Como arrumei a mala para a Ásia?

Esta foi uma viagem bem complexa para se organizar mala, o que me levou muitas horas de planeamento e pesquisa. Em primeiro lugar foi aquele eterno dilema de levo mochilão ou levo mala de rodinhas grande. No final, tipo véspera, ganhou a mala de rodinhas porque fiquei em pânico que me roubassem alguma coisa da mochila, uma vez que ela tem de ir para o porão. Ok, agora já sei que tenho de comprar uma sacola para pôr a mochila lá dentro e usar um único cadeado.

Ainda assim, eu acho que consegui planear muito bem a bagagem de maneira a não me esquecer de nada. Fiz até um documento no PC com a lista do que não podia faltar, por secções, e ia preenchendo à medida que me lembrava ou que lia alguma dica em algum blog. Sim, foi mega planeado!

Na hora de fazer as malas eu já sabia o que queria mesmo levar e até foi relativamente rápido toda a tarefa em si. Ao todo levei mala de porão, mala de cabine, a mochila da máquina fotográfica e a mala do portátil. E não foi assim uma dor de cabeça transportar tudo. Apesar dos meus receios, todos os sítios onde passámos estavam bem adaptados para esta logística, apesar de que a tradicional mochila é o que mais prevalece nos viajantes jovens.

Então as minhas dicas básicas para a montagem da mala basearam-se nestes itens que eu considerei indispensáveis e a partir daí planeei tudo o que queria levar.

Roupa:

Eu levei roupa que desse para uma semana, pensando na hipótese de lavar roupa durante a viagem, o que acabou por acontecer tanto nas ilhas Phi Phi, como na Malásia. Tive especial atenção na escolha da roupa por causa dos templos, onde não é permitido mostrar ombros e pernas. Mas isso não quer dizer que não o possamos fazer nos outros dias, até porque muitos deles vão ser passados na praia ou em clima muito quente.

Então eu levei algumas blusas de manga cava, algumas t-shirt’s, dois calções, duas calças largas de pano, dois vestidos, dois macacões curto, uma écharpe para cobrir os ombros, umas sandálias, uns chinelos e uns ténis. Quanto a biquinis só levei dois conjuntos e um fato de banho.

Não é preciso irmos cheios de roupa atrás porque há sempre hipótese de lavar roupa e porque a dica é economizar no peso e espaço da mala.

Os ténis são cruciais para as caminhadas, então vale sempre a pena ter um par por perto. Nada de pensar que calor é para caminhar de pé ao ar porque muitas vezes é pior a emenda que o soneto. Não há nada pior que fazer subidas e descidas ou caminhar muitas horas só de sandália ou chinelo, vão por mim!

Um vestidinho mais interessante para sair à noite também esteve incluído na minha mala porque cidades como KL ou Bangkok têm uma noite muito interessante de rooftops, que vale a pena incluir no roteiro turistico. E para essas ocasiões vale a pena levar algo mais apresentável.

Beleza e Produtos básicos de higiene:

Eu levei muita coisa neste tópico porque tinha muitas dúvidas de conseguir ter acesso a vários produtos que uso no meu dia-a-dia. Além disso, como ia estar fora durante quase 3 semanas, decidi levar embalagens maiores e não as tradicionais miniaturas como fazia sempre em viagens para a Europa.

Também me lembrei que já tinha passado pelo drama de no ano passado em Itália ter ficado sem desmaquilhante a meio da viagem, tudo porque tinha decidido levar miniatura para uma semana.

Desta vez decidi levar os itens básicos de maquilhagem, para as ocasiões especiais, os cremes que uso diariamente, tónico e gel de limpeza, champô, condicionador, espuma para o cabelo, óleo do cabelo, desodorizante, líquido das lentes de contacto, protetor solar para o corpo e face, after-sun, creme hidratante de mãos e um mega hidratante para pele irritada.

Fora isso, ainda levei o pente, escova de dentes e pasta, mini kit de manicure, gel desinfetante para as mãos e dois protetores labiais. Fui bem fornecida neste tópico e usei bastante a mala de porão para levar todo este arsenal que foi todo usado. Claro que as embalagens eram grandes e não precisava disso tudo, mas se tivesse levado miniatura ia me arrepender muito.

Alguns destes produtos acabei por ver à venda mas com preços muito superiores e todos em miniatura. Então vale mesmo a pena levar de casa e não esperar para comprar lá.

Farmácia de viagem:

Não queremos que alguma coisa corra mal, mas temos de ser sinceros que numa viagem destas, a probabilidade de alguma coisa acontecer é potenciada. Não vou negar que um dos meus maiores receios eram os problemas intestinais com a comida. Se alguma coisa caísse mal e causasse dores de estômago ou diarreias eu ia entrar em pânico.

E lembro-me que durante vários dias eu andava super alerta a controlar qualquer sinal que a minha barriga desse e a avaliar muito bem a comida e água que ingeria. Não posso dizer que tudo foi perfeito nesta área, mas pelo menos eu tinha uma farmácia bem recheada para dar conta destes males e de outros, como as queimaduras solares nas ilhas Phi Phi!

Para as zonas que fomos não precisamos tomar nenhuma medicação profilática ou levar alguma vacina porque não são zonas de risco para as habituais doenças que os viajantes mais temem, as transmitidas por insetos.

Maas, é importante levarmos alguns medicamentos, como: anti-pirético (febre), paracetamol (dores), anti-inflamatório, protetor gástrico, IMODIUM para a diarreia, algum medicamento para gripes ou constipações, pastilhas analgésicas e anti-inflamatórias para a garganta, pomada para queimaduras, e se conseguirem um antibiótico de largo espectro.

Falta o spray para os mosquitos (repelente), mas esse deve ser comprado na chegada, em alguma farmácia local. Eu recomendo a marca Wild Lives que é óptima a proteger-nos das principais espécies de mosquitos locais.

Itens de praia:

Uma coisa que eu li em muitos blogs e realmente me fez imenso sentido foi a utilização de um pareo como toalha de praia. Levar uma toalha de praia como usamos aqui ocupa muito espaço na mala e é mesmo substituivel pelo tradicional pareo. Então, o mesmo pareo que eu usei para tapar os ombros em muitos templos, foi o mesmo que usei para me deitar ao sol na praia ou na piscina. Dica preciosa!

Electrónicos e gadgets no geral:

Para além dos habituais acessórios relacionados com a máquina fotográfica, portátil e telemóvel, desta vez fiz algumas aquisições de última hora. Comprei finalmente um adaptador universal, uma vez que cada país tinha a sua tomada diferente. E como não queria passar por apertos a meio da viagem, decidi que era melhor levar e pronto. E, dentro do capítulo carregamentos, também comprei uma Power Bank para usar em caso de emergência.

As novas Apps:

E como viajar está cada vez mais de braço dado com as novas tecnologias, adquiri novas apps para esta viagem, umas mais úteis que outras.

Usei o WhatsApp para me manter em contacto com a pessoa responsável por nós no Vietnam e agora reconheço a sua importância para estas viagens. Quando estive na Itália e precisei contactar os proprietários das casas alugadas, acabei por gastar roaming quando podia ter usado esta App e fazia a festa.

Usei o Uber por indicação de uma brasileira que conheci no comboio em KL e achei muito vantajoso no trajeto para o aeroporto. Tentei usar depois em Bangkok também mas já não achei vantajoso aqui. Não sei se foi o trânsito ou se foi mesmo por ser Uber. No entanto, a Uber só opera nestas duas cidades, dentre as que passámos. Esta é a desvantagem. Ainda não chegou a todo o lado e na Ásia pode estar bastante limitada.

Usei muito o XE Currency e amei esta app. É excelente para qualquer país que não tenha a mesma moeda que nós, mas quando falamos em mochilão pela Ásia, estando em contacto com várias moedas num curto espaço de tempo, aí damos o real valor. O bom desta app é que vai atualizando enquanto estamos com rede no telemóvel e dá-nos sempre a conversão de acordo com a última atualização que fez.

Também descarreguei o Trail Wallet que é bom para ir acompanhando os gastos da viagem por secções. Dá para estabelecer um budget e depois ir tentando cumprir à risca o que definimos. A ideia está interessante mas eu acabei por desistir. Eram tantas as coisinhas que precisava adicionar que acabei por desistir.

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