Bruges, a cidade medieval!

Depois de Bruxelas, Bruges foi uma lufada de ar fresco, cheia de encanto e super pitoresca. É impossível não ficar apaixonado com tanto encanto. As casinhas pequenas, ruas estreitas, lojas fofas, os canais que serpenteiam pelo centro histórico.

Bruges tem motivos mais que suficientes para ser um dos destinos turísticos mais importantes da Bélgica, e ele consegue de facto sê-lo. A cidade medieval está muito bem conservada, com as ruas estreitas a envolverem-se nos canais, que fazem as delícias de quem está de visita.

Eu achei imensa piada à mistura de estrada com canal e ao facto de o quintal das casinhas ter, muitas vezes, um porto privativo para quem quiser entrar em casa no seu barquinho, em vez de sair pela estrada a andar.

Afinal de contas, há muitos anos atrás, a distribuição da cerveja (super tradicional da cidade) era feita levando os barris de barco até à casa das pessoas. Por aí se vê que o centro histórico está completamente coberto de canais serpenteantes que chegam a todo o lado.

No entanto, esse mesmo comércio que se estabelecia pelos canais, acabou por abrandar um pouco por causa da obstrução do rio Zwin logo no final do séc. XV. Então, hoje em dia temos o rio Dijver que já dá um gostinho de Veneza do Norte.

Bruges nunca foi muito industrializada e por causa disso sempre conseguiu manter a maior parte dos edifícios medievais, sem que tivessem sido construídos prédios altos ou ruas largas com muito trânsito.

Pelo contrário! O trânsito que entra e sai da cidade está bem controlado e o estacionamento é uma dor de cabeça daquelas. A nossa sorte foi o hotel ter estacionamento subterrâneo, mas nem todos têm porque nem todas as casinhas estão adaptadas à evolução e ao turismo de massas.

Ficou tudo muito estagnado no tempo e talvez seja por isso que Bruges é uma atracção tão popular e um destino turístico tão famoso na Bélgica. O que fez disparar também os seus preços. Conseguiu ficar mais cara do que a própria capital do país.

As principais atracções da cidade estão todas muito pertinho umas das outras e parece que todas as ruas vão dar à praça principal (Grand Place), ou então a uma catedral. Para fazer frente a Bruxelas, Bruges consegue concentrar num pequeníssimo espaço uma quantidade considerável de catedrais, que têm torres altíssimas.

Então a paisagem que temos, se subirmos a um sítio alto, é as imensas torres, desde catedrais ao Belfort, ou à Câmara Municipal. Enfim, um mar de catedrais! Além disso, mesmo em terra, vemos as tais torres a sair por detrás das casinhas e a subir até lá ao alto!

Os habitantes dos cais, os cisnes, também são uma delícia de apreciar porque já estão mais do que habituados àquelas andanças de turistagem e também já estão bem ambientados a viverem no meio da cidade. Lá pertinho do nosso hotel estava o esconderijo deles, feito aos pés de uma casa medieval. Uma delícia!

O ideal na visita à cidade é deambular pelas ruelas à volta da Praça principal, batendo o ponto nas principais igrejas e catedrais, mas também nos canais ao redor das casinhas. Sem pressas! E como estamos no Natal, ali na Praça principal, mas também noutras lá perto, está o Mercado de Natal, que é especialmente animado de dia.

Saímos à noite para passear por lá e só encontrámos as barraquinhas das bebidas abertas. Resumindo: experimentei uma bebida tipo Irish Coffee , que estou desconfiada ter a capacidade de aquecer qualquer um do frio.