Como ficava a algumas centenas de metros da Topografia do Terror, nós decidimos ir caminhando até lá e foi a melhor decisão ever!

O quarteirão da Potsdamer Platz foi assim aquela experiência completamente diferente do que já tínhamos visto de Berlim até então. De facto, a zona está cheia de prédios meio futurísticos, construções muito contemporâneas e tem vários centros comerciais com salas de espetáculo, cinemas, restaurantes, enfim….uma infinidade de opções diferentes ao roteiro tradicional de Berlim.

Como estou adepta do diferente, claro que gostei bastante da zona e fiquei contente por ter decidido passar por lá. Daqui, nós seguimos a pé até às Catedrais gémeas (Francesa e Alemã), que ainda ficam um pouquinho longe, mas por esta altura já tínhamos aceitado que a zona era demasiado bonita, com construções demasiado interessantes para nos enfiarmos num metro e não vermos nada daquilo.

Por essa razão, o passeio pelas avenidas deu perfeitamente para vermos muitos mais prédios com lojas de marcas luxuosas, hotéis igualmente luxuosos, mais um ou outro centro comercial interessante e também alguns anúncios de restaurantes ou bares com rooftop que prometiam vistas óptimas da cidade. Não nos deixámos tentar por nenhum desses anúncios e seguimos em frente, sempre com as catedrais em mente.

Quando chegámos à praça Gendarmenmarkt onde estão as catedrais foi interessante ver a mudança a acontecer. Esta zona é mais ligada à cultura e às artes, então já vemos muitos músicos de rua a tocar música clássica. Mas não eram nenhuns maltrapilhos, não! Estavam vestidos a rigor com fato e gravata e tocavam violino, contrabaixo, etc… Tudo porque ali, bem no meio das catedrais, está a sede da Orquestra de Berlim, ou o Konzerthaus.

A história das catedrais também tem a sua graça. No séc- XVIII a Catedral Francesa foi construída para os franceses que se mudaram para a zona naquele tempo e anos depois os luteranos alemães decidiram construir uma catedral idêntica na ponta oposta da praça. Durante a 2ª Guerra Mundial a Catedral Alemã sofreu com os bombardemanetos e teve de ser reconstruida. Hoje em dia ela tem uma exposição sobre a história alemã que tem algum interesse, porque aborda um pouco mais acerca dos partidos e da polícia política.

Dali nós fomos de metro/comboio até à zona onde ficámos hospedados para vermos o Palácio – Schloss Charlottenburg. Uma dica para quem não está hospedado nesta zona é aproveitar a visita para passar antes pela Igreja Kaiser Wilhelm, que foi parcialmente destruída pelos bombardemanetos dos Aliados, em 1943. É raro vermos alguma igreja com as marcas da guerra tão presentes ainda. Geralmente tudo foi reconstruído e já não temos oportunidade de ver os efeitos da guerra em praticamente todos os edifícios da cidade. Então quando chegámos à estação para ir para casa, no primeiro dia, fiquei super fascinada com esta igreja, que hoje tem uma exposição anti-guerra no seu interior.

O nosso dia terminou então no Palácio, já no pôr-do-sol. Não deu para passearmos muito pelo magnífico jardim das traseiras, mas acredito que quem vá durante o Verão, ainda consiga ter mais horas de luz para aproveitar mais. No entanto, o pouco que aproveitámos do sítio foi de facto especial e fez lembrar do dia que visitei o Palácio de Versalhes em Paris.

Quanto ao Palácio ele é o único resquício dos tempos em que o clã Hohenzollern governava a cidade de Berlim, entre 1415 e 1918. Está muito bem preservado e consegue marcar a diferença, especialmente depois de tudo o que já tínhamos visto de Berlim no dia anterior e naquele próprio dia.

Então foi assim uma forma muito diferente de terminar a visita a Berlim, vendo de tudo um pouco. O Palácio está na periferia da cidade, então é fácil de encaixar assim no final de um roteiro, antes de voltar para casa. No nosso caso, a casa era já ali ao lado, então foi perfeito.