Estremoz: o castelo!

Estremoz antiga está cercada por muralhas e não é em todo o lado que para entrar numa cidade passamos por aquelas portas medievais com direito a ponte e tudo. A entrada pelo lado do castelo é um desses casos e não é preciso preocupar-se em acertar com o caminho porque basta seguir as plaquinhas que dizem castelo.

E assim se chega à parte mais medieval e mais típica também de Estremoz. Onde as ruas são super hiper mega estreitas, as casinhas braquinhas antigas e a pousada luxuosa que fica bem no topo, com visão privilegiada para os campos ao redor. Nós chegámos ao castelo numa de dar uma voltinha por ali e talvez visitar a Capela da Rainha Santa Isabel, que eu tinha falado neste post, o facto de ela ter morrido aqui.

Mas entretanto, nesse dia ia haver um casamento na igreja e a senhora que abre a capela não podia sair dali. Ainda fiquei bem decepcionada porque tinha lido que a capela é muito interessante, cheia de azulejos a contar a história da vida dela. Mas pronto, fica a dica para quem estiver de visita, perguntar à senhora da igreja, junto à pousada, se pode abrir a capela da Rainha Santa Isabel. Pode ser que tenham mais sorte que eu! 😉

Ali naquele largo, dentro das muralhas do castelo ainda está um mini-museu de arte-sacra que é bem mais interessante pela arquitectura do seu exterior e pelo tecto, em forma de estrela. Entretanto, começámos a ver muita gente a entrar para dentro da pousada.

Então, numa de curiosidade, decidimos experimentar entrar e seguir o fluxo de gente para ver se eram todos hóspedes. Foi aí que encontrámos a entrada para a escadaria que leva à torre do castelo. Esta torre, hoje em dia, pertence à pousada, mas pelos vistos, mesmo quem não seja hóspede lá, pode entrar e visitar.

A entrada para a torre fica logo à esquerda da porta de entrada da pousada, onde está um jardim meio pátio que até tem uma esplanada. A torre tem vários pisos e ao longo da subida ainda tem algumas salas que estão a ser ocupadas pela pousada. Algumas delas foram restauradas e hoje servem os hóspedes, como por exemplo a sala com a mesa de snooker.

O ponto alto da torre não é ver nada de especial do tempo dos reis e da era medieval, e sim desfrutar da paisagem em redor. Este sítio é um verdadeiro paraíso para quem gosta de tirar boas fotos e principalmente para quem aprecia miradouros e lugares altos para tirar fotos diferentes.

Por estarmos nesta posição alta, deu para ver não só a parte antiga da cidade, como também o centro e a parte em que a cidade começou a tornar-se recente. Além disso, temos a magnífica vista das vinhas a perder de vista e as famosas pedreiras na periferia da cidade.

Como estávamos com a lente nova, que é uma teleobjectiva, com zoom até 200mm, foi óptimo para experimentarmos as potencialidades dela e tirarmos fotos diferentes. No dia anterior tinha sentido algumas dificuldades nas fotos com pouca luminosidade, então aqui também foi bom para tirarmos as teimas e perceber que ela só precisa de mais luz e funciona perfeitamente.

A torre tem, ela própria, uma arquitectura muito interessante que rende fotos muito boas. Afinal, qual é a cidade medieval que não inspira boas fotos? Depois, como eu falei, nas alturas temos uma perspectiva diferente das construções à nossa volta. Então, foi assim que eu reparei nas mini torres da pousada, mais os telhados das casas, particularmente o do museu, ali ao lado.

Ir daqui do castelo até ao centro da cidade não é longe e até é um caminho bem agradável por entre as casinhas e ruelas, mas o calor que estava não convidava nada a caminhadas. Então, lá do alto da torre avistámos o lago lá no centro e decidimos que era um bom sítio para parar numa esplanada e beber alguma coisa bem fresca. E foi mesmo isso que fizemos!