Retrospectiva de 2014 e resoluções para 2015!

Este post já é para mim um orgulho, porque no momento que iniciei esta jornada de blog sempre pensei que não ia resistir muito tempo, ou pelo menos todos estes meses desde Agosto. Mas aqui estou eu com muita coisa já contada e ainda várias surpresas para contar.

Se for fazer contas ao que escrevi, tinha muito que debitar por aqui, mas a verdade é que eu apenas me encontro a mostrar como foram todas as viagens que eu fiz até hoje. Pelo meio fui mostrando alguma coisa que ia fazendo e muita coisa ainda está por mostrar na área das dicas úteis para dia-a-dia.

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Assim, nesta retrospectiva eu vou buscar todos os pontos importantes que fizeram este meu ano de 2014, numa espécie de lembrete do que me falta ainda falar aqui no blog. Sei que as viagens eu falei tudinho mas há coisas importantes que eu vivi e tratei e ainda não falei nem um bocadinho por aqui.

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Então, vamos lá do início do ano de 2014!

O início do ano foi meio atribulado para mim, por muitas razões. Então eu tinha planeado muitas viagens para este ano e nenhuma delas (quase) se concretizou. Agora culpas!!! 🙂 A culpa é da adaptação à vida de casada, a culpa é do trabalho que começou lá em baixo, mas durante o ano evoluiu, a culpa é também do trabalho que o Carlos teve até Maio. Tudo junto deu num jejum prolongado de viagens.

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A meio do ano ambos melhorámos, mas a fome de sair daqui era tanta que preferimos fazer várias viagens de fim-de-semana em Portugal e Espanha, em vez de gastar um pouco mais para fazer algo melhor que isso. Para terminar, tínhamos um mega plano para Dezembro, com férias super toppp!! Mass, mais uma vez os planos foram quebrados pela escritura da nossa casa nova e pelas remodelações e decoração que quisemos fazer. Mas ficou liiinda! 🙂

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Plano geral de frustrações para eu abrir a pestana e não desistir nem baixar os braços! Tínhamos planeado uma viagem em Maio até Bruxelas, com passagem por Bruges, Gant e Amesterdão. Depois pensámos (e tínhamos tudo praticamente planeado, com desistência de última hora) ir à Índia em Novembro. As férias de Dezembro seriam em várias cidades de Marrocos e ainda uma perninha no Natal de Bruxelas. Mas ano que vem eu compenso!!

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O que fiz e o que aconteceu??

Como disse, o ano começou em baixo, mas foi melhorando. Então a primeira viagem foi por Portugal, em Março, e ainda não está no blog – Caldas da Rainha. Fomos aproveitar um fim-de-semana ainda das prendas de casamento e foi resolução de urgência porque o prazo estava a terminar.

Em Maio mudei de trabalho e em Julho evolui nas competências e responsabilidades.

Em Junho acabei de tratar dos papéis para obter a Cédula Profissional Sueca e enviei tudinho. Até hoje ainda me encontro à espera da dita Cédula!!

Ainda em Junho, e parecendo que estava a adivinhar que a cédula iria demorar, inscrevi-me no meu Mestrado em Saúde Tropical e em Outubro começou o grande desafio, que me tem feito super feliz!

De Junho a Julho estive a ter aulas de preparação para os Exames de Cambridge, e ainda fiz o primeiro exame, depois a coisa foi deixada para segundo plano, por causa do mestrado. Mas no próximo Verão eu recomeço. Está prometido para mim mesma!!

Em Agosto, finalmente saímos mesmo daqui e fomos até ao Norte do país, ao Gerês. Já tinha saudades de planear tudo ao pormenor e, de facto, esses posts foram um furor por aqui. Tive ainda alguns amigos que lá foram mais ou menos na mesma altura e então foi engraçado trocarmos experiências de uns para os outros.

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Em Setembro, começámos o mês com a nossa festa de um ano de casados. Não faz sentido pôr post né, mas ainda quis falar disso porque conseguimos reunir 60 pessoas para o nosso jantar, metade dos convidados de casamento (nada mau!!) 🙂

Fim-de-semana seguinte descemos até ao Algarve para ir ter com os meus pais que lá estavam a passar férias desde o início do mês. Estava claro na minha mente que era para visitar as grutas de Lagos e não descansei durante todo o sábado até dar uma olhadela nos cartazes de Quarteira e perceber como íamos fazer isso no dia seguinte. Mas amei mesmo! Experiência a repetir!

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Depois, no outro fim-de-semana (loucos!) fomos até Espanha para ter umas mini-férias cheias de cultura a transbordar por todos os poros. Ou seja, a minha cara totalmente! 🙂 Primeira paragem foi Mérida, onde ainda ficámos mais uma noite até seguir para Cáceres. Não há uma cidade que tenha ganho em relação à outra. Adorei ambas e para quem gosta de cultura romana estas cidades são visita obrigatória porque ainda conseguem preservar muito bem a grande maioria das construções. E ficam perto uma da outra! Excelente para um programa de fim-de-semana.

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Sem ter a ver com viagem, mas importante recordar, foi o início da minha faceta, por descobrir, de decoradora. Em Dezembro começámos as remodelações e decoração da casa nova e eu aprendi que afinal tenho dedinho para a coisa. Até o Carlos andava entusiasmado a comprar velinhas no IKEA (pasmei!). 🙂

E ainda!! Para terminar o ano, eu ofereci ao Carlos, de prenda de Natal, uma viagem a Londres. Portanto começaram os preparativos, e por esta altura eu já conheço aquela cidade como a palma da mão (bem, nem tanto assim). 🙂

O que me espera no ano de 2015??

Em primeiro lugar, eu acho assustador planear um ano inteiro, principalmente porque eu tinha imensos planos para 2014 e acabaram por sair ao lado no que toca a viagens. Mas vou abrir uma excepção, principalmente porque há certas coisas que vou mesmo fazer, de certeza quase absoluta.

Em Janeiro, vou abrir o ano com a viagem a Londres. E esta viagem está a ser tão especial de planear porque já não tínhamos um miminho destes desde a nossa lua-de-mel. E também porque eu sei que o Carlos vai adorar. Ele vibra bem mais com Londres do que eu, e esta prenda era dele mais do que minha!!

Depois em Março vamos tirar um fim-de-semana a aproveitar as minhas férias da Páscoa na faculdade, para irmos até Sintra. É uma cidade que eu quero muito conhecer melhor porque, apesar de ser bem pertinho, muitas vezes fica fora de mão lá ir de propósito e ela é tão linda e cheia de coisas interessantes para ver.

No fim-de-semana prolongado de Maio vamos aproveitar para subir até ao Douro e passar uns dias dedicados à nossa outra paixão, as adegas e quintas de produção de vinho. Neste caso, tenho que confessar que a tarefa de escolher quais as mais bonitas e com história, serão as escolhidas, não vai ser fácil. Mas ainda tenho tempo.

Depois o Verão é sempre uma incógnita porque tenho de esperar até à última para perceber qual o plano de trabalho do Carlos (trabalha como piquete nos meses de Verão), para marcar alguma coisa. Que será sempre só um fim-de-semana que ele não esteja a trabalhar.

No início de Setembro vamos até Moçambique para a inauguração de uma igreja que andamos a seguir e apoiar desde há uns anos para cá. Então vai ser aliado com as nossas férias grandes, onde eu já ando a fazer umas pesquisas para aproveitar bem estes dias por lá.

Como eu tenho, entretanto, a minha tese para fazer, e eu quero muito fazê-la em África, o mais provável é eu aproveitar o restante mês e mais umas semanas (incógnita!) para ficar por lá a trabalhar, antes de voltar para Portugal. Como a África do Sul é já ali, talvez dê lá um pulinho também, dependendo se estiver acompanhada ou não.

Por agendar no calendário está a viagem com os meus pais a Gran Canária, que só vamos conseguir marcar depois de eu saber ao certo quanto tempo vou levar em Moçambique a fazer a minha tese. O mais provável é ser no início de Novembro.

Para terminar o ano quero marcar (desta vez tem de ser) a viagem a Bruxelas para ver os mercados de Natal. Este ano o Carlos também ficou com a sensação de que gostava de ver algo mais autêntico do que o do Campo Pequeno, então devemos começar ano que vem.

E pronto! Resta-me desejar que tudo corra bem, sem percalços! 🙂

O centro da cidade de Estocolmo

O centro da cidade de Estocolmo está numa grande ilha, delimitado por outras zonas menos turísticas ou assim assim, como Kungsholmen, Ostermalm e Vasastaden. Aqui o género de construções já são diferentes do habitual antigo e pitoresco, prórprio de Gamla Stan, mas continua a ser um centro cultural da cidade.

Enquanto que Gamla é usado para passeios tradicionais, onde o importante é ver mercadinhos de rua, lojas extravagantes e diferentes, aqui já vemos o centro comercial, com lojas mais típicas do padrão Europeu, grandes avenidas, etc…

É também aqui que se reúnem os jovens da cidade e onde são feitas algumas manifestações, sempre acompanhados de eventos aqui e acolá, mas mais intensificados na grande praça de Kungstadgarden, onde cada fim-de-semana há uma novidade qualquer que faz valer a pena a passagem.

Eu raramente conferia os eventos que estavam a decorrer aqui, mas sempre que lá passava me surpreendia com qualquer coisa. E há sempre para todos os gostos. Há ali uma semana em Maio que as árvores de Kungstadgarden decidem florir, e aí é a histeria completa. Tudo porque isto é um evento super exclusivo, daqueles que só acontecem uma vez no ano e dura poucos dias, porque as florinhas cor-de-rosa vão caindo até já não restar mais nada até ao ano seguinte.

O Carlos deu uma sorte daquelas e eu nem sabia. Nada planeado mesmo!! Quando eu o levei a conhecer Kungstadgarden no fim-de-semana que ele me visitou qual não é o meu espanto ao ver que estava tudo florido. Então ainda deu para captar umas fotos bem engraçadas do sítio.

Esta zona aqui também recebe um ringue de patinagem no gelo, durante o Inverno, que eu super recomendo para termos uma ideia de como os suecos se divertem e, sobretudo, como eles são bons a darem-nos uma coça. Para além disso eu ainda assisti a um feirinha de cães de estimação, para promover e incentivar a adopção de cães em vez do abandono, ainda vi alguns concertos de artistas suecos, mas vale a intenção, e também uma feira medieval super gira que eu adorei.

Foi nesta feira que eu dei cabo do meu dente e ainda tive de visitar um dentista antes de voltar para Portugal. Mas nada mais simples, depois conto a história.

Na feirinha medieval havia as nozes caramelizadas quentinhas que eram a minha perdição, tecidos à venda, velharias, ratos a viver em palácios, etc etc… Tudo e mais um par de botas que criavam um ambiente super medieval mesmo no centro da cidade, mas que não destoava em nada com a cultura sueca. Eles são mesmo aquilo, sem tirar nem pôr.

Aqui em Kungstadgarden o ideal é mesmo não fazer planos e passar por aqui. É certo que vai ser surpreendido de certeza com qualquer evento. E depois é só dar uma olhadela. Mas até não é difícil passar por aqui, porque fica mesmo em frente do palácio real, para quem estiver a vir de Gamla Stan, ou como ponto de passagem entre o T-Centralen e Djugarden, por exemplo.

Então, o T-Centralen é a estação de metro central e o Stockholm Central é a estação de comboios central. Daqui partem os comboios para todo o país e ainda os que vão para a periferia da cidade. A estação de metro também é super central e ponto de encontro de todas as linhas de metro da cidade. Ou seja, é o centro dos centros!!

Daqui eu frequentemente apanhava o eléctrico, que está na praça Sergelstorg, também conhecida pela escultura no centro e a Casa da Cultura, e percorria aquela avenida sempre à beira rio até à ilha de Djugarden, que também tem coisas imperdíveis. Ali pelo meio caminho vai passar por vários shopings interessantes, pelo lado norte de Kungstadgarden e depois Kungliga Dramatiska Teatern, que eu visitei na Noite da Cultura. Daí, entra-se na zona de Ostermalm para percorrer a avenida sempre junto ao rio, até Djugarden.

Falando um pouco mais acerca da praça onde está a Casa da Cultura. É nesta zona que se pode fazer umas compras em lojas mais conhecidas, como a zara, H&M (que é marca sueca!), Acessorize, entre outras multinacionais europeias. Isto tudo ao longo de uma longa avenida para pedestres, que parte da praça do T-centralen.

A Casa da Cultura também é ela própria um marco importante. Tem vários pisos, cada um com uma importância prótpria. Para generalizar um pouco, aqui está uma biblioteca enorme no último piso, restaurantes e cafés, um mapa interactivo de Estocolmo (género maqueta) no rés-do-chão, ponto de turismo, papelaria de jornais e revistas e ainda vários espectáculos e compra de ingressos são feitos aqui. Tudo muito cultural!

Pertinho de Kungstagarden também está a Kungliga Operan, uma Casa de Ópera, onde eu ainda fui ver um ballet, a poucas semanas de voltar definitivamente para Portugal. E adorei! Post mais à frente sobre a Ópera!

Londres – como montar um roteiro low-cost e o que incluir nele?

Próximo destino – Londres!!! Para quebrar o jejum prolongado de viagens eu decidi oferecer ao Carlos, pelo Natal, uma bela viagem a Londres. Foi tudo muito low-cost, e a intenção é ver o máximo sem pagar balúrdios. A vida em Londres é cara e da pesquisa que já fiz para montar roteiro, deu para perceber que há certos lugares que são bem pagos.

Por exemplo, as igrejas e certos museus mais ligados à realeza são pagos e também alguns prédios que permitem ver a vista de Londres de lá de ciiiima, género Shard, são também bem caros. Então eu acho que o desafio foi mesmo encontrar coisas turísticas grátis e montar um roteiro.

Claro que as compras na altura vão existir, e por essa razão também, decidimos fazer tudo pelo grátis. Assim não vamos barafustar muito na altura de comprar coisinhas para trazer de lembrança. Também a altura do ano (Janeiro) é propícia a arranjar tudo em promoções. Assim, também se poupa algumas libras no final da viagem.

Primeiro que tudo, a época do ano resumiu-se com o que era mais vantajoso e não com o programa especial que vai estar a bombar na altura. Se fosse planeado teria preferido a época do Natal, que é cheia de programações especiais, ou então o Verão, quando o calor ajuda o passeio. Mas, em vez disso, joguei com as datas e preços de avião até conseguir uma óptima oferta. E aqui vamos nós!!

Neste post vou mostrar um bocadinho do que deve ser tomado em consideração quando se monta um roteiro low-cost para visitar Londres, no mínimo 3 dias. Já é muito razoável, e é o que vou fazer. Ou seja, que atracções turísticas devem ser incluídas, porquê, e tudo na base do grátis, claro!

Museus:

Os Museus em Londres são todos grátis (ainda bem!!!!) e tem vários interessantes e conhecidos, cada um a dedicar-se a certas áreas que nos podem interessar mais que outras. Ou seja, a dica vai para que os Museus não sejam deixados de fora, mas que se faça uma selecção daqueles que realmente são importantes para nós.

Eu, por exemplo, não sou apreciadora de arte moderna. Detesto mesmo! Então achei um desperdício de tempo estar a incluir o Tate Modern no roteiro, se eu sei que não vou apreciar o que vou ver. Vou acabar por andar a correr lá dentro, só para dizer que lá estive, mas sempre com a sensação de que estou a roubar tempo a outros museus que gostaria muito mais de estar a ver.

O British Museum, National Gallery e Museu de História Natural são de longe os museus que mais me fascinam e sei de certeza absoluta que vou amar dar uma vistinha de olhos neles. Então, com certeza que vão estar incluídos no roteiro!

Mercados de rua:

Foram embora os mercados de Natal mas não foram embora os restantes de rua. Eles estão em várias zonas da cidade e o difícil vai ser fugir de algum deles. Porque o nosso roteiro vai, inevitavelmente incluir uma passagem por uma zona qualquer onde lá estão eles.

Uns são mais conhecidos que outros, e há até, aqueles que estão incluídos numa estrutura super gira e fofa, que combina e muito com a zona da cidade onde ele está localizado. Sim, cada zona tem a sua própria arquitectura e estilo. Alguns mercados então, são mesmo típicos e diferentes, como é o caso do Camden Market, na zona de Camden, como o próprio nome indica.

Se a zona já é maluca por natureza e super diferente da restante Londres, então o que dizer do mercado!?! Muito importante referir que estes mercados têm dias da semana específicos e também um horário próprio. O mais natural é estarem a bombar durante o fim-de-semana, mas o bom destes mercados é que também existem durante a semana. O importante é mesmo conferir dias e horários na hora de decidir e montar o roteiro.

Westminster:

Como o nome já vem anunciando, é nesta zona que se vai encontrar quase tudo o que é turístico e que faz parte de todo o cartão postal da cidade. Não há volta a dar, a passagem por aqui é obrigatória, sem dúvida alguma. Então, só para deixar um aviso, é nesta zona que está o Parlamento, com o ultra famoso Big Ben, a Abadia e Catedral de Westminster, o Palácio de Buckingham e o Museu National Gallery.

Mas fora os edifícios conhecidos e que já foram considerados Património Mundial, também podemos apreciar os jardins que são grátis. Na categoria de jardim, está o famoso Hyde Park, mas também estão outros jardins reais, como o Green Park e St. James Park, este último mesmo junto ao Palácio de Buckingham.

Então, esta é quase a zona principal, onde temos paragem obrigatória. Se a cerimónia de troca de guarda também estiver nos seus planos, é aqui nesta zona, em frente ao palácio, que poderá ver.

SouthBank:

Esta zona é a orla costeira da parte sul do rio Tamisa, que cruza o centro de Londres de uma ponta à outra. Apesar de serem poucas as atracções super turísticas desde a London Bridge até ao London Eye, a verdade é que em resenhas de bloggers, eu sempre encontro motivos mais que suficientes para visitar e percorrer o SouthBank de uma ponta à outra.

Para quem está numa de visitar o Tate Modern, também é aqui que poderá encontrá-lo, bem como o Shard, a nova construção nas alturas de Londres. Esta última a pagar, como falei à pouco.

Mas o que o StouthBank tem de bom é o passeio mesmo, ou seja, a melhor forma de conhecer a cidade é mesmo andar a pé. Não é uma longa caminhada e assim ficamos a conhecer as melhores paisagens da cidade, numa zona muito popular, mesmo junto ao rio. Só tenho pena do mercado de Natal do SouthBank já ter terminado, quando chegar!

Compras:

Tópico não tão grátis assim :), mas vale pela intenção! Afinal ver as montras e conhecer o que está na moda não custa libra nenhuma! O pior é resistir! Mas há que pensar pela positiva. Nesta altura de Janeiro é quando os saldos tão aí em força. Então nada melhor que trazer umas comprinhas.

Eu não queria incluir muito tempo da estadia para compras, porque até nem é esse o intuito. Mas é daquelas coisas que tem de haver um pedacinho lá, senão como é que eu vou dizer que lá estive se não viver um pouco do centro das compras? Então, que locais podem e devem fazer parte de um giro no nosso roteiro?

Estou a lembrar-me de Picadilly Circus, assim de repente, porque é cara chapada que vamos passar por lá. Depois também há a zona da praça de Covent Garden, onde já li que é a área dos outlets! E outlets é comigo!! Depois, paragem obrigatória é a Harrods! É a versão londrina, ou ainda mais sofisticada das Galerias Lafayete de Paris, com uma zona de Natal já criada e que funciona todo o ano. Minha última hipótese de ver um cheirinho do Natal de Londres é aqui.

Depois, centro das lojas e shopping é Oxford Circus, mas aí eu ainda não sei se vou dar um giro ou não. Vai depender do tempo que sobrar do restante roteiro. Aqui fica a Selfridges, só para constar!! Então, não é que eu precise, mas se der, porque não?

Zonas de Londres:

Londres está dividido em 10 zonas, todas muito diferentes e únicas, à sua maneira. Então o truque é não focar em uma ou duas, mas sim tentar captar um pouquinho do máximo possível. Ah para quê ir ali àquela zona, se o nome não me diz grande coisa? Se calhar, até vai acabar por se surpreender no fim, pela sua particularidade que ainda não tínhamos visto em Londres, antes!

Londres é muito multicultural, então estas zonas todas só mostram isso, o quão diferentes conseguem ser umas das outras. Cabe a nós aproveitarmos da melhor maneira e darmos um tempinho do nosso roteiro para visitar o máximo possível. Visitar e passear não custa nada!! Nem uma libra!!

Museu de Estocolmo Medieval, em Gamla Stan, e Museu do Estado, em Slussen!

Como já disse aqui nos posts da Suécia, o que não falta em Estocolmo são museus de tudo e mais alguma coisa, a maioria não tão interessantes assim. Mas eu lembro-me que num daqueles dias culturais eu estava super entusiasmada em conhecer um pouco mais da história daquele país, principalmente da cidade, desde o início.

E nada melhor para perceber tudo isso que visitar o Museu de Estocolmo Medieval. Estava muito entusiasmada em visitar e confesso que foi dos poucos que não desiludiu totalmente. E isto porquê? porque eles são realmente muito bons a recriar personagens reais e espaços físicos envolventes.

Então dentro deste museu nós pudemos apreciar um bocadinho da muralha original da cidade e por detrás dela estava um bocadinho de uma aldeia. Tudo isto podia estar bem melhor caracterizado a céu aberto mas pronto. o que conta é a intenção.

Então com isto tudo conseguimos perceber como era as construções mesmo nestes países longínquos, há muitos anos atrás, o que as pessoas faziam, quais as suas tarefas diárias, quais as profissões. E depois dentro disso havia casas a condizer com cada estrato da sociedade e sua profissão.

mas está mesmo bem feito, envolto em alguma penumbra, com escadas para o primeiro piso em algumas casas. depois em volta estão excertos de outros estratos da sociedade, como por exemplo a realeza, os pescadores, etc…

Então, dava para ver o arco da muralha que dava acesso ao castelo da realeza, juntamente com a sua capela e traços característicos. Tudo muito mais ornamentado e pomposo.

Depois na parte dos pescadores tinha mesmo os utensílios que eles usavam no seu dia-a-dia, onde guardavam as redes, etc. Ainda tinha outras profissões importantes no conjunto da formação de uma sociedade, todas elas muito bem caracterizadas ali.

Ah e os divertimentos, não esquecer! Como em toda a sociedade, os tempos livres são passados a fazer diversas actividades, que dá para ter uma ideia pelos sons e recriação que foi feita em certas zonas das casinhas.

Para complementar este museu, há um outro, o da Cidade, que fala sobre a actualidade do país. Tudo o que foi abordado no Museu Medieval, mas agora transposto para a era moderna. E o engraçado é que o Museu está mesmo feito para nós vivermos o que o povo da cidade vive.

Ou seja, por mais parecidas que sejam as sociedades de hoje em dia, a verdade é que todas temos as nossas diferenças e até achamos piada em estar a adivinhar e perceber que diferenças são essas. E a Suécia é de facto uma sociedade diferente. Não importa se é para melhor ou pior, porque alguns aspectos são para melhor outros para pior, inevitavelmente.

Então, eu diverti-me muito na sala de aulas sueca, por exemplo. Estava lá uma menina sueca que até estava admirada comigo. Mas eu vibrava óbvio, porque não só faz recordar os tempos que já lá vão, como também dá para perceber que afinal não somos assim tão diferentes, ou até somos nalguns aspectos. Confusos? 🙂

Se vale a pena visitar estes museus? É  assim, se calhar para o comum visitante da cidade é desperdício de tempo estar a visitar museus como estes, mas se por acaso estiver mais uns dias pela cidade então aí eu aconselho a ver. Claro que o mais giro vai ser o de Estocolmo Medieval, mas como o bilhete é conjunto para os dois museus, então vale a pena dar uma saltada à zona de Slussen para ver um bocadinho da era moderna da cidade. e este último museu é super interactivo, apesar de não tãããão interessante.

E já que está por Slussen, pode sempre aproveitar para dar umas voltas por ali, que é uma área bonita, com vista para Gamla Stan e também para o City Hall, do outro lado. 🙂

Palácio Real e Storkyrkan

A história da Suécia ainda passa pela realeza, e a verdade é que a tradição está tão intrínseca desde sempre que não é difícil encontrar vestígios de palácios e castelos bem perto de Estocolmo. Eles estão por todo o lado! Mesmo no centro da cidade, na ilha de Gamla Stan, está o Palácio Real, que no fundo, está constituído por outros museus nas suas instalações, toda a volta.

Então, não só o Palácio pode ser visto de dentro, como também o Tesouro Público, o Armeiro Real, o Museu de Antiguidades e o Museu da Moeda. Os três primeiros foram vistos na mesma altura, mas infelizmente há muito poucas fotos porque é proibido tirar fotos no recinto dos museus.

Em relação ao Museu de Antiguidades eu não vi e o da Moeda eu aproveitei para passar por lá na Noite da Cultura, mais pertinho do Verão. Então eu vou dedicar um post inteirinho só para os Museus que eu visitei nessa noite e como aproveitar da melhor maneira possível.

Voltando ao Palácio. Na altura que eu fui era Inverno ainda e, consequentemente, a maior parte das salas estavam fechadas ao público. Depois, em Maio, voltei lá para mostrar a cerimónia de troca de guardas ao Carlos. A maré de turistas já era bem maior, mas eu não achei que valesse a pena pagar novamente para ver o Palácio. A verdade é que o bilhete devia ter diferença de preço quando não temos as salas todas disponíveis, mas isto infelizmente não acontece. Então, a melhor altura para visitar o palácio é mesmo o Verão, a não ser que realmente ache que vale a pena.

O palácio já foi outrora residência oficial dos reis da Suécia, por altura do séc. XIV, tendo sido acabado de construir no século antes. Como quase tudo na Suécia, o palácio original ardeu, então coube aos reis Vasa reconstruirem tudo, ficando o produto final com uma arquitectura renascentista.

Outra curiosidade é o nome Vasa! TODOS os reis do antigamenet eram Vasa e às tantas a gente até se confunde nos museus porque está sempre a falar no Vasa isto a estátua do Vasa ali, a roupa do Vasa acolá. Mas são sempre diferentes, sempre reis de épocas diferentes, todos Vasa. Às tantas, a malta habitua-se. Mas faltou a originalidade, claro.

O Palácio é a cara do povo sueco, num ambiente citadino! Nada de grandes enfeites nem decorações. Tudo bem que o exterior é diferente do interior, mas mesmo assim o exterior não tem nada a ver com os habituais palácios que estamos habituados a ver noutros países da Europa. Este é mais funcional, talvez e não tanto romântico de contos de fada. Mas, na verdade, é assim mesmo que este povo é. Então, é a cara deles, sem destoar.

As salas no interior, daquilo que vi, são todas muito requintadas e trabalhadas, mas mais uma vez com o toque de normalidade habitual dos Suecos. Na altura que fui a princesa tinha nascido, então havia uma exposição com artigos infantis da realeza muito fofos, no rés-do-chão.

Actualmente, os reis têm os seus escritórios no palácio, apesar de já não habitarem aqui. Então, é aqui que se realizam as audiências com os dignitários visitantes e também as cerimónias oficiais. Por essa razão, de vez em quando o palácio pode fechar, aquando de alguma cerimónia oficial que vá ter lugar aqui.

A Storkyrkan é a catedral mais velhinha de Estocolmo, com 700 anos, e as suas raízes estão muito envolvidas com a realeza, não fosse ela estar mesmo ao lado do palácio real e ser utilizada em cerimónias reais.

Tem um interior gótico, cheio de pormenores importantes que contam a história da igreja desde os seus primórdios, quando foi construída como uma pequenina igreja de aldeia. Com o tempo foi sofrendo alterações e ampliações até aos dias de hoje. A igreja Luterana, muito difundida por toda a Suécia, também foi daqui que se expandiu, pela mão do reformador sueco Olaus Petri.

Algumas obras importantes da igreja é o altar de prata que é impressionante. Raramente se vê um altar em prata numa igreja e dá um toque tão diferente e único, que vale a pena as fotos. Também a torre se pode ver de longe e rende fotos muito bonitas porque é um complemento à fachada simples da igreja.

Museu Alfred Nobel

A minha experiência em museus de Estocolmo é péssima. Eu regra geral adoro museus e não passo uma visita a qualquer cidade sem que toneladas de museus estejam na lista. Impensável eu deixar para depois o Museu do Louvre, por aí adiante. Pelo menos depois de ter falhado todos os de Madrid por causa do pessoal não estar nem um bocadinho numa de experimentar.

Então eu cheguei a Estocolmo super entusiasmada para ver tudo e conhecer TUDO! Só que, junto a mim, tinha a minha colega de estudo/trabalho que não estava nem um bocadinho entusiasmada para me acompanhar. Mas e a quantidade de museu disto e daquilo na cidade!!! Meu Deus, foi a minha perdição. Então um a um fui tentando convencê-la a me acompanhar em museus e a coisa só dava para o torto.

Os museus em Estocolmo são bem pagos e, na grande maioria das vezes não valem o dinheiro que estamos a dar. Então, inúmeras vezes eu própria me desiludi com o que estava a ver. Muitas vezes o prédio em si era bem mais agradável que o seu interior. E isto repetiu-se muita vez, até ser muito complicado continuar a arrastar a minha colega.

Mas, ainda assim, havia um dia por semana, em que alguns museus da cidade eram grátis. Então, num destes dias eu decidi que seria óptimo irmos ver o Museu Alfred Nobel, em Gamla Stan, mesmo naquela praça fofinha que eu já falei aqui em alguns posts, a Stortorget.

E porque é que eu estava empolgada? Porque aquela amiga de Santarém que eu conheci em Estocolmo, já lá tinha ido e aprovou. Disse mesmo que era um dos melhores museus da cidade. Oh, então se era um dos melhores eu não podia perder! Errado!

Apesar de ter ido achei uma seca daquelas mesmo fortes! E porquê? Porque, aparentemente, o interessante do museu está em saber todas as histórias relacionadas com a génese da atribuição do prémio, como ele surgiu, quem o tem recebido e porquê. Ou seja, tudo informações que só um guia pode transmitir. E eu estava sem guia, porque o dia era grátis!

Então, estou até hoje com a sensação que devo ter perdido o melhor daquele museu e nem me apercebi quando lá estive. Então o museu é bem pequenino e condensado e a primeira vista parece que não vai dar nada de interessante.

Mas para quem estiver com guia ele vai explicar tudinho que lá está em formato condensado. Ou seja, vai explicar os quadros interactivos onde está a evolução do prémio desde a sua origem, até quem o recebeu e porquê, que trabalho foi desenvolvido por cada um deles.

No tecto estão sempre a correr umas fichas com a foto e descrição de todos os que já foram premiados, e então é sempre giro estar ali a olhar para o alto à espera que apareça alguém conhecido. Na sala do fundo também estão alguns objectos pessoais de pessoas que ganharam o prémio, e alguns deles estão mesmo relacionados com os trabalhos que cada um desenvolveu e que lhes valeu o reconhecimento.

No átrio da entrada também estão, no chão, as várias áreas em que o prémio é atribuído e além disto tudo, eu penso que a explicação do porquê de tudo isto surgir, deve ser muuuito interessante de ouvir. Isto porque em todo o lado de Estocolmo, e calculo que não só na cidade, estão ruas com o nome do senhor que deu origem ao prémio, Alfred Nobel. E, daí o museu também se chamar como ele.

Então só por aqui dá para ver a importância que dão ao senhor e ao trabalho que ele fez. Os prémios são atribuídos todos os anos no City Hall da cidade de Estocolmo e daí este museu estar também aqui. Mais informações sobre o City Hall mostro depois, até porque estive aqui logo no início da minha chegada à cidade.

Ainda no museu Alfred Nobel está um bar que tem um segredo escondido debaixo das cadeiras, a assinatura de todos os prémios nobel. Então eu acho muito giro escolher uma cadeira para sentar e depois ir ver quem nos calhou na rifa. também é engraçado tentar encontrar alguém conhecido, como Einstein, por exemplo. Fica a dica! 🙂

Cruzeiros na Escandinávia: Rota Estocolmo-Helsínquia

Em primeiro lugar importa referir que não é um cruzeiro luxo como se poderia esperar dado o nome. Mas, para quem nunca tinha dado o gosto de viajar em cruzeiro, digo que me surpreendeu pela positiva e já valeu como primeira experiência. Claro que, dado ser tão corriqueiro entre os estudantes lá da residência, era quase impossível escapar de fazer pelo menos uma viagem.

A moda é alugar as cabines mais baratuchas, que têm 4 camas, e dormir todos juntos (4) na mesma cabine. O meu plano inicial era dormirmos 3 na cabine, mas depois como tinha falado no outro post, a minha colega de Santarém perdeu o barco, então fomos só duas. Mas mesmo assim, eu adorei tudo e só paguei 20€, porque o preço final da cabine era 40€.

Só abrimos as duas camas de baixo dos beliches e foi preferível porque o sítio é realmente apertado para mais do que 2 pessoas. A cabine é apertada e eu não sei como alguém é capaz de subir para as camas de cima sinceramente. Pelo menos a tarefa para mim era impossível. Sou demasiado pequena para isso.

Então só abrimos uma cama de cima na hora de irmos deitar, para podermos pôr as tralhas todos lá em cima, sem esturvar o pouco espaço livre que nos sobrava. A casa de banho também é uma anedota porque não é muito maior que a de um avião. Então já estão a ver o filme.

O melhor mesmo é o espírito deste tipo de cruzeiro, e com malta nova e estudante, então ainda melhor. Eu não fui num grupo grande mas mesmo assim já foi uma experiência super top. Dentro do cruzeiro basicamente há tudo o que há num cruzeiro normal, só que não em larga escala. Também as tarifas são próprias de uma zona escandinava, então pronto, não dá para grandes voos. mesmo assim ainda aproveitámos bem, juntamente com as nossas botas de neve (cara de pau, nem sequer tínhamos pensado no pormenor do dress code).

Sim, com a azáfama da neve nem nos lembrámos que o ambiente seria de luxo qb neste tipo de sítios e então lá fomos nós curtir a noite com botinha de neve e casacão de neve. Claro que passámos vergonha, mas não acredito que a maior parte dos que nos rodeavam tenha percebido porque a bebida ali faz efeito muito rápido! Mesmoo!

Então fomos dar umas voltas pelo cruzeiro e amámos cada pedacinho. Apanhámos também a passagem de dia para noite, com pôr-do-sol, duas vezes na viagem, então adorámos percorrer todos os recantos com janelas e varanda para tirar muitas fotos.

Andei por todo o lado, e depois de escurecer andámos pelos corredores, fomos à sauna, demos um pulo à zona de restaurantes para jantarmos quais ladys e ainda fomos para a zona do casino/bar/sala de espectáculo (tudo junto), para observar o movimento e nos divertirmos com o show tipo cabaret.

Na noite seguinte demos também um pulo à discoteca, mas o ambiente estava tão parado que fomos novamente parar na sala de espectáculo. Vimos o mesmo espectáculo novamente mas não há problema porque as pessoas são sempre diferentes e a animação que se segue também depende do tipo de pessoas que está a assistir.

Comprar os bilhetes é muito fácil. O bilhete Suécia-Finlândia é comprado no site da Viking, que é a companhia de cruzeiros que faz esta travessia. Mas há outras travessias que se podem fazer entre os países banhados pelo Mar Báltico. Eu tinha ideia de visitar também a Estónia, por exemplo, mas depois fomos embora nas férias da Páscoa e já não fomos a mais nenhum país dali.

Isto porque os preços são variáveis consoante a altura do ano. Quanto mais próximo estiver da Primavera/Verão mais caras começam a ser as cabines e aí já pode não compensar fazer o cruzeiro. Depende muito e o ideal é pesquisar bem no site de cada companhia de cruzeiro, que eles chamam ferry.

O ideal é mesmo ir à página da companhia e escolher a travessia e a data pretendida. Depois é só jogar nas datas para encontrar o que mais convém. A travessia mais barata na altura que comprei foi mesmo esta da Suécia-Finlândia, talvez porque Helsínquia não é um destino muito turístico, mas mais uma entrada conveniente no país.

Os portos de embarque podem não ser totalmente fáceis de identificar, é preciso, na altura da compra, estar bem atento ao porto de embarque que vem na página da internet.  Chegar 30 minutos antes também é uma óptima ajuda para tentar encontrar o sítio certo e para andar muito, se não se encontrar à primeira. O porto da Viking em Estocolmo é o mais afastado de todos, para quem sai no metro, então ainda se anda bastante até lá chegar.

Helsínquia no clima de Inverno!

A viagem foi feita em Fevereiro e, pelas fotos dá bem para ver o clima de Inverno, que eu falo no título. Foi uma viagem de fim-de-semana, para comemorar a saída do primeiro estágio, com a avaliação final, e a entrada no estágio seguinte. Estávamos quase quase de partida para Portugal, celebrar a Páscoa com a famelga, e ainda estávamos sem responsabilidades nenhumas de relatório e afins.

Então a viagem foi pensada pensada, mas só na própria Sexta, horas antes de sair de Estocolmo, é que eu comprei os bilhetes e fomos as duas, porque o terceiro elemento, a tal amiga de Santarém que conheci em Estocolmo, atrasou-se nos transportes e perdeu o barco.

Foi a minha primeiríssima experiência de cruzeiro também e de viagem maluca, sem qualquer tipo de planeamento. Até aqui eu sempre planeava tudo até ao mais ínfimo pormenor, e conhecia sempre a cidade de todos os ângulos. Pois, mas a viagem à Finlândia veio mudar tudo isso e mostrar que em poucas horas se monta um roteiro e sai tudo certinho, como se tivesse demorado horas a planear.

Na realidade eu continuo um pouco céptica quando se trata de ir para uma cidade muito turística, onde há muita coisa para ver e um roteiro faz sempre a diferença. Por mais simples que seja! Mas isso são assuntos para próximos posts! 🙂

Assim que o cruzeiro atracou nós saímos logo cedinho para usufruir do único dia que tínhamos em Helsínquia. Se foi pouco? Nada disso! Eu acho que Helsínquia está naquela lista de cidade que vi e está vista. Não há nada de novo que possa oferecer. E um dia pela cidade dá perfeitamente para visitar tudo o que de melhor ela tem para dar. Claro que não vi tuuudo, mas vi o essencial e que melhor representa a cultura do país, sem dúvida.

Então começámos o dia pela praça principal da cidade, mesmo junto ao mar. Estava lá um mercado super giro cheio de coisas tradicionais próprias da Escandinávia. Era desde os chapéus russos, até às bugigangas que os turistas adoram, mais cachecóis e gorros, comida quentinha para aquecer do frio. E muito mais! Demos uma volta por ali e depois ao final da tarde ainda deu para tirar mais umas fotos engraçadas com os barretes e também para comprar as nossas lembranças.

Mas a primeira paragem turística foi mesmo a Catedral Ortodoxa Uspenski Cathedral, que fica mesmo no alto do monte. Com o ar de Inverno ela está rodeada de neve, então dá um certo clima interesante, assim como visitar qualquer outra cidade/monumento nestas circunstâncias.

A subida para aqui foi super engraçada porque fomos justamente pelo caminho mais íngreme, cheio de neve e gelo. Ainda tive de ir ajudar outro rapaz, que teve a mesma infeliz ideia, porque ele estava prestes a escaqueirar-se lá em baixo, na estrada. 😀

Daqui até à Catedral Luterana, toda branquinha, vai um pulinho. Ela está também no alto, logo ao lado da outra Catedral, mas desta vez tem uma escadaria em frente para quem a quiser visitar por dentro. Desta vez não fomos ver a Catedral por dentro e ficámos mesmo ali pela praça enorme a ver os turistas que iam chegando. Até que nos enfiámos numa loja que tinha umas lembranças bem engraçadas e foi a nossa perdição.

Daqui começámos a subir a praça central, e depois no final virámos à direita para começar a subir a grande avenida que está cheia de coisinhas interessantes. Logo ali está o Museu Kiasma, que tem umas exposições interessantes de arte moderna. Claro que não é nada muito conhecido, nem foi ponto de paragem para mim, mas quem estiver com mais tempo e seja interessado no tema, sempre pode dar uma espreitadela.

Daqui para a frente é tudo também pertinho umas coisas das outras. O Parlamento está logo ali e de seguida o Museu Nacional também. Quanto ao Parlamento as visitas são sempre aquela complicação e Museus Nacionais eu já vinha escaldada com o de Estocolmo então achámos que era melhor seguir em frente. Eu depois mostro o de Estocolmo e vão-me dar razão, garanto!

Dali até à próxima igreja não é longe, mas o caminho é por ruas e mais ruas. Então ainda deu para pararmos em algumas lojas e também tirarmos fotos no meio dos prédios, onde a neve é mais abundante por causa de estar sempre à sombra. A igreja que está mesmo no meio das casas pode não ser aquele ponto turístico, nem me lembro já do nome dela, mas que é a mais diferente que vi até agora, isso é!!!

A igreja está construída na rocha mesmo, com umas janelas no topo para entrar a luz. Então, sem imagens já dá para ter uma ideia de como ela é por dentro. Apesar de que por fora parece que nos vamos enfiar numa gruta mega artificial, a verdade é que o interior é muito interessante e tem uma acústica óptima!

Daqui voltámos para a praça central, onde lanchámos num café tão sofisticado que pedia 7€ por uma fatia de bolo. É daquelas praças que são zona chique da cidade, ponto alto, onde todos os turistas devem ter paragem obrigatória, muito por causa dos cruzeiros pararem aqui. Então eles aproveitam-se e bem, mesmo dos pobres – nós!!

Já no final de tarde fomos até ao jardim que está na margem oposta onde o nosso barco atracou e daqui captámos umas fotos bem engraçadas, tanto do cruzeiro, como das igrejas que tínhamos visitado de manhã. Também andámos até às traseiras da Catedral Ortodoxa, e deparámo-nos com uma enorme zona de rio, completamente congelado, onde as pessoas andavam por cima a esquiar, outras a correr, crianças a brincar, etc..

E então não resistimos e fomos até lá, com o coração a saltar porque pela primeira vez estávamos a caminhar por cima de água. Óbvio que em cima da água estavam camadas e camadas grossas de neve e gelo, mas sei lá né? Na altura a excitação é tanta que isso passa ao lado. Ahahah

Voltámos para o nosso cruzeiro e assim se passou o nosso dia por Helsínquia!

Sessão fotográfica na “Eureka Shoes”, no Freeport!

Este post, apesar de ser escrito por mim, tem os créditos fotográficos do Carlos na totalidade. Esta Sessão surgiu de forma até engraçada, porque foi por causa daquela primeira sessão à barbearia, que eu tenho aqui no blog. Parece que já foi há tanto tempo atrás, mas foi só uns mesinhos, na realidade. Eu estive umas semanas sem colocar nada da sessão, até que apareceu na revista TV7Dias e eu lá dei o braço a torcer que era melhor não esperar mais tempo.

Então, por causa dessa sessão surgiu esta, com um carácter um pouco mais importante e carregado de responsabilidades acrescidas. O Carlos foi convidado a fazer a cobertura fotográfica da abertura da loja no Freeport e foi sozinho. Como eu disse antes, nós andamos super atarefados com as mudanças da casa, então eu fiquei nas arrumações.

Esta semana tivémos a editar as fotos em conjunto e fomos entregá-las, por isso, devem ser divulgadas em breve na página da loja ou por outras fontes. Então, como este blog não é só para fotos minhas, mas também coisas do Carlos, eu venho mostrar um bocadinho do trabalho que ele fez.

É engraçado reparar que o estilo dele é muito parecido com o meu, talvez ligeiramente diferente nos ângulos que ele usa em algumas fotos. Mas regra geral, ele tem a mesma resistência em tirar fotos a pessoas. Então, este tipo de sessão às vezes pode ser um bocadinho desconfortável. Tentar apanhar a pessoa X e Y em boa posição e, de preferência, com uma cara decente.

Ahaha pois, nada fácil! E a primeira coisa que ele me disse foi que tinha detestado tirar fotos a pessoas, e que era difícil apanhar os momentos certos, que pouquinhas estavam maquilhadas, etc, etc… Pois!

A loja e o tipo de sapatos ajudaram a fazer boas fotos e é daquelas lojas que eu fico fã só de olhar para um sapato. Fará ver tudo o resto que lá está. Eu já conhecia a marca, mas só de nome, nunca tinha visto nenhum exemplar. Então, foi uma agradável surpresa ver que tem coisas super giras e diferentes.

Eu sou de modas (pessoais). Quando começo a comprar num sítio dou sempre preferência àquele em primeiro lugar, até me desencantar e encontrar outro que me encha as medidas melhor do que o anterior. O meu problema é que as medidas não são lá muito baratas.

Já há algum tempo que não comprava noutro sítio, que não fosse numa sapataria ao pé da minha casa (óptima, por sinal!), mas a verdade é que aqui muita coisa me encantou e eu acabei por aproveitar um super desconto de 50% e comprei as minhas novas botas, com padrão pele de vaca. Sim! Padrão! não sei que raio se tem passado comigo ultimamente, mas o padrão tem sempre de estar presente nos meus sapatos.

Em termos de fotografia, o Carlos usou muito um efeito que vem na nossa máquina mas que é muito próprio dela e não se vê em outras mesmo da marca Nikon. Então por essa razão não vou dizer qual é o efeito, porque é uma coisa muito do tipo de máquina que se está a utilizar.

De resto, as fotos editadas foram algumas mas não muitas. Isto porque o fundamental era captar a inauguração, e certos momentos específicos. Então eu peguei em certas fotos pontuais e fiz uma edição em conjunto com o Carlos. Há muito tempo que não fazia isto em conjunto e isso dá nervos, descobri eu. Porque em termos de edição somos ligeiramente diferentes. Eu gosto de algo diferente e que marque mesmo pela diferença, enquanto ele prefere que seja mais subtil, só a captar certos detalhes.

Mas no final até ficámos com um bom conjunto de fotos, algumas delas eu coloquei aqui! 🙂

Chokladkoppen na praça Stortorget, em Gamla Stan!

Ainda me lembro da minha primeira visita a este café/pastelaria como se fosse hoje, porque nós intitulámos como o dia tipicamente sueco! E porquê? Porque foi também o dia que começámos as nossas aulas de sueco e que eu infelizmente não tenho qualquer foto para registar o quão deprimente foi! 🙂 Então, nada feito em relação a posts e tudo mais!

Mas, como tinha prometido, este é o meu último post dedicado a sítios onde se pode e deve visitar para tomar um café e comer uma fatia dos magníficos bolos que todos os dias, sem excepção, abrilhantam a vitrina à entrada.

Há várias razões para destacar este café como impossível passar ao lado. Em primeiro lugar, ele está no centro da porção mais fofa e antiga da cidade, mesmo na praça cartão-postal de Estocolmo, a Stortorget. Depois, é impossível durante a nossa visita à cidade, não passarmos por aqui. E por último, o ambiente que se vive lá dentro não podia ser mais típico sueco! Sem luxos nem amenidades. Simples e saboroso, é como descrevo!

Infelizmente aqui eu não posso colocar o café como um dos mais baratos, mas também não encontrei nenhum, excepto o Burger King, onde se comesse bem e barato. Quanto a isso, acho que não há volta a dar. Mas, em contrapartida, eles sabem fazer jus ao que é pago, e servem-nos tão bem que no fim não sobra espaço para mais nada mesmo.

Um pormenor muito interessante do café é que os donos têm, na verdade, dois cafés, ao lado um do outro, ambos dentro do mesmo estilo: pequenos, estilo Viking, saborosos! Assim, na primeira vez que fui lá experimentei um deles, e nas outras vezes já fui ao outro, que tem um pouco mais de espaço, principalmente para juntar na mesma mesa um grupinho de pessoas.

Com o Carlos eu já fui numa altura em que estava esplanada cá fora (Maio!), então eles já fazem um bocadinho o 2 em 1 e já não se sabe bem a qual café nós na realidade fomos. Mas não faz mal, porque a qualidade e serviço são exactamente os mesmos e não se nota diferença nenhuma.

Uma coisa que eu achei super piada! Eu cheguei lá já depois do Natal, mas as decorações ainda estavam, um pouco espalhadas por toda a cidade e lar. E nestes cafés não é excepção! Eles parecem adorar perpetuar o Natal por mais dois meses, até começarem a sentir que as temperaturas estão a subir, então já não é razoável manter as decorações! ahaha tal e qual!

E as decorações sempre ajudam a dar um certo charme ao sítio e a manter muito presente o clima sueco! Por isso, quem estiver de visita, mesmo depois do Natal, pode esperar encontrar as decorações fofinhas e intocáveis, como se ainda estivéssemos nele.

Lá dentro o clima é muito Viking e ao mesmo tempo intelectual. Parece que eles conseguem combinar estilos antagonistas e fazer parecer que chegámos a outro mundo, um mundo onde se respira por todo o lado o real significado da palavra Suécia. Isto, à partida é difícil de entender em palavras, mas para quem experimentar, vai entender na hora o que estou a falar.

Nas paredes do café eles têm uns quadros meio bizarros, mas que, no fundo, ajudam a manter ainda mais aquela sensação d que saímos do mundo e já vimos. Isto é explicado muito bem pela personalidade típica sueca. Eles são mesmo assim: estranhos à partida. Como, aliás, eu acho que são todos os povos do norte da Europa. Muito mais fechados que nós! Mas isso eu deixo para um post à parte sobre a minha experiência de viver lá. Parece que já arranjei novo tema 🙂

Mas, motivo principal para a malta voltar lá sempre mais uma vez: a caneca de chocolate quente, ou outra bebida ao gosto de cada um, e a bela da fatia de bolo, que é sempre decorada de maneira diferente (sempre original), e sempre tem uma novidade na ementa. Se no dia anterior fui lá e fiquei com a pulga atrás da orelha em relação a um bolo mas guardei para o dia seguinte, é bem provável que depois não haja, e a pulga volta a ficar atrás da orelha por outro bolo ainda.

E por aí adiante! As novidades são muitas e constantes, por isso não há razão para sair de lá com fome, nem desiludido. Por causa disso eu digo, que o preço é justíssimo!!