Greenwich é outra zona super fofinha de Londres, que está relativamente próximo da cidade para valer a pena o desvio, num dia especialmente projectado para isso, como foi o nosso último dia na cidade. Este pedaço de bairro é mesmo considerado com Património da Humanidade pela Unesco, considerado como um óptimo destino para passar o dia com crianças.
Mas mesmo para quem não tem crianças, eu acho que é impossivel passarmos ao lado da história que está por detrás desta zona de Londres, já que na escola sempre aprendemos e sempre nos foi falado acerca do meridiano de Greenwich. E como seria uma linha imaginária que é a longitude 0º.
Pois bem, para espanto do Carlos (adorei a cara dele quando falei que havia mesmo linha no chão!) há mesmo a linha do meridiano de Greenwich a passar pela vila histórica, porém ela só é visível em algumas partes. Então, o nosso objectivo passou a ser captar essa mesma linha mais do apenas ver as casinhas engraçadas e típicas desta zona da cidade.
No entanto, na nossa viagem para lá, estávamos um pouco com o horário apertado para nos encontrarmos com uma amiga do Carlos que vive em Londres e só nos pôde encontrar neste dia. Estava combinado passarmos o almoço com ela antes de apanharmos o comboio para o aeroporto. Então, com a pressa de cumprir a visita a Greenwich esqueci-me do detalhe de que a zona do meridiano apenas tem uma estação de comboio que a serve.
Isto porque Greenwich é bem maior do que aquela vila turistica onde está o meridiano. Se sairmos na parte norte da vila, já vamos encontrar outras estruturas bem mais modernas como a O2, palco de vários espectáculos na cidade. E isso não era propriamente o que estávamos à procura, se bem que aqui no chão é possível ver a linha do meridiano a passar.
Mas não é a mesma coisa! Então, acabámos por nos enganar e, em vez de trocar de linha para o comboio, segui toda a linha do metro e saí na estação de Greenwich norte, que não fica completamente desviado do que queriamos ver, mas ainda assim, era impossivel ir a pé até lá. Então, decidimos encarar o bus e fazer a viagem até ao centro de Greenwich pitoresca, o que nos fez perder algum tempo precioso, sem dúvida.
Por sorte eu lembrei-me que Londres tem uma coisa óptima que é o Journey Planner, que faz com que rapidamente consigamos achar o meio de transporte público mais indicado para irmos do ponto X ao Y, explicando ao detalhe onde apanhar o transporte, e qual a paragem que devemos sair. Tudo super simples e fácil de compreender, só precisámos carregar de novo os cartões.
Apesar de não ter sido um quebra de cabeças completo, acabámos por chegar a Greenwich já bem depois da hora que estávamos à espera e então já não deu para subirmos até ao Observatório Real, onde está a marca do Meridiano no chão.
Resumindo, não captámos a foto que tanto queríamos do meridiano, mas nem tudo ficou perdido, porque as dicas de blogs que falavam de quão este pedaço da cidade é bonito fizeram jus. Esta vila está muito ligada à parte marítima, para além da atracção do meridiano em si. Então, é possível visitar estruturas como o Old Royal Naval College, Cutty Sark (veleiro usado antigamente no transporte de chá) e o Museu marítimo.
E tudo rodeado de casinhas super fofinhas, que me fazem lembrar que eu adorei bem mais o exterior de Londres, do que propriamente o seu interior super movimentado e bulício próprio da grande cidade que é. Daqui, tem-se uma vista incrível para o rio Tâmisa, com o Canary Wharf do outro lado, com prédios gigantescos característicos da zona financeira de Londres.
É mesmo o paraíso bem perto da cidade, mas que parece não se enquadrar em nada com Londres. E fica ali tão pertinho! Atenção às dicas de como chegar a Greenwich para não terem de andar às voltas. 🙂