Roteiro de uma tarde por Alfama

No post de ontem eu limitei-me a mostrar a parte mais fotogénica de Alfama, aquele espírito bairrista que foi o propósito inicial da tour que organizei na semana passada. Mas aí, enquanto estava por lá, apercebi-me que seria interessante bater o ponto de alguns sítios emblemáticos da zona, principalmente porque eles surgem naturalmente durante o passeio, sem precisar de fazer grandes planos.

Então, por essa razão, eu vou tentar contar o melhor possível por onde andei e mais ou menos o percurso que fiz. Eu digo mais ou menos porque eu fiz alguns desvios por ruelas só com o propósito de fotografar e agora já não lembro bem por que ruas ao certo eu andei. Então vou limitar-me a dizer o percurso pelos pontos turísticos mais importantes e depois é só seguir no mapa como se vai de um para o outro, ou então seguir as plaquinhas na rua e voilá! Têm mais ou menos o percurso que eu fiz!

Então eu comecei cá em baixo perto da Praça do Comércio, na primeira ruela que aparece à esquerda das Casa Dos Bicos, de forma a subir e ir ter à Sé de Lisboa. Então, mesmo que não acertem na ruela em questão, o mais importante é saberem que o ponto de partida foi ali pela Sé mesmo.

A Sé merecia um post à parte e muito provavelmente vai tê-lo porque é daqueles marcos super icónicos da cidade, mas principalmente de Alfama, já que é aqui que se dá todos os anos os casamentos de Sto António. Além disso, a pracinha que faz ali em frente é óptima para captar boas fotos dos eléctricos que descem ou sobem e ficam com a Sé em pano de fundo. Uma das fotos que eu tenho penduradas lá em casa, como mostro neste post foi tirada com esse cenário mesmo e eu adoro!

Depois o caminho é simples e é sempre a subir em direcção ao primeiro miradouro, o Miradouro de Santa Luzia. Ele tem dois patamares, mas é no superior que se tem a melhor vista, com o Panteão Nacional lá ao fundo e todas as casinhas ao longo da colina. Depois vou falar ao pormenor destes miradouros espectaculares de Lisboa!

Daqui, começamos a subir até à entrada do Castelo de S. Jorge, onde há imensas lojinhas de souvenirs e também algumas barraquinhas a vender comida. Com o calor que estava não resisti a uma melancia apetitosa que estava a ser vendida numa dessas barraquinhas e soube-me à vida fazer uma paragem para a saborear. Fez-me lembrar imenso de Córdoba, onde fizémos o mesmo e de facto comprovámos sem dúvida que a fruta é a nossa melhor aliada contra o calor.

Daqui, ou se entra para visitar o castelo ou se segue em frente, que foi o que fizémos. Óbvio que espero vir a visitá-lo em breve mas preferi fazê-lo com o Carlos porque sei que ele ia gostar também. Então, seguimos caminho e inspirámos-nos num placar que estava à entrada do castelo a falar da muralha, para decidirmos fazer o percurso ao redor do castelo.

E foi mesmo isso que fizémos. Ao longo do percurso passámos pelo Chapitô, a escola de artes circenses mais antiga da capital e provavelmente do país, pelo Elevador da Baixa (que vai dar à Baixa, como o nome indica) e, quando as casas davam uma aberta, tínhamos um vislumbre espectacular de Lisboa lá em baixo, até perder de vista. Quais miradouros improvisados!

Até que fomos dar a uma praça que tinha umas placas a indicar o Miradouro da Graça e a Igreja da Graça para cima. mas como havia um beco com a fachada da Igreja do Menino de Deus, juntamente com umas casas bem interessantes de fotografar, ainda nos enfiámos por ali e demos a volta ao quarteirão até acabar no mesmo ponto. Foi aqui que eu tirei as fotos mais típicas das casinhas modestas com roupa no estendal, mota à porta e tanque de lavar a roupa. Tudo aquilo que eu queria encontrar mesmo ali!

E pronto lá subimos em direcção ao Miradouro da Graça, que se transformou naquele ponto alto da viagem quando dizemos já não haver miradouro que nos surpreenda tanto. Tinha uma esplanada enorme ali em frente e depois uma imensa varanda com a baixa toda la em baixo. Além disso, ainda víamos a colina em frente (Bairro Alto), com a Ponte 25 de Abril também. Enfim, eu depois posto mais fotos e falo ao pormenor.

Depois desta vista nós decidimos passar pelos dois monumentos que faltavam de Alfama, mesmo que corrêssemos o risco de já estarem fechados, como foi o caso. Por esta altura a minha máquina também morreu por completo, então as fotos da Igreja de São Vicente de Fora e do Panteão Nacional foram tiradas pela máquina da minha amiga. Nesta zona já não achei que as casinhas fossem aquele perfil bairrista que eu tanto apregoei por aqui, mas ainda assim foi bom termos conhecido estes dois ícones lisboetas.

Não me vou estender muito mais a falar tanto da igreja como do panteão, se bem que o panteão é mais conhecido por ter o túmulo de personalidades tão importantes na nossa cultura como a Amália, e mais recentemente, o Eusébio. Vou guardar mais informações para quando os visitar por dentro e aí sim testemunhar a sua importância por completo.

O Panteão foi a última visita do dia e depois foi só ir descendo até que fomos dar à estação de Sta Apolónia. Fácil! E se começar este roteiro logo no início da tarde, com certeza encontrará tudo aberto para visitar por dentro também.

2 comentários sobre “Roteiro de uma tarde por Alfama

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