Workshop: Como planear uma viagem low-cost?

E depois de ter lançado aqui pelo blog a novidade do Trip Planner, que está já a bombar com muitas viagens já marcadas (Moçambique, Suíça, Barcelona, entre outras), eis que surgiu a oportunidade de iniciar uma série de Workshop‘s relacionados com viagens. Vão haver imensos tópicos diferentes e muito úteis no planeamento de uma viagem e uma oportunidade excelente para me conhecerem pessoalmente e colocarem todas as dúvidas que têm surgido quando chega a altura de marcar as férias.

A primeira data já está agendada e as inscrições já estão abertas. Será dia 10 de Maio, Quarta-feira, às 18h que darei o primeiro Workshop com o tema principal “Como planear uma viagem low-cost?”

Este é o tema que mais perguntas e dúvidas cria. Aliás, ao longo da minha jornada do blog e mesmo agora quando estou a planear alguma viagem para o “Trip Planner” a grande questão é sempre tornar os sonhos realidade e isso muitas vezes implica gastar o menos possível na nossa viagem.

A economia de umas férias começam logo na altura da compra da viagem de avião, escolha do destino e muito mais. São uma série de dicas e truques que eu fui aprendendo ao longo do tempo e que hoje são fundamentais para conseguir fazer férias económicas e visitar aqueles sítios que eu sempre sonhei.

Para quem mora mais longe não desespere já, porque para breve está prevista uma segunda edição a um Sábado, justamente para dar oportunidade a todos aqueles que queiram participar. 🙂

Programa do Workshop “Como planear uma viagem low-cost?”: 

  • Principais etapas no planeamento de uma viagem
  • Comprar um voo low-cost: que sites escolher, como e quando comprar?
  • Reservar Hotel ou alugar casa: o que escolher para cada tipo de viagem?
  • Os meus truques de poupança
  • Os melhores sites e Apps
  • Exemplo prático: Maria VS Agência
  • Espaço para perguntas e apresentação do projeto “Trip Planner”

Vai ser pouquinhos dias depois de eu voltar da viagem à Ásia, então muito provavelmente vou mostrar algumas fotos e partilhar a minha experiência com os presentes no tópico “Exemplo prático”, já que esta viagem foi um exemplo óbvio na diferença que há entre agência e um planeamento nosso.

Curiosos? Então venham e façam já a vossa inscrição!

Workshop “Como planear uma viagem low-cost?” 10 de Maio às 18h

Rua Luiz Calado Nunes nº32A

2870 Montijo

Inscrições aqui!!

Ásia 2017: que moeda levar, onde fazer câmbio e como comprar dólares?

Uma das minhas maiores dúvidas quando comecei a preocupar-me com os detalhes práticos da viagem foi justamente que dinheiro levar e como fazer o câmbio. Ainda por cima, no nosso caso que vamos estar em tantos países diferentes, cada um com sua moeda própria, as dúvidas elevam-se a um nível superior.

Então depois de muitas pesquisas cheguei à conclusão que o mais viável é fazer o câmbio no país de destino, uma vez que a taxa é sempre inferior no próprio país de destino. Se isto é verdade para a Tailândia e Malásia, que usam as suas moedas locais, já não é bem assim para o Cambodja e Vietnam, onde dão mais importância ao dólar.

Apesar destes últimos países continuarem a ter a sua própria moeda, como ela é tão desvalorizada, o que acontece é que os locais fazem de tudo para dar a rasteira aos turistas quando tentamos fazer a conversão de euros para a moeda local. Então, acabaram por substituir pelos dólares e é essa a moeda que usam para turistas. O que facilita a vida.

Posto isto, como organizei as finanças da minha viagem? Vou levar Euros e Dólares! Os Euros vão ser destrocados pela moeda local à chegada a Tailândia e Malásia, enquanto os dólares serão usados diretamente no Cambodja e Vietnam.

Depois disto comecei a pensar no câmbio de euros para dólares e onde trocar o dinheiro. Depois de algumas pesquisas percebi que ir diretamente ao balcão do nosso banco não é boa ideia e acabamos por pagar mais taxas. Então, fiz um estudo de mercado e cheguei à empresa Unicâmbio, que tem várias agências espalhadas por Portugal e até fora.

Estava disposta a ir até Lisboa mas percebi que a empresa tem agência no Freeport, em Alcochete, bem mais pertinho de casa. Muito prático! Então todo o processo foi simples, só tive de fazer a encomenda no site, escolher qual a agência para o levantamento e selecionar o dia. Recebi logo um mail com a aprovação.

E o melhor foi que no dia seguinte ligaram a dizer que podia ir buscar quando quisesse porque o dinheiro já estava disponível. Fantástico! A taxa que estou a pagar é bastante vantajosa (5€) e no geral achei todo o processo muito simples e prático.

No site dá para acompanhar o valor do câmbio para qualquer moeda também e na prática até dava para eu trocar os Euros pelas moedas que vou precisar na Tailândia e Malásia. O único senão é ser mais vantajoso fazê-lo no país de destino.

Outra opção que tive foi escolher se queria a moeda em notas maiores ou mais pequenas. Nesta caso, como trata-se de países onde tudo é muito barato, convém levar em notas mais pequenas e não correr o risco de regatear imenso e depois apresentar uma nota de 50$USD para troca!

De resto tive o cuidado de contabilizar o melhor possível os gastos que vou ter de forma a não destrocar muito dinheiro a mais nem fazer a menos. Se estiver a mais temos que pensar que voltar a passar para euros vai implicar novo pagamento de taxa e estamos sempre a perder algum dinheiro com isso.

Se for a menos, qualquer levantamento em caixa MB nestes países tem um custo (taxa) que acaba por ser bem superior do que se tivéssemos destrocado dinheiro nas agências de câmbio.

Em pagamentos com cartão multibanco ou crédito também é cobrada uma taxa que depende do banco. Nós vamos recorrer a este pagamento no caso dos hotéis, porque não é viável levar esse dinheiro em mão também. Neste caso convém perguntar ao nosso banco qual é a taxa que cobram e aproveitar para avisá-los de que vamos estar fora do país, para que o cartão não seja cancelado por motivos de segurança.

Ásia 2017: Passaporte e Vistos!

Agora que já tenho tudo oficialmente tratado já posso respirar de alívio e contar aqui a odisseia. Na realidade informações acerca da necessidade de visto para cada país que vamos passar não foi difícil de arranjar, o difícil mesmo foi tentar perceber se as informações estavam actuais em alguns casos e como se processa para cidadão português, uma vez que a maioria dos blogues são brasileiros.

Mas depois de alguma pesquisa e de finalmente perceber onde tudo era tratado (graças a Deus, tudo online!), acabei por descansar a mente e só fazer o pedido na semana passada, a menos de um mês da viagem acontecer. Isto porque me apercebi que o processo de emissão era muito simples e rápido, e no caso do Cambodja só tinha validade de 3 meses depois de emitido o visto. Então, não havia necessidade em tratar das coisas tipo meses antes.

Tailândia:

Cidadãos portugueses estão isentos de visto para a Tailândia numa estadia até 3 meses. Na realidade isto é válido para muitos mais países, uma vez que a Tailândia ainda sobrevive muito à conta do turismo. Então complicar a entrada não tem sido muito a sua política, o que nos facilitou muito a vida. É só ir com passaporte válido para 6 meses e o povo entra feliz.

Malásia:

A Malásia é mais um país asiático que não pede visto para portugueses, bem como para outros tantos países do mundo, numa estadia de até 3 meses novamente. Oh quanta maravilha foi saber que não teria de fazer nada pelo menos em dois países da nossa estadia. Os restantes países deviam seguir o exemplo! 😉

Cambodja:

O Cambodja já pede visto para cidadão português, mas até que foi fácil de tratar. Eu sabia que dava para fazer tudo online então combinei um jantar com o casal nosso amigo que vai viajar conosco e levei a máquina fotográfica e o portátil. Sentei um a um numa cadeira contra uma parede branca e tirei foto tipo pass, que ficou óptiiiima!!! xD

Reunir os quatro foi o ideal porque é preciso número de passaporte, foto, nome completo, data de nascimento, enfim… um sem número de informação que é muito fácil de recolher quando estamos todos juntos na mesma sala. O processo em si é muito fácil. Basta ir ao site do e-visa e seguir todos os passinhos para a emissão do e-visa, ou seja, um visto online que depois é só imprimir e colar no passaporte.

Dá para juntar todos os viajantes num só processo, tendo só atenção com o tamanho da foto, que tem limite de tamanho (nós tivemos que trabalhá-la no photoshop para diminuir o tamanho). Depois dos dados de cada um corretamente inseridos na página online é só pagar o total com cartão de crédito e já está. Por tratarmos online tem um custo de 7,5$USD mas totalmente compensa ir com o visto já emitido e evitar as filas da emigração lá na chegada. Sim, dá para emitir visto na chegada ao aeroporto, mas eu li em vários blogues que a fila é caótica e perde-se imenso tempo a tratar do visto lá. E até tem lógica, afinal preencher papelada, colar foto e pagar implica um gasto de tempo muito superior a simplesmente chegar, mostrar o visto e levar o carimbo.

O visto custou um total de 37,5$USD (já com a taxa online!) e supostamente chegaria ao meu email no prazo máximo de 5 dias, mas só demorou 2 dias!! Então, eu super recomendo tratar de tudo online. Muito simples e prático!

Vietnam:

O Vietname foi o mais chatinho da viagem. Primeiro porque eu li várias informações diferentes, que na realidade não passava de informações que até poderiam estar corretas mas foi tipo 10 ou 5 anos atrás. E isso baralha um pouco até atinar e perceber o que realmente está em vigor agora!

Depois de perceber isso foi simples. Então, existem duas opções: ou tratamos tudo diretamente com a Embaixada mais próxima (que é em Paris!!) ou tratamos de tudo online (tipo e-visa, mas não realmente!). Óbvio que rapidamente percebi que enviar todos os documentos por correio internacional para Paris não ia ser uma opção para nós.  Morro de medo dessas coisas. Documentos importantes a circular por aí? No, Thanks!

Sim, podemos pagar um extra e fazer com que o correio seja super seguro, etc. Mas não! Então qual a solução? Tratar de tudo online. Só que na realidade o que vamos tratar online não é da emissão do nosso visto, mas sim da emissão de uma carta redigida por locais, em como nós somos aceites no Vietname como turistas e bla bla bla somos cidadãos de bem! Então esta via por ser mais simples que a outra tornou-se bem famosa entre os viajantes a ponto de várias empresas locais terem sido criadas especificamente para a emissão destas cartas.

Mete medo?? Algum sim, mas para nossa sorte hoje em dia temos a ajuda dos comentários de outros viajantes para recomendar empresas e não cairmos em roubadas. E foi através de recomendações, principalmente pela parceria com a Lonely Planet e TripAdvisor (entre outras!), que eu cheguei à empresa Vietnam-visa.com.

Mais uma vez foi tudo muito simples. Foi só preencher um formulário online, com algumas informações nossas e da viagem em si, pagar a taxa correspondente com o cartão de crédito e 2 dias depois tinha a carta no meu email, juntamente com as indicações do que fazer a seguir.

Uma coisa boa é o desconto que eles fazem quantas mais pessoas forem incluídas no processo. Isto porque a carta é a mesma, só os nomes autorizados é que são mais. Então, por sermos 4 pessoas, ainda tivemos um desconto de 2,5$USD e pagámos cada um 17,5$USD.

O que fazer a seguir? Imprimir a carta, imprimir os formulários que eles enviam em anexo, preenchê-los e colar foto tipo-pass. E pronto, é levar tudo direitinho na viagem, entregar na emigração à chegada e pagar o visto (25$USD).

Ontem recebi um email da empresa, mais propriamente da funcionária Bella Nguyen a dar as boas vindas e a informar que seria a nossa assistente pessoal durante a estadia no Vietnam. Deu o contacto do WhatsApp e ficou basicamente à disposição para qualquer assunto que precisemos. Não é o máximo? E esta eu não estava definitivamente à espera!!

Quero só acrescentar o óbvio, de que para todos os países é necessário levar passaporte com validade mínima de 6 meses. E é isso, muito simples!