Noite da Cultura em Estocolmo!

Bem ao estilo dos Open House que acontecem todos os anos espalhados por algumas cidades do mundo, a Suécia não deixa escapar um evento, também ele recheado de cultura – a sua Noite Cultural. Assim, quase todos os museus e palácios abrem as portas para deixar que os visitantes apreciem o que de melhor Estocolmo tem para oferecer. E grátis!

Um pouco por toda a cidade vê-se gente, muita multidão, em festa, muito riso e música. Toda a malta está alegre a passear a pé e não só. Tudo porque é algo diferente, onde, não só há programação especial dentro de museus e casas históricas, como também, em todas as ruas principais da cidade, se vê alguma coisa acontecendo.

O mais comum é ver luzes por todo o lado, filas para entrar em sítios mais emblemáticos (e caros!), como o Palácio Real, grupos coral a cantar em qualquer esquina, cafés e bares improvisados no meio da rua, transporte especial, etc… Muita coisa nova a acontecer e que é, talvez, um dos eventos mais imperdiveis na cidade.

Nós tivémos muita sorte em calhar numa altura em que ainda estávamos por lá, depois da Páscoa. O tempo ainda estava fresco, mas deu muito bem para andar pelas ruas com um grupo de portugas, super animado para levar a noite dentro. E o clima mais engraçado é esse mesmo. Mesmo que não estejamos muito interessados em ver museu atrás de museu, só o fato de reunir um grupo bem interessante de amigos e partirmos todos para a festa, isso só já vale por muitas saídas nocturnas a qualquer bar da cidade.

Depois como o clima pelas ruas da cidade está super animado, nem é preciso elaborar grande roteiro turístico, é só nos deixarmos levar no sabor da multidão, ou então do que nos apetece fazer a seguir. E foi mesmo isso que fizémos. eu só fui avisada deste mega evento em cima da hora, então nem deu tempo de elaborar nada muito em concreto. Encontrámo-nos em Gamla Stan e fomos andando até ao City Hall, que é bem pertinho do centro da cidade (ao lado da Estação de Comboios central), mas no mapa parece fora da cidade (zona Kungsholmen).

Começámos a noite no Palácio de Tessin, que estava com um grupo coral a cantar umas músicas suecas e com muita gente mesmo pelo jardim. Então, nem deu para ver grande coisa do palácio, que é considerado a mais bela residência privada a norte de Paris. A parte do primeiro piso estava fechada mesmo, então só tínhamos acesso ao jardim. Por esses motivos acabámos por rapidamente sair de novo e entrámos na casa ao lado – a Real Casa da Moeda.

Aqui já estávamos bem mais à vontade e o museu ainda é grandinho. Deu bem para conhecermos um pouco da história da moeda pelo mundo inteiro e aproveitarmos a exposição interactiva direccionada para crianças, que está nos andares do topo. Como estava muito pouca gente por lá, foi a diversão da criançada feliz.

Dali, fizémos uma caminhada valente até ao Teatro Real, que eu estava cheia de curiosidade em entrar e todo o grupo, de uma maneira geral, também estava. Ninguém tinha alguma vez lá entrado para ver algum espectáculo (pelo menos, que eu me recorde). O Teatro estava com visitas guiadas, mas dado o adiantar da hora, decidimos ir aproveitando algumas boleias de vários grupos, para podermos andar a circular pelo Teatro, em zonas onde as portas estavam fechadas de outra maneira. então fomos aproveitando a zona à nossa maneira e ritmo.

Daqui fomos para a Ópera Real, que eu já fiz post dedicado a ela. Depois de ter estado a visitá-la quase quase na hora do seu fecho, nesta noite, acabei por ir ver um bailado ali. Então foi engraçado ver tudo mais uma vez, mas desta vez mais animado, com banda, e tudo como manda um bom espectáculo.

Finalmente, com quase tudo fechado, fomos acabar a noite numa mega festa no City Hall. Este edifício está a dever um post à parte porque é super histórico e é onde são feitas as cerimónias de entraga dos Prémios Nobel. A minha cerimónia de Boas Vindas foi feita aqui, então merece sem dúvida um post à parte. 🙂 Neste dia, o clima estava super animado e foi o suficiente para acabarmos a noite por aqui.