Guarda!

Guarda é capital do distrito e uma das cidades que ficam aos pés da Serra da Estrela. Confesso que nunca tive muito entusiasmada em conhecer a cidade, nem em passar obrigatoriamente por lá, cada vez que estava mais perto. Mas não é que na primeira noite que lá fomos para sair eu me apaixonei pelo centro da cidade?

Bom, importa dizer que qualquer cidade do norte tem o seu encanto único, não fosse a arquitectura das casas e as suas Sé’s no meio de pracinhas super charmosas e bem cuidadas. Incrível como quando chegamos ao norte temos a sensação de entrar num mundo diferente, com outra graça e encanto. Daí eu adorar e voltar sempre que posso.

Vá pessoas do norte do país, eu não sou a totó que fica fascinada com qualquer coisa, sei sim apreciar quando algo é bonito e principalmente quando não há nada que se compare aqui nestas zonas de Lisboa e arredores. Cada um com os seus encantos e o vosso é esse mesmo.

Apesar de Celorico ter sido a nossa base para explorar as redondezas, Guarda foi a cidade onde passei muito tempo, e várias vezes ao dia. Era quase paragem obrigatória, então posso dizer que não fiquei a conhecer a cidade como a palma da minha mão, mas tudo o que vi adorei e consegui explorar muito bem tudo o que ela tinha para oferecer.

A começar nas nossas noites de folia, que são sempre óptimas quando se está rodeado de boas companhias, mas sobretudo durante o dia de Sábado, onde passeámos de manhã, almoçámos num restaurante/bar super em conta e muito boa onda, e ainda voltámos no final do dia para provar as iguarias de uma casinha meio pastelaria com fabrico próprio de bolos, super fofa!!! Quando digo fofa é pouco porque eu acredito que aquela decoração foi pensada ao mínimo detalhe para agradar até aqueles que não são adeptos do cor-de-rosa. Corrijam-me se estiver enganada! 🙂

Guarda fica numa encosta então as ruas são muito no estilo do sobe e desce, característico desta zona. Agora façam isso de saltos altos. Ahahah de morrer! Mas faz-se tudo em nome da beleza. 🙂 De dia o assunto foi outro e já fui mais bem preparada para visitar a cidade com calma. As ruas também são calçada, então é mesmo fundamental usar um calçado confortável para explorar os arredores.

O centro da cidade é mesmo a praça que tem a Sé, que foi onde passámos maior parte do nosso tempo. A partir daqui é seguir aleatoriamente pelas ruas que partem da praça e ir caminhando e explorando devagar, sem pressas. As ruelas estão cheias de comércio tradicional e aqui e ali está uma igreja ou capela com azulejos lindos por fora.

Na praça principal está também um arco, numa rua estreitinha, que liga a praça à rua de trás. Sítio fofo para tirar umas fotos e já agora apreciar como o comércio tradicional ainda consegue se manter tão vivo nesta zona e entrosar-se tão bem mesmo hoje em dia. São lojinhas que vendem produtos super tradicionais, que nós víamos a nossa mãe ou avó a ir comprar à loja da esquina e agora essa loja já desapareceu. Pois bem, lá não desapareceu e ganhou sim um encanto único por estar tão em destaque no centro histórico da cidade.

Agora vou contar um segredo da Sé que eu nunca imaginei nos meus sonhos que pudesse acontecer. 🙂 A Sé foi construída numa altura em que as tropas espanholas andavam a fazer frente e a afrontar Portugal, então o que é que o construtor se lembrou de fazer? À boa maneira portuguesa, construiu um rabo bem no alto e meio escondido, a apontar para Espanha. o significado já todos sabem né? Bem, é preciso procurar e olhar com atenção porque não é fácil de descobrir logo à primeira. E está do lado de fora. Não procurem dentro da igreja como eu fiz primeiro! 😀

Agora, dicas gastronómicas que recomendo! Para almoçar fiquei no Dsigual que está na tal rua depois do arco, por detrás da praça principal (onde está a Sé). É super fácil de encontrar e a comida é óptima, excelente atendimento e ambiente muito boa onda, sem enchentes, com malta nova por ali.

Para um lanche bem gostoso aconselho a tal pastelaria com fabrico próprio (Cakes 2 love) mesmo na praça da Sé, juntinho a esta. É super fácil de dar com ela porque a montra também ajuda, cheia de bolos e decorações fofas. Lá dentro é só uma extensão do que já se via cá fora. E a qualidade doa bolos é óptima. Eu fiquei com um batido de morango e pão de ló com recheio de maçã. Mas também tem uma grande variedade de cupcakes e outros doces. Aprovadíssimo!

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