Paris: Jardin des Plantes

Para o último dia em Paris coloquei a zona do Jardin des Plantes, que mistura o pitoresco com a natureza. Já vem sendo hábito nas minhas viagens, colocar o jardim botânico no roteiro. É algo que nem eu sei explicar. Acho que, como fui ao de Madrid e não achei aqueeeela beleza que estava à espera, então sinto a “obrigação”, quase, de dar um olhinho no que se faz em outras cidades da Europa. Só para ver se supera ou não os que já vi, principalmente o de Lisboa, a minha linda terra, que até agora foi o que mais gostei. E bate em larga vantagem! 🙂

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Junto ao jardim botânico também está a rua mais antiga de Paris, Rue Mouffetard, cheia de lojinhas e mercadinhos, que ajudou a complementar a manhã antes de voltar para o aeroporto. Para nosso azar, o tempo estava um bocadinho ruim e nós visitámos esta zona bem cedo de manhã (porque estávamos contra o relógio!), então havia pouco movimento nas ruas e o jardim botânico tinha as estufas e mini-zoo (sim, também tinha animais!) fechados, que era o que eu tinha maiores expectativas em visitar.

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Começando pelo Jardin des Plantes! Este jardim foi criado em 1626 (bem antigo) e o propósito inicial era servir como jardim de plantas medicinais. Mais tarde, as instalações do jardim receberam a escola de botânica, a de história natural e a de farmácia. Com o tempo, o jardim abriu ao público, como jardim botânico, e nas suas instalações está o Museu de História Natural, escola de botânica e um mini jardim zoológico. Ok, os franceses não o consideram mini, mas isso é porque ainda não visitaram o de Lisboa! 🙂

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O jardim está dividido em áreas com plantas de várias zonas do mundo e têm espécies que realmente são raras de se ver pela Europa, por causa do nosso clima. Alguns desses jardins estão dentro de estufas próprias para reproduzir o melhor possível o clima do país de origem das plantas, outros estão espalhados pelo jardim, no exterior.

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Um dos Jardins que vale a pena ver com atenção é o Alpino, que tem plantas trazidas da Córsega, Marrocos, Alpes e Himalaias. Também é interessante passar pelo cedro do Líbano, que foi o primeiro exemplar a ser plantado em França, trazido dos Kew Gardens, em Londres. Mas há muitos mais jardins, plantas e estátuas, ao longo deste enorme jardim botânico. À entrada pode ser pedido um mapa do Jardim Botânico, que já tem tudo explicadinho: onde ficam os jardins, quais as plantas raras, quais os horários das estufas e zoo, etc…

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Para ser sincera e honesta, sim o jardim em si tem plantas bonitas e que dão fotos muito giras, mas se for de propósito visitar o jardim sabendo que as estufas estão fechadas então acho que não vale assim taaaanto a pena. Isto porque, normalmente, e falo também pela experiência de Madrid, dentro das estufas é que estão aqueles ambientes mais fora do normal, com plantas que nós não vemos no dia-a-dia. Então aí sim, eu acho super interessante visitar algo novo, algo que só indo a esses países pessoalmente, voltaremos a ver esse ambiente específico.

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Além disso, eles sempre arranjam o interior das estufas o mais realisticamente possível, mesmo para nos fazer ter uma experiência o mais próxima possível com o verdadeiro habitat das plantas. Pelo que vi no mapa, uma das estufas até lagos tem. E tudo isso, faz valer muito a pena a visita.

A Rue Mouffetard, mesmo ali ao lado, não tem muita ciência. É simplesmente para ser percorrida com calma, e se possível parar-se para fazer umas comprinhas ou para tomar um café numa qualquer esplanada pitoresca ao longo da rua. Esta rua vai buscar muita da sua essência à fachada antiga das casas, que são do séc. XVII-XVIII, altura em que esta rua era usada pelos romanos para saírem de Paris em direcção a Roma. Engraçado pensar que daqui a Roma ainda vão uns belos quilómetros pelo meio!!! 🙂 Vida difícil!

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Os mercados ao ar livre desta zona são muito populares e costumam atrair muita gente, mas se for numa altura em que não está a acontecer nenhum destes mercados, não há problema! Ao longo da rua não faltam lojas de comércio, cafés (bistros) e restaurantes, que espalham a sua “mercadoria” pela rua apertada, criando eles próprios um mercado que abre imeeenso o apetite.

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Quando visitei esta rua é que tive a consciência de que o queijo é realmente um dos ícones gastronómicos de França. Estranho, mas é verdade, foi preciso vir para a zona mais antiga da cidade, para me lembrar que França não é só monumentos, mas também é sinónimo de doces, muitos tipos e marcas de queijo, baguetes, entre outras especialidades menos típicas, mas que abrem e muito o apetite. Principalmente se visitar esta rua perto da hora de almoço, que foi o nosso caso.