Henri Willig cheese!

Uma das coisas que eu tinha decidido nesta viagem era evitar fazer o convencional e restringir-me a isso. Eu acho que um país, uma cidade, são muito mais que monumentos a visitar e muito mais que museus. Não sei, acho que estou numa fase da vida diferente. Não quer dizer que esteja anti-museu, pelo contrário, visitei vários museus ao longo das semanas, mas sou muito mais rigorosa na seleção dos que quero visitar.

Tudo porque aprendi a amar o outro lado de cada cidade. Aprendi que é fantástico andar pela cidade e conhecer vários recantos diferentes, as fachadas e arquitetura das casas, ou simplesmente a cultura e gastronomia do sítio que estamos a visitar.

Quando pensei em incluir Amesterdão no roteiro, eu sabia que um dia tinha de regressar para dedicar mais tempo a outras vilas mais rurais da Holanda, onde estão os campos das tulipas e os moinhos. Mas algo que eu desconhecia até bem poucos dias antes de viajar era a qualidade dos enchidos da região, especialmente do queijo.

Uns dias antes de embarcar teve um amigo que me deu a dica de ir entrando nas lojinhas de queijo e enchidos e ir provando as várias qualidades diferentes que tinham. E esta era uma boa opção para provar algo delicioso e ir petiscando sem gastar dinheiro. Então eu fui um pouco no deixa ver se é mesmo verdade. E foi!

Perto da Red Light, mas depois descobri que há um pouco espalhado por toda a cidade, estão casinhas super fofas da marca holandesa Henri Willig, que tem os melhores queijos que eu alguma vez comi. Além do produto ser vencedor, com imensas qualidades diferentes de queijo para todos os gostos, eu adorei todo o conceito e a forma como eles apresentam o produto.

Como é algo tão tradicional do país, com uma das três fábricas sediada em Zaanse Schans, que recebe milhares de turistas todos os anos, então eles encontraram uma forma bem tradicional para mostrarem o produto em Amesterdão. As lojas são super fofas, em prédios bem típicos de Amesterdão, lá dentro ainda tem um pequeno museu que explica um pouco o processo de produção do queijo e depois tem umas meninas vestidas a rigor com o traje típico holandês, que servem os vários tipos de queijo.

Não me debrucei muito na história em si da produção dos queijos, até porque fiquei bem interessada em prová-los a todos (ahahah) mas depois de uma breve pesquisa e depois de falar um pouco com uma das meninas da loja, percebi que é um queijo bastante reconhecido na Holanda pela sua qualidade que é atingida através de processos de produção tradicionais, sendo o produto final testado e retestado diversas vezes de forma a garantir o nível alto de qualidade.

Infelizmente visitar a loja ou, para quem tiver oportunidade, uma das fábricas, é quase a única forma de garantir que conseguimos pelo menos testar o produto, porque os queijos da marca não são enviados para fora da Holanda. Eu perguntei e de facto a única hipótese de comprar é mesmo estando ali na loja ou na fábrica.

Para além dos vários queijos e de toda a diversidade ainda conseguiram apresentar mais uns enchidos, como chouriço, etc… Apesar de não ser o foco principal, algo que vemos perfeitamente pela quantidade de oferta de queijo quando comparado aos outros enchidos à venda.

Para os interessados nos queijos, vou já avisando que há de tudo um pouco e até as combinações mais improváveis eu provei. Desde alho com mel, até picante, enfim… são tantos sabores diferentes que não vou arriscar prosseguir. E o melhor é que dá para comprar conjuntos de vários sabores se gostarmos de mais do que um, o que vai decididamente acontecer.

Então, quando estiverem por Amesterdão procurem pelas lojinhas com os mega queijos na porta e nas vitrines. São bem fáceis de achar!