Jardim José do Canto, nas Furnas!

Quem viu o post de ontem já percebeu que as Furnas estão cheias de sítios lindos para visitar e é difícil escolher aquele que nos chamou mais a atenção e qual o mais bonito, etc. Nós acabamos por ficar encantados com a mistura entre a natureza envolvente e a forma como nós conseguimos moldá-la e aproveitá-la da melhor maneira.

Este Jardim está num dos extremos da Lagoa das Furnas, bem ao lado do Centro de Interpretação e, à partida parece ser só mais um jardim, igual a outros da ilha. Mas lá dentro, nós facilmente perdemos (ou ganhamos) horas para conseguir ver e apreciar aquilo que ele esconde.

Não li muito acerca do jardim e do porquê da sua construção, mas mais uma vez, estes jardins da ilha são a coisa mais bonita e perfeita que eu alguma vez vi. Parece que já nasceu assim e que sempre foi assim…perfeito! Sem nenhuma intervenção humana.

Logo na entrada os senhores dizem-nos que os pontos altos do jardim são as árvores de outros países, o vale dos fetos e ainda a cascata, que se demora meia hora para lá chegar, indo pelo trilho. À partida pensamos será que vale a pena fazer todo esse caminho para lá, e depois vir para cá novamente só para ver uma cascata? A ilha está cheia delas certo?

Pois, mas vale totalmente a pena, porque quando lá chegamos não dá para tirar os olhos daquela beleza. A cascata está, mesmo assim, bem escondida dos olhares curiosos, e para chegarmos a uma visão mais aberta, temos de avançar por nossa conta e risco, pisando já a água, que aqui está fria.

Quando chegamos ao final do trilho e já temos um vislumbre dela, no meio da vegetação, aparece um aviso de que é aconselhável ficar por ali, principalmente em épocas de alta pluviosidade, podendo haver o risco de desabamento de terras ou de um caudal mais forte, que possa nos magoar.

Mas não era esse o caso. O Carlos decidiu avançar descalço e conseguiu tirar umas fotos que mostram bem o quão bonita e alta ela é. Quando veio de lá com a máquina na mão, estava todo animado a dizer que nunca tinha visto uma cascata tão grande tão perto.

E pelas fotos acho que já temos uma ideia bem aproximada do que ela é na realidade. Só tenho pena de ele se ter esquecido de filmar. 🙂 O caminho que nos leva até lá também faz o resto do encanto. Apesar de estarmos à espera de encontrar a cascata a qualquer momento e de estarmos completamente focados nela, não dá para negar que passamos por sítios bem lindos e mais uma vez, as vacas fazem parte do panorama.

Então, mais do que fazer um caminho que nos leva até uma cascata, nós fazemos um trilho, muito acessível mesmo, quase todo ele plano, e rodeado de paisagens magníficas. Passamos por árvores altíssimas próprias de um clima tropical, e que por isso nunca tínhamos visto, árvores exóticas de outros países… E todas elas têm uma placa com o nome, de que país/zona do mundo são naturais, entre outras informações adicionais.

No sentido oposto do trilho que leva à cascata está a zona dos fetos, que também nos faz sonhar. Espalhados por Portugal Continental estão vários jardins e parques com esta dimensão, que também têm a sua zona de fetos e tudo mais (Buçaco, por exemplo). Mas eu nunca tinha visto uma zona tão bem preservada e construída de forma tão única e singular.

Dava gosto passar por ali e por pouco, por causa da pressa de ir até ao Parque Terra Nostra, não disistimos de conhecer a outra face do parque, que não seja só o trilho que nos leva à cascata, e ela própria. Então, óbvio que vale a pena conhecer cada recanto deste jardim e não nos focarmos só na cascata e mais nada.

O parque ainda é bem grande, mas se não forem molengas como nós, que acordámos mais tarde que o suposto neste dia, conseguem ver tudinho da parte da manhã e assim fazer as coisas mais calmamente.

Deixe um comentário