As ruínas de Éfeso!

E se até agora nós adorámos e ficámos maravilhados com as ruínas de Afrodite e com Pamukale, esperam só até chegar à antiga cidade de Éfeso e testemunhar toda aquela grandiosidade, da que foi considerada por muitos anos a 2ª maior cidade pertencente ao Império Romano. À frente dela, só mesmo Roma em si.

E numa altura em que estou prestes a visitar uma das cidades que mais fascínio me dá, bate uma certa emoção olhar para aqui e ver o legado romano que ficou para trás nesta zona da Turquia. Eu já tinha falado que esta área era super fascinante e muito rica em história, mas acho que nunca é demais relembrar.

Enquanto estivemos no hotel em Kusadasi, que eu falei no post de ontem, aproveitámos a proximidade e viemos conhecer estas ruínas, que fazem parte de um complexo enorme, que na minha opinião está super bem preservado.

A grande surpresa vai logo ali na entrada do complexo, quando damos de caras com o enorme anfiteatro romano, onde o povo assistia aos teatros, que eram considerados parte integrante da vida social da época.

Eu já estive em alguns depois daquele, mas quando pensava na Turquia e nas suas ruínas, sempre aquele anfiteatro vinha à ideia. E aquela sensação de enormidade e grandiosidade nunca tive em mais nenhum anfiteatro que passei. Este é de facto enorme e quase rouba as atenções para tudo o resto que fica em volta.

Como está numa espécie de colina, as bancadas subiam toda ela e ao longo dos anos foram resistindo ao tempo por causa disso mesmo. Apoiando-se na estrutura em volta, dada pela natureza. Essa é a diferença também, entre termos umas ruínas bem preservadas e outras nem tanto assim.

Então, segundo a história, Éfeso possuía um dos maiores teatros do mundo antigo, com capacidade para 25.000 espectadores, sendo que a sua população era de 400.000. Já dá para ter ideia da grandiosidade certo?

Mas tirando o anfiteatro, outro ponto chave de Éfeso é a Biblioteca de Celso, que eu tenho até miniatura no móvel da sala. Esta biblioteca é uma das provas da importância cultural da cidade. Éfeso já era conhecida naquela altura pelas iniciativas culturais, como: escolas filosóficas, escolas de magos, entre várias manifestações religiosas. Dentro desta última, destaca-se a deusa Artémis.

Por isso, neste complexo também podemos encontrar um templo dedicado à deusa da fertilidade, o qual está rodeado por dezenas de outras construções importantes, propriedade dos altos dignitários da altura.

Éfeso também foi uma das cidades onde o cristianismo mais se difundiu. Nos tempos apostólicos, Paulo de Tarso e João Evangelista pregaram aqui, e também no Apocalipse, a igreja de Éfeso aparece em destaque como uma das 7 igrejas às quais foi escrita uma carta.

A experiência de visitar Éfeso é qualquer coisa que não se esquece e no meio disto tudo só tenho pena de não ter sabido apreciar convenientemente o local em si na altura que fui lá. Daí a vontade de regressar em breve e voltar a apaixonar-me por estes sítios.

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