Concerto de Solidariedade “Mão Amiga a Khongolote”

Para terminar a onde de trabalhos fotográficos que fiz nos últimos tempos, eu trago aqui outro concerto, desta vez de solidariedade, que reuniu várias bandas, com os repetentes StraitWalk na lista. 🙂 Eu quase que fui influenciada, desta vez, pela minha colega de fotografia, a começar nas lides do Photoshop, que ela diz ser super fácil de lidar.

Até aí tudo bem, mas depois na hora da edição eu percebi que tinha apagado novamente o tipo de ficheiro da máquina, que dá para fazer a edição sem perder qualidade, e então por agora vou manter-me fiel ao meu programa da Nikon, que já me deu algumas dores de cabeça.

Em primeiro lugar, o espaço para este concerto era maior e eu já comecei a sentir algumas limitações por causa disso. Quando cheguei à parte da selecção das fotos e ver quais seriam as melhores para serem trabalhadas ia tendo um ataque cardíaco porque a máquina teve quase sempre a tendência de focar as colunas e esquecer que havia gente em cima delas, e que seria bom essa gente estar em destaque.

Problemas óbvios que me impossibilitaram de perceber isso a tempo: fumo e luzes! Maas, desta vez, esse mesmo fumo e luzes até me foram benéficos em algumas partes, criando um ambiente nas fotos diferente do que eu costumo ter. Não totalmente diferente, mas como o espaço desta vez é maior, o fumo alastra mais e já dá para apanhar algumas coisas diferentes.

Mas a história é sempre a mesma, efeitos escuros para combater a tendência de iluminar demasiado a cara e tudo o resto que já está inevitavelmente claro de mais. Mas, em conversa com um fotógrafo, ele disse-me que normalmente as máquinas vêm com um programa que basicamente serve para dizermos à máquina que aquela claridade é o normal, de forma a tentar escurecer as fotos. E eu tive o flash (luzinha da ideia a piscar) de que já tinha visto aquilo quando comprei a máquina e folheei o livro de instruções. Como eu sou amadora!! É nestas coisas que vejo que não basta gostarmos das coisas e termos queda e jeitinho, mas também interessa nos aplicarmos e tentarmos usar todas as funcionalidades que a máquina tem para dar.

Resumindo, depois das piores fotos de sempre, neste concerto, apesar de na máquina me parecerem brilhantes, eu aprendi algumas lições que seguramente vou levar comigo. Prática, empenho, modéstia e persistência são apenas algumas delas.

Então, depois de muita conversa, as fotos seguem regra geral a minha linha, exceptuando duas ou três que fui um bocadinho mais arrojada e saí do tradicional “eu”. Tudo bem que não é nada demais, mas com o tempo eu tenho aprendido também que inovar de vez em quando só serve para melhorarmos certas perspectivas, e foi nesse contexto que eu fiz a edição destas fotos, com a ideia que no futuro, muito provavelmente, mais se seguirão.

No futuro, também penso aventurar-me no Photoshop e editar fotos bem mais diferentes do que tenho feito. Entusiasmada para ver o resultado!! 🙂 Ah e em breve vou fazer uma sessão diferente do que até então fiz! Por isso, de certa forma, até estou motivada a fazer algo diferente e poder mostrar isso aqui! Já chega de concertos né? 🙂

A experiência de viver em Estocolmo, na Suécia! – Capítulo 3

Já muito tenho adiantado sobre a vida em Estocolmo, e no capítulo passado, eu quase toquei em tudo o que é fundamental saber. Mas hoje, decidi falar um bocadinho mais sobre a acomodação e mostrar mais fotos do que é viver em comunidade num meio de estudantes, mas também realçar que existem Hostels muito bons pela cidade. Também a questão do transporte e locomoção pela cidade e país tem um peso importante, até para quem está a chegar à cidade pelos aeroportos. Que decisões tomar?

4. Acomodação, qual a melhor opção?

Este tópico da acomodação eu deixei em pergunta porque realmente depende muito do propósito que o traz à cidade. Se vem visitar por uns dias, vem trabalhar, estudar, se a conta está recheada, ou nem por isso. Existe uma infinidade de opções para todos os gostos, o difícil é decidir (ou até não!!). 🙂

Eu fui na qualidade de estudante-estagiária e mesmo assim tive várias opções de alojamento: podia ter optado por alugar casa de foram independente, ou ficar numa das várias residências de estudantes espalhadas pela cidade. Decidi-me pela opção mais económica, mesmo no meio das várias residências que tinha em cima da mesa.

Mas regra de ouro: quanto mais extras e particularidades tem um determinado alojamento, mais vai pesar na bolsa, e não é só um pouco mais. Como tinha dito no Capítulo do Custo de Vida, Estocolmo é uma cidade cara. Então, o preço do aluguer ou mesmo dos Hotéis/Hostels sobem muito rápido, porque a tendência é já serem caros de base.

Se o interesse é ficar uns dias pela cidade e a bolsa não está rota (ou seja, não quer gastar muito), o ideal é optar por uns Hostels, e eu garanto que eles dão uma experiência super agradável do que é a vida em Estocolmo. Eu vou dar a dica dos Hostels na ilha de Gamla Stan só! E isso tem uma razão de ser! Já que vai pagar por um Hostel, ao menos fique na zona mais central, bonita e badalada, da cidade. Eu garanto que Gamla Stan não vai desiludir, porque constitui o centro histórico da cidade, e está cheia de bares e restaurantes para todos os gostos e estilos. Tem até uma rua dedicada a cada coisa. Tem a praça mais conhecida e fotografada de Estocolmo e até é o principal cartão postal para o mundo. Tudo razões para ficar por aqui! Ah, já ia esquecendo, tem também metro e comboio, óptimo para chegar e sair da cidade sem problemas.

Para quem tem uma maior abertura no que toca a gastar dinheiro, a cidade está cheia de hoteis óptimos espalhados principalmente pelas restantes ilhas. Eu não sei muito acerca deles porque não experimentei nenhum, mas só as marcas já dão para perceber que ali é bom. Então, é só escolher um deles e experimentar. Quase todos estão igualmente bem localizados.

Para quem vem por semanas ou meses trabalhar sugiro alugar quarto ou casa. Aqui a política é partilhar casa com outras pessoas, que vai aumentando o número, consoante aumenta os metros quadrados disponíveis. É esquisito? Ao início talvez, mas com o tempo eu acho fundamental até porque o preço de uma casa é caríssimo e suportar tudo sozinho é tarefa ingrata ou quase impossível. As intenções até podem ser boas, mas depois de muito procurar vai perceber que é muito difícil arranjar algo aceitável, que seja em conta e não partilhado. Por isso, espírito sueco e bola para a frente, sem dramas!

Por último, a minha experiência única. Para quem é estudante, seja de que grau for, eu recomendo vivamente viver numa residência de estudantes. A qualidade delas por aqui depende do dinheiro que se quer pagar, mas no fundo o que vale é o espírito da residência em si. Eu fiquei em Jagargatan e digo: partilhei cozinha, duche, wc, lavandaria, sala de estar, mas também partilhei amigos, festas, convívio, comidas típicas, culturas distintas, brincadeiras e muito mais. Tudo coisas que não tem preço em parte nenhuma do mundo.

5. Locomoção dentro e fora da cidade

Para quem vem por uns dias, o ideal é comprar um passe logo no aeroporto, consoante os dias que vai estar na cidade. O passe não é caro e dá acesso a todos os meios de transporte da cidade: metro, comboio, eléctrico e barco. Tudo ilimitado, para não nos preocuparmos com mais nada durante a estadia aqui.

Mas para quem vem por mais tempo, aí já recomendo a compra de um passe mensal, que difere entre preço estudante e preço normal. A diferença ainda é abismal, já que os estudantes pagam com 50% desconto os já referidos 50€ (mais coisa, menos coisa). Mas, enfim, não há mais nada a fazer, se o interesse é ficar por aqui mais tempo.

O aeroporto principal da cidade é o Arlanda Airport, que tem uma estação de comboios, que vão directos para o centro da cidade (1h de caminho). E agora começa a trafulhice. Supostamente esta rede está incluída no passe que comprámos, mas para quem entra e sai na estação do aeroporto tem de pagar taxa à entrada/saída de 7€. Mesmo com passe. O que eu fazia, quando ia buscar alguém ao aeroporto, ou levar, era sair noutra estação antes, e apanhar um autocarro até ao aeroporto, mas isto torna-se penoso fazer se estamos carregados de malas pesadas, ou para quem está pela primeira vez na cidade.

Então nas vezes que eu ia com a tralha toda atrás, optei sempre por sair na estação do aeroporto e pagar a taxa, porque às vezes o conforto vale mesmo os 7€ e assim não temos de nos chatear tanto. Mas ainda há um expresso, com o nome do aeroporto, que chega bem mais rápido ao centro de Estocolmo. Eu nunca o usei e, garanto, o preço que é não justifica, a não ser que esteja com muuuita pressa.

No dia-a-dia da cidade eu usava muitas vezes o comboio e o metro, que quase se confundem por ambos serem rápidos e eficientes demais. Mas, a verdade, é que por a cidade ser em ilhas, também há um sistema de barcos que transportam de uma ilha para outra. Transporte público mesmo! Eu só usei quando o Carlos esteve de visita porque para o dia-a-dia de trabalho não acho que tivesse sido de todo importante para mim. Mas para quem está de visita acho super engraçado aproveitar que está incluído no passe dos transportes. E assim vai conhecendo as várias ilhas principais da cidade.

Os comboios ditos urbanos ainda têm um mapa de linhas super esticado até à periferia, que dá para visitar os castelos e palácios de verão que não estão no centro da cidade. Mas, se estiver mais tempo e quiser ver um bocadinho mais do país, na Estação Central partem comboios que vão para todas as partes do país. Eu estive quase quase a aproveitar um último fim-de-semana sem trabalho para ir conhecer Gotemburgo, mas depois não fomos porque o preço do comboio subiu bastante. Este é um inconveniente destes comboios, são um pouco caros!