Road trip em Itália!

Tava a demorar a começar a série de posts sobre a mais recente roadtrip a Itália. Mas coincidiu com o finalzinho da tese, entrega da mesma mais uma série de dores de cabeça do regresso ao trabalho. Mas sempre que olho para o livro bate aquela saudade da semana em cheio que passei e que parece quase surreal. Como é que eu consegui ver tanto em 8 dias?

Mas basicamente Itália sempre foi aquele sonho e tinha muitas cidades e zonas italianas que faziam parte da minha lista de viagem que tinha de fazer. Itália para mim é um marco muito importante na história. Sem dúvida que é um país muito rico culturalmente e tem um dos povos mais simpáticos e amistosos que eu já vi.

Só tem um probleminha: são um zero à esquerda a falar inglês. E esta tinha sido uma das minhas batalhas fracassadas na viagem a Roma do início do ano. Mas já nessa altura não deu para negar o quanto queria voltar e de preferência no Verão, para poder desbravar mais território.

Aconselho este roteiro a quem for tão destemido e sedento de conhecer cidades novas quanto eu. Sim, é possível, mas vamos regressar muito cansados e a precisar de ficar uns dias de papo para o ar, antes de regressar ao trabalho.

Nós tivemos 7 dias inteiros em território italiano mais dois pedacinhos de dias que não usámos para visitar nada. Chegamos a Itália através de Milão e ao fim de uma semana chegámos de novo a Milão para apanhar o avião no dia seguinte e voltar para Portugal.

O mais baixo que fomos no mapa foi Siena, mas passámos por cidades tão diferentes quanto Veneza e zona da Cinque Terre. Ou seja, teve de tudo e sobretudo, imensa diversidade.

Saltitámos de cidade em cidade, ficando no máximo um dia em cada uma dela. Na zona da Toscana, começámos um dia em Siena, a tarde em San Gimignano e acabámos o dia a provar vinhos em Greve in Chianti porque ficava perto da casa que alugámos e eu fazia questão de conhecer aquela zona cheia de vinhas.

Alugámos sempre casas, onde ficávamos pelo menos dois dias (Milão e Veneza) ou três (Toscana), que foi onde passámos mais tempo da viagem. Muitas refeições eram feitas em casa, depois de ir ao supermercado comprar produtos tipicamente italianos.

Se foi corrido? Adorei e não teria feito de outra maneira. A minha prioridade nesta viagem não era bater todos os museus e igrejas, ao contrário de Roma. O grande objetivo era aproveitar a diversidade e história de cada cidade, experimentar vinhos em Chianti, ver o museu da Ferrari em Modena, passear de Gôndola em Veneza, deambular pelos mercados de rua em Verona, sentar em Florença para ver a vida passar e a energia acontecer, ver o mar em Cinque Terre com as casinhas coloridas dos pescadores e almoçar lá mesmo no beiral de uma porta.

Isto sim fez a minha viagem inesquecível e preciosa. Foram 2500km de estrada, fora aqueles que fizemos de comboio, e praticamente o mesmo número em fotografias.

Para esta viagem fomos com mais um casal amigo e ficou aberta a época das viagens com amigos. São de facto inesquecíveis e dão uma energia diferente a tudo aquilo que vimos e fazemos. Óbvio que é preciso coragem para enfrentar este ritmo com outras duas pessoas completamente diferentes, no entanto o segredo está no entendimento e também na definição prévia dos objetivos da viagem seu itinerário. Nós tínhamos tudo pensado ao detalhe.

Claro que é preciso estar preparado para imprevistos, mas também é preciso encara-los como parte da viagem. São os imprevistos que nos dão as histórias para contar e também a experiência para uma próxima vez.

Saímos de lá a falar italiano no café, supermercado, bilheteira, etc… Longe da perfeição, óbvio, mas até eu tive de dar o braço a torcer e entrar na onda. E não é que me stressei muito menos vezes e simplesmente aprendi a aceitar que italiano não fala inglês? Ahahaha

Tenho imensa coisa para contar e mostrar, como já devem ter percebido. Então muita paciência e coragem, que esta viagem está apenas a começar.

Deixe um comentário