Gelataria Amorino

Com o tempo a aquecer para valer calha sempre bem uma dica de onde comer bons gelados por Lisboa, certo? A dica e a visita já não são recentes, já que os Sábados depois do mestrado dão jeito para explorar um pouco mais da cidade, mas aqui vai com séculos de atraso.

Bem no centro da massa turística e num dos pontos que mais movimento tem (e também dos mais bonitos da cidade!) – Terreiro do Paço – está o Amorino que é uma autêntica gostosura de tããão fofa que é a decoração e a forma como servem os gelados deles. Nestas coisas do que está na moda e mais badalado por Lisboa é importante inovar e marcar a diferença, até porque o que não falta pela cidade são óptimas opções para se comer bons gelados.

Então quando chega a hora de criar algo, esse algo tem de ser mega especial para marcar a diferença do restante que já se conhece e se faz. Dentro deste pensamento está o Amorino, que tiveram a ideia de criar um conceito muito ao estilo romântico, com decoração super requintada para uma gelataria/pastelaria.

Mas ainda melhor do que isso é a forma como servem os seus gelados. Já não basta apregoar que se tem os sabores mais originais e que cada mês há o sabor X e Y que são qualquer coisa de impensável até então, na história dos sabores de gelados. Não!! No Amorino, para além de se encontrar estes sabores originais também servem os seus cones em forma de flor. Sim, isso mesmo. Na hora de misturar todos os sabores que escolhemos e colocarem num cone, eles fazem um pouquinho de “arte” para que o resultado final fique em forma de flor.

Vá, onde mais já tínhamos visto coisa parecida? Talvez algum lado por aí se veja algo semelhante, mas por enquanto fico muito impressionada com este conceito. Mas não só. Como disse, eles não são só gelataria, mas também pastelaria. O que faz com que seja prazer a dobrar. Em dias mais fresquinhos um chocolate quente sabe sempre bem, e foi o caso deste dia quando lá fui.

Ficámos por lá a conversar umas horinhas da tarde e, para além de provarmos os fantásticos gelados, também fomos para um chocolate quente, que estava divinal. Como disse à pouco, o conceito está muito ligado ao amor (daí o nome Amorino também), então achei super original terem criado um serviço dedicado ao espírito da coisa. Chávenas com pequenos cupidos são super amorosas e marcam, com certeza, a diferença no ambiente e impressão finais.

Apesar de ficar bem no centro turístico da cidade, no topo da Rua Augusta, até que o espaço não está a abarrotar e quando lá fomos (Sábado à tarde!), conseguimos facilmente um lugar sentadas para conversarmos imenso tempo. Enquanto lá estivemos, óbvio que entrou e saiu muita gente, mas nada daquela confusão caótica que dá vontade de fugir na primeira oportunidade. Dá perfeitamente para manter conversa e relaxar entre amigos, sem drama.

O meu único senão foi mesmo o preço (um pouco carote), mas também algo que facilmente se percebe pela localização e estilo do lugar. Não se pode querer experimentar algo diferente e não sentir isso na carteira, né? Mesmo assim, totalmente recomendo, principalmente se estiver a meio de um passeio pela zona. Super simples a localização e facilmente se dá com o sítio. Não sei se no Verão eles também põem esplanada cá fora, mas se seguirem a dica das casas ao lado então é bem capaz de também se ter esse gostinho de experimentar o óptimo gelado bem no centro da Rua Augusta.

Amorino Baixa

Rua Augusta 209

Lisboa

Brunch no Strudel

Conceito novo para mim mas com certeza não tanto para o público em geral é mesmo o Brunch. Mas para quem está sem luzes acerca deste conceito, como eu estava à poucos meses atrás, aqui vai uma breve explicação para entrarem na onda da coisa.

Brunch não é mais que uma mistura da palavra breakfast com lunch, ou seja, pequeno-almoço com almoço, criando uma mistura de comidas que são óptimas para uma pequeno-almoço perto do almoço ou até mesmo para um almoço mais leve. Tudo depende da fome com que se está. Mas nada como, de vez em quando, experimentar coisas novas, principalmente quando são tão populares e faladas.

Não sei ao certo quando este conceito chegou a Portugal, mas a verdade é que, cada vez mais, os brunches se tornaram populares ela cidade de Lisboa e há até casas que abrem de propósito para apresentarem o seu brunch à luz do dia. Outras adaptaram-se e conseguiram criar também uma versão própria que lhes valeu uma menção na revista gastronómica, no Time Out, ou em qualquer site do estilo.

Assim, como continuação do post de ontem sobre a visita ao museu de Arqueologia, ali em Belém, eu falei que tinha novidade para hoje (da gastronómica), e é esta mesmo. Em conversa com o casal amigo que nos acompanhou, o brunch calhou em conversa e ficámos logo com vontade de experimentar. Então, fizémos uma pesquisa rápida no Zoomato (que eu tou a virar fã!) para ver qual era a melhor opção e que fosse pertinho.

Verdade que também queríamos um sítio com outras opções para os rapazes, que têm bem mais apetite que as senhoras e começaram logo a reclamar. Então a melhor opção que saltou à vista foi o Strudel, na zona do Saldanha. É um género de uma pastelaria, mas que tem umas opções de hambúrgueres artesanais, mais o tal do brunch, entre outras iguarias deliciosas. E, melhor ainda, adorei o facto de também já ter aderido aos sumos naturais, que mudam a cada dia, com sabores sempre originais e novos. Nota 10 só por isso!

Depois, no capítulo do brunch, que foi o motivo que nos trouxe lá, tem vários tipos, uns mais completos que outros, dependendo do que quer experimentar e da fome que se tem, claro. No nosso caso também contou o facto de estarmos a partilhar o brunch pelas duas, então acabámos por escolher o mais completo e dividir tudinho.

Como para mim a experiência era totalmente nova, não há muito a dizer que fiquei fã do ambiente, do conceito, do brunch, enfim, de toda a coisa em si! 🙂 Eu sou grande apreciadora de chás e adivinhem só, o chá de frutos vermelhos (que nunca tinha provado) estava divinal. Depois ainda tivémos direito a várias compotas, vários tipos de pão, ovos mexidos, queijo e fiambre, taça de iogurte grego com cereais e morangos, scones…

No final, para completar tudo ainda tivemos panquecas, que estavam maravilhosas, mas já estávamos bem cheias para tudo, então ainda dividimos com os rapazes. Parece pouco para dividir por dois? Então se é corajosa ou a fome aperta bastante, não deixe de pedir um brunch só seu. Delicioso e experiência a repetir totalmente.

Único senão foi o tempo de espera que não cheguei a perceber se foi pelo facto de ser Domingo ou se já é assim na maior parte do tempo. É que convenhamos que muito tempo de espera pode ser stressante e neste caso se não estivesse entre amigos, onde acabámos por brincar com a situação toda, teria sido uma experiência bem menos prazerosa.

Enfim, fico ansiosamente à espera da próxima oportunidade de provar outro brunch, e depois conto as diferenças.

Strudel

Avenida Miguel Bombarda 5A

Saldanha, Lisboa

Museu Nacional de Arqueologia

Quem disse que só lá fora se encontra museus que valem a pena serem visitados? Cá por Lisboa não nos faltam opções para redescobrirmos o que de melhor a cidade tem para oferecer. Então, se morarmos pertinho, não há mesmo desculpa para não darmos um pulo de vez em quando a conhecer mais da cidade.

Mais uma vez aproveitando os ingressos grátis do 1º Domingo de cada mês, decidimos nos reunir com amigos e visitar a zona de Belém novamente. Mas desta vez tivemos algumas surpresas, porque no CCB (Centro Cultural de Belém) também estava a acontecer uma feira com muitas variedades (desde gastronomia até roupa e acessórios de moda) que nos preencheu bem a manhã com muita coisa para ver.

Voltando ao museu, é bom saber que nas instalações do Mosteiro dos Jerónimos, bem no coração de Belém, está o Museu Nacional de Arqueologia, que pode muito bem passar despercebido, dado estar tão pertinho do ícone que é o Mosteiro em si. Mas nada como aproveitar um dia destes de passeio por Belém, em que todos os museus estão a custo zero, para nos aventurarmos e fazermos o pleno dos dois sítios.

Além disso, a fila para o Museu Nacional de Arqueologia é bem mais animadora e lá por dentro consegue-se andar um pouco mais à vontade. Depois, se tiver crianças, será com certeza uma experiência divertida porque lá vai encontrar montes de coisas interessantes que os miúdos deram ou estão a aprender na escola e cvão achar imensa piada ver na realidade.

O Museu está dividido em várias secções, que são fáceis de cobrir num ritmo de passeio, mais uma vantagem para levar a criançada atrás. A secção do meio, dedicada à era da pedra tem muita coisa engraçada para se ver e até para nos recordarmos daquilo que já não ouvíamos falar à que séculos.

Para além disso, é mais que público que eu adoro tudo o que tem a ver com o Egipto e fico fascinada por ver as mesmíssimas coisas. Então, fiquei super entusiasmada quando percebi que afinal o nosso pequenino país também tem alguma coisa em exposição relacionada com esta cultura. Mais uma vez não precisa levar as crianças a ver múmias e sarcófagos a Paris ou a Londres. Temos bem aqui em Lisboa uma pequenina amostra do que se vê lá fora.

Também a arte romana, com tudo de bom que a ocupação deles teve, está em exposição no museu, na ala central. Fascinante!

E ainda uma parte dedicada à nossa tradição com o mar. Pois é! Ao longo do tempo muitos foram os navios que afundaram e com eles levaram tesouros ou só mesmo lembranças daquele tempo. Neste museu estão coisas super interessantes recuperadas do fundo do mar. Com uma explicação dos processos de recuperação e restauro que foram feitos até chegar ao museu.

Não é dos museus mais fascinantes do mundo, mas e daí? Já que estamos por ali mesmo, em Belém, porque não dar uma saltada e ficar a conhecer um pouco mais destes antepassados bem lá de trás no tempo? Além disso, é de aproveitar estas feirinhas do CCB a cada 1º Domingo do mês, para passar um Domingo bem cultural e ao ar livre.

Também tenho sugestão gastronómica para experimentar neste Domingo diferente. Mas essa vem noutro post! 🙂