Porto, no encanto do Outono!

Ano passado, mesmo por esta altura, estávamos de viagem marcada para o Porto! Aproveitando um fim-de-semana prolongado fizémos questão de sair da rotina e ao mesmo tempo visitar familiares do Carlos que moram em Gaia. Plano perfeito! Eu nunca tinha estado no Porto e o Carlos já tinha ido à tanto tempo que mal se lembrava.

É verdade que só passámos lá dois dias, e um deles foi mais numa de relaxar e conviver com a família, mas isso não me impediu de montar todo um roteiro do melhor da cidade e partir à descoberta.

O tempo Sábado de manhã não esteve mesmo nada famoso para passear à beira rio, mas em contrapartida até ajudou a criar um clima de Outono engraçado nas fotos. Só para contrariar as típicas fotos junto à ponte D. Luis cheias de Sol! 🙂

A chuva ia e vinha e nós íamos intercalando o passeio com entradas nas lojinhas típicas que abundam por ali. Adoro perder-me a escolher os cacarecos que vou trazer de recordação, principalmente os ímanes para o frigorífico, que é tradição nossa e super respeitada!

Foi pela zona da Ribeira que começámos a visita nesta manhã chuvosa, e eu acho que este era o típico sítio onde eu me perderia horas e horas sem fim, se vivesse ou passasse mais tempo no Porto. Esta área é muito conhecida também pela animação nocturna, mas a verdade é que o que não faltam é restaurantes e cafés muito interessantes, onde com certeza se passa bons momentos entre amigos.

As casinhas são mesmo inconfundíveis, tal e qual como eu sempre vi em fotografias e postais. E a ponte D. Luis mesmo ao lado completa o panorama de que definitivamente estamos no Porto. E quem não tira uma foto com tudo isto como pano de fundo? É da praxe, claro! 🙂

Quando chegamos à entrada da ponte, há um túnel que nos vai levar até ao início do emaranhado de ruas estreitinhas com casinhas e mais escadas, que vão terminar junto à Sé do Porto. O caminho não é de caras, mas com um mapa na mão é bem mais fácil de lá chegar. Sim, é sempre a subir! Mas a vantagem é que estamos mesmo no centro histórico e pitoresco do Porto, então o caminho é ao mesmo tempo um passeio encantador pela génese da cidade. E pelo meio ainda nos cruzamos com as mulheres do norte, que lá andam atarefadas nas tarefas diárias e lá nos fazem sorrir com aquele sotaque característico.

Aqui do alto, na Sé, tem-se uma vista fantástica de todo o percurso que fizémos ainda à pouco e, claro, do rio lá em baixo. Ficamos a pensar como fomos capazes de subir aquilo tudo. Ahahaha 🙂 Para descer fizémos por outro caminho para passar pela Igreja dos Grilos, que tem uma fachada enorme e espectacular, mesmo no meio das casas. Facilmente passa despercebida por causa da Sé, mas sem dúvida que ocupa um lugar especial e só seu.

Depois da zona ribeirinha, pegámos no carro e fomos mais para o interior ver um dos ícones do Porto, o Mercado do Bolhão! No ano passado estava a passar por um grande processo de reconstrução, por isso ainda vimos um bocado da sua essência antiga. Eu acho que é neste tipo de mercados que podemos ter mais contacto com as pessoas da terra e maneira de ser. E como a Rua de Santa Catarina, centro do comércio do Porto, era mesmo ali ao lado, ainda demos um passeio com cheirinho a castanhas assadas. Adoro os azulejos pintados com os desenhos a azul, as casas ficam autênticas preciosidades!

O início da tarde foi passado noutra zona muito conhecida do Porto, junto aos Clérigos! A Torre dos Clérigos sempre inconfundível e mais abaixo a Avenida dos Aliados, que eu, não sei porquê, tinha ideia de ser bem maior, tipo Avenida da Liberdade. À tarde o tempo começou a melhorar e então já deu para passear mais calmamente sem estarmos preocupados em nos enfiarmos em lojas.

Aqui também está a Estação Ferroviária de S. Bento que é mais um local de passagem que propriamente super turístico, mas vale sempre a pena dar um saltinho (já que é tão perto) para admirar os azulejos e mesmo a forma da estação. Tenho colegas da faculdade que usaram muito esta estação ao longo dos anos e é sempre engraçado ver ao vivo!

Almoçámos tarde já na parte nova da cidade do Porto, no restaurante Capa Negra, isto porque queríamos experimentar uma boa Francesinha, num dos mais cotados restaurantes do género. E não desiludiu! Não é à toa que este restaurante ocupa os primeiros lugares do ranking da melhor francesinha!

Antes de voltar à zona ribeirinha para assistir ao pôr-do-sol, ainda demos um pulinho ao Jardim Botânico, só porque sim. É uma daquelas manias minhas que acabo sempre por não dispensar e nem sei explicar muito bem porquê. Não sou daquelas pessoas mega fãs de flores e tudo mais, mas acabo sempre por apreciar a forma cuidada e organizada deste tipo de jardins.

Para explorar estas zonas do Porto nós usámos os parques subterrâneos, muito comuns e fáceis de identificar, e mesmo em termos de trânsito não achei nada confuso. Mesmo andando pelo centro histórico, foi super simples de identificar e chegar a todo o lado rapidamente!