Voltei da Eurotrip!

Eu nem sei bem por onde começar! Ainda sinto que estou lá, algures, em algum país. Mas não, já comecei com uma semana bem intensa de trabalho e parece que falta tempo para conseguir partilhar aqui todas as dicas e emoções da viagem. Posso voltar? Bem, a malta precisa trabalhar para voltar a viajar… 🙂

Vou começar do início, lá em Amesterdão. Parece que foi uma eternidade atrás. Bem, quando tudo começou, eu lembro-me de estar muito calma, mas ao mesmo tempo apavorada porque ainda tinha 2 semanas de viagem pela frente, muita coisa que ainda estava uma total incógnita, muita coisa que podia correr bem ou mal. Enfim… Mas decidi encarar com calma e deixar rolar os dias, tentar aproveitar e saborear cada momento, em cada cidade.

E cada cidade foi uma experiência diferente. É incrível como consegui juntar cidades tão diferentes e diversificadas. Cada um tinha coisas para oferecer que a outra a seguir já não tinha. Falar em resumo de todas elas num só post é quase tarefa ingrata porque cada uma deles merece uma atenção especial.

Quando cheguei a Amesterdão acho que foi uma das melhores sensações de toda a viagem. Senti-me quase a levitar enquanto percorria as ruelas e via os canais, as bicicletas, as flores. Estava definitivamente ali!

Em Berlim, o ponto alto foi mesmo ver todos os vestígios do antigo muro. Fiz questão de ir até à East Side Gallery para tomar contacto com a história mas também com a forma com que os habitantes locais e até mesmo artistas estrangeiros encararam o que aconteceu, exprimindo-se no muro.

Em Praga, eu fiquei apaixonada pelas casinhas pitorescas, pelo clima de Outono que deu um toque muito romântico e charmoso à cidade. Apesar da Ponte Carlos estar a abarrotar de turistas no primeiro dia que lá cheguei, mesmo assim acho que a experiência foi maravilhosa.

Em Cracóvia, eu finalmente tive a oportunidade de visitar o campo de concentração de Auschwitz e tomar consciência de uma parte da história que não devemos nunca esquecer. Era um dos sítios que eu mais queria visitar e, apesar de duro, foi uma experiência que sem dúvida mudou a maneira de encarar o mundo.

Em Viena eu engoli todos os preconceitos pré-existentes sobre a cidade. Ah porque é só palácios… Quê??? Eu fiquei furiosa comigo mesma por não conseguir ficar mais uns dias na cidade para poder visitar o museu de arte nacional que fica bem no Quarteirão dos museus e que é um dos melhores do mundo, não consegui ir ver Ópera, e só visitei o Palácio Hofburg. Enfim… Depois de lá estar percebi as maravilhas de Viena e agora estou cheia de vontade de regressar novamente.

Bratislava foi aquela cidade pequena com centrinho antigo super fofo que vale a pena passar e conhecer. A localização é perfeita, mesmo ao lado de Viena e a meio caminho de Budapeste, então sem dúvida que adorei o dia que passei aqui. As fotos falam por si! Apesar de não ter muuuito que ver/fazer, tem uma das cidades antigas mais bonitas da Europa.

E Budapeste, bem, foi um sonho tornado realidade. Infelizmente choveu no segundo dia que estivemos na cidade. Então não consegui fazer mais uns passeios à beira do Danúbio, nem visitar o bairro judeu, mas saí com a sensação de que fiz o que gostava de ter feito e conheci a Budapeste que eu sempre tinha idealizado. Ver o Parlamento foi fantástico, as termas foram divinais, enfim… tudo foi óptimo!

Então resumindo tudo, adorei cada momento da nossa viagem, tanto que penso voltar a fazer roteiros semelhantes em outras zonas da Europa. A única coisa que não volto a repetir são as noites passadas dentro de um autocarro. O dia seguinte era sempre mais cansativo do que umas horas de sono numa cama, por mais pequenas que fossem essas horas.

Visitar tantas cidades diferentes também torna mais dificil saber tudo ao detalhe de tudo o que eu coloco no roteiro. Então requer mais esforço. No dia anterior, tenho de voltar a estudar bem o roteiro do dia seguinte, contactar donos de casas, preparar os bilhetes que vamos precisar, confirmar horários de autocarros, calcular tempos de percursos, etc…

A logística é grande, afinal de contas foram 7 países, 7 cidades. É preciso um trabalho de equipa para tudo correr bem. E, apesar de alguns contratempos, tudo correu bastante bem, tal como tínhamos planeado. Então, contratempos maiores foi o atraso do comboio para Cracóvia (por problemas nos carris), a casa onde ficámos em Praga ficava num 4ºandar e não fomos muito bem recebidos nem tivémos vizinhos “normais” (muito barulho estranho ouvimos nós ahahah), e a casa de Cracóvia foi cancelada na véspera e acabámos por reservar outra bem melhor mais ou menos pelo mesmo valor.

Mas em todos os contratempos conseguimos dar a volta. Afinal de contas, que viagem não tem um ou outro contratempo? No final, o que importa é a experiência e as memórias que trazemos connosco. E essas foram para lá de positivas. Demos por nós no último dia a questionarmo-nos se faríamos mais uma semana e para onde. E, apesar de querer muito a minha caminha, continuava de bom grado a desbravar caminho.

Se ficaríamos mais tempo em cada país e se ficámos com pena de não ver isto ou aquilo? Claro que há sempre uma ou outra coisa que se tivesse mais tempo tinha ido ver mas… nós tínhamos definido um objetivo na viagem. E o objetivo não era passar o tempo a ver todos os museus de todas as cidades, era sim ver aqueles que nos diziam algo, e passar muito tempo nas ruas a ver a arquitectura dos sítios e a tomar consciência da cultura de cada cidade.

Então, tirando Viena, pelas razões que falei em cima, porque me surpreendeu bastante, não houve outra cidade que eu tivesse ficado com pena de não ter mais dias por lá, ou que queira muito regressar em breve. Eu sei que, eventualmente, no futuro, irei regressar a algumas destas cidades, mas para já, eu adorei o que vi e fiz.

E é isso! Mais dicas e, claro, o roteiro completo, vão começar a sair nos próximos dias! 🙂

PS: Consegui andar 15 dias com mala de cabine e mochila. Sou a maior!!!! Depois disto acho que vou arrumar as minhas malas de porão once and for all! 😀 Dicas em breveee!