Mercado de Natal do Campo Pequeno

Eu já disse que este Mercado me andava a escapar à pelo menos 2 anos, certo? Pois! Foi exactamente isso! E, não sei porquê, mas sempre foi dos Mercados de Natal da capital que mais me despertou a atenção, não só por ser dentro do Campo Pequeno, mas também pela propaganda que sempre fizeram à volta.

A verdade é que se trata de comércio tradicional, tudo bem. Mas, além disso, o que tem de especial é conseguir reunir o que de mais original se faz na capital (e não só!!!) e conseguir apresentar tudo junto num pequeno espaço físico. É  de ficar com os cabelos em pé garanto. Muita coisa gira em poucos metros quadrados!

Eu não sou de ir muito a feiras de rua por Lisboa, então eu reparei que tudo para mim era novo e bonito e especial e tudo e tudo, enquanto para outros, era rever velhos amigos de bancada, rever o produto X que já tinha estado em dúvida se ia comprar na feira Y da semana passada. Ou seja, cada vez mais os portugueses se reinventam com a crise actual e procuram encontrar outros caminhos para além do trabalho habitual. Muitos no desemprego!

E isso tem feito despontar talentos e ideias super originais, que nunca ninguém tinha visto antes, ou então, ideias melhoradas e conceitos reinventados de maneira a ficarem chiques e originais. Entre muitos adjectivos que eu poderia acrescentar, todos eles sem fazerem jus àquilo que eu pude ver no Mercado de Natal.

Enquanto eu já ia preparada para o que ia ver (mais ou menos), pelo menos já sabia o conceito do Mercado em si, o Carlos acabou por ficar desiludido porque estava à espera de algo mais parecido com o que se vê no norte da Europa. Pois é, meu caro! Queria começar uma colecção de enfeites de árvore de Natal e então achou que era desta que ia dar início. Terá de ficar para o ano, onde espero poder visitar a feira de Natal de Bruxelas, que estava nos nossos planos deste ano, não fosse a mudança de casa. Eu sei que já falei e queixei-me muuuito sobre este assunto, mas nunca é demais recordar! 🙂

Voltando à Feira de Natal, opah eu adorei cada banca e o quão ecléctica esta feira consegue ser. Ela reuniu desde bancas de produtos gastronómicos, até artesanato, joelharia, fotografia, decoração, produtos manuais, e muito mais. Eu tentei reunir em foto o que mais gostei, e o que achei mais original, mas foi completamente impossível me focar no essencial. Porque eu achei quase tudo ideias brilhantes e porque quase tudo era novidade para mim.

Andava super frenética, de um lado para o outro, e por minha vontade tinha trazido metade do que vi. Só que o orçamento está apertado e tive de me conter em muita coisa super gira que achava ia dar uma óptima decoração lá para casa. Acabámos por ceder em três coisas que ambos gostamos e concordámos que realmente íamos dar utilidade: calendário, duas garrafas  com produção no Douro (para a colecção) e algumas fotografias do fotógrafo presente.

Bem, o calendário foi porque me apaixonei por tudo aquilo que este casal fazia. Eles tinham desde postais, a pins, canetas, agendas, e muito mais. Tudo super original. E eu acho que os calendários que nós arranjamos são sempre tão sem sal, sem aquele toque de originalidade, né? Então quando vi este feito a pensar no pormenor, não resisti e trouxe.

Depois as garrafas não há grande explicação, a não ser que ficámos horas a falar com o senhor da banca, que é muuuito simpático e nos deu dicas excelentes de como aproveitar melhor este nosso gosto. Eu deixo aqui a foto do nome da empresa, mas basicamente ele falou-nos que faz de vez em quando uns workshops sobre vinhos: como provar, como os distinguir, como perceber se o vinho está estragado e porquê. E ainda falámos que no próximo Verão contávamos visitar o Douro, e por isso, várias caves. Então ele deu-nos o cartão com o contacto dele, para nós avisarmos quando formos porque a empresa tem um hotel de enoturismo super bonitinho mesmo no coração do Douro. Abriu logo o apetite para a nossa visita! 😉

Por fim, as fotografias foi paixão à primeira vista. Eu já tinha dito que o meu estilo sempre foi mais dos pormenores, captar detalhes que passam despercebidos, ou realçá-los. Então eu quando vi as fotos deste senhor eu fiquei rendida porque me revejo neste tipo de trabalho e no que quero fazer mais no futuro. Uma das minhas ideias era passar uns dias por Lisboa, na parte mais tradicional) e captar o movimento e os detalhes desta zona. E foi mesmo sobre isso que eu me alarguei na bolsa e comprei várias fotos. Adorei as do eléctrico!! Lindas, lindas de mais!! E, claro, o Carlos teve uma ideia excelente de pendurá-las na nossa salinha da música, com um cordel e molas.

Destaquei estes três stands onde comprei coisas, mas se pudesse tinha comprado muito mais e as fotos que aqui ponho mostram isso mesmo. Eu vi lá coisas que ficavam lindas na minha casa nova, mas a verdade é que comércio tradicional também é sinónimo de mais caro. Estou completamente de acordo nisso, até porque são peças originais, que saíram do tempo e da imaginação de cada um. Ou seja, muitas delas levaram bastante tempo a serem feitas.

Aliás, o lema base deste Mercado de Natal era mesmo substituir as grandes superfícies comerciais e apostar neste comércio tradicional para oferecer as prendinhas de natal. Nós oferecemos a nós próprios, mas ainda assim não deixámos de oferecer! 🙂

Óbidos Vila Natal

Mais tradicional que o Natal só mesmo a festa temática que Óbidos faz todos os anos durante o mês de Dezembro e que se estende até Janeiro. Por esse motivo não há desculpas que nem um dia deu tempo de ir lá dar uma espreitadela! Gente, é super divertido, e ainda melhor se levarmos crianças!

O primeiro ano que fui levei o meu sobrinho connosco e ele ainda era super pequeno (hoje está um matulão!:)) então foi risada geral. Ele adorava empuleirar-se em tudo e dar apertos de mão aos bonecos que iam passando, até à famosa birra, como é habitual das crianças (da praxe!). 🙂

Mas, todo aquele ambiente que eles criam dentro das muralhas do castelo é super giro, com montes de barraquinhas a vender entre comida, bebida, produtos regionais, etc… Ou seja, toda a vila muda durante um mês e juro: se há vila que sabe aproveitar bem a sua infra-estrutura, é de certeza Óbidos!

Claro que depois das barraquinhas também há a casa do Pai Natal, das fadas, do duida, entre outros bonecos que nós achamos sempre piada. Agora! É bom salientar que neste primeiro ano que fui achei tudo muito ligado ao Natal, com o Pai Natal, árvores de Natal, até pista de gelo e escorregas, entre outras diversões geladas super divertidas para os mais velhinhos também.

Mas, depois, no ano seguinte, o Carlos fez-me a surpresa e levou-me lá sem criançada atrás, e eu já não achei aquele espírito do Natal. Tinha a neve artificial entre outras barraquinhas tudo bem, mas faltava aqueles símbolos que estão diretamente relacionados com o Natal (árvore, Pai Natal, etc), e tinha muitos druidas, bruxa má e fadas. Ou seja, muita fantasia que no fundo não tem muito a ver com o Natal se não estiver lá a personagem principal.

Ah, e também não se esmeraram nas diversões! Ou seja, parecia que estava bem mais apagado do que eu tinha visto um ano antes. Então, eu desmotivei e deixei de ir. Ano passado não fomos e este ano estávamos a pensar fazer o mesmo, até porque cada vez mais, outras vilas aqui à volta, já começaram a criar as suas próprias diversões e Vilas Natal! (falei disso neste post!)

Por isso também não tenho muitas fotos e a qualidade deixa um pouco (para não dizer muito!) a desejar. Mas este ano, na pesquisa que fiz para o post, eu vi algumas fotos da Vila este ano e não é que achei que estava tudo mudado? Voltaram as diversões, o escorrega, a pista enorme de gelo, etc… Claro que não dá para ver muito mais além disso, mas já fiquei contente por terem retornado ao que foi as primeiras edições e, até pensei, se não valeria a pena passar lá este ano. Não fosse Sintra e a minha enorme vontade em experimentar a Vila que eles fizeram e de certeza eu iria assegurar aqui a minha presença em Óbidos. 🙂

Mas para quem nunca foi ou só foi uma vez, eu acho que é sempre uma excelente opção, ainda para mais se tem filhos e nunca foi a Óbidos. As crianças, e não só, vão adorar todo aquele clima de natal e também a vila em si, já que as casinhas são super fofas, com ruas estreitinhas e comércio tradicional. Para espreitar um pouco mais da vila eu já tinha feito também este post aqui, onde se percebe bem que mesmo sem feiras festivas, a própria vila tem o seu encanto natural.

Fora da muralha, tem aquele rua principal que está sempre cheia de burburinho nestas alturas, como em quase todo o ano. É, de facto, o centro de tudo, e aqui pode-se sempre aproveitar para comprar alguma lembrança, beber uma ginjinha de Óbidos, comer em qualquer restaurante tradicional, passar pela livraria antiga, ou comprar uns bombons excelentes na lojinha de chocolate. Tem opções para todos os gostos!

Para além desta feira alusiva ao Natal, a vila também faz outras feiras temáticas que eu nunca experimentei, mas que conto fazê-lo em breve: a feira do chocolate e a medieval. E olha que a do chocolate deve bem valer a pena, porque, como disse à pouco, as lojinhas que vendem chocolate são óptimas e recomenda-se.