Hanói, no Vietnam!

E rápido chegamos ao último país da nossa viagem pela Ásia. O Vietnam foi o nosso último país. Chegámos bem cedo vindos de Bangkok e ficamos um pouco no balcão dos eVisa para trocarmos as cartas de convite (que tinha pedido antecipadamente) pelos vistos, que foram colados no nosso passaporte. Ah e no acto da entrega do passaporte com o visto já colado ainda pagámos o valor do visto, claro. Com direito à nossa cara a aparecer no monitor, juntamente com uma voz bem computadorizada a dizer o nosso nome alto e bom som. Para mais informações acerca dos vistos e como tratei deles, já saiu post pormenorizado sobre o tema aqui! É só conferir que está lá tudinho!

Assim que passámos na fila da emigração, entrámos de novo na odisseia de escolher o melhor táxi, e logo logo estávamos a chegar ao bairro onde íamos ficar alojados, o Old Quarter. E neste caso não podíamos ter escolhido hotel com melhor localização. Acho mesmo que foi o hotel com a melhor localização de toda a viagem.

A realidade é que Hanói não tem muito para ver. É uma cidade mais para ser vivida e o centro onde quase tudo acontece é mesmo o Old Quarter e o redor do Hoan Kiem Lake, que fica colado a este bairro.

Então, eu não ia com muitas ou quase nenhumas perspectivas turísticas. O grande objetivo de visitarmos Hanói era justamente ficar na cidade base para explorar Ha Long Bay, esse sim o auge da nossa visita ao Vietnam.

Então, assim que chegámos a minha preocupação foi logo assegurar a compra da tour para o dia seguinte. Depois disso, peguei num mapa da recepção, para não andar com o livro atrás e dei uma olhada rápida para escolher o que valeria a pena ver.

Hanói é uma cidade relativamente compacta, que dá para ser percorrida a pé. O único ponto que atrapalha é novamente o calor, mas o povo já está habituado a isso. Começámos por explorar os arredores do hotel, almoçámos pelo Old Quarter mesmo, que está cheio de boas opções de bares e restaurantes, e seguimos em direção ao lago que eu falei em cima.

O lago tem umas estruturas de influência chinesa (pagoda) e uma pontezinha que também faz lembrar a China. O Vietnam faz fronteira com a China e Hanói está muito próximo dessa fronteira, então é perceptível como a cultura chinesa se espalhou por aqui.

Fomos andando até à Catedral, que fica pertinho e foi interessante ver de novo algo tão característico da religião cristã, principalmente depois de visitar tantos templos nos últimos dias.

Por esta altura nós já estávamos a entrar no ritmo super louco vietnamita. A maior das confusões na estrada, com motas que vêm de todas as direções e fazem autênticas razias umas às outras e a quem se atravessar no seu caminho.

Aqui o lema é entrar pela estrada a dentro e ir caminhando bem devagar porque apesar das apitadelas imensas e das razias, vamos conseguir chegar ao outro lado inteiros. E como este povo gosta de viver com a mão na buzina. Buzinam por tudo e por nada! Para avisar que estão a entrar na rotunda/cruzamento, para marcar presença, para protestar/reclamar… enfim!

Eu tinha lido que Hanói é o exponente máximo da confusão e estava completamente mentalizada para o pior. Mas ainda assim, apesar de realmente muito confusa e povoada, acho que não foi tão intenso assim.

Então, da catedral fomos andando andando até ao Templo da Literatura, que é um dos ícones mais conhecidos de Hanói. Não foi que fizesse muita questão de visitar e também não ficou propriamente perto, mas senti que uma vez em Hanói ia dar uma chance ao pouco que há para ver.

Só por essa razão fui até lá. E realmente não é nada de impressionante. Acabámos por voltar ao Old Quarter vindos de táxi e fomos descansar um pouco antes de encarar a noite por lá.

E esta foi outra surpresa! Eu estava meio desconfiada que o Old Quarter seria tipo o epicentro de toda a noite da cidade, mas nada me preparou para o que vi assim que pus um pé fora do hotel.

Estava tanta gente nas ruas!!! Um concerto com palco, Dj e bailarinas a acontecer mesmo na esquina do hotel!! Os restaurantes tinham mesas espalhadas pela rua deixando só um pequeno corredor que era ocupado pela enchente de povo e também pelas motas que queriam passar.

Esta é a melhor descrição que consigo arranjar, mas acho que nenhuma faz realmente jus àquilo que estava a acontecer. Então acabamos por nem conseguir andar mais de 20m e parámos numa dessas esplanadas com mesinhas e cadeiras para criancinha sentar e comer (super pequenas e rentes ao chão).

E foi super engraçado, não posso dizer que não! Assistir a toda a transformação do Old Quarter. Ele já tem vida própria de dia, mas de noite a coisa eleva-se a 1000% e em todo o canto há um restaurante ou bar para curtir a noite. A melhor descrição que eu arranjei e até partilhei no Instagram foi comparar a noite no Old Quarter com os Santos Populares em Lisboa (em véspera de feriado, para ser bem intenso).

Mas sabem, não há como não adorar este bairro e eu fiquei muito agradecida por ter ficado nele. Nós voltámos a Hanói passados dois dias e ainda conseguimos curtir um pouco da noite na véspera de voltarmos a Bangkok para apanhar o voo de regresso a casa.